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No Universo De Edgard
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E-book188 páginas2 horas

No Universo De Edgard

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Sobre este e-book

NO UNIVERSO DE EDGAR, o autor descreve a vida de um garoto que, aos 12 anos, resolve mudar totalmente sua vida. Passa a questionar-se diante das coisas da existência. Seu grande dilema: entender o que é ser pessoa . Dialoga com seu padrinho, um padre, e ele, confessa todas as suas inquietações. Nessas inquietações, busca respostas através da Filosofia, religiosidade e, aos poucos, vai formulando ideias revolucionárias. Através de um amigo de escola, resolve fundar um grupo de estudos e, assim, ganha notoriedade internacional, passando a receber inúmeros convites para palestrar sobre os seus arremedos ideológicos haja vista que seus pensamentos mexem com bastantes ideologias já formadas e muitos até chegam a insinuar que Edgar, seu nome, está a serviço do Capeta. Vale a pela ler esta obra, pois há um arsenal de peripécias desenvolvidas pela precocidade de um garoto de 12 anos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de set. de 2021
No Universo De Edgard

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    Pré-visualização do livro

    No Universo De Edgard - Ivan De Oliveira Melo

    PREFÁCIO

    Nono livro do escritor e poeta recifense Ivan de Oliveira  Melo,  o  mesmo apresenta ao leitor mais que uma viagem, uma  verdadeira  excursão No Universo  de Edgar, onde as  palavras  perfeitamente  lapidadas  no contexto

    exercem a função de guia para tal exploração.

    Iniciando com pertinentes informações sobre o protagonista, desenha um cenário  que  se  equipara  as  telas  de Monet, por  seu  detalhismo  e apuro descritivo. Nosso autor consegue estimular as percepções do leitor  e cativá-lo por  meio de magnetismo  natural  e  deveras  funcional. conseguindo  es- boçar  diálogos  afiados, vai  trazendo  gradativa  personal  construção ao  peculiar e ao mesmo tempo atraente Edgar. Personagem este, caracterizado pela       verossimilhança cotidiana, pois detém problemas  e conflitos típicos da vidacontemporânea, fugindo das fábulas, permitindo então a assimilação e identificação eficaz na leitura dos capítulos.

    Desenvolvendo distintos papéis  na trama, Edgar assume as posições de pa- ciente e divã, em  introspectivas  e  filosóficas investidas, que  acrescentam e tornam o script ainda mais atrativo.

    Ostentando eruditas referências, interação dinâmica entre  Edgar  e  o mundo de  possibilidades  que  são  apresentadas, a  história  segue  mostrando o caráter, que  apresenta  carisma  e  desenvoltura  frente  aos  obstáculos  que  a existência lhe impõe.

    Os diversos momentos vividos por ele e os indivíduos de notada relevância no texto, acabam  por elucidar uma narrativa que  utiliza  inúmeras  rotas,  no que se refere à oratória e à estética dos fatos.

    O carrasco, chronos, desempenha suas funções, décadas revelam um final muito interessante, desfecho que vale a pena  conferir, basta adquirir o ingresso para estar No Universo de Edgar.

    Boa leitura a todos e todas.

    Jonnata  Henrique,                                                                                                             

    Poeta, escritor e cordelista.

    APRESENTAÇÃO

    Trago à tona um romance que há tempos perambula em minha imaginação.  A Filosofia é a Ciência do espírito humano. Vale à pena perlustrar as páginas desta história, pois, nela há in- gredientes que confeccionam sabedoria e interesses íntimos do ser humano.

    É bela a confusão que se instala no âmago de Edgar. A amizade é o instrumento indispensável à boa dissolução dos arremedos que se inserem em nossa mente. O verdadeiro amigo  de  nós jamais se afasta e ilustra, com sua fidelidade, nossa aparência de felicidade.

    Sempre o homem necessitará de ouvir, perscrutar sua personalidade e atender aos reclamos da lógica. Deve, o mesmo, encontrar-se assaz preparado para seguir pelas estradas da  vida. A confiança que estabelecemos junto aos nossos verdadeiros amigos  deve  ser  ampla  e irrestrita. Assim, podemos nos dar ao luxo de experimentar os bens e os dissabores da existência e, consequentemente, desvendar os mistérios que envolvem nosso próprio ser, tão repleto das dúvidas que nos põem distante da realidade.

    A obra foi escrita com o objetivo de sondar, pesquisar e analisar cada instante dos nossos interesses, contribuindo, desta forma, para  que  o  leitor  se  descubra,  identifique-se  consigo mesmo e tenha, em si, os atributos indispensáveis de socorro ao próximo. Assim é o amor, a centelha do incontestável realismo que nos rodeia. Sem amor, infelizmente, o ser humano será eternamente infeliz. 

    Boa leitura!  O AUTOR

    Sumário

    PREFÁCIO

    APRESENTAÇÃO

    PARTE I

    I

    IDENTIFICANDO

    II

    UM ÍNTIMO QUE DESAFIA

    III

    PROMESSA É DÍVIDA

    IV

    FILOSOFANDO

    V

    ENTRE AMIGOS

    VI

    VISITA INESPERADA

    VII

    DEVANEIOS SENSUAIS

    VIII

    A VIAGEM

    IX

    EXERCENDO AS CONVICÇÕES

    X

    O GRUPO

    XI

    PERIGO!

    PARTE II

    XII

    O CONGRESSO

    XIII

    A BATINA

    XIV

    DESCOBERTAS

    XV

    INTIMIDADES

    XVI

    PAI HERÓI

    XVII

    CAIU A BATINA!

    VIII

    NA ÍNDIA

    XIX

    A CONFISSÃO

    PARTE III

    XX

    EXPERIÊNCIAS

    XXI

    ENCONTROS

    XXII

    MATRIMÔNIO

    DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR

    I

    IDENTIFICANDO

    As flores enfeitavam os jardins de primavera. Um sol meio pálido se debruçava dentre as nuvens que desenhavam formas as mais diversas diante de um céu cor de anil. Um belo dia  de  sábado. Um sábio convite da natureza para os folguedos infantis de fim de semana, menos talvez para Edgar. Oito horas. Os pássaros já cantavam diante de sua janela e uma bela  serenata matutina alcançava seus tímpanos, agora um pouco azougados. Estava, ainda, debaixo dos lençóis alvíssimos que cobriam seu corpo. O quarto era imenso e, em seu espaço amplo,  percebiam-se armários por todos os lados. Uma grande mesa recebia um computador de última  geração, uma potente impressora, livros e papéis os mais variados e uma  série  de  outros  objetos espalhados de ponta a ponta. Dava-se a entender que Edgar  era um pouco relapso, posto  que seus pertences se entulhavam aqui e ali, somente ele mesmo  para  conhecer  cada  pedacinho  dos seus aposentos. Dentro dos armários havia uma enorme quantidade de roupas, calçados e  separados de acordo com as necessidades de  cada  momento.  Era,  então, o citado  personagem, filho de muitas posses. Seus pais labutavam  a fim  de  que  nada  faltasse  a  qualquer  de  suas crias. Edgar era o caçula. Estava a completar neste dia 12 anos. Seus irmãos, Ruth ( 17 )  e  Marcelo ( 21 )  haviam  suas  próprias alcovas.  Todos  solteiríssimos  e singularmente  disputados por uma sociedade que arrotava hipocrisia, mas todos eficazmente treinados pelos genitores, não davam trelas às insinuações de que eram assediados.

    Edgar amanhecera visivelmente irritado. Havia prometido  a si mesmo e fazia tempo, que  quando houvesse de chegar aos 12 outonos, sua vida haveria  de  mudar. Mas  mudar  em  que sentido? O que existiria em sua existência passível de alguma  transformação?  Provavelmente nem ele soubesse ao certo. Apenas retinha na consciência que daí por diante todos  notariam as  suas novas maneiras.

    Afastou os alvíssimos lençóis. Deixou ficar a descoberto. Sabia que a porta  estava  fechada por dentro, a chave e a ferrolhos. Era de uma timidez impressionante. Guardava a sete chaves os segredos de um belo corpo em puberdade. Levantou-se, abandonou  ao  chão a cueca e se dirigiu  à casa de banho. Meteu-se  debaixo  do  chuveiro. Água  quentinha  para o primeiro

    banho do dia. Enxaguava-se quando se lembrou de que era seu aniversário, mais uma vez. Um novo ser programara-se para Ser. Em  tudo  matutava. Media  mentalmente  cada  gesto,  cada alavra que diria. Tudo era secreto, não contara a quem quer que fosse seus planos. Pretendia,  por aí, conhecer melhor o mundo que o rodeava, compreender mais de perto as pessoas  com quem convivia. Entender uma porção de coisas que, às vezes, como já percebera,até  os  mais velhos  haviam dificuldades.  E, se  os  mais  velhos  tinham  dificuldades,  o que  estava  ele a projetar para consagrar-se  distinto  dos outros?  Bom, muitas coisas haveria de desvendar, a começar por si visto  que  já  no íntimo de outrem, Edgar era visto de uma  maneira  diferente  em  comparação com garotos em sua mesma faixa etária.

    Saiu da casa de banho. Abriu um dos armários e  buscou  uma  nova  cueca,  azul  escura. Colocou uma bonita bermuda e uma camiseta abertinha  nas  laterais.  Sentou  numa  pequena    poltrona, vestiu as meias e enfiou os tênis nos pés. Em frente do espelho, piscou para si mesmo e penteou os lisos cabelos castanhos escuros  que  combinavam  na  medida  certa  com  os olhos de tonalidades idênticas. Sem dúvida, um garoto belíssimo  e,  até, um pouco alto  para sua idade: 1,70cm. A pele, bastante alva, era um contraste perante os cabelos e os olhos.

    Eis o nosso personagem. Muito haveremos de conhecer sobre ele. Adiante!

    II

    UM ÍNTIMO QUE DESAFIA

    Desceu as escadarias e se dirigiu à sala de refeições. Terrível silêncio dentre as paredes daquele recinto. Ninguém à vista. Nem mesmo os serviçais apareceram para servi-lo. Onde estavam todos? Abriu a geladeira e buscou do que necessitava para o desjejum.  Quando aboletou-se à mesa, aí sim, tudo mudou. Entraram todos de uma só vez. Enorme bolo era  trazido por seu pai e a melodia invadiu todos os recantos da casa...  (Parabéns pra você... )  Soprou e apagou a vela. Posteriormente vieram os abraços.

    - Esta é uma bela de uma surpresa – Edgar confessou – Muito obrigado! Mas, onde estão os  presentes? Se não me engano, meu pai, eu disse a você que gostaria  de  ganhar  uma  Ferrari. Comprou-a?

    - E desde quando seu pai deixou de satisfazer um pedido seu? Quando? – Tirando do bolso da calça um pequeno pacote, entregou-o a Edgar.

    - Era uma Ferrari de verdade que eu desejava... Disse Edgar.

    - Esta é uma Ferrari de verdade – comentou Dr. Augusto - Só que você hoje  que  tem 12 anos,  daqui a alguns outonos a mais terá uma em que possa dirigir. E como não podia decepcioná-lo, trago-o uma réplica em miniatura, toda em ouro maciço. Abra a caixa e contemple você  mesmo.

    Edgar seguiu o conselho paterno. Lentamente abriu o pequeno embrulho  e  retirou  de uma caixa o estupendo objeto perante os olhares cobiçosos de todos que ali estavam.

    - Oh! – Todos ao mesmo tempo.

    A miniatura da Ferrari, uma joia de valor inestimável e incalculável. Era linda! Passou de mão em mão e todos a beijaram, emocionados.

    - Nem sei o que dizer... – Falou Edgar – realmente, ocê  sempre  me  surpreendendo.  Mais      uma vez obrigado. Estou feliz!

    - Este é um presente meu e de sua mãe, não se esqueça disso. – Lembrou Dr. Augusto.

    Edgar buscou o olhar da mãe e a ela abraçou-se.

    - Grato Dra. Adalgisa – comentou – Você e Dr. Augusto são os melhores pais do mundo.

    Em seguida recebeu os cumprimentos dos irmãos. Rute o presenteou  com um  anel  de    ouro e Marcelo com um par de brincos, dourados.

    - Em nossa última conversa – lembrou Marcelo – Você me confessou que gostaria de usar brincos. Bem, consultei nossos pais e eles não se posicionaram contra, então aqui está com o que tanto sonha.

    - Agradecido Rute, agradecido Marcelo. Todos acertaram nos presentes dados. Como disse, estou muito feliz.

    Todos à mesa. Comeram bolo, beberam refrigerantes. Estavam saciados quanto ao desjejum. Cada qual seguiu para seus afazeres e, mesmo sendo sábado, sempre havia do que fazer.

    - Estou indo à residência de Arthur – Edgar comunicou – Venho almoçar em casa.

    Arthur morava a duas quadras do prédio em que habitava. Casa enorme, imensos e floridos jardins, tudo muito bem cuidado. Porém, quem era Arthur?  Colega de escola? Não! Algum dos seus professores?  Não! Amigo de bairro?  Não!  Algum primo ou tio?  Não! Quem era então?  Arthur era o jovem pároco do bairro em que moravam e padrinho de Edgar. Ordenara-se muito cedo, mesmo antes de completar 23 anos.  Bastante inteligente.  Muito, mas muito bonito. As moças iam às missas em sua igreja apenas para flertá-lo.  Perda de tempo.  Eis uma vocação autêntica. Desde pequeno que decidira ser sacerdote católico e tudo se concretizara.

    Edgar caminhou em direção à habitação do religioso. Nutria por ele uma forte afeição. Além de padrinho, era seu amigo e confessor.  Ambos se entendiam às maravilhas.

    - Bom dia, afilhado querido! – Cumprimentou Arthur – Por aqui tão cedo?

    - Atrapalho você em alguma de suas obrigações?

    - Claro que não! Sempre fico feliz quando vem visitar-me.

    - E hoje especialmente...

    - Por quê? É algum feriado?

    - Não me diga que se esqueceu de que data o calendário marca hoje... – Disse Edgar, meio decepcionado.

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