O Que Os Bancos Não Querem Que Você Saiba
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O Que Os Bancos Não Querem Que Você Saiba - Lucas Delassis
O QUE OS
BANCOS NÃO
QUEREM QUE
VOCÊ SAIBA
Aprenda a renegociar suas dívidas.
Adeus desigualdade social brasileira.
Lucas Delassis
[ 2 ]
Nesta obra, além de mostrar a estrutura da desigualdade
social no país, explicando como a elite brasileira consegue
colocar os 99% mais pobres da população de joelhos,
retrata-se a perversidade do setor bancário no Brasil e o
seu grande esforço em manter a estrutura de poder da
forma como ela é, para que a população não perceba, se
mobilize e exija que seus governantes intervenham nos
ganhos atípicos dos bancos através dos juros abusivos, o
que por consequência traria um grande ganho no poder
de compra da população, levando a um melhor bem estar
social. Através de princípios de educação financeira, o
livro busca também orientar os leitores de como colocar
suas finanças em dia, através da compreensão da relação
de valor/preço das coisas e o poder que os juros têm de
destruir nossa saúde financeira, além de trazer as técnicas
para renegociação de dívidas com os bancos, podendo
muitas vezes ter descontos de mais de 90% sobre os
juros totais das dividas, em situações em que a população
sem conhecimento, acaba caindo nas armadilhas das
instituições financeiras e entrando em um estado de
superendividamento, fruto do empréstimo pessoal, do
[ 3 ]
rotativo do cartão de crédito e do cheque especial,
tornando-se escravos financeiros dos bancos, pois a
pessoa acaba passando a vida trabalhando apenas para
pagar seus carrascos, não podendo ter direito a uma vida
digna como qualquer cidadão brasileiro deveria ter direito,
assim sendo, a idéia do livro não é mostrar a capacidade
de escrita do autor, mas sim escrever de forma clara,
curta e objetiva, em uma linguagem simples longe dos
termos técnicos usados para separar os letrados do resto
da população, de maneira que qualquer individuo possa
compreender com facilidade o conteúdo aqui exposto.
Toda frase ou palavra que poderia trazer dificuldade de
interpretação ao leitor foi retirada.
[ 4 ]
Sumário
1 – Introdução
2 – Desigualdade social
3 – Origem e função dos bancos na economia
4 – Bancos no Brasil
5 – Educação Financeira
6 – Renegociando dívidas: empréstimo pessoal,
rotativo do cartão de crédito e cheque especial
[ 5 ]
INTRODUÇÃO
Sempre fiquei indignado com a desigualdade social vivida
em nosso país, quando paro o carro no sinal e vejo
pessoas com aquele olhar triste, sentindo-se humilhadas
por estarem debaixo do sol pedindo esmola simplesmente
para poderem sobreviver, ao ver moradores de rua,
moradores de favelas vivendo em condições desumanas,
revirando latas de lixo, vendo metade da população – isso
mesmo, metade – vivendo com cerca de R$413,00
mensais, segundo estudo realizado pelo IBGE, (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) o que é menos da
metade do salário mínimo, que em tese garantiria pelo
menos o mínimo para a sobrevivência, tudo isso me causa
uma enorme tristeza, algumas situações vistas me fazem
sentir até vergonha de ter o privilégio de ter uma casa,
um carro, um emprego, comida na mesa, tempo de lazer,
enquanto muitos não tem absolutamente nada e que se
isso não for escopo das discussões e resolvido com
[ 7 ]
extrema urgência, nenhuma outra discussão me parece
ter sentido.
Nem sempre podemos dar uma moeda para ajudar estas
pessoas e se você analisar bem a situação, nem
deveríamos dar mesmo, já que pagamos altos impostos
para o governo e caso não saiba, a função do governo é
uma só, redistribuir renda, ou seja, é pegar uma fatia de
tudo o que todos nós ganhamos e produzimos, através
dos impostos e prestar um serviço que redistribua esta
riqueza da maneira mais eficiente possível, fazendo com
que todos os seus habitantes tenham direito a uma vida
digna e estável. No mundo lúcido, normal e empático,
aqueles que acumulam mais, contribuem com mais
impostos para que o Estado consiga garantir estes direitos
aos menos afortunados.
Não pensem que isto é uma utopia ou uma filosofia
comunista como a elite e seus economistas comprados
tentam denegrir, esta é apenas a filosofia econômica
alcançada por todos os países desenvolvidos do nosso
planeta e quando dizemos todos, são literalmente todos.
[ 8 ]
Aprendi por observação que o sentido da vida deva ser
dois: o individual que é a busca da nossa própria
felicidade, ao qual está ligada a fatores pessoais que
somente nós mesmos podemos idealizar e o sentido
coletivo, que é ajudar os outros a alcançarem a própria
felicidade, esta relação se da pelo fato de que não
podemos ser felizes sozinhos, sempre dependemos de
fatores externos: da nossa família, da namorada, dos
amigos, das pessoas que vivem no nosso meio, dos
empreendedores que trazem riquezas para nossas vidas
como: padarias, restaurantes, lojas de roupas, fábricas de
bolas de futebol, de produtos femininos, das construtoras
para fazerem nossas moradias, etc. logo para que o
mundo entre em harmonia, é necessária uma
reciprocidade na busca pela felicidade, ajudar e ser
ajudado.
Mas se não tenho como ajudar todos os brasileiros
sofridos, eu queria poder contribuir com alguma coisa que
pelo menos melhorasse um pouco as suas vidas e sendo
assim, resolvi escrever esta obra, pois eles podem nos
tirar todos os direitos previstos na Constituição, mas não
[ 9 ]
podem nos tirar o conhecimento, o conhecimento liberta e
através dele podemos encontrar as ferramentas certas
para enfrentar este sistema injusto e desigual vivido no
nosso país e melhorarmos a qualidade de nossas vidas.
Por isso vou mostrar como funciona a estrutura da
desigualdade social do Brasil, quem são seus
responsáveis, como os bancos cumprem o seu papel nesta
estrutura e no último capitulo espero poder ajudar
aqueles que covardemente caíram nas armadilhas dos
juros do cheque especial, do rotativo do cartão de crédito
e do empréstimo pessoal e que hoje se tornaram escravos
financeiros dos bancos, muitas vezes pegando um
empréstimo de um mil reais que se tornou uma bola de
neve, alcançando cifras de 15..20..30..100 mil reais em
dívidas e tudo o que esta pessoa ganha trabalhando, é
transferido para o bolso dos banqueiros através dos juros
e assim espero poder ensinar as