asfalto coberto de terra
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asfalto coberto de terra - Geraldo Cáffaro
1
O asfalto coberto de terra. E entulho. Jorge parou, pulou um buraco que se abrira naquela manhã.
Daí então só terra e muita poeira.
Trocar os dutos, abrir tudo para a chuva que viria.
Dia após dia, pulava um novo buraco, espiava as entranhas da terra, tossia, e quase não via os trabalhadores em seus capacetes. Tudo o que via era maquinário, alaranjados tratores e retroescavadeiras roubando os moles do espaço.
Depois que os caminhões despejaram terra na pracinha foram três dias de ocre: cabelos, o algodoeiro velho, três dias sem contrastes.
No quarto dia Jorge desceu a ladeira que aliviava a vista; onde havia uma passarela com canteiros nas laterais, surgia uma escada improvisada com tábuas. Teria de dar uma volta para chegar ao trabalho. Uma inconveniência, só quarenta minutos depois chegava ao escritório, no prédio-caixote espremido entre um posto de gasolina e um supermercado.
Quando saiu no mesmo dia, já não havia meios-fios: estavam duplicando o trecho. Pegar um ônibus? Seria absurdo pegar ônibus para transpor um espaço de pouco mais que 8 quarteirões.
2
Os funcionários consideraram mudar para a sede para evitar novos atrasos. A palavra de ordem era REVITALIZAÇÃO, usada com muita frequência pelos meios de publicidade oficiais.
Em seu apartamento no vigésimo andar, Jorge viu-se cercado por crateras. Fecharam vielas, demoliram casebres. Era para substituir tudo, limpar cada canto da cidade.
(O fogo nas serras estava sob controle, mas o vento vinha espesso e trazia o fedor de carcaças de animais para dentro).
3
Cláudio pôde parar as escavações e descansar. Fumar um cigarro e deitar ali mesmo junto às caçambas de entulho. Já sabia que a fumaça era pior depois de muito esforço. O que fazer após anos de vício ininterrupto, carregando peso,