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Educando Com Amor
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E-book111 páginas1 hora

Educando Com Amor

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Sobre este e-book

Educar é uma tarefa complexa e desafiadora, que exige dos pais um envolvimento constante e um desejo latente de evoluir e aprender. Nessa missão de educar revisamos nossos comportamentos, crenças e valores a fim de sermos espelhos mais limpos para nossos filhos. A realidade é que nossa vida nunca mais será a mesma e isso pode causar uma imensa confusão, insegurança e também solidão. Tudo o que escrevo aqui vivo diariamente. Também sinto na pele as dores e delícias de educar um ser humano e acredito que não existe segredo maior para filhos emocionalmente saudáveis do que educar com amor. Sim, o amor é a mola propulsora do sucesso e por isso estou aqui, para compartilhar com vocês não uma receita, mas ideias de como colocar em prática uma educação mais gentil, afetiva e respeitosa. A cada capítulo busco envolver meus leitores em seu próprio florescimento, para que assim as gerações futuras colham os frutos de tamanho plantio. Que você descubra que educar não é moldar ou esperar que seus filhos se tornem perfeitos, mas sim firmar laços eternos. É isso que desejo a você.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de ago. de 2019
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    Pré-visualização do livro

    Educando Com Amor - Caroline Nascimento Cardoso

    Melhorando sua comunicação

    CAPÍTULO 1

    A comunicação não violenta (CNV)

    O que você acredita vir a ser comunicação não violenta? Já ouviu falar do termo? Você já reparou que existem pessoas que mantêm sua compaixão para com os demais mesmo durante situações difíceis e outras que alteram totalmente seu estado mental, sobrecarregando relacionamentos?

    A CNV não é um mecanismo novo, muito pelo contrário. Ela resgata o que já sabemos há muito tempo e parece esquecido. Trata-se de relembrar uma maneira humana de tratamento com os outros, garantindo relacionamentos mais saudáveis. A comunicação não violenta nos auxilia a ressignificar o que sentimos e ouvimos, deixando de ter atitudes automáticas e impensadas, passando para um estágio de consciência do que sentimos, precisamos e queremos. Ela nos ensina a observar mais atentamente os comportamentos que estão nos afetando.

    Será que nossos relacionamentos com nossos filhos mudariam drasticamente se não utilizássemos técnicas como o recuo, a defesa e a resistência? Com toda certeza, sim!

    A comunicação não violenta nos auxilia a ter um olhar mais empático, analisando as necessidades das crianças sob lentes mais humanas e imparciais e isso está diretamente ligado ao amor incondicional. Amar incondicionalmente significa amar sem medidas, sem esperar nada em troca, dispondo-se de coração e entregando-se a esse relacionamento.

    "Nunca me sinto mais presenteada

    Do que quando você recebe algo de mim

    Quando você compreende a alegria que sinto ao lhe dar algo.

    E você sabe que estou dando aquilo não para fazer você ficar me devendo,

    Mas porque quero viver o amor que sinto por você.

    Receber algo com boa vontade pode ser a maior entrega.

    Eu nunca conseguiria separar as duas coisas.

    Quando você me dá algo, eu lhe dou meu receber.

    Quando você recebe algo de mim, eu me sinto tão presenteada".

    O cerne da CNV é doar-se para o bem-estar de alguém e com isso toda essa energia iluminada espalha-se para quem o fez. Para que isso ocorra, precisamos entender os 4 elementos da CNV:

    Observação

    Sentimento

    Necessidade

    Pedido

    1.Observação

    A observação é extremamente importante para que uma boa comunicação ocorra, mas para isso é preciso estar presente. Só estando no momento atual é que você consegue observar atentamente todas as circunstâncias do fato. Enxergar o que o outro está fazendo ou dizendo e se isso é ou não enriquecedor para sua vida.

    2.Sentimento

    Você precisa entender como se sente com relação ao que o outro disse/fez. Quais emoções surgem a partir daquela situação? Você sente raiva, tristeza, mágoa, vergonha? Onde você sente isso no seu corpo?

    3.Necessidade

    Perceba qual necessidade aquela situação desperta em você.

    4.Pedido

    O quarto elemento é um pedido específico diante daquela situação. Por exemplo:

    Situação=seu filho arremessou a comida no chão

    Observação=você viu isso acontecer

    Sentimentos=sentiu raiva

    Necessidade=que a casa esteja limpa

    Pedido=que ele limpe

    Assim, você poderia abordá-lo da seguinte forma: filho, eu vi que você jogou toda sua comida no chão e isso me deixou muito irritada porque eu preciso que a casa esteja organizada, então por favor, você poderia limpar?!.Para que exista uma comunicação não violenta, é necessário que a expressão desses 4 elementos dê-se de forma muito clara e objetiva, de fácil entendimento para a criança. Muitas vezes evitamos expor nossos sentimentos por acreditar que a criança não consegue lidar com essa expressão, mas na verdade quanto mais mostramos que é natural ter todas as emoções, mais a criança entende que pode lidar com isso de uma maneira saudável e feliz.

    O cérebro da criança expande-se ao espelho do cérebro dos pais, então pais que estão em desenvolvimento garantem que seus filhos também estejam. Para que a conexão ocorra em uma via de mão dupla, é preciso que você também observe qual o sentimento, a necessidade e o pedido do outro em relação a uma situação com você mesmo.

    A CNV resgata nosso estado compassivo natural e auxilia na profundidade do relacionamento, seja conosco ou com os outros, permitindo que todos floresçam. Como consequência, seu filho vai sentir-se cada vez mais acolhido e apropriado de si mesmo nesse processo.

    Mas e aí? Todo esse processo parece muito simples, não é? Então por que será que não conseguimos praticar essa forma de comunicação no nosso dia a dia com tanta facilidade? Chegou a hora de falarmos sobre as formas de comunicação alienantes da vida.

    JULGAMENTOS MORALIZADORES

    Um dos principais bloqueios para uma comunicação mais afetiva é o julgamento de que tudo aquilo que é contrário aos nossos valores e crenças é ruim ou errado. Ao lançarmos esse olhar automático ao discurso do outro, o rotulamos como preguiçoso, egoísta, mau caráter etc. A depreciação, a rotulação, a crítica e o insulto são formas de julgamento. Aqui a palavra-chave é quem é o que.

    Quando enxergamos o mundo de maneira dicotômica, dividido entre bom e mau ou certo e errado, elevamos nossos valores à posição de intocáveis e assim dificultamos uma comunicação compassiva e estimulamos a violência.

    COMPARAÇÃO

    A comparação é outra forma de julgamento e um dos grandes males do século. Comparar-se com o outro é a porta de entrada para infelicidade. Buscamos incansavelmente atingir padrões que são inatingíveis porque sequer existem, afinal quem os ditou não acreditou estar seguindo o padrão também? Maluco, né? Mas já parou para pensar nessa bola de neve?

    Outra forma de comunicação alienante é a negação de responsabilidade. Quando negamos a responsabilidade sobre nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos nos alienamos de nossa própria vida, apagamos da zona da consciência de que somos donos de nós mesmos e que absolutamente tudo que fazemos é uma escolha, muito embora nem sempre isso esteja claro.

    A exigência também é uma comunicação que bloqueia a compaixão, porque cria naquele que não cumpre o que lhe é esperado um sentimento de culpa ou medo de punição. Quando nos encontramos em determinadas posições

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