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Autoconhecimento Na Escola E Na Escola Da Vida
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Autoconhecimento Na Escola E Na Escola Da Vida
E-book259 páginas2 horas

Autoconhecimento Na Escola E Na Escola Da Vida

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Sobre este e-book

O presente trabalho trata de assuntos referentes ao processo de autoconhecimento na escola e na escola da vida. Aborda a importância deste processo para o ser humano exercer sua verdadeira vocação e missão no mundo. A postura do eterno aprendiz, tanto na escola formal quanto na escola da vida, é a característica essencial do ser humano consciente de seu papel no mundo. Isso faz com que se sinta responsável por si, pelos demais seres e por toda a humanidade, sendo protagonista de uma mensagem importante que só ele pode transmitir ao Universo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de ago. de 2020
Autoconhecimento Na Escola E Na Escola Da Vida

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    Autoconhecimento Na Escola E Na Escola Da Vida - Patrícia De Sá

    folha deficha

    Todos os direitos reservados à autora. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sem autorização por escrito da autora.

    Autoconhecimento na escola e na escola da vida

    Resumo: O presente trabalho trata de assuntos referentes ao processo de autoconhecimento na escola e na escola da vida. Aborda a importância deste processo para o ser humano exercer sua verdadeira vocação e missão no mundo. A postura do eterno aprendiz, tanto na escola formal quanto na escola da vida, é a característica essencial do ser humano consciente de seu papel no mundo. Isso faz com que se sinta responsável por si, pelos demais seres e por toda a humanidade, sendo protagonista de uma mensagem importante que só ele pode transmitir ao Universo.

    Dedico:

    Esta obra a todos os seres que participaram do meu processo educacional. Primeiro, o Todo, a Fonte, Deus, ou o nome que quisermos usar, porque a vida manifesta através da Patrícia de Sá só foi possível devido ao Seu amor no compartilhar, atributo absoluto de Deus. E é claro que os meus pais, José Maria e Cléia, são as pessoas que mais se aproximam do amor divino manifestado para mim. Todas as fraldas trocadas sem nenhuma cobrança, por puro amor à missão materna e paterna, jamais poderiam ser esquecidas. Não só as fraldas, mas todas as lições vividas, por mim são agora enaltecidas e agradecidas. Gratidão aos meus pais terrenos por toda dedicação e amor. Pelo menos é o que nós humanos podemos conhecer e mais próximo da incondicionalidade do amor.

    Meu marido, Robison, terei que falar dele, porque já se vão anos de convivência, paciência e resiliência... A você, minha gratidão e amor no coração! Gratidão à minha irmã Juliana, também pela parceria e aprendizados coletivos compartilhados. Gratidão à minha grande amiga Suzana Viveiros, por todos os seus conselhos. Gratidão a todos os meus familiares, irmãos e companheiros que nesta jornada estão a me ensinar tanto. Todos aqueles que passaram por mim, sem dúvida foram professores no meu processo de aprendizado terreno. E para finalizar: gratidão ao Espírito Santo, aquele que habita em mim e que me guia pelas estradas da vida todos os dias! E se não citei mais nomes, é por falta de oportunidade e por já estar me delongando demais nesta dedicatória. Mas que ninguém se sinta desconsiderado, porque todo ser humano para mim é um irmão.

    Eu sou a pedagoga do autoconhecimento

    Estar na escola e não se encaixar nela sempre foi minha angústia desde que comecei a trabalhar com educação, há cerca de 10 anos. Eu fiz pedagogia porque acreditava que através da educação, o homem poderia se tornar melhor. Continuo acreditando que através da educação o homem se aperfeiçoa. Só não acredito que isso esteja acontecendo nas escolas formais de hoje, porque lá não está sendo praticada a educação.

    A educação verdadeira é aquela que tem como finalidade o ser, e não o ter. Ser mais humano, ser mais fraterno, ser mais solidário, ser mais valoroso, ser mais virtuoso e ser mais sábio. E não ter nota no final do ano, ter um diploma, ter um cargo, ter um emprego, ter dinheiro.

    Os nossos currículos estão totalmente voltados para o ter. Temas transversais, na verdade, são temas superficiais. Existe incentivo ao autoconhecimento em nossas escolas? As emoções são vistas como naturais e necessárias ao processo de amadurecimento do ser humano? Na sala de aula, o professor conversa sobre a importância dos alunos se conhecerem em profundidade para encontrar sua verdadeira missão humana e vocação específica?

    Creio que nas séries iniciais do ensino fundamental até podemos dialogar mais acerca de valores e praticar o autoconhecimento, mas nossa finalidade continua sendo o ser alguém na vida. E o que é ser alguém na vida? O ter: diploma, emprego, cargo, dinheiro. E não o ser: mais humano, fraterno, solidário, consciente da gente.

    Ao chegar ao Ensino Médio, o aluno só pensa no bendito do vestibular. Não que o vestibular e as profissões do mercado de trabalho devam ser negligenciados pela escola, mas tudo isso precisa acontecer através de um processo de autoconhecimento, que deve ser incentivado pelos educadores.

    A questão é: como os educadores vão incentivar algo que nem mesmo eles praticam? Por isso o discurso: Educação é com a família, vem de casa. Instrução é com a escola.

    Eu digo o seguinte: qualquer ser humano é educador, mas o professor escolheu a educação como profissão, por isso precisa abraçar a causa e ser exemplo para o seu público-alvo: o aluno.

    Os pais também precisam ser este exemplo, já que escolheram a missão da maternidade e paternidade. Se cada um assumir e viver sua função, a gente consegue fazer educação na sociedade.

    Eu tenho uma resposta simples para o nosso desafio chamado educação escolar. E perceba que a resposta já está presente na pergunta. A gente só não quer enxergar.

    Como saímos da educação do ter para a educação do ser? Ser mais humano, ser mais fraterno, ser mais solidário, ser mais justo, ser mais virtuoso, ser mais valoroso, ser mais sábio. Isso se resume em: praticar o amor e buscar o autoconhecimento. Cada educador precisa se tornar filósofo, um eterno aprendiz na escola e na escola da vida.

    Parafraseando Platão: ou os governantes se tornam filósofos ou os filósofos se tornam governantes. Se isso não acontecer, a sociedade vai perecer. Um educador é um governante, é um chefe de estado, é um formador de caráter. Essa responsabilidade é o nosso carma coletivo de educadores, como diriam os indianos. Carma não é castigo, carma é responsabilidade nas ações.

    Educador: este livro é um chamamento para a responsabilidade! Assuma o seu papel na sociedade, aceite e pratique autoconhecimento, filosofia. Tenha vida interior e incentive os seus alunos a fazer o mesmo. Sejamos eternos aprendizes na escola e na escola da vida!

    Sumário

    1-      O desafio da educação escolar: o professor chamado amor

    2-      A importância da espera: preocupação com o futuro em 2020

    3-      De que me vale o conhecimento se eu estou no isolamento?

    4-      Amor gera amor: do que você se alimenta?

    5-      O que você não consegue largar? A escravidão do apego

    6-      A vida não é caos, é ordem

    7-      Viver: Para quê?

    8-      Ser humano: solidário e não solitário

    9-      Estudar: para quê?

    10-      Aprendiz ou recebedor? O que você escolhe?

    11-      Escola: para quê?

    12-      Somos pontes: somos seres humanos

    13-      Potencial humano: adormecido

    14-      Duas vozes: construção e destruição

    15-      Voz da resistência: aprenda a reconhecer

    16-      Onde eu coloco meu foco: ser (humano) ou ter (material)?

    17-      Intimidade: porta aberta ou fechada?

    18-      Ajudar: para quê?

    19-      Dar e receber: quando eu faço acontecer

    20-      Agradar: para quê?

    21-      Conhecimento: para quê?

    22-      Diálogo: será que o praticamos?

    23-      Você vive na caixa ou fora dela?

    24-      Você é responsável ou vítima? A sua postura vai dizer

    25-      Para que a pressa? Ela não interessa

    26-      O tempo: como lidar com ele?

    27-      Nada é mais urgente do que ser coerente

    28-      Descobrindo a sua essência: por detrás das aparências

    29-      Em que degrau eu estou? O instinto de sobrevivência me dominou

    30-      Ansiedade em dias de trabalho: por quê?

    31-      Preocupações em vão: quanto mais o tempo passa, mais eu percebo que me preocupo em vão

    32-      Solidariedade em meio à crise: lições

    33-      Protagonista ou vítima: o que você escolhe?

    34-      Virtudes humanas: respeito

    35-      Integrando sombras

    36-      Bom ou mal?  Depende do referencial

    37-      Propósito existencial: você tem um?

    38-      Como valorizar minha essência e não a aparência

    39-      As pessoas podem mudar: acreditando no ser humano

    40-      Qual a sua finalidade com o trabalho? Sobreviver? Fuga? Vocação?

    1. O desafio da educação escolar: o professor chamado amor

    Era uma vez um sonho que se chamava ser professor

    •      Havia um jovem em uma cidade distante daqui que tinha um sonho, um desejo brotava em seu coração: o de ser professor;

    •      Ele queria compartilhar com as pessoas todo o conhecimento que adquiriu e tudo aquilo que lhe serviu de bases em sua vida.

    Ele estudou e se tornou professor

    •      Ele aprendeu durante muitos anos e conseguiu realizar o seu sonho, finalmente estava apto a compartilhar as suas experiências;

    •      Ele se tornou professor aqui nesta escola;

    •      No primeiro dia de aula ele se deparou com uma turma onde havia alunos que pareciam estar desinteressados.

    O primeiro desafio do professor

    •      Eles estavam com o caderno fechado, não faziam anotações durante a aula e de tempos em tempos intercalavam entre conversas paralelas e consultas ao celular. Notadamente, não prestavam atenção ao que o professor falava.

    A postura do professor frente aos alunos

    •      O professor pensou: o que posso fazer para levar estes alunos a se interessarem pelas informações que dou e transformá-las em conhecimento em suas vidas? Se eles conseguirem compreender a importância de serem eternos aprendizes na vida, certamente vão mudar esta postura displicente e imatura. Afinal, são jovens e ainda têm tanto a aprender.

    O professor é educador

    •      Os dias se passaram, e o professor não se esqueceu daqueles alunos. Ele estava realmente motivado a encontrar uma forma de, enquanto educador, levá-los à reflexão, afinal ele estava ali exatamente para despertar no aluno o gosto por aprender, e nem todos os alunos chegam à escola conscientes de seu papel na escola e na escola da vida: o de serem eternos aprendizes.

    Aparece uma luz

    •      Um belo dia, o professor começa a conversar com a turma sobre o que o levou a estar ali dando aula e o quanto estava feliz com a vida por poder colaborar. Ele explicou para os alunos que ele é um servidor da vida. Um dos alunos, que olhava o celular neste momento, levantou a cabeça surpreso e perguntou ao professor o que isso significava. O nome dele era José.

    Professor é eterno aprendiz

    •      O professor, pacientemente, respondeu a José: ser servidor da vida é se colocar a serviço da escola e da escola da vida. É ter uma postura de eterno aprendiz, daquele que nunca acha que já sabe o bastante, mas que sempre está aberto para aprender com as pessoas e com as experiências.

    Professor: ensina a aprender

    •      O aluno, surpreso, perguntou novamente ao professor: mas achei que você vinha aqui para nos ensinar, e não para aprender?

    •      O professor responde: eu vim para ensinar a aprender.

    Ensinar a aprender?

    •      Mais confuso ainda o aluno ficou, e percebendo, o professor disse: meu caro José, todos os seres humanos estão neste mundo para aprender em todos os lugares e em todos os momentos. É isso que nos diferencia dos animais.

    A consciência humana: eterno aprendiz

    •      O professor continuou: quando negligenciamos esta característica que é da nossa natureza, nós nos desumanizamos e nos tornamos infelizes, doentes e em conflito conosco e com a vida. É como se resistíssemos à própria vida. Isso nos mata aos poucos, mata a nossa natureza verdadeira, o nosso ser.

    O aluno, ser humano, se faz presente pela primeira vez na aula

    •      O aluno já nem queria mais saber de celular, porque aquele assunto tinha prendido tanto a sua atenção, que era a primeira vez que ele realmente estava ali na aula, presente.

    •      Responder presente na hora da chamada não quer dizer nada.

    Nasce o aluno: eterno aprendiz

    •      Na aula seguinte, José começa a se fazer presente novamente. Ele não se ocupava mais com o celular ou com as conversas paralelas. Isso chama a atenção dos demais colegas, que percebem a motivação e satisfação dele.

    Maria, a colega de José, fica curiosa

    •      Uma das colegas de José, cujo nome é Maria, pensa: deve ter algo de interessante nesta aula para atrair tanto a atenção do José. Seja o que for, vou investigar e experimentar, afinal, que mal pode me assolar?

    O interesse de Maria

    •      No dia seguinte, Maria pergunta para José: por que você está tão interessado na aula do professor? O que te levou a se transformar tão rápido?

    José: eterno aprendiz

    •      José responde: desde que entendi que estou na vida para aprender com tudo o que ela me oferece, eu olho para os conteúdos das disciplinas não como pedras a carregar, mas como rosas a me inspirar. E elas têm espinhos também, mas têm sempre algo a me ensinar.

    Eterno aprendiz: aluno investigador

    •      José continua: eu faço o possível para relacionar o que aprendo aqui na escola com a escola da vida. E passei a fazer isso com todas as matérias. E quando não vejo uma relação tão direta assim, pesquiso, reflito e não descanso enquanto não encontro uma resposta.

    A única certeza de José

    •      José prossegue: uma certeza eu tenho, Maria, é a de que qualquer experiência que a vida me traga, e isso inclui os conteúdos da escola, é para o meu aprendizado. Se a situação está ali é para eu aprender a lidar com ela porque eu preciso. Não

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