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Rastros Sombrios
Rastros Sombrios
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E-book430 páginas4 horas

Rastros Sombrios

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Sobre este e-book

Lisa Parker é uma nova investigadora que foi designada a assumir um cargo na policia de homicídios em Nova York. Chegando no seu novo trabalho, ela se dá conta que a vida de uma policial feminina pode ser bem complicada com base no preconceito dos colegas masculinos. Lisa também conhece Matt, seu novo parceiro. Além dos próprios problemas do passado que ainda  atormentam a vida de Lisa; ela descobre um grande caso de homicídio podendo levar pistas a um serial killer atuando na cidade. Será Lisa capaz de impedir o assassino antes que ele faça novas vitimas?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de nov. de 2022
ISBN9781526069276
Rastros Sombrios

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    Rastros Sombrios - Karoline Labele

    Capítulo 2 - Começo De Caso

    Matt e Lisa olhavam chocados para o chefe do departamento de homicídios, Clarker. Os policiais ficaram agitados. A cara de Clarker não estava muito boa e eles sabiam o que exatamente isso queria dizer: Um caso grave. Matt suspirou um pouco e olhou para ele.

    - O que aconteceu, chefe?

    - Uma garota foi achada morta em um parque perto da universidade de Columbia. 

    - Uma garota...? Qual o nome dela? - Perguntou Lisa

    - Mayra Simons. O que vocês estão fazendo parados aqui ainda seus idiotas?! Comecem a agir! Vão vasculhar a cena do crime! - Bradou Clarker

    Matt e Lisa rapidamente saíram do departamento enquanto Clarker olhava na direção que eles tinham ido com a mão na cintura.

    Lisa estava processando tudo o que estava acontecendo. Ela estava sentada no banco do carona no carro de Matt, já que ele tinha insistindo para dirigir. Ela foi designada a cuidar de um caso no departamento de homicídios, ela mal podia acreditar nisso. Era seu primeiro caso... Ao menos daquela proporção.

    Quando eles chegaram, Matt estacionou o carro. Os dois não trocaram muitas palavras desde que saíram do departamento. Os dois estavam mais focados no caso, mas ainda havia uma questão que incomodava Lisa: Por que Matt se deu ao trabalho de mentir para ajudá-la? Ele arriscaria sua carreira assim por ela? O que tinha dado nele? Lisa olhou para Matt que tinha acabado de tirar a chave da ignição. Ele olhou para ela.

    - Pronta para ir?

    - Pronta. Matt... Eu tenho uma pergunta: Por que você mentiu para me ajudar?

    Matt ficou um pouco surpreso. Ele piscou um pouco com seus olhos castanhos e depois deu de ombros.

    - É, eu sei, mas...

    - Mas o que? - Ele olhou para ela

    - Você mal me conhece. - Admitiu ela

    - É verdade. Mas temos um longo caminho para nos conhecermos, Parker. Melhor irmos se não vamos ficar conhecidos como o departamento que chegou atrasado.

    - Você tem razão.

    Os dois saíram do carro e dirigiram até a cena de crime. Havia uma faixa amarela escrito Não ultrapasse.  Os dois desviaram da fita e se aproximaram do corpo de Mayra que estava esticado no chão, com os braços dobrados e os joelhos dobrados e o rosto virado para o lado. A mulher estava com uma maquiagem muito branca para ser normal, boca vermelha com os olhos marcados com lápis pretos. 

    Matt se aproximou do policial que estava anotando algo em uma prancheta enquanto Lisa se agachou até o corpo para examina-lo. 

    - O que vocês têm até agora? - Perguntou Matt passando a mão no queixo

    - O corpo foi achado as oito da manhã por caminhantes do parque. Não sabem como o corpo chegou até aqui e quem o trouxe, mas pela a forma que está colocado...

    - Parece uma obra de arte. - Concluiu Lisa, examinando

    - Achamos muito estranho. Não há indícios de roubo ou nada do tipo. Tudo o que sabemos é que essa garota... Mayra Simons tinha acabado de sair de uma festa da universidade de Columbia.

    - Um trote que deu errado, talvez? - Sugeriu Matt

    - Não sabemos o que foi. Não sabemos se foi algo envolvendo a universidade ou um fato isolado. A verdade, senhores, é que estamos sem pistas.

    - Não se preocupe. Nós assumimos daqui. - Assegurou Matt

    O policial entregou a prancheta para Matt e depois saiu de perto. Lisa observou o corpo um pouco mais e se levantou se aproximando de Matt.

    - E então?  - Perguntou Matt

    - Ela foi colocada naquela posição. Foi premeditado, incluindo a posição.  Alguém a colocou nessa posição eu só não sei porque. Parece que a pessoa que fez isso queria algum tipo de exibição.

    - Caramba, Parker, você é boa. 

    - Obrigada Matt.

    - Por onde você quer começar?

    - Que tal começarmos por entrevistas com os amigos próximos de Mayra? Andy e Chad.

    - Eu dirijo. – Disse ele

    Matt sorriu para ela. Lisa olhou para ele e sorriu também.

    Um policial correu e se aproximou deles. Lisa e Matt olharam para ele.

    - Agentes Lauren e Parker. Temos uma coisa que vocês precisam ver. Venham rápido.

    Lisa e Matt se entreolharam. Eles rapidamente seguram o policial. Havia um carro parcialmente queimado. Matt e Lisa ficaram surpresos.

    - O que é isso? - Perguntou Matt

    - É o carro da vítima. Foi encontrado depois de alguns metros da cena do crime. Ele foi parcialmente queimado, estamos levando para perícia. Teremos que esperar alguns dias até pegarmos o laudo com o perito.

    Lisa se aproximou do carro e viu um objeto metálico cintilando perto dos destroços do carro. Lisa se agachou e pegou o objeto. Ela limpou o objeto que estava sujo e viu pedaço de um nome. Lisa ficou pensativa. Onde ela tinha visto esse nome antes? Matt se aproximou por trás dela.

    - O que é isso aí? - Perguntou ele

    - É um objeto que encontrei. Eu já o vi em algum lugar, mas não lembro onde.

    - Talvez seja melhor entregarmos a perícia.

    - É, talvez. Mas eu tenho um instinto...

    - Espero que seu instinto esteja certo, Parker. - Matt esticou a mão para ela entregar o objeto

    - Certo. - Lisa colocou o objeto na palma da mão dele

    - O que você acha que é isso? - Perguntou Matt, olhando para o carro

    - Ele provavelmente queria se livrar das provas ou impressões digitais. Parece que ele usou o carro tanto para tirar a vítima da onde ela estava, como para locomove-la para o parque depois do homicídio.

    - E se livrou das provas depois... Incluindo as impressões digitais. O carro está bem queimado para uma análise conclusiva. - Acrescentou Matt

    - Mas eu tenho um palpite... Quero que esteja certo.

    Um policial se aproximou deles com uma prancheta na mão.

    - Pessoal, o turno acabou. Vamos levar o corpo para o necrotério fazer análise de necropsia. Seu chefe ligou e mandou dizer que estão dispensados.

    - Então, bora? - Perguntou Matt

    - Vamos.

    Os dois entraram no carro, mas Lisa ficou em silencio. Ela ainda estava incomodada sobre a peça metalizada que ela tinha achado. Ela sabia que tinha visto em algum lugar só não lembrava aonde e isso incomodava Lisa. Como ela poderia esquecer? Ela mordeu os lábios levemente. Matt olhou para ela.

    - Ei, Parker, você quer parar no bar? 

    - Não tenho nenhuma objeção.

    Matt sorriu e girou o volante enquanto Lisa ficava pensativa. Não demorou muito até Matt estacionar o carro perto de um bar. O bar era um bar luxuoso de paredes vermelhas na cidade de Nova York. Matt e Lisa entraram no bar e se sentaram no balcão. Eles pediram drinks e quando beberam, Lisa olhou para ele.

    - Obrigada, Matt. Você tem sido um bom parceiro.

    - Eu que agradeço. Você está se mostrando uma boa parceira. Então... Vamos ter que deixar as entrevistas para amanhã, não é?

    - Parece que sim. Mas tenho uma boa intuição sobre isso. Sinto que conseguiremos pistas com os amigos de Mayra.

    - Você tem uma intuição muito forte, não é? - Perguntou ele com curiosidade 

    - Eu costumo a dizer que tenho.

    - Eu quero pegar o cara que fez isso. Ele tem que pagar.

    - E nós vamos. Você vai ver.

    - Obrigado, Lisa.

    - Lisa? Não estava me chamando de Parker? - Brincou ela

    - Estamos fora do horário de trabalho. E isso me lembra, por que? Por que você escolheu ser policial?

    Lisa se surpreendeu com a resposta. Ela abaixou a cabeça. Matt a observou por um momento e se preocupou.

    - Desculpe, eu falei algo que não devia?

    - Não é isso... É que... Ser policial significa muita coisa para mim, você não faz ideia. E você? Por que decidiu ser policial? Pensei que fosse modelo.

    - Modelo? Eu? - Matt riu alto e deu um sorriso largo com seus dentes perfeitos

    - Você é todo... Ah... Você sabe... Você tem jeito. - Disse Lisa, desconsertada

    - Obrigado, Parker. Mas a minha história do porquê virar policial também é complicada.

    - Eu imagino...

    Horas depois, enquanto eles bebiam mais e conversavam sobre amenidades, Lisa estava um pouco alterada. Ela riu para ele.

    - Você é um cara incrível, Matt! É sério!

    - Ah, que isso, Lisa... Eu fico sem jeito...

    - Não precisa... Você é tão lindo... Tão perfeito...

    Lisa se aproximou do rosto dele e tentou beija-lo. Matt a segurou pelo braço e a impediu, falando firmemente:

    - Para, Parker! Nós somos parceiros! Eu sai com você apenas para conhecer minha nova parceira, nada mais.

    Lisa arregalou os olhos por um minuto ao perceber o que estava indo fazer. Ela sentiu seu rosto ficar corado. Ela se levantou do balcão e saiu correndo.

    - Lisa! Espera! - Gritou Matt

    Lisa não o ouviu. Ela saiu correndo com lagrimas nos olhos. Seria ela a culpada por prejudicar o seu relacionamento com o seu novo parceiro? Seria Matt capaz de perdoa-la? Lisa só queria fugir dali. Matt se levantou para ir atrás dela, mas não a achou na rua.

    Capítulo 3 - Entrevistas

    Já era manhã e Lisa pegou uma garrafa de whisky e encheu o copo. Ela virou o copo todo e colocou o copo de volta no balcão. Ela apoiou as mãos sobre o balcão marrom escuro e sacudiu a cabeça. Como ela poderia ter feito aquilo? E logo com Matt? O que tinha de errado com ela?

    Lisa estava se sentindo envergonhada. Matt provavelmente não iria querer olhar na cara dela, ela havia estragado tudo. Droga, ela pensou. Se ela pudesse voltar ao tempo ela nunca teria tentado beijar Matt naquele bar. Ele devia estar a odiando. Por mais que Lisa tentasse pensar em outra coisa, seus pensamentos sempre a levavam nisso.

    A porta se abriu e Lisa se surpreendeu. Ela se surpreendeu mais ao ver Matt olhando para ela. Ele sorriu amigavelmente. Ela poderia estar tendo algum tipo de alucinação devido ao álcool?

    - Que isso, Parker, está cedo para beber. - Brincou ele, fazendo careta de desaprovação

    - Que isso, Parker, está cedo para beber. - Brincou ele, fazendo careta de desaprovação

    - Matt...? Mas como...? Como você descobriu onde eu morava? - Perguntou ela, surpresa 

    - Eu sou um ótimo detetive. Vamos, você não pode chegar atrasada ou Clarker vai ter um ataque.

    - Certo... Deixa-me só pegar meu casaco.

    - Está ali em cima da cadeira, Parker. - Ele apontou para o casaco cinza

    - Obrigada Matt. Matt... Eu sinto muito.

    - Que isso, Parker. Eu fiquei muito preocupado com você ontem. Você estava bêbada, não é nada demais. Releva isso.

    - Obrigada por ter sido tão compreensivo.

    - Parceiros são pra isso.

    Lisa olhou nos olhos castanhos de Matt. Matt olhou para os olhos verdes brilhantes dela.

    - Vamos. Temos que começar com as entrevistas. Clarker está esperando por nós no departamento.

    - Certo. Vamos lá.

    Lisa vestiu o casaco e ele abriu a porta para ela. Lisa e Matt saíram da casa e foram em direção ao departamento.

    Não demorou muito até eles estacionarem o carro no estacionamento do departamento de homicídios. Matt olhou para ela.

    - A propósito, para onde você foi ontem à noite? Eu fui atrás de você, mas não a encontrei lá.

    - Eu peguei um táxi que por coincidência estava por perto do bar. Você foi atrás de mim? Por que? - Perguntou Lisa surpresa

    - Porque eu fiquei preocupado com você, Parker. Não faça isso de novo.

    Matt saiu do carro e Lisa sacudiu a cabeça saindo também. Eles entraram no departamento de delegacia e Clarker olhou furiosamente para os dois.

    - Até que enfim vocês chegaram! Estão pensando o que?! - Perguntou ele, irritado

    - Estamos aqui agora. - Matt sorriu

    - É, nós sabemos o que esses dois estavam fazendo. - Provocou um policial

    - Depois da última, eu acho uma surpresa o Matt ter uma parceira mulher. - Disse outro

    - Cale a boca vocês! - Exaltou Matt nervoso

    Lisa olhou para os policiais rindo da cara de Matt. Ela sentiu seu rosto corar pelos comentários. Mas uma coisa ela pensou: Que outra era essa que eles estavam falando? Matt tinha ficado nervoso e ele não era ficar nervoso. Alguma coisa tinha o incomodado. Lisa olhou para baixo, pensativa.

    - Chega!! Não é hora para isso! Voltem ao trabalho seus idiotas! - Exaltou Clarker

    - Certo, chefe.

    - E vocês dois? O que vão fazer?

    - Vamos investigar os amigos da vítima, chefe.

    - Então o que ainda estão fazendo aqui? - Perguntou Clarker entre os dentes

    - Estamos indo.

    Matt se virou e saiu do departamento. Lisa o seguiu, mas de uma olhada rápida para os policiais que tinham provocado Matt. Ela descobriria aquele mistério? Matt estaria disposto a falar sobre isso com ela?

    Não demorou muito até chegarem na casa de Andy, uma das líderes de torcida e amiga de Mayra. Andy estava sentada no sofá com uma caixinha de lenços. Ela pegou o lenço e limpava no canto dos olhos com o seu choro histérico. Andy usava rabo de cavalo e tinha cabelos marrons. Ela respirou fundo, ainda entre lagrimas. Lisa estava sentada de frente para ela e Matt em pé ao lado de Lisa.

    - Por favor, Andy, se acalme. Tente se concentrar na pergunta: Quando foi a última vez que viu Mayra Simons?

    - Eu não consigo nem me lembrar! Isso tudo que aconteceu foi tão triste! - Disse Andy chorando

    - Você quer que eu pegue um copo de água para você? - Perguntou Matt

    - Você é tão gentil policial. - Andy olhou Matt de cima a baixo

    - Você pode responder à pergunta, por favor? - Perguntou Lisa, um pouco irritada

     - Ah! Ah é mesmo! Mayra tinha saído da festa mais cedo!

    - E a senhorita sabe pra onde ela foi?

    - Acho que ela tinha me dito que ia estudar. Sabe como é... Mayra estava estudando para ser nutricionista. Ela queria ajudar as garotas de torcida... Nós vamos sentir muita falta dela. Ela que colocava as meninas na linha... Apesar que eu acho que ela só foi embora mais cedo para evitar Chad.

    - Chad? Por que ela iria querer evita-lo? - Lisa arqueou a sobrancelha com uma caneta na mão

    - Ah, bom... - Andy olhou para o lado

    - Senhorita, qualquer informação é relevante para essa investigação. Não nos esconda nada.

    - Ah, está bem... Mayra estava tendo um caso com Chad.

    - Qual o problema? Eles são jovens, não é?

    - O problema é que Chad tem namorada. Uma das líderes de torcida. Ele estava traindo-a com Mayra.

    Lisa ficou surpresa. Matt voltou com o copo de água e entregou a Andy. Lisa já estava de pé.

    - Nós terminamos por aqui. Muito obrigada.

    Lisa saiu da casa e Matt a seguiu.

    - O que foi?

    - A vítima não era tão boazinha assim. Ela estava traindo uma das amigas com Chad.

    - Essa juventude está cada vez mais perdida.

    Os dois entraram no carro. Matt arrancou com o carro, desaparecendo da casa de Andy.

    Um tempo depois, Matt estacionou o carro no estacionamento da universidade. Eles se dirigiram até o campo de treino dos atletas. Chad estava suando e desconsertado. Ele pegou uma garrafa de água e bebeu ela inteira. Lisa se aproximou.

    - Chad? Podemos falar com você?

    - Quem é?

    - Somos a polícia. Departamento de homicídios.

     - O que vocês querem? Não veem que estou treinando? - Perguntou Chad áspero

    - Você sabe que uma amiga sua foi assassinada, não sabe? - Continuou Lisa

    - Não era tão amiga assim. Agora me deixem em paz. Não posso ajudar.

    - É mesmo? Que curioso, afinal pelo o que sabemos vocês eram mais que amigos. Você e Mayra estavam tendo um caso. - Matt sorriu para ele

    Chad suspirou e olhou para os lados.

    - Olhem, eu não posso falar com vocês sobre isso aqui. Minha namorada... Ela... Ela não pode saber disso. Foi o maior erro que eu já cometi na minha vida e eu me arrependo. Eu havia terminado tudo com a Mayra, mas ela não ficou muito feliz.

    - Por que ela não ficou feliz? - Perguntou Matt

    - Porque ela estava apaixonada por mim, obvio. 

    - Muito bem, acho bom nos encontrar no bar da universidade depois do treino. Se não quiser que sua namorada saiba... Bem, você sabe o que. - Matt sorriu ameaçadoramente para ele. Chad engoliu em seco

    Matt e Lisa se afastaram. Lisa sussurrou para ele:

    - Você fez um bom trabalho. Estou impressionada.

    - Sou incrível, não é?

    Eles riram um pouco e se afastaram do local.

    Uma hora depois, Matt e Lisa estavam sentados em uma mesa do bar da universidade tomando um copo de cerveja. Lisa riu um pouco enquanto Matt contava um dos seus casos. Eles ficaram sérios quando viram Chad se aproximando com sua mochila preta. Ele suspirou e sentou na mesa.

    - Vejo que cumpriu o combinado. Muito bem. Agora nos conte tudo. - Pressionou Matt

    - Minha namorada... Eu não a quero metida nisso...

    - Por que não quer sua namorada metida nisso?

    - Porque ela é meia excêntrica... Ela bem que poderia...

    - Ela bem que poderia o que, Chad? Ter matado Mayra? - Perguntou Matt seriamente

    - Não! Longe disso! Só se ela descobrisse. Mas ela não descobriu... Eu acho...

    - Como você pode ter tanta certeza?

    - Eu a conheço! Tá legal? Ela nunca faria uma coisa dessas. Fora que eu tinha dito a Mayra que tudo estava acabado entre nós.

    - Sua namorada tem algum álibi? 

    - Não que eu saiba. Só que ela ficou em casa vendo um filme... Sei lá...

    - E o senhor, Chad? Tem um álibi? – Perguntou Matt, ironicamente

    - O que?! Agora eu sou suspeito?! - Exaltou ele

    - Todos são suspeitos. - Matt sorriu

    - Eu não fiz nada, tá legal? Já disse tudo o que tinha para falar com vocês. E eu me encontrei com Mayra antes da festa nesse bar, é só perguntar para o barmen. E no dia do assassinato eu estava na festa. Qualquer coisa agora entre em contato com meu advogado.

    Chad se levantou e foi embora. Matt olhou para ela.

    - Acho melhor checarmos a história dele para ver se bate. 

    - É, você tem razão. Matt... Posso te perguntar uma coisa?

    - O que?

    - Por que os policiais ficaram te provocando daquele jeito hoje?

    - Aquilo não é nada, Parker. Vamos voltar ao trabalho. Vou falar com o barmen. – Respondeu ele, desconversando

    Matt se levantou e foi até o balcão. Lisa abaixou a cabeça pensativa. O que Matt estava escondendo? Ela olhou na direção de Matt por um momento enquanto ele falava com o barmen. Será que ela podia confiar nele? Lisa se levantou e saiu do bar caminhando até os dormitórios da faculdade.

    Lisa entrou em um dormitório enquanto olhava pelo celular informações da namorada de Chad. Ela precisava checar essa história, mas alguma coisa nela dizia que isso não ia levar a lugar nenhum. Enquanto ela caminhava, ela esbarrou em um homem alto de terno. Lisa cambaleou para trás e quando olhou para frente ela viu um homem alto, forte, de cabelos escuros e curtos, olhos negros, usando óculos. Os papeis caíram das mãos dele. Lisa o ajudou a pegar os papeis.

    - Me desculpe! Eu sinto muito.

    - Não há o que desculpar, senhorita. Eu que estava distraído. O que uma agente faz aqui? Está investigando?

    - Como sabe que eu sou uma agente?

    O homem apontou para o distintivo dela. Lisa corou.

    - É mesmo. Me desculpe. Você quem é?

    - Me perdoe a estranheza. Sou Theodore Pitterson. Médico psiquiatra e professor de psiquiatria. - Ele sorriu e estendeu a mão para ela

    - Oh, doutor Pitterson! Eu ouvi falar de vários livros que o senhor publicou. – Ela apertou a mão dele

    - Leu algum? Ha ha, é brincadeira. Eu lamento muito o episódio da estudante Mayra. Toda a universidade está em luto pelo o que aconteceu. Se tiver algo que eu puder fazer para ajudar...

    - Não... Mas o senhor pode me dizer como era a relação dela com a namorada de Chad?

    - Bom, eu creio que normal.

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