Um Mundo Novo Para Lívia
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Um Mundo Novo Para Lívia - Paulo Elias André
Um Mundo novo para Lívia
Paulo Elias André
Dados da Obra:
Titulo: Um mundo novo para Lívia
Autor: Paulo Elias André
Gênero Literário: Infanto-Juvenil
Diagramação: Cristiane Calderaro (Cris)
Edição: 01
Escrito em: 2015/2016
Paulo Elias André
Caro Leitor,
É com grande satisfação que aqui compartilho a minha primeira obra de natureza Infanto-juvenil, uma vez que meu gênero literário é mais voltado para ficção/romance/drama especialmente para jovens e adultos. Faço aqui uma homenagem a minhas filhas e a todas as crianças que merecem viver em um mundo maravilhoso, colorido e cheio de fantasia e de esplendor. Nasci no ano de 1980. Sou natural da cidade de Vila Velha/ES, onde moro com minhas filhas e com minha esposa (Cris). Comecei a me dedicar a esse trabalho no dia em que uma de minhas filhas (Lívia) completou 03 anos e a conclui entre 2015 e 2016. Nessa obra busco retratar minha visão para um mundo mais simples, mágico e melhor para se viver.
O autor
E
nquanto ouve o assovio de um vento faceiro que sopra de várias direções do Grande Jardim, a pequena e eufórica Lívia continua a correr, deixando a cansar a pobre amiga Brisa. Como de costume, a jovenzinha escolhe o alto do Monte Lanna
para ser seu refúgio, a fim de ali se assentar e repousar. É ali seu lugar preferido, entre todos que conhece. Dali se é possível visualizar quase todas as direções onde sua inocente vista pode alcançar. Quase todas
.
Como é bom vê-la a brilhar, querida Serafim
, pensa tendo o olhar lançado para a grande estrela, aquela que brilha durante o dia.
- Puxa vida, menina Lívia. Por que você vive a correr? Será que não consegue ficar parada? – questiona a amiga, assim que alcançar aquela que costuma correr por entre as árvores, arbustos e pelos belos e floridos campos.
- A vida é tão bela, não é Brisa?! – diz a pequenina, com certo brilho nos olhos.
- Hum! – resmunga a borboletinha notavelmente cansada. – Hora essa!
- Por que você simplesmente não relaxa e curte toda essa linda paisagem a qual contemplamos todos os dias? – sugere a menina que logo se deita na grama verde e macia do lugar. – E afinal, por que você está se queixando se nem precisa correr como eu!
Logo, a linda e serena borboleta azul pousa na ponta do nariz da amiguinha. Por alguns minutos, ficam sem falar nada, apenas curtindo o silêncio, o maravilhoso ar fresco e a paisagem inusitada que se estende para todas as dimensões do lugar.
- Esse monte me traz tanta paz e tranquilidade que às vezes até consigo fugir das perguntas alojadas em minha cabeça, as quais tanto insistem em não calar! – afirma a jovenzinha que agora tem o olhar perdido na maravilhosa imensidão.
Preocupa-me guando a menina Lívia fica com essa carinha pensativa. Isso geralmente não acaba bem
pensa Brisa. Tomara que ela não nos meta em mais uma confusão
.
- Eu não consigo parar de imaginar o que pode haver além daquelas que são chamadas árvores trançadas, pois daqui nossa visão não consegue ultrapassá-las! – diz a menina.
- Já falamos muito sobre isso amiga. Você sabe muito bem que o Mestre Coruja nos proibiu e nos fez prometer de jamais nos aventurarmos naquela direção! – diz a borboleta azul com uma expressão preocupada na face.
- Eu sei disso Brisa, mas sinto que tem algo muito importante a ser descoberto naquela direção! Você também não Acha? – insiste a menina cuja curiosidade costuma sempre falar mais alto.
- Isso é bobagem amiga! – afirma Brisa. – O que haveria por lá que pudesse ser mais especial do que o que temos aqui?!
- Sabe Brisa, hoje estou fazendo cinco anos e tudo que quero de verdade são respostas para minhas perguntas, das quais todos sempre fogem! – diz Lívia fitando a amiga.
Nesse momento a borboleta sai do nariz da menina e começa a voar em círculos, tomada agora por muitos pensamentos.
- Querida amiga, você sabe que há perguntas que simplesmente não devem ser feitas! – diz.
- Mas minha permanência nesse lugar já se estende há exatos três anos, já que com apenas 02 fui trazida para cá. E eu nem se quer consigo me lembrar de como é o lugar de onde vim! – reclama a menina enquanto abre sua mochila, de onde tira uma boneca, toda apertada, feita de panos tipo jeans envelhecidos. Logo, senta-se em uma pedra pondo-a em seu colo.
Nádia. Às vezes penso que só você me entende
, pensa enquanto acaricia os retalhos que fazem a vez dos cabelos da boneca.
- Não gosto de ver você assim, amiguinha. Principalmente hoje que é um dia tão especial para você. Se houver alguma coisa que eu possa fazer para afastar sua tristeza é só pedir e prometo me esforçar para satisfazê-la! – diz a borboletinha mostrando-se preocupada com a amiga. Desde que não seja nada que envolva o lado norte do nosso jardim
, pensa.
Cheguei aqui no dia em que completei 02 anos e desde então, embora eu tenha aprendido a amar tudo e todos que vivem aqui, sinto um vazio em mim, como se eu tivesse que estar do lado de fora desse lugar, ao lado de meus pais
, pensa a menina que continua a afagar os cabelos da boneca que traz com sigo desde sua chegada.
- Diga alguma coisa Lívia, por favor, poupe-me da angustia de vê-la tão pensativa! – suplica Brisa não podendo deixar de notar a tristeza no olhar perdido da menina. Logo pousa em seu ombro.
- Se quer mesmo fazer algo por mim no dia de hoje que me é tão especial, então me ajude a chegar até aquele lugar! – diz a menina apontando exatamente para a direção onde se vê um imenso fundo azul escuro.
- Não seja teimosa amiga. Você sabe que aquele lugar é proibido! – retruca Brisa.
"Espero que a Lívia goste tanto