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Pare, mundo! Eu quero descer
Pare, mundo! Eu quero descer
Pare, mundo! Eu quero descer
E-book139 páginas1 hora

Pare, mundo! Eu quero descer

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Sobre este e-book

Qualquer jornada em nossas vidas exige muito esforço, dedicação e conhecimento, e quando falamos de saúde e inteligência emocional, não é diferente. Em um mundo tão acelerado, é nosso dever pisar no freio de vez em quando, olhar para dentro, reavaliar, reorganizar, e ouvir aquilo que nosso corpo e mente nos dizem todos os dias. E para isso, muitas vezes precisamos de ajuda e direção!
PARE, MUNDO! EU QUERO DESCER nos convida a uma breve jornada de autoconhecimento, enquanto nos dá ferramentas para a luta contra o estresse, a ansiedade e a depressão, com uma abordagem puramente comportamental e prática, e sob uma visão bíblica. É nossa escolha viver uma vida abundante. Você está pronto para isso?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2023
ISBN9786599174032
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    Pare, mundo! Eu quero descer - Fabio Eduardo

    1

    Ocupado demais para focar

    no que é importante

    "Não basta ser ocupado. A pergunta é:

    estamos ocupados com o quê?

    — Henry David Thoreau

    Você já reparou como o mundo está cada vez mais ocupado? As demandas da vida têm aumentado, e o mercado está cada vez mais competitivo. Como disse antes, devido ao avanço da tecnologia vivemos superocupados, e não apenas com o trabalho ou com aquilo que consideramos mais importante, estamos cada vez mais ocupados com coisas banais.

    Já notou que as pessoas não conseguem ficar por muito tempo sem fazer nada, apenas observando uma paisagem, por exemplo, sem ficarem entediadas? Até mesmo no semáforo, no trânsito, no ponto de ônibus, quando estão à espera no salão para cortar o cabelo, enfim, em várias situações, as pessoas — provavelmente nós mesmos — estão mexendo no celular. Não que o fato de mexer no celular seja o problema, mas o excesso dessa vida ocupada impede-nos de refletir, planejar, meditar, aproveitar e definir o que é importante.

    Produto do meio

    Segundo Jean-Jacques Rousseau, o homem é produto do meio, ou seja, o que somos hoje é, em parte, resultado dos princípios e valores impostos pelos nossos pais que, por sua vez, são resultados do que lhes foi imposto pela sociedade cultural. É no início da vida que aprendemos os princípios e valores que vão formar nosso caráter e personalidade.

    Sempre ouvi dizer que precisamos procurar ser o melhor em tudo o que fazemos, que precisamos sempre vencer. Esse tipo de crença ministrada pelo meio criou em mim uma cultura de competição. Essa, aliás, é uma crença fácil de nos atingir todos os dias, e, embora pareça saudável, se não for controlado, esse pensamento de vencedor pode gerar uma obsessão que criará adultos que tentam ser melhores que os outros o tempo todo, comprando o que não querem com o dinheiro que não têm, para mostrar para quem não gostam.

    Ao ler Eclesiastes, pude ver que esse tipo de luta para parecer o melhor já acontecia naquela época. Salomão diz em Eclesiastes 4:4:

    Também descobri por que as pessoas se esforçam tanto para ter sucesso no seu trabalho: é porque elas querem ser mais do que os outros. Mas tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.

    Lembro-me de exemplos dados em discursos dizendo que somos vencedores antes do nosso nascimento; que entre milhões de espermatozoides em uma corrida, chegamos primeiro. Isso sempre me motivava na busca por ser o melhor em tudo, afinal de contas, já nasci um vencedor. Desde criança a competição é embutida nas brincadeiras, jogos, etc. Porém um dia ouvi uma visão diferente sobre esse discurso que me fez enxergar por um novo ângulo. Se o exemplo dado é verídico não posso afirmar com certeza, pois requer um estudo aprofundado sobre biologia, que não é a proposta deste livro, porém a aplicação em nossa vida é válida.

    Foi o seguinte: O espermatozoide que chega até seu objetivo nem sempre é o mais forte, outros passaram na frente, abrindo caminho, e por se esforçarem tanto acabaram morrendo. Outros que chegaram até o final bateram tanto no óvulo que também morreram, mas tudo isso contribuiu para que eu e você, caro leitor, chegássemos e vencêssemos essa corrida. Chegamos no final e vencemos, porque tivemos muita cooperação em meio à competição.

    Isso me fez pensar diferente e a partir daí o meu jeito de encarar as coisas pareceu melhorar. Quando você entende que você não precisa viver se comparando com outros e cair na armadilha da competição, você se permite sair da caixa em que o meio te colocou. Esse novo contexto adquirido te possibilita encarar as coisas de uma forma mais saudável e muda o produto, não sendo mais da forma como a sociedade nos ditou que seria.

    Não queira ser o melhor em tudo, mas dê o seu melhor

    Se você focar na primeira parte da afirmação acima poderá se assustar, mas ao analisá-la por inteiro poderá entender sua profundidade. Quero explicar aqui para que essa afirmação possa ser compreendida de forma correta:

    Podemos ver na Bíblia, em Eclesiastes 9:6a: O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força [...]

    O que Salomão está dizendo é que precisamos fazer nosso melhor. Quando pensamos que precisamos ser os melhores em tudo, colocamos em nós um jugo desnecessário, causando, por sua vez, frustração por não conseguirmos atingir ou superar nossas expectativas.

    Pergunte-se: Por que quero ser o melhor em tudo? Se isso é prejudicial, por que ainda tento?

    Imagine um agricultor plantando uma árvore. À medida que ela cresce, ele precisa podá-la. Corta alguns galhos em torno dela, pois a seiva é concentrada para impulsionar a árvore para o alto de acordo com o propósito do agricultor. Ele faz isso para que a árvore tenha força nas pontas, pois se ele não as corta, a seiva dos troncos é distribuída por todos os galhos e ela não tem forças para crescer.

    Podemos aplicar esse princípio em nossas vidas. Muitas vezes queremos ser o melhor em tudo, mas quando nos esforçamos sobre várias coisas ao mesmo tempo, não respeitando nossas limitações, não conseguimos sequer ser bons em alguma delas.

    Uma coisa de cada vez

    Certa vez estava ansioso com várias coisas para resolver e, durante uma conversa, meu pai me contou uma história simples, porém interessante. Disse-me que ao término de um ano havia um relógio que estava preocupado, pois tinha que bater 31.536.000 vezes no ano seguinte. O outro relógio disse que ele não devia se preocupar, apenas se concentrar em bater uma vez por segundo que tudo daria certo.

    Quando ouvi aquilo dei risada e achei a história muito boba, porém, notei depois um ensinamento muito importante presente nela. O fato de olharmos para as coisas que temos que fazer pode gerar em nós preocupação e, consequentemente, um senso de necessidade de resolver tudo de uma vez. Aí é onde mora o perigo. Essa ansiedade e pressa tende a nos causar um desgaste emocional e, com isso, não conseguimos sequer focar em alguma coisa. Quando entendemos que precisamos nos concentrar em uma coisa de cada vez, na verdade conseguiremos ser muito mais bem-sucedidos e acabaremos resolvendo muito mais tarefas e situações com menos estresse.

    Falarei com mais detalhe sobre esse assunto no capitulo 13.

    Procure saber seu propósito de vida

    Rick Warren, em seu livro Uma vida com propósitos, diz que precisamos buscar com veemência o nosso propósito de vida, e não fazer como a maioria, ficando apenas na especulação. Ao encontrar nosso propósito de vida podemos concentrar nossas forças em cumpri-lo, dessa forma simplificando nossa jornada, pois nosso propósito definirá o que faremos e o que não faremos.

    Podemos ver o próprio profeta Isaías dizendo:

    Mas eu disse: Tenho me afadigado sem qualquer propósito; tenho gastado minha força em vão e para nada. (Isaías 49:4)

    Quantas vezes você se sentiu assim? Afadigado e ao mesmo tempo sem propósito algum na vida. Gastando suas forças com um sentimento de não sair do lugar, de não fazer nada!

    Lembre-se sempre: a quantidade de atividades executadas pode não ser um indicador do quão produtivo é você.

    Imagine um rato de laboratório em uma gaiola com aquelas rodinhas, onde ele entra e começa a correr, porém não sai do lugar. A atividade nesse caso é até intensa, porém ele continua no mesmo lugar. Uma vida sem propósito muitas vezes pode ser comparada a isso. Pode ser até uma vida atarefada, porém sem concretização de nada, e o pior, às vezes você nem sequer conseguiu diagnosticar esse problema, pois se não há um propósito, qualquer caminho percorrido aparentemente se torna válido. O propósito definido revela o caminho a ser percorrido.

    A partir do momento que descobrimos o nosso propósito de vida, temos condições de determinar aquilo em que seremos os melhores. Nas outras áreas da vida daremos o nosso melhor, de acordo com o tempo e esforço dedicado, sem comprometer nosso verdadeiro propósito. Esse assunto é tão importante para nossas vidas que dediquei um capítulo inteiro sobre isso.

    2

    A arte do malabarismo

    "A vida é como um malabarismo, você a controla, você

    a equilibra, somente você pode deixá-la cair."

    — Thaís Moraes

    Quero fazer uma ilustração neste capítulo, comparando-o com um espetáculo de circo. Quando vejo um malabarista que fica girando vários pratos sobre um pedaço de madeira, acho fantástico. Ele consegue girar oito ou mais pratos de uma vez, e o que o malabarista precisa fazer é girar um com firmeza, depois girar o próximo e depois o outro e o outro, e então ele volta no primeiro e repete o processo, e faz tudo isso enquanto equilibra todos os pratos.

    Para fazer essa apresentação com excelência são necessários muito treino, disciplina, repetição

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