Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Conexão Emocional: a construção, manutenção e fim dos vínculos humanos
Conexão Emocional: a construção, manutenção e fim dos vínculos humanos
Conexão Emocional: a construção, manutenção e fim dos vínculos humanos
E-book148 páginas1 hora

Conexão Emocional: a construção, manutenção e fim dos vínculos humanos

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Não há vida sem relacionamentos! Sua saúde física, psicológica e social dependerá da sua capacidade de construir conexões emocionais saudáveis. As dificuldades para criar, manter vínculos humanos positivos e dar fim às relações tóxicas te deixarão desconectado da realidade e em intenso sofrimento. O que está em jogo são suas amizades, encontros amorosos, seu sucesso profissional e o seu bem-estar familiar. Não basta dominar o conhecimento intelectual e a tecnologia, há uma experiência muito mais prazerosa e feliz!

Como criar, manter e lidar com o fim dos relacionamentos?
Que atitudes favorecem a construção de relacionamentos saudáveis?
O objetivo deste livro é contribuir e auxiliar pessoas que desejam construir conexões emocionais positivas.

Pegue seu carregador, procure a tomada mais próxima. Conecte-se!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de dez. de 2022
ISBN9786525260891
Conexão Emocional: a construção, manutenção e fim dos vínculos humanos

Relacionado a Conexão Emocional

Ebooks relacionados

Psicologia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Conexão Emocional

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Conexão Emocional - Tácio Sales

    1. NECESSITO DE VOCÊ

    Temos contatos, não vínculos.

    Paula Oliveira

    Por favor, pode me passar a senha do Wi-Fi? Perguntei ansiosamente, na porta da casa daquela pessoa, que até então não conhecia. Necessitava da conexão da internet no meu celular. A minha urgência se dava por um motivo básico. Estava totalmente perdido num lugar estranho e desconhecido, o auxílio daquele rapaz me ajudaria a sair daquele lugar e voltar para o meu caminho. Saí do carro e expliquei para ele que precisava utilizar o GPS no meu celular, a fim de encontrar minha rota. Sem conexão era impossível! Um pouco desconfiado e inseguro, aquele homem reconheceu claramente o meu estado de desespero e desorientação. Ajudou-me! Levou meu celular para dentro da sua casa, colocou a senha e me devolveu o celular conectado. Ufa! Encontrei o meu destino!

    Somos, hoje, mais de 3,7 bilhões de humanos on-line. Hoje na palma das mãos temos acesso a pessoas, lugares, relações e experiências inéditas! Como você viveria na atual sociedade tecnológica, sem a conexão virtual da internet? Imagine um pouco! Encontros, chats, conversas, grupos, acessos rápidos e comunicação instantânea. Necessitamos da rede virtual para nos comunicar! Seja com as pessoas que amamos que tem os seus números registrados em nosso celular; seja no trabalho, para agilizar informações ou realizar transações financeiras, seja na escola ou universidade, para buscarmos informações e construirmos novos conhecimentos. Até o exército, a marinha e a aeronáutica dos países, necessitam de uma eficaz conexão virtual, a fim de serem vencedores em seus combates!

    O conhecimento científico tecnológico, apesar de limitado, é uma das mais fantásticas produções humanas, responsável por grandes benefícios a raça humana. A apropriação do saber tecnológico possibilitou prever, controlar e eliminar muito do sofrimento existencial. Além de maximizar em grande parte o bem-estar da sociedade e do homem, contribuiu para o aumento quantitativo e qualitativo das interações!

    Naturalmente, assim como toda criação do ser humano, este novo estilo de comunicação possui limitações e pode ser usado para o exercício da maldade e destruição social. No entanto, eliminar as produções tecnológicas da vida social significa voltar às condições de vida, trabalhos e interações sociais extremamente limitadas. Sem dúvida alguma, neste sentido, a vida humana hoje é bem melhor do que nunca antes na história, apesar das dificuldades e prejuízos causados pela má utilização da tecnologia.

    Toda a vida social está configurada a partir da nova linguagem da comunicação humana, a linguagem virtual. Compreensão e adaptação! Estas são duas palavras fundamentais para quem deseja avançar em meio à revolução virtual dos nossos dias! Mas, imagine algo ainda mais significativo e profundamente desolador. Como seria sua vida sem as pessoas?

    Durante milênios a nossa sociedade viveu sem o suporte da comunicação virtual, mas não houve um só dia em que tenhamos vivido sem pessoas! Necessitamos totalmente do vínculo humano para viver, se desenvolver e construir uma vida equilibrada e saudável. Acumularíamos grandes prejuízos em nossa sociedade, caso perdêssemos a conexão virtual. Mas sem dúvidas, as consequências de uma vida sem conexão emocional com pessoas seriam ainda mais impactantes e devastadoras para a nossa existência.

    A nossa vida é marcada pela necessidade de afeto e da segurança resultante da companhia das pessoas. Muitos de nós grudamos no celular como suporte para atenuar a solidão. Aguardamos com expectativa a mensagem de quem amamos do outro lado. Para alguns, a aprovação social pela curtição da foto já alivia um pouco da necessidade de aceitação e amor que todos possuímos.

    Em todas as fases da vida humana, a construção de vínculos humanos saudáveis se torna fundamental e assume papéis determinantes na construção de uma vida feliz e vitoriosa. Na vida intrauterina, na infância, na adolescência, na juventude, na vida adulta ou na fase tardia da vida, a conexão afetiva positiva se tornará o fundamento para a construção de uma existência significativa e feliz.

    Conexão Intrauterina

    Esperamos em média nove meses para nascer, um ano para dizer papai e mamãe e começar a andar, doze anos para descobrir que o mundo não é uma fantasia e que papai e mamãe não são super-heróis, vinte e um anos para atingir certa maturidade, trinta anos para atingir o limite máximo da maturidade humana. A partir desta etapa, acumula-se vasta experiência, e quando pensamos que sabemos alguma coisa, está na hora de morrer! A vida passa rápido! O que não percebemos, é quenossa biografia afetiva e formação da personalidade se iniciam dentro da barriga de nossa mãe.

    O útero materno é sem dúvida o lugar mais confortável e seguro de todos os ambientes que já vivemos. Lugar de aconchego e paz! Temperatura de 36 graus, comida na boca, sono de 16 horas diárias, totalmente protegidas das responsabilidades de viver de modo autônomo. Ligados ao cordão umbilical da mãe, desfrutávamos de uma vida de extrema dependência, conexão e tranquilidade.

    Nos desenvolvemos nesta fase da vida, escutando quatro sons marcantes. O primeiro é o ritmo do coração de nossa mãe, em segundo lugar ouvíamos o som como se fosse o som de chuva, como uma água interminável, o líquido amniótico percorria todo o nosso corpo ainda em desenvolvimento, o terceiro era diversos barulhos de vozes que vinham do exterior, mas o quarto som é o mais importante de todos, a voz de nossa mãe, vinda de fora, propagada pelo ar, e transmitida pelo corpo, direto das cordas vocais dela até você.

    Ansiedade, nervosismo e depressão também são transmitidos quimicamente por hormônios. Toda situação de estresse da mãe atinge o feto, resume a neuropsiquiatra infantil Theodolinda Mestriner Stocche.¹ A partir da segunda semana da gestação, os sentimentos e os humores maternos afetam o filho, que está exposto aos mesmos hormônios que ela. Depois do quarto mês, o feto já reage a sons e ao toque, e começa a criar o vínculo afetivo profundo com a mãe.

    Os sonhos nessa fase também acontecem, é um momento de atividade intensa do cérebro, que favorece a criação das sinapses, uma etapa fundamental para a inteligência – que registra as experiências vividas. Quanto maiores os estímulos afetivos positivos recebidos, melhor será o desenvolvimento da criança.

    É notório que, se a experiência da gestação for agradável, tudo vai evoluir para uma criança tranquila e sensível. Por outro lado, fetos que foramindesejados e rejeitados pela mãe são candidatos sérios a distúrbios psicológicos e de comportamento. Além disso, a gestação vivida pela mãe numa situação de vulnerabilidade física, psicológica e social, fará com que o feto seja atingido como se recebesse um golpe. Como se soubesse de tudo, as informações recebidas irão modelar as estruturas ainda em formação.

    Resumindo, o feto escuta, aprende, percebe sensações táteis, sente prazer, aversão e registra quimicamente nos primeiros neurônios o que lhe aconteceu. Esse período marcou você para sempre, moldando o seu jeito de ser, predispondo seus medos e o seu humor.

    Conexão na Infância

    A experiência do parto é o primeiro trauma humano. Como seria bom, se continuássemos o tempo todo dentro da barriga da mãe hein!? Mas é necessário aprender a viver fora deste ambiente agradável!

    É verdade que muitas pessoas, em momentos da vida, especialmente nos períodos de dor e sofrimento, relembram esse momento, encolhendo-se debaixo do cobertor quentinho em posição fetal, ouvindo barulho de chuva caindo para só então relaxar e dormir, ou ficando por muito tempo debaixo do chuveiro quente rememorando a vida. Mas, para crescer é necessário sair da barriga da mamãe.

    Buscaremos na infância ocupar o vazio deixado por essa experiência o tempo todo. Para isso, nos voltaremos inicialmente aos nossos pais ou cuidadores, buscando neles a tentativa de novamente retomar o equilíbrio perdido dentro do útero. O ser humano é o ser mais frágil ao nascer. Sem o cuidado, nutrição e acolhimento, morreríamos em poucos dias após a gestação.

    Na tentativa de obter segurança, aconchego e ter satisfeita as nossas necessidades de vida, buscamos uma conexão quase que ininterrupta com nossos pais ou cuidadores. A dor de uma vida sem afeto é extremamente intensa. Para obter a conexão afetiva com eles, gritamos, choramos e até fingimos sentimentos e desejos.

    Se crescemos num ambiente familiar favorável ao carinho, amor, acolhimento e cuidado, então nos sentiremos mais seguros e confiantes para construir relacionamentos saudáveis e significativas quando adultos. Como uma esponja, absorveremos após o nascimento, toda experiência significativa. Imitaremos os comportamentos aprendidos e observados em nossas primeiras interações e os reproduziremos em nossas relações no futuro.

    Esta é sem dúvida alguma, a fase mais importante da vida humana. Todas as conexões que construiremos nos marcarão profundamente, principalmente até os seis primeiros anos de vida. A isto, acrescenta-se as outras experiências das fases seguintes e, como resultado, observa-se a influência marcante em grande parte do nosso jeito de ser.²

    Conexão na Adolescência

    Você se lembra do seu primeiro amor? Normalmente, esse vínculo afetivo surge no início da adolescência. Depois de experimentar o amor mais profundo pelos nossos pais ou cuidadores, nos voltamos para a vida social em busca de praticar afetos e vínculos que aprendemos em nossas relações na infância.

    Nesta fase da vida, o adolescente impulsionado por novas transformações biológicas e psicológicas, se volta para fora do ambiente familiar, a fim de construir novos vínculos com os amigos, com os colegas dos diversos ambientes em que vive e através dos namoros.

    Para alguns, os

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1