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Eu, John E A Música
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Eu, John E A Música
E-book170 páginas1 hora

Eu, John E A Música

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Sobre este e-book

Esse livro conta a história de um grande amor, envolvendo a música e os vários obstáculos que esse mundo trás em meio a um mundo encantado. John era um homem misterioso que se apaixonara por uma jovem que morava no Brasil mas, apaixonados continuaram a se corresponderem até o momento em que ela decide ir embora para Londres movida pela amor à música e também à John. Jovem e encantadora, movida pela paixão do desconhecido. Após o falecimento dos seus pais decide traçar um caminho mágico e fantasioso. Mudou-se para outro país na busca pela realização dos seus sonhos. Depois de muitos anos na busca pelo inimaginável e pela paixão por Jonh que por sua presença clamava, algo de trágico acontece, fechando essa incrível e maravilhosa história restando apenas o fruto desse lindo e indescritível amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jan. de 2019
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    Eu, John E A Música - Marina Matos

    Eu, John e a música.

    PARTE 1

    O INÍCIO DE TUDO

    Neste momento a única coisa que

    sei sobre mim, é que sou uma

    musicista. Eu acordara cedo naquele

    dia, exatamente 14 de janeiro de 2006.

    Dia chuvoso com nuvens carregadas

    era meu primeiro dia de aula e já

    começava a batalha para terminar logo,

    já que restavam apenas três anos para o término.

    Ao me levantar da cama alcancei

    um dos tantos casacos encostados em

    uma das grades atrás da porta, vesti e

    desci as escadas pisando como se

    tivesse um emaranhado de algodão

    sobre o piso de madeira, como sempre

    preocupada pensei em não acordar os

    demais que ainda dormiam, somente

    despojava da companhia de minha irmã.

    Silencioso ambiente me fazia sentir

    bem, aliás, o vento que se soprava pela

    janela me fizera me acomodar para

    tomar um café feito por mim, naquele instante lembrei-me de minha mãe.

    Ao

    recordá-la

    imaginei

    os

    momentos de seus ensinamentos

    culinários, a primeira coisa que

    aprendera fazer um delicioso café. Sim,

    era dia chuvoso e com nuvens

    carregadas, mas não reclamava.

    Observadora demais, olhava pela

    janela de onde o senhor vento passava,

    escorria meus olhos pelas árvores com

    flores douradas e avermelhadas que

    caíra ao leito do chão.

    Só de imaginar, ficara com

    vontade de que meus cabelos negros

    pudessem tocar o céu com a ajuda do

    soprar do vento, me fazia ficar

    estagnada. No mesmo instante, já

    pronta, minha irmã estava a me esperar

    para seguirmos à escola.

    Eu gostava de estudar, mas aquilo

    era muito cansativo para mim, eu

    quisera por muitos anos realizar

    desejos e sonhos acumulados em toda

    a minha existência, não que eu seja

    uma idosa ou já vivido o bastante, mas

    quisera chegar a esta idade com histórias para contar.

    Sempre estudara com minha irmã,

    e uma amiga inseparável. Todos os

    dias seguíamos para a escola chutando

    pedrinhas

    que

    achávamos

    pelo

    caminho. Era divertido ir para a escola

    e voltar observando o céu com o sol se

    pondo na medida que íamos chegando

    em casa.

    Contava a elas sobre minhas

    loucuras, e vontades observando

    nossos passos tentando adivinhar o

    futuro que a nós mesmos não pertencia.

    Viajara em um mundo que para mim era considerado impossível, mas não

    cansava de sonhar.

    Estar ali e não estar, para mim era

    inconsciente, tentara entender de

    alguma forma esse sentimento de raiva,

    paixão, alegria, era uma mistura de

    vontades e sentimentos. Entender

    estava sendo complicado demais.

    Ao

    chegarmos

    na

    escola

    começamos a andar pelos corredores à

    procura de nossa sala, ao encontrá-la

    entrei, sentei em uma das mesas que

    tinha no canto esquerdo da sala,

    tentando esconder meu rosto com um semblante duvidoso.

    Tudo era diferente parar mim,

    estava muito ansiosa no entanto não

    era o que eu desejava para mim, já que

    a minha imaginação passava além

    daqueles muros cinzentos. Ao escutar a

    professora falar, meu pensamento se

    passava a mil milhas daquele ambiente,

    como já não bastasse passar a manhã

    toda naquele local, a fome dava seu

    sinal de vida, como todo adolescente

    sentia fome a maior parte do tempo

    mesmo que irrefletido.

    Paralisada por um só momento,

    consegui me imaginar voando sobre as

    nuvens, viajando para onde o sol e a

    lua pudessem me acompanhar, a

    realidade estava mais próxima do que

    eu pensava, mas não soubera a

    verdade e o destino que me aguardava.

    Por um breve instante, ao perceber

    o meu pensamento incomum a

    professora Wilsen me fizera uma

    pergunta, só o que me eu lembrava, era

    a história em que minutos antes,

    contara para toda a classe. Até que

    então me fizera uma pergunta que me deixou pensativa.

    --- Sabe qual a verdadeira história

    da sua vida?

    Perguntou Senhora

    Wilsen.

    Já que sobre a história eu me

    recordava, respondo :

    ---- A verdade só é descoberta

    quando vivemos a história de nossas

    vidas, sem isto não há verdade.

    Com

    olhar

    de

    surpresa,

    a

    professora Wilsen ficara em silêncio por

    alguns minutos quando ao soar o sino,

    saí em direção da portaria com meu

    casaco envolvendo meus braços, meus cabelos negros voando de acordo com

    o dançar do vento, era incrível como a

    sensação de poder chegar a minha

    casa, voltar a treinar e ouvir sons que

    para mim mais pareciam vozes de

    anjos essa sensação me fizera ter

    forças para continuar a ter a música em

    meu peito.

    Saí em direção à portaria,

    correndo como se quisera alcançar

    uma lebre imaginária. Ao chegar em

    casa avistei minha mãe a beira do

    fogão. Sentei-me na cadeira perto da

    mesa retirei o casaco verde que eu havia retirado de trás da porta de

    madeira do meu quarto.

    Coloquei a minhas duas mãos por

    cima de mesa, retirei meu caderno,

    enquanto minha mãe estava na cozinha

    preparando o prato. Era meu caderno

    de leituras, eu mesma escrevera versos

    para que pudesse lê-los novamente.

    Sentia-me de algum modo ansiosa

    e alegre, soubera

    que aqueles

    momentos que descrevia em minhas

    páginas eram a verdade, a minha

    história a ser vivida por mim mesma.

    Não era um tipo de egoísmo ou quaisquer sentimentos desses que

    fazem as pessoas desejarem o mal

    para as outras. Mas a palavra egoísmo

    se enquadrava mais, aos mistérios que

    envolvia todos os acontecimentos.

    Os dias se passaram e as árvores

    já haviam mudado de cor. Era o último

    dia de aula daquele semestre. Acordara

    atrasada, novidade, depois de algum

    tempo me acostumei um pouquinho ser

    mais flexiva com os horários.

    Não para a minha sorte. Corri

    pelas escadas, abotoando meu casaco

    verde, por cima do detestável uniforme que por algum motivo nos obrigavam a

    usar, coloquei meus óculos, arrumara

    meu cabelo. Enquanto minha irmã

    colocava a cafeteira para funcionar.

    Alcancei um dos copos em minha

    frente, o enchi de café, e segui para a

    escola. Neste dia telefonei para minha

    amiga, que por motivo de uma gripe

    forte não pôde me acompanhar.

    Chegando para mais um dia de aula

    enquanto atravessava o pátio da escola,

    me sentia uma completa estranha.

    Os olhares sobre mim me faziam duvidar se eu estava no lugar certo.

    Sempre fui uma menina considerada

    por muitos, tímida e retraída. Bom, eu

    não via motivos para manter laços

    naquele local, era um mundo que não

    me pertencia, então para que forçar

    algo que não existia. Era inquestionável

    a presença de observadores ao meu

    redor.

    Era sim, tímida e retraída, mas

    ninguém conhecera o meu lado que

    poucos têm, o de ser sonhadora.

    Recebi a nota da professora Wilsen,

    havia passado em sua matéria, mas por algum motivo não se esquecera da

    resposta que eu dera no primeiro dia de

    aula.

    Perguntou por que eu pensava

    daquela forma. Respondi, que a minha

    história já estava sendo traçada por

    caminhos que ainda iria atravessar em

    minha vida.

    Ainda que eu olhasse para o futuro,

    não conseguira enxergar tudo. No

    entanto a brisa que pairava sobre meus

    pensamentos era tão intensa que, se

    tornara inatingível os anseios colocados

    sobre o meu caminhar. Tinha uma leve impressão de que a minha própria vida

    era a absoluta revelação sobre o meu

    passado, presente e futuro.

    O RAPAZ

    Dois anos se passara e em todos

    esses dias eu

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