Depois Da Caverna

De Rízia Eduarda Andrade

A continuação do livro: A Caverna. Para entender bem tem que ler o primeiro.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 21 de set. de 2019

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Depois da Caverna

Easparedescomeçama cair...

*Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Rízia Eduarda Andrade

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Ficha catalográfica

ANDRADE, Rízia Eduarda. Depois Da Caverna: e as paredescomeçamacair.. Frei Paulo, Sergipe. Editora: Eu mesma. Publicação: Clube do Autor. 2019.

1 Assunto geral: literatura

2 Assunto especificos: teologia, filosofia, psicologia e qualquer outra ciência.

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Apresentação ........................................................................

Capítulo1 ................................................................................

Capítulo2 .................................................................................

Capítulo3 .................................................................................

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Odin retornou ao grande salão e ordenou que a filha de Loki se aproximasse.

Olhou fixamente para a menina: do lado direito do rosto, a face era branca e rosada, o olho do mesmo tom de verde de Loki, os lábios cheios e carmesins. Do lado esquerdo, a pele era mancha - da e estriada, com marcas inchadas da morte, havia um olho cego e podre, pálido e sem vida, e a boca sem lábios estava murcha e repuxada sobre dentes marrons.

__Qual é o seu nome, menina? – Perguntou o pai de todos.

__Se o nome for do seu agrado, pai de todos, me chamam de Hel.

__Uma criança educada – observou Odin. – Preciso reconhecer. Hel não respondeu, apenas o encarou com seu único olho verde, penetrante como uma lasca de gelo, e com seu olho branco, em - botado, destruído e morto. Odin não viu medo nela.

__Você está viva? Ou é um cadáver?

__Eu sou apenas eu mesma: Hel, filha Angrboda e de Loki. E gos - to muito dos mortos. São mais simples e falam com deferência. Os vivos me olham com repulsa. (Gaiman, Neil. Mitologia Nórdi - ca, pg. 92, 93)

Dedicoatodosqueleramoprimeirolivrodesta série.

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade] [ 10 ]

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Capítulo 1 – O Começo do Fim da Última Guerra

Belo dia as paredes da Caverna começaram a cair e suas ruínas eram visíveis e grotescas, porém, havia aqueles que ainda achavam que o seu mundo sombrio prevalecia (pobres tolos!).

Deixem-me retroceder um pouco e falar o que aconteceu quando aquele homem misterioso foi embora: Bernardo me procurou novamente e dessa vez ele veio com uma conversinha muito estranha, algo feito só para me confundir. Ele sabia que eu sabia da Babe. Mas àquela altura do campeonato já não ligava para a rapariga que ele tinha deixado por aí para divertir os homens e as mulheres do Castelo. Sabendo que não cairia na lábia dele, Bernardo resolveu jogar sujo, ele disse bem assim:

__ Faz muito tempo que não nos vemos não é? Parece até uma eternidade. Pensei até que você tinha ido embora da Caverna.

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Eu que já estava bem mais calma e resoluta [havia três meses que o homem tinha ido embora, e durante este tempo aprendi a controlar bem meus nervos, na verdade, me aperfeiçoei na arte de domar as palavras, os gestos e as intenções, tudo bem calculado]. Então respondi tranquilamente:

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

__ Sim Bernardo eu tenho andado bem sumida mesmo, é que estou muito ocupada com coisas extremamente importantes, você não conseguiria entender. E, não, não consegui sair da Caverna. Acho até que não vou sair mais daqui, posso achar meu lugar por aqui mesmo, quem sabe…

__ Sério!? Mas lembro que quando você chegou aqui achava este nosso mundo tão sombrio, então como é possível que agora você queira ficar! Parece algo muito contraditório.

Eu (quase histérica) ri e respondi:

__ Bernardo, Bernardo! Logo você vem me chamar de contraditória! Ora, você que sempre foi tão distinto… bom, deixa isso para lá...

__ Estás a falar da Babe?

__ Falas português de Portugal agora?

__ Sou português. Lembra?

__ Tu não és Português nem aqui nem na China. E não se dê mais ao trabalho de tentares mentir para mim, porque eu sei que você não é de Portugal nem de qualquer outro país do meu mundo.

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Depois Da Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

__ Sei que não sou do seu mundo, mas conversei muito com os principais poetas e escritores de vocês, gostei particularmente do português, é uma língua maravilhosa…

__ É mesmo?! Que interessante! Mas, duvido que você entenda alguma coisa de poesia ou de qualquer assunto verdadeiramente humano, você só sabe mesmo é ficar imitando os outros e se repetindo