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Historietas de Terror
Historietas de Terror
Historietas de Terror
E-book65 páginas38 minutos

Historietas de Terror

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Sobre este e-book

Essa coletânea, contendo quatro contos de fazer você perder o sono, trás um terror num ritmo dinâmico e macabro. Se você teme o paranormal, NÃO LEIA À NOITE!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de jun. de 2022
ISBN9781526060013
Historietas de Terror
Autor

E. Neri

Nascido em Caruaru, Pernambuco, sempre escrevi por passatempo e desde 2021 estou publicando meus contos.

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    Historietas de Terror - E. Neri

    Historietas de Terror

    Livro 1

    E. NERI

    E. Neri,

    Historietas de Terror, Livro 1 - 1ª edição – 2022

    1. Terror 2. Conto 3. Português 4. Horror

    1. Literatura brasileira

    2. contos: mistério: terror

    Escrito em Junho de 2022

    Caruaru - Pernambuco – Brasil

    Uma imagem contendo gato, placa, homem, escuro Descrição gerada automaticamente

    A BOTIJA DOS PESADELOS

    E. NERI

    O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

    Fernando Pessoa

    Prefácio

    Botijas são vasos feitos de argila, e utilizadas como reservatórios de água. Sempre ouvi dos antigos, relatos de botijas encantadas; recheadas de dobrões de ouro, prata, joias e pedras preciosas. Esses vasos serviam como receptáculos das economias de pessoas que viveram nos tempos do império. Sem acesso a bancos, ou por simples desconfiança, as escondiam em partes inacessíveis da residência; como dentro de paredes, no forro do teto, e chegando até a enterrá-la no quintal e no meio de hortas.

    Quando o possuidor do tesouro morria antes de usufruir das riquezas armazenadas, seu espírito ficaria preso nesse plano, sem poder descansar até que a botija seja descoberta por alguém, que deveria ser escolhido pela alma atormentada. A localização era revelada pelo fantasma, em sonho ao legatário, que deveria guardar a informação em segredo, até o resgate do tesouro. Caso outra pessoa encontrasse o pote, sem a permissão do antigo dono, todo o espólio se transformaria em pedras de carvão, e a alma não teria mais descanso. A escolha do beneficiário não parece seguir um padrão, qualquer pessoa poderia ser designada à missão.

    Imagem em preto e branco de pessoa em pé Descrição gerada automaticamente com confiança média

    I

    Muitas estórias, que falavam da lenda das botijas encantadas, eu ouvi quando moleque. Nos fins de tarde sentado aos pés de meus avós, e nas noites frias e brandas, da boca de outros anciões da vizinhança, que se divertiam assustando criancinhas. Esses contos me fascinavam. Me imaginava nessa caçada às riquezas, que mudariam a vida de qualquer sujeito num piscar de olhos; ao mesmo tempo que me intimidava, ao imaginar o contato imediato com uma assombração.

    Nesse tempo era normal crianças ouvirem contos que envolviam assombrações. Os pais não se preocupavam com o impacto que esse costume traria ao desenvolvimento dos seus filhos. Talvez porque eles também passaram por isso, ou por displicência mesmo.

    Aqueles casos, que mesmo sem provas, eram considerados verídicos e bastante convincentes para um ser humano imaturo e influenciável.

    Sempre fui uma criança medrosa. Daquelas que tinha medo de ir ao banheiro à noite; então chamava por meus pais para me acompanhar. Eles me questionavam os motivos e me explicavam que não havia razão para tal comportamento, que eu tinha que enfrentar meus temores, mesmo sem muita vontade da minha parte.

    Espelhos me causavam pavor; possivelmente por eu não entender direito como funcionavam, Sempre que passava por um, era o mais rápido que podia; quando não era possível correr, o encarava desafiador e desconfiado. Acreditava que tivesse alguém do outro lado, como se fosse um portal para uma outra dimensão, esperando apenas uma oportunidade, um deslize meu.

    Faziam seis meses que meus pais e eu

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