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O PODER DA ADOÇÃO: AMOR ÁGAPE COLORINDO A VIDA
O PODER DA ADOÇÃO: AMOR ÁGAPE COLORINDO A VIDA
O PODER DA ADOÇÃO: AMOR ÁGAPE COLORINDO A VIDA
E-book129 páginas1 hora

O PODER DA ADOÇÃO: AMOR ÁGAPE COLORINDO A VIDA

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Sobre este e-book

O presente livro é uma exposição de uma experiência pessoal do sentimento de identificação com a adoção e seus processos. O sentido da adoção é abordado em diversos aspectos como a frustração de não ser aceito pela família de origem, as ideias intrusivas de como seria sua vida, até o processo de aceitação da sua história com a família original, a família adotiva e com a família que um dia o sujeito escolherá. O livro busca expressar em uma linguagem acessível um contato real entre a angústia de um adotado e de um adotante e seu processo de elaboração da própria história familiar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de nov. de 2022
ISBN9786580387298
O PODER DA ADOÇÃO: AMOR ÁGAPE COLORINDO A VIDA

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    O PODER DA ADOÇÃO - Soraya Duarte Araújo

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço, primeiramente, a Deus, o autor da minha história, e a todas as pessoas que Ele colocou em meu caminho. Através delas, tornei–me quem sou.

    Agradeço profundamente aos meus pais, Vandaluce Duarte e Edvaldo Amorim, e à família das mulheres guerreiras Regina Duarte, Vera Duarte e Carmem Duarte.

    À Sebastiana, por ter me dado à luz.

    Aos meus irmãos, Edvandro Amorim, Edvaldo Filho Amorim, Edvane Amorim, Mylinda Eriksson, Karl Sandstroom e Adriano, onde quer que você esteja, saiba que amo você. Preciso agradecer aos pais dos meus irmãos, os casais Malin, Anders Sandstroom e Ulla e Roland Eriksson. Eu amo profundamente cada um de vocês.

    Também gostaria de agradecer a toda a Comunidade Brasileira da Suécia; este escrito é um pequeno registro de suas raízes, nunca se esqueçam de onde vieram, que Deus continue abençoando cada um de vocês.

    Não posso deixar de mencionar os responsáveis pelo processo de reconstrução da minha história, minha eterna gratidão ao delegado Sidney Atis, o responsável pelo controle de adoções para o exterior da Polícia Federal de Aracaju, e à Dra. Fátima Paula, assistente social do Juizado de Menores da Justiça do Estado de Sergipe; através do empenho profissional e humano de cada um de vocês, foi possível olhar para trás e saber de onde eu vim, sendo grata aonde consegui chegar.

    Preciso manifestar a gratidão pelo amor nascido em mim, Ana Alice, minha filha amada. Este livro é a minha lembrança eterna para você, nenhum ser humano pode ser eterno, mas suas histórias, memórias, músicas, artes, ideias, isso é eterno, jamais poderá ser roubado de você. Eu te amo, minha pequena. Você é um dos capítulos mais lindos que Deus escreveu para mim. Que o Senhor Jesus e o Espírito Santo sempre estejam com você em cada capítulo da sua vida e que a palavra Dele seja eu eterno caminho. Com muito, muito amor, mamãe.

    Mas não me gabarei de mim mesmo, a não ser das coisas que mostram as minhas fraquezas. Três vezes orei ao Senhor, pedindo que ele me tirasse esse sofrimento. Mas ele me respondeu: A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco. Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo.

    (2 Coríntios 12:5,8,9)

    "Sinto muito, mas eu sinto o que sinto

    O meu coração não sabe se esconder

    Não consigo escolher o que eu sinto

    Mas me cabe decidir o que fazer"

    (Mundo Bita – Sinto o que sinto)

    1

    INTRODUÇÃO

    Minha história começou em 1990, no dia 16 de abril, na cidade de Aracaju/SE. Antes de voltar 32 anos, vou falar do tempo presente. Este livro foi todo escrito pela tela de um celular, tudo que eu tinha era uma tela 15 por 7; isso é tudo que preciso para registrar uma fatia de minha vida.

    Sempre amei escrever, sempre foi uma fonte de escape para mim. A escrita torna minha mente mais clara. É um processo no qual eu consigo ver minhas ideias palpáveis e concretas. Este livro está sendo escrito em meio à dor e a um outro processo de luto, mas isso é outra história dentro da minha história.

    Meu desafio agora é expor minha dor sarada de forma simples e acessível tanto em linguagem quanto em relação ao custo deste livro. O objetivo é criar acessos, pontes entre a minha história e a de outras milhares de pessoas. Para mim, este livro é um serviço social em todos os sentidos.

    Aceitar sua história como ela é. Com certeza esse é um dos maiores desafios de um ser humano. É duro aceitar a vida como ela é e lutar de uma forma consciente para transformar essa realidade. Transformá–la em uma realidade palatável; não é fácil dar sabor à vida. Essa precisa ser a luta mais constante na vida de qualquer pessoa comprometida consigo mesma e com os outros ao seu redor.

    Descobrir minha adoção foi algo difícil, pois esse processo de descoberta aconteceu em etapas, e em breve tudo fará sentido para você, caro leitor.

    Espero que, dentro da minha turbulência, você seja capaz de achar paz e aceitação na sua história. Então, aperte o cinto e vamos mergulhar em águas profundas e escuras, mas águas que saram.

    Esses registros são como uma colcha de retalhos, que foi costurada a partir de várias referências de pessoas que viveram comigo cada capítulo desta história. Não teria como fazer isso sozinha, obrigada por contribuírem com esse projeto, sem vocês e suas memórias, isso jamais poderia ser escrito. Obrigada pela contribuição de todos vocês.

    2

    UMA FAMÍLIA HARMÔNICA

    Minha mãe, Vandaluce, é segunda mais velha de uma família de cinco irmãos (Vera, Carmem, Regina e Rocky). Uma família do interior de Mombaça/CE. Minha avó Luiza era costureira, e meu avô Francisco era alfaiate e oficial de justiça. Luiza deu um ultimato ao seu amado Chiquito (apelido do meu avô materno), ela comunicou que, se não houvesse casamento, ela se cadastraria como voluntária na Cruz Vermelha para ir à Segunda Guerra Mundial. O casamento dos meus avós durou vinte e cinco anos.

    Minha avó Luiza Duarte teve dez gestações. Sua primeira filha, Norma, veio a falecer com pouco tempo de vida; seu segundo filho, Francisco de Assis, também não sobreviveu aos primeiros anos de vida; sua terceira gestação deu à luz à Veraluce, que se tornou a filha mais velha da família; sua quarta filha, Vandaluce, é minha mãe; seguida da quinta, em que nasceu Rosângelo, vindo a falecer nos primeiros meses de vida; a sexta foi Carmem Lúcia; a sétima gerou Francisco Rocky–Lane; a oitava, Regina Lúcia; a nona fez nascer Robson, que faleceu nos primeiros meses de vida; e a décima e última resultou em um aborto espontâneo em poucas semanas.

    Meu avô faleceu aos quarenta e nove

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