Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Nightmares 2
Nightmares 2
Nightmares 2
E-book174 páginas2 horas

Nightmares 2

Nota: 5 de 5 estrelas

5/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Nightmares 2 — alguns pesadelos para quem dorme acordado, é a segunda edição da coletânea Nightmares lançada em 2018. Com textos de novos participantes, o livro conta com alguns nomes da edição anterior.
Cada conto irá te levar ao mundo obscuro dos sonhos lúcidos ou nem tanto. Esteja ciente que estes relatos poderão ser o seu próximo pesadelo.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de set. de 2019
ISBN9780463489215
Nightmares 2

Leia mais títulos de Vários Autores

Autores relacionados

Relacionado a Nightmares 2

Ebooks relacionados

Ficção de Terror para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Nightmares 2

Nota: 5 de 5 estrelas
5/5

1 avaliação1 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    esse foi o melhor livro é com certeza o ultimo conto carrega todo o peso de finalizar com chave de ouro, diversos sentimentos me passaram. Valeu a pena.

Pré-visualização do livro

Nightmares 2 - Vários Autores

Ficha do Livro

Nightmares 2 – alguns pesadelos para quem dorme acordado,

Vários Autores

Organizador: Fernando Lima

Capa: Fernando Lima

Imagem da Capa: Gabriel 714976

Diagramação e Edição: Elemental Editoração

Revisão de Texto: Feita pelos próprios participantes

Copyright desta edição: 2019 © Elemental Editoração

ISBN: 9780463489215

1. Coletânea 2. Contos 3. Português 4. Nightmares

1. Título 2. Livro Digital 3. Coleção

Todos os direitos sobre esta obra são de exclusividade do selo independente Elemental Editoração, para qualquer tipo de informações ou reproduções sobre a mesma, é necessário a autorização antecipada pelo selo assim como pelos autores participantes deste projeto.

Sumário

FICHA DO LIVRO

APRESENTAÇÃO

A CASA NA ÁRVORE

A NOITE MAIS ESCURA

A PRAÇA

AS TESTEMUNHAS DE DAYANA

A TELEVISÃO

DESPEDAÇAR AMOR

EM HORÁRIO COMERCIAL

FINAL DE EXPEDIENTE

HATZEMBERGER

O FESTIM

O HOMEM OCO

O MESTRE DAS AGULHAS

O MUNDANO DEVORADOR

OLHOS NO ESPELHO

OS OLHOS VERMELHOS

PARALISIA NOTURNA

PERPÉTUO

PISADEIRA

PRAGA

SEM DOR, SEM GANHO

SERAFIM

UM ÚLTIMO BEIJO FRIO

WISTERIA

Apresentação

Por: Fernando Lima

Bio:

Fernando Lima é natural de Santo André – SP. Publica suas obras com os pseudônimos de Donnefar Skedar e Jay Olce, é o criador do projeto A Arte do Terror, administra o selo Elemental Editoração.

Contato: E-mail

Apresentação:

Nightmares 2 alguns pesadelos para quem dorme acordado, é a segunda edição da coletânea Nightmares lançada em 2018. Com textos de novos participantes, o livro conta com alguns nomes da edição anterior.

Novamente passeando pelo horror e suspense, nesta edição, encontraremos novos e já conhecidos autores independentes que se arremessam nesta coletânea, buscando um conhecimento na escrita e reconhecimento no meio literário.

Aproveite a leitura e se gostar, compartilhe e avalie o livro.

Boa Leitura!

Fernando Lima

Organizador

A Casa Na Árvore

Por: Condessa Da Escuridão

Bio:

Tenho 26 anos, resido em São Paulo e sou uma Ghost Writer. Escrevo desde meus 10 anos, comecei pela poesia, eróticos e atualmente escrevo sobre terror e suspense.

Inspiro-me em: Anne Rice, Edgar Allan Poe, H.P Lovecraft, Agatha Christie, Stephen King e em todos os autores nacionais como André Vianco, Marcus Barcellos, Marcos DeBritto, Sergio Mattos, Rafael Santos, Márcio Benjamin entre outros.

Contato: E-mail

Conto:

O ano era 1985, a família Benston tinha dois uma linda casa da árvore da qual ficava ao lado da minha.

Tinham dois lindos filhos, Mayra, tinha oito anos, a pequenina, sorriso meigo, olhos azuis celestes e pequenos cachinhos dourados herdados da mãe. E Lorenzo tinha 10 anos, o rapazinho da família, possuía um cabelo preto, bem cortado no estilo ‘’indiozinho’’, olhos também de cor azul, um pouco mais baixo que eu.

E eu, Alexandre, aos 11 anos e filho único da família Riccotto, que por sinal não tinha com quem brincar.

Então Mayra e Lorenzo se tornaram os meus melhores amigos, brincávamos na minha casa, na casa deles, na casa de árvore, na pracinha que tinha ao final da rua e em todos os lugares que podíamos.

Gostávamos de jogar bola, soltar pipa, brincar de casinha, mas claro, eu e Lorenzo éramos sempre os guardas do castelo da Mayra, nada de brincar de bonecas, isso é coisa de menina.

Gostávamos também de joga bolinha de gude, esconde-esconde, pega-pega, mas a nossa brincadeira preferida era a de explorar lugares.

Nossos pais trabalhavam demais, e além de irmos à escola juntos, também passávamos a tarde e algumas noites juntos, pois ambos os pais contratavam uma babá para ficar conosco, chamada Dona Maria, uma senhora muito boazinha que amava nos ver brincar e achava graça quando Mayra largava tudo que estava fazendo para se esconder do senhor Cardoso, o velho esquisito que morava há umas ruas abaixo.

Meus pais sempre me contavam histórias sobre pessoas desaparecidas por serem desobedientes, a famosa era a Kombi dos palhaços que sequestrava as crianças, retiravam os órgãos para vender no mercado negro.

Confesso que quando menor eu ficava muito assustado e nem ousava desobedecer, mas depois que a gente faz 11 anos tudo muda, ao menos em nossa pequena mente chamada de ‘’agora eu já tenho 11 anos!’’.

Lorenzo e Mayra não conheciam essas lendas, então uma vez dona Maria que ouvia nossa conversa, concordou comigo, mas parou de falar quando Mayra disse:– Dona Maria, você não sabe de nada! Nem tem filhos, passa o dia cuidando da gente, como sabe sobre esse tal homem que carrega as crianças desobedientes?

Dona Maria se calou e com os olhos distantes e resquícios de lágrimas que brotariam a qualquer momento, suspirou profundamente e respondeu gentilmente:– Você não sabe minha filha, mas eu sou mãe sim, ou ao menos fui antes de me tomarem meu bebê, meu pequeno Ryan.

Lorenzo perguntou:– Mas dona Maria o que aconteceu com ele?

Dona Maria:– Ah meu filho, ele tinha quase a idade de vocês, sete anos, um dia quando voltava da escola, foi seqüestrado por um maníaco e ninguém nunca mais o encontrou.

E dona Maria começou a chorar. Eu então disse:– Gente vamos deixar dona Maria em paz. Não vamos ferir seus sentimentos.

Meus pais chegaram bem na hora e viram dona Maria chorando, tentamos explicar que só perguntamos apenas. Mas não teve conversa, ficamos os três de castigo por uma semana sem brincar na pracinha e nem na casa da árvore.

Fiquei furioso com um castigo desses, afinal que mal há em fazer perguntas? Bati a porta do meu quarto e gritei:– É tudo mentira, não existe essa coisa de palhaço, velho do saco, bicho-papão e nem nada disso, vocês são pais mentirosos!

Por fim passaram-se as semanas, eu e meus amigos saímos do castigo, voltamos as nossas rotinas normais.

Chegou mês de julho, época das tão esperadas férias escolares, Mayra, Lorenzo e eu havíamos combinado de fazermos várias coisas e explorar muitos territórios.

Foi então que em um dia na casa da árvore, Mayra brincava de fazer comidinha pra suas bonecas, enquanto eu e Lorenzo éramos piratas, quando de repente, olhei pela janela da casa da árvore e avistei outra casa da árvore da qual nunca havíamos visto. Parecia ser uma casa da árvore abandonada, os galhos de árvore entraram pela casinha, tínhamos que explorar aquilo.

Chamei Lorenzo para que ele visse, e o mesmo ficou estarrecido, Mayra não quis ir, então combinamos um plano para o dia seguinte, eu e Lorenzo iríamos e ela ficaria nos vigiando.

Saímos escondidos da dona Maria durante uma tarde em que ela estava preparando um bolo de cenoura com cobertura de chocolate na cozinha.

Andamos por volta de três quadras e chegamos a tal casa que tinha uma casa da árvore, empurramos um portão velho de madeira que nem estava trancado. O quintal da casa mais parecia um lixão de tantas coisas acumuladas, sacos e mais sacos pretos de lixo, roupas rasgadas pelo quintal, garrafas de vidro e de plástico entre outras coisas. Lorenzo puxou a cordinha que desci as escadas da casa da árvore, quando eu o puxei e mostrei a casinha de cachorro, Lorenzo então pegou uma garrafa no chão fazendo mínimo de barulho possível e atirou no muro oposto, pois se tivesse cachorro ele iria sair e avançar, porém nada aconteceu então ele subiu e eu fiquei embaixo vigiando.

Olhei para a casa, parecia estar abandonada há anos, mas as roupas no chão pareciam recentes. Será que aquela casa era mesmo depósito de lixo? Pessoas que não queria mais roupas jogavam ali?

Perdido em meus pensamentos, me assustei quando Lorenzo gritou:– Alexandre sobe aqui você tem que ver isso!

Subi apressadamente tropeçando nos degraus. Lá dentro havia prateleiras cheinhas de brinquedos novos, muitos ainda na caixa. Eu não acreditava no que estava vendo.

Ficamos deslumbrados com tantos brinquedos, tinha bola, carrinho, pipa, boneca, casinha, motos e até um vídeo game novinho.

Lorenzo pegou um vídeo-game e eu peguei um caminhão que estava na prateleira de cima, quando puxei o caminhão, um crânio caiu em cima de mim.

Quase gritei, mas notei que Lorenzo tapou minha boca e sussurrou:– Cale a boca! O velho está na casa. Xiu!

Eu:– O quê? Cara, isso é um crânio, será que é de gente?

Lorenzo:– Não, acho que é de brinquedo, olha só ao redor, é tudo de brinquedo aqui.

Eu fiquei cismado, mas mesmo assim, peguei o caminhão e Lorenzo o vídeo-game, peguei a boneca para a Mayra. Lorenzo desceu as escadas, e passou correndo pelo quintal e ficou me esperando na rua, eu desci as escadas e olhei para o casebre, e o que eu vi me deixou assustado, havia um velho na janela com uma imensa faca na mão que me viu também e começou a esbravejar:– Ah seu moleque, eu vou te pegar e arrancar a tua pele! Magno pega eles!

Ouvi uns latidos e logo imaginei que Magno fosse o cachorro. Corri o mais rápido que pude, passei pela brecha do portão, mas a boneca enganchou no trinco, e eu tive que deixá-la para trás.

Corremos até chegarmos à nossa casa, onde Mayra nos aguardava no quintal perguntando:– O que tem lá? O que é isso nas mãos de vocês? Cadê o meu?

Arfávamos de cansados, até que eu consegui dizer:– Mayra ia trazer uma boneca bem linda pra vocês, mas o velho. Ai estou cansado, espera um pouco.

Lorenzo:– Ele ia mesmo trazer uma boneca, mas o velho que mora na casa, nos ameaçou com uma faca! E a boneca ficou presa no portão.

Mayra se entristeceu, mas logo passou, quando Lorenzo como irmão mais velho, prometeu voltar e pegar a tal boneca no dia seguinte, mas só que dessa vez iríamos à noite para que o velho não nos visse.

Eu disse que seria arriscado, Mayra queria ir conosco e eu insistir que aí sim, seria mais arriscado ainda.

Por fim decidimos que se voltássemos, seríamos eu e Lorenzo apenas.

Fui para a casa, preocupado com o que poderia acontecer. No dia seguinte meus pais saíram cedo e me disseram que voltariam tarde e que era para eu me comportar até que dona Maria chegasse, pois ela iria demorar um pouco e só chegaria por volta das 19h.

O dia passou preguiçoso, brincamos tanto de tudo que cansamos e fomos para minha casa assistir filmes.

Quando dona Maria chegou e nos pegou dormindo no sofá, Mayra e Lorenzo iriam dormir lá, então um a um dona Maria nos levou para o meu quarto, que tinha um beliche e minha cama. Acordei sobressaltado, olhei para o lado e vi Lorenzo sentado na cama sussurrando pra mim:– Achei que não fosse acordar, está pronto? Vamos antes que ela acorde, apontando para Mayra.

Levantei depressa, peguei um casaco e quando íamos descer os primeiros degraus ouvimos um pigarreio:– Ram, Ram, onde pensam que vão sem mim? Não acredito que não iriam me avisa. Se forem sem mim, eu conto tudinho para Dona Maria.

Não teve jeito, tivemos que levá-la conosco. Corremos para chegarmos mais rápido, abri o portão devagar, e antes de entrar, olhei para o quintal, a procura de Magno, o cachorro e para o casebre, estava todo apagado. Tudo limpo entrei e abri espaço para Mayra e Lorenzo.

Baixei a escada e dei preferência para Mayra, afinal eu tinha 11 anos e era um cavalheiro, damas primeiro, depois foi Lorenzo e por último eu.

Mayra ficou encantada com todos os brinquedos, mas pegou três bonecas, Lorenzo pegou um carro dessa vez, eu peguei um avião e decidimos ir embora e voltar no dia seguinte, que por sinal não chegou.

Mayra desceu as escadas, e quando Lorenzo estava descendo ouvi um grito estridente dele dizendo:– Deixe minha irmã em paz seu velho louco! Seu monstro. Mayraaaaaaaaaaaaa!

Eu ainda estava dentro da casa da árvore do velho e olhei pela janela, o velho estava com a faca e arrastando Mayra para dentro do casebre, Lorenzo pulou os degraus restantes e correu para a casa. Eu desci correndo e fui atrás deles, mas ao chegar ao que parecia ser uma sala de estar, tropecei no corpo desfalecido de Lorenzo, e em seguida o velho me acertou com um taco de beisebol e eu também desfaleci.

Acordei amarrado em uma cadeira em um cômodo que parecia ser cozinha, pisquei os olhos tentando me acostumar com a luz que era mais forte do que meus olhos agüentavam. Lorenzo estava ao meu lado, ambos estávamos amordaçados. Na nossa frente havia uma

Está gostando da amostra?
Página 1 de 1