Historietas de Terror
De E. Neri
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Sobre este e-book
E. Neri
Nascido em Caruaru, Pernambuco, sempre escrevi por passatempo e desde 2021 estou publicando meus contos.
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Historietas de Terror - E. Neri
Historietas de Terror
Livro 1
E. NERI
E. Neri,
Historietas de Terror, Livro 1 - 1ª edição – 2022
1. Terror 2. Conto 3. Português 4. Horror
1. Literatura brasileira
2. contos: mistério: terror
Escrito em Junho de 2022
Caruaru - Pernambuco – Brasil
Uma imagem contendo gato, placa, homem, escuro Descrição gerada automaticamenteA BOTIJA DOS PESADELOS
E. NERI
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Fernando Pessoa
Prefácio
Botijas são vasos feitos de argila, e utilizadas como reservatórios de água. Sempre ouvi dos antigos, relatos de botijas encantadas; recheadas de dobrões de ouro, prata, joias e pedras preciosas. Esses vasos serviam como receptáculos das economias de pessoas que viveram nos tempos do império. Sem acesso a bancos, ou por simples desconfiança, as escondiam em partes inacessíveis da residência; como dentro de paredes, no forro do teto, e chegando até a enterrá-la no quintal e no meio de hortas.
Quando o possuidor do tesouro morria antes de usufruir das riquezas armazenadas, seu espírito ficaria preso nesse plano, sem poder descansar até que a botija seja descoberta por alguém, que deveria ser escolhido pela alma atormentada. A localização era revelada pelo fantasma, em sonho ao legatário, que deveria guardar a informação em segredo, até o resgate do tesouro. Caso outra pessoa encontrasse o pote, sem a permissão do antigo dono, todo o espólio se transformaria em pedras de carvão, e a alma não teria mais descanso. A escolha do beneficiário não parece seguir um padrão, qualquer pessoa poderia ser designada à missão.
Imagem em preto e branco de pessoa em pé Descrição gerada automaticamente com confiança médiaI
Muitas estórias, que falavam da lenda das botijas encantadas, eu ouvi quando moleque. Nos fins de tarde sentado aos pés de meus avós, e nas noites frias e brandas, da boca de outros anciões da vizinhança, que se divertiam assustando criancinhas. Esses contos me fascinavam. Me imaginava nessa caçada às riquezas, que mudariam a vida de qualquer sujeito num piscar de olhos; ao mesmo tempo que me intimidava, ao imaginar o contato imediato com uma assombração.
Nesse tempo era normal crianças ouvirem contos que envolviam assombrações. Os pais não se preocupavam com o impacto que esse costume traria ao desenvolvimento dos seus filhos. Talvez porque eles também passaram por isso, ou por displicência mesmo.
Aqueles casos, que mesmo sem provas, eram considerados verídicos e bastante convincentes para um ser humano imaturo e influenciável.
Sempre fui uma criança medrosa. Daquelas que tinha medo de ir ao banheiro à noite; então chamava por meus pais para me acompanhar. Eles me questionavam os motivos e me explicavam que não havia razão para tal comportamento, que eu tinha que enfrentar meus temores, mesmo sem muita vontade da minha parte.
Espelhos me causavam pavor; possivelmente por eu não entender direito como funcionavam, Sempre que passava por um, era o mais rápido que podia; quando não era possível correr, o encarava desafiador e desconfiado. Acreditava que tivesse alguém do outro lado, como se fosse um portal para uma outra dimensão, esperando apenas uma oportunidade, um deslize meu.
Faziam seis meses que meus pais e eu