Amazônia: Teledetecção e Colonização
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Amazônia - Messia Modesto Dos Passos
1 FUNDAMENTOS DA TELEDETECÇÃO
1 ABORDAGEM TEÓRICA DA TELEDETECÇÃO
O olho humano possui a capacidade de visualizar objetos que refletem dentro de faixa limitada do espectro eletromagnético. No entanto, a capacidade desse aparelho
é limitada a uma visualização do meio imediato e não pode discernir os objetos a grande distância.
Para ter uma visão global e relativamente precisa do meio ambiente, o homem construiu instrumentos, entre eles os satélites, com poder de visualizar grandes superfícies, ver e observar o planeta inteiro.
A Teledetecção é a disciplina que agrupa o conjunto dos conhecimentos e das técnicas utilizadas para a observação, a análise, a interpretação e a gestão do meio ambiente, a partir de medidas e de imagens obtidas com a ajuda de plataformas aerotransportadas, espaciais, terrestres ou marítimas. Como seu nome indica, ela supõe a "aquisição de informação à distância, sem contacto direto com o objeto detectado" (Bonn & Rochon, 1992).
A teledetecção, ou percepção a distância (remote sensing, em inglês), é
O conjunto de conhecimentos e técnicas utilizadas para determinar as características físicas e químicas de objetos por medidas efetuadas à distância, sem contacto material com os mesmos. A teledetecção eletromagnética é um tipo particular de teledetecção que utiliza a interação da radiação eletromagnética com a matéria. Este termo é para distinguir as técnicas aéreas de prospecção geofísica. (Journal Officiel, 20.10.1984, in Bariou, 1995)
A leitura dessa última definição impõe a necessidade de alguns esclarecimentos:
• conjunto de conhecimentos e técnicas utilizadas: a teledetecção não é apenas um conjunto de técnicas (meios de aquisição de dados e tratamentos de imagem); ela procede da compreensão e do conhecimento de bases teóricas das relações radiação/ matéria, condições sine qua non de uma interpretação correta dos documentos.
• determinar as características físicas e químicas de objetos: o termo de objetos
corresponde a uma porção mais ou menos importante da superfície terrestre; trata-se de conhecer a sua natureza e de analisar o seu estado. O objeto designa, pois, um objeto geográfico.
• por medidas efetuadas à distância, sem contacto material...: estas compreendem os meios de informações diferentes, fornecidas tanto por instrumentos a bordo de avião como por satélite. A fotografia aérea faz parte, pois, da teledetecção.
A teledetecção é uma das fontes de dados colocadas à disposição do pesquisador para desenvolver bem seus estudos temáticos. A pesquisa deve ser antes de tudo temática e o pesquisador conhecer bem o seu terreno de estudo, ter sólidos conhecimentos em teledetecção e em análise integrada da paisagem.
A teledetecção não é uma simples técnica, embora ela seja, frequentemente, confundida unicamente com tratamento de imagem
. Há uma confusão lamentável nos termos, pois que se trata de noções bem diferentes que requerem conhecimentos em três níveis:
• Temático: é o ponto essencial.
• Teledetecção: é uma das fontes de dados, cujo conhecimento das bases físicas (ou teóricas) é indispensável para o pesquisador.
• Tratamento de imagem.
Nesse momento faremos uma abordagem apenas da teledetecção.
A teledetecção moderna nasceu da fotografia aérea, cuja vista geral e vertical modelou nossos hábitos de inventário, de cartografia e de observação do meio ambiente e dos recursos, há mais de um século.
A teledetecção reagrupa o conjunto de técnicas capazes de fornecer, a distância, as informações relativas a um objeto utilizando o estudo da emissão e da reflexão da radiação eletromagnética no conjunto do espectro.
O rápido desenvolvimento das técnicas de teledetecção impõe-nos uma reflexão sobre esse assunto. Na verdade, os equipamentos tornam-se cada vez mais custosos e em número insuficiente. Os pesquisadores, entre eles os geógrafos, não têm acesso a estes equipamentos, senão durante oportunidades limitadas.
A teledetecção inova sob dois aspectos em relação aos métodos mais antigos de observação: a escala tempo-espaço da percepção e a natureza mesma desta percepção.
Quanto à escala têmporo-espacial da percepção da paisagem, os satélites fornecem uma informação praticamente sincrônica sobre extensas áreas e, ainda, têm a vantagem da repetitividade automática que, malgrado as numerosas lacunas resultantes da falta de transmissividade atmosférica ou da insuficiência de memória dos equipamentos de gravação a bordo dos satélites, permite a confrontação de situações diferentes e sincrônicas sobre grandes extensões.
A multiplicação de receptores aumenta a possibilidade de registrar frações de comprimento de ondas cada vez mais numerosas do espectro eletromagnético. Simultaneamente, as informações podem ser realizadas a partir de plataformas mais variadas. A resolução também se aperfeiçoa (SPOT – 10 m – em relação aos LANDSAT – 30 m) e a estereoscopia já é possível com o SPOT. Assim, a quantidade e a variedade das informações geradas pelos satélites evoluem muito rapidamente.
Diante do grande número de informações disponíveis e do aumento da capacidade de percepção dos sensores a bordo de satélites, temos de concentrar os nossos esforços sobre aquelas que atendam melhor aos objetivos do estudo da paisagem.
O processo de avaliação da teledetecção depende da definição da assinatura espectral.¹ No início (1970), a assinatura espectral era determinada
de maneira puramente visual e qualitativa, com as fotografias infravermelhas coloridas. Atualmente, ela é determinada quantitativamente, com medidas, em vista do tratamento numérico. Tais medidas servem ao estabelecimento, pelos físicos, de modelos de transmissividade atmosférica que permitem afinar a explotação quantitativa dos dados de teledetecção.
A avaliação das informações começa pela identificação dos objetos que compõem as paisagens. Pode-se ficar no nível da identificação descritiva/fisionômica dos objetos/elementos paisagísticos. Ao lado da precisão
científica das assinaturas espectrais, é necessário estarmos atentos à identificação empírica, mesmo que esta seja pouco satisfatória e imprecisa.
As evidências indiretas fornecidas pela teledetecção multiplicam-se com o progresso técnico e a diversificação dos sensores. Sua identificação e, consequentemente, sua utilização repousam sobre a abordagem sistêmica da paisagem. Essas evidências indiretas existem apenas na medida em que nós identificamos as interações entre os componentes da