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Livro 1: A Jovem Princesa. A Garota Da Vila Oculta
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Livro 1: A Jovem Princesa. A Garota Da Vila Oculta
E-book96 páginas1 hora

Livro 1: A Jovem Princesa. A Garota Da Vila Oculta

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Sobre este e-book

Japão, final do século XVI. Na cidade Edo vive Ruri, uma misteriosa vidente de olhos azuis. Quem é ela e quais são os segredos que ela esconde? Como ela está relacionada com a mulher chamada Sumire, líder da trupe de atores? Esse segredo está em um passado bem distante. No século II, o País de Yamatai era reinado por Himiko, a Dama da Face dourada (seu rosto era escondido por uma máscara de ouro), ela herdou de sua mãe três símbolos sagrados de poder da Grande Deusa do Sol. Ela era servida por uma Donzela Celestial, que já havia conhecido no passado uma mulher misteriosa de olhos azuis no passado.

Trecho retirado do livro:
...A mulher e suas filhas imediatamente ficaram impressionadas com a qualidade das coisas ao seu redor. Tais itens só podiam ser adquiridos por aristocratas de classe média ou cidadãos ricos.
Após trocar uma séria de palavras de gentilezas, Ruri os convidou para se sentarem em uma pequena mesa sob o tatami. A mulher e suas filhas rapidamente se sentaram. Os samurais, garantindo para que nada acontecessem com sua senhora e suas filhas, ficaram calmamente em pé próximo à mesa.
Eles não pareciam incomodar nem um pouco a Ruri. Ela frequentemente fazia previsões para nobres e mulheres ricas da cidade, que vinham visitar obviamente com escolta.
”O que a senhora deseja saber?” Perguntou a vidente de olhos azuis. ”Seu future, ou o de suas filhas?”
”Primeiramente, eu gostaria de saber o futuro da minha filha mais velha. Então em ordem de senioridade: a filha do meio e então a mais nova.” a mãe gesticulou para suas filhas uma de cada vez.
”Que assim seja.” Ruri acenou com a cabeça.
***
...De repente, a garota percebeu algo: os céus escureceram bruscamente e uma névoa impenetrável começou a cobrir os arredores. A garota entrou em pânico e correu a procura de uma saída da floresta. Mas infelizmente, o inevitável aconteceu: ela se perdeu, e quando percebeu já era tarde demais.
”Se eu ficar parada, aí sim que eu nunca conseguirei deixar essa floresta”. Ela pensou. ”É só eu ir com cuidado. Com a ajuda da grande Deusa Amaterasu, sairei daqui em segurança. Preciso encontrar minha empregada também.”
Himiko mentalmente ofereceu uma oração a Deusa, e lentamente partiu em busca da saída. No começo ela seguiu por uma trilha plana, mas de repente, o caminho da floresta começou a subir. Para sua surpresa, e garota percebeu estar caminhando por uma trilha nas montanhas.
Himiko então ouviu o ronronar de um gato, e imaginou que algum lugar ali próximo poderia haver a casa de alguém. ”Irei perguntar aos moradores como posso voltar para a capital. Talvez eles me deixem ficar em sua casa até essa névoa ir embora!” esse pensamento passou por sua cabeça.
Ela foi caminhando, e de tempos em tempos escutava o ronronar do gato. Himiko andou por bastante tempo. Mas a névoa ainda a envolvia como se fosse um casulo.

Japão, final do século XVI. Na cidade Edo vive Ruri, uma misteriosa vidente de olhos azuis. Quem é ela e quais são os segredos que ela esconde? Como ela está relacionada com a mulher chamada Sumire, líder da trupe de atores? Esse segredo está em um passado bem distante. No século II, o País de Yamatai era reinado por Himiko, a Dama da Face dourada (seu rosto era escondido por uma máscara de ouro), ela herdou de sua mãe três símbolos sagrados de poder da Grande Deusa do Sol. Ela era servida por uma Donzela Celestial, que já havia conhecido no passado uma mulher misteriosa de olhos azuis no passado.
Himiko também pretendia fortalecer as fronteiras dos pais, com a intenção de resistir aos ataques das tribos selvagens. Para realizar isso, ela foi escondida para o exterior, até o Império Han. No seu lugar no trono, Himiko deixou uma sósia, uma mulher do lendário Clã Celestial. Himiko pretendia adquirir 'pólvora de fogo'. Tendo embarcado em um navio mercante, a governante da Face Dourada não fazia ideia de que sua jornada aparentemente normal, seria cheia de perigos que colocariam sua vida em risco... Como o destino de
IdiomaPortuguês
EditoraTektime
Data de lançamento27 de out. de 2022
ISBN9788835445432
Livro 1: A Jovem Princesa. A Garota Da Vila Oculta

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    Livro 1 - Elena Kryuchkova

    Livro 1. Jovem Princesa. A Garota da Vila Oculta

    Prólogo 1. A Vidente de Olhos Azuis e as Crianças Nascidas sob as Estrelas

    O vigésimo quarto ano do reinado do Imperador Ogimachi (pessoa histórica, viveu entre 1517-1593).

    O Pantanal da região de Kanto, local onde o Rio Sumida deságua na Baia, era chamado de Edo. Esse nome significava 'Entrada da Baía' ou 'Estuário'. No século XII, o governante local construiu uma pequena fortaleza no local.

    No entanto, o início da cidade de Edo foi estabelecido mais tarde, quando um governante local chamado Oota Doukan ordenou a construção de um pequeno castelo no local de uma antiga fortaleza, a fim de proteger suas terras de seus inimigos. A data oficial da fundação da cidade foi considerada no dia em que a construção do Castelo de Edo foi concluída (8 de abril de 1457).

    A propósito, o castelo consistia em três partes e tinha duas torres e cinco portões. Os arredores dele era protegido por um fosso com água. A cidade próxima do castelo cresceu a partir da vila de Hirakawa, que ficava localizada na margem sul do Rio de mesmo nome. A cidade cresceu gradualmente. Más, após onze anos, Oota Doukan foi morto e a cidade rapidamente entrou em decadência.

    No entanto, foi em Edo que uma mulher de olhos azuis chamada Ruri viveu. Ela era considerada uma excelente vidente, não apenas entre os residentes, mas até mesmo entre as nobres mulheres de outras províncias que viam atrás de seus serviços.

    A mulher de olhos azuis dizia que seu avô era português (eles foram os primeiros europeus a chegar no Japão em 1543). Por causa dessa explicação, ninguém achava estranho o fato de seus olhos serem diferentes.

    ***

    Uma garota de oito anos de uma nobre família, com uma aparência encantadora e longos cabelos escuros, cavalgava em uma carruagem com sua mãe e suas duas irmãs mais velhas, que eram lindas moças igualmente encantadoras. A garota estava confusa: por que elas estavam indo tão longe? Por que elas estavam fazendo tudo isso só para ver uma mulher duvidosa para saber uma previsão do futuro?

    Recentemente, a mãe das meninas ouviu falar sobre a Sra. Ruri que vivia em Edo. Com isso ela pediu permissão ao seu irmão, a fim de fazer uma visita junto de suas filhas a essa vidente. A mulher ficou viúva há alguns anos e teve que voltar para seu clã que estava sob os cuidados de seu irmão, uma pessoa muito influente. A mulher desejava saber sobre o futuro de suas filhas. Seu irmão nada tinha contra essa viajem e providenciou pessoas de confiança para acompanhá-la durante a viagem.

    A carruagem com às três meninas e sua mãe, cercada por guerreiros armados, estava se movendo pelas ruas de Edo. As pessoas que se encontravam no caminho, entendiam imediatamente que aquela era uma carruagem de uma pessoa nobre. E apenas por segurança, se curvavam com medo de irritar o 'Misterioso Senhor' ou a 'Poderosa Senhora' e acabarem perdendo suas cabeças.

    A filha mais velha de 12 anos, vestida com um quimono laranja, e a filha do meio de 11 anos, vestida com um a roupa amarela, conversavam alegremente sobre a sua visita a vidente. A mãe das meninas 'encarava o vazio', imersa em seus próprios pensamentos. O quimono da mulher era azul pálido, e era como se realçasse a palidez de seu rosto, lhe dando uma semelhança de uma criatura mística.

    Quanto a filha mais nova, ela vestia uma roupa verde clara. E nesse momento ela estava lendo um pergaminho antigo. Os vários acontecimentos complexos em sua vida, apesar de muito jovem, fizeram com que ela se tornasse bastante pensativa. A menina lia textos que eram bastantes difíceis para alguém de sua idade, e às vezes ela tentava se esconder nos livros dos vários problemas que a cercavam.

    De repente, a carruagem parou. A menina mais nova tirou os olhos do pergaminho. Parece que chegamos na casa da Sra. Ruri. ela pensou.

    Apesar de sua idade, ela era extremamente cética em relação a previsões. Essa desconfiança por todos os tipos de médiuns, videntes e astrólogos tinha um motivo.

    O Onmyouji em serviço de seu tio, o irmão mais velho de sua mãe, era com completo charlatão aos olhos da menina. Onmyouji eram pessoas que praticavam os ensinamentos de Yin e Yang, o Onmyou. Ele chegou no Japão no início do século VI, primeiramente como um sistema de adivinhação. Mas gradualmente o Onmyou se tornou uma combinação de astrologia, magia, filosofia e ciências naturais.

    O conceito do Onmyou apareceu um pouco mais tarde por volta do século VII, e veio se tornando cada vez mais popular. E com a ordem do imperador, foi fundado o Departamento de Estado do Onmyou.

    Basicamente, os Onmyouji faziam leituras de horóscopos, adivinhações, exorcizavam espíritos malignos e até quebravam maldições. Os Onmyouji usavam o 'Livro das Mutações' (I Ching) para as suas adivinhações, também usavam calendários especiais e astrologia. O Livro das Mutações, também conhecido como I Ching, era uma das escrituras de adivinhação mais antiga da história da China. Ele consistia em 64 hexagramas, cada um simbolizando uma situação em particular de um ponto de vista e seu desenvolvimento gradual.

    Acreditava-se que os Onmyouji supostamente sabiam como invocar shikigamis (espíritos invisíveis aos olhos de meros mortais, e que são selados em uma folha de papel). Mas isso apenas fazia a jovem garota rir. É claro que o 'alvorecer' dos Onmyouji despencou completamente há vários séculos durante o período Heian, mesmo assim, ainda havia figurões de alto escalão que recorriam aos seus serviços.

    A menina via como o Onmyouji que estava sob o serviço de seu tio, bajulava ele e seus filhos, primos da menina. Os videntes profetizavam um futuro brilhante e que eles conseguiriam superar todos os tipos de obstáculos.

    No mesmo instante, um dos samurais que acompanhavam a carruagem bateu levemente na porta e disse:

    Minha senhora, chegamos na casa da Sra. Ruri.

    Excelente! a mulher se animou. Ela parecia estar distraída em seus próprios pensamentos até agora. Ela chamou suas filhas: Meninas, estamos descendo da carruagem!

    A filha mais nova colocou o pergaminho no assento da carruagem e seguiu sua mãe e irmã mais velha. Quando a garota passou pelas cortinas da carruagem, a luz forte do sol atingiu seus olhos. Bem na sua frente havia uma casinha bem arrumada, com telhados de azulejos laranja brilhantes.

    Sakura e laranjeiras cresciam perto da casa. As flores de Lycoris seguiam por todo o caminho de paralelepípedo. Mas o momento para elas florescerem ainda não havia chegado, tradicionalmente isso

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