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Contos de bruxas da Ilha das Feiticeiras
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Contos de bruxas da Ilha das Feiticeiras
E-book97 páginas58 minutos

Contos de bruxas da Ilha das Feiticeiras

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Sobre este e-book

Bruxas e mais bruxas estão andando por caminhos sagrados, entrando em florestas, ouvindo o canto da natureza, o recado das águas, os sons dos dragões, os uivos dos lobos. Em reuniões secretas em poços, em bibliotecas e em fazendas de taipas. Elas estão tramando alguma maldade. Os olhos delas estão voltados para a Ilha das Feiticeiras, e para o trabalho das mensageiras, porém, alguém mais olha para lá e tenta ajudar, para que os artefatos sagrados não caiam em mãos erradas.
Os dias e as noites passam cobertos por magia. O vento muda de comportamento a toda hora, e os urubus fazem perigosas rondas. Fogueiras são acesas, mulheres olham da torre, sombras dançam entre a multidão. O poder está aumentando, o círculo mágico deixa marcas, que acompanham uma mulher até a descoberta do prometido.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de fev. de 2023
ISBN9786525440712
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    Contos de bruxas da Ilha das Feiticeiras - Bia Santos

    cover.jpg

    Conteúdo © Bia Santos

    Edição © Viseu

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).

    Editor: Thiago Domingues Regina

    Projeto gráfico: BookPro

    e-ISBN 978-65-254-4071-2

    Todos os direitos reservados por

    Editora Viseu Ltda.

    www.editoraviseu.com

    Capítulo 21

    Reunião das bruxas

    Ao amanhecer as bruxas foram ao refeitório para tomar o café da manhã. Parecia que tudo estava bem, porém, mal elas terminaram o desjejum e já foram convocadas para uma reunião no salão da Verdade, onde dois ogros cinzas enormes, com tranças nos cabelos, e colares com dentes de animais e de humanos, guardavam a grande porta de madeira. Eles estavam bem sérios e não respondiam a nenhum cumprimento.

    As bruxas entravam uma atrás da outra e iam sentando. Brigitta olhava para cada uma delas tentando encontrar uma resposta. Sentada no grande trono, esculpido com gárgulas com olhos vermelhos e garras enormes, que davam a impressão de estarem prontas para estraçalhar alguém, ela olhava e as interrogações aumentavam.

    Quando todas as bruxas chegaram, o enorme salão ficou lotado. Brigitta ergueu a mão, todas a saudaram e a reunião começou.

    — Irmãs, estamos aqui reunidas para descobrir quem está nos traindo!

    A voz de Brigitta parecia uma espada afiada, muitas bruxas começaram a tremer de medo, pois sabiam que algo ruim iria acontecer.

    — Quem seria louca de trair a irmandade, suprema rainha? — falou Perfecta, a bruxa encarregada de guardar a gazela de ouro que vivia em um lugar chamado Pouso Redondo.

    Com voz cortante, a suprema rainha falou:

    — Há, sim, uma traidora entre nós. O fato é que está protegida por uma estranha magia e passou despercebida, basta recordarmos que fomos derrotadas várias vezes e perdemos muitas companheiras.

    — É certo, grande rainha! Mal chegávamos em um vilarejo e lá vinham as mensageiras com aquela bruxa Orelhuda para estragar tudo. Para ajudar as pessoas, curar os doentes e estragar nossos feitiços — falou Bendina, uma bruxa com o pé torto, os braços compridos, magra como um palito, encarregada de cuidar das colônias da Rota das Cachoeiras.

    — Eu sei que não é uma bruxa anciã, e nenhuma das recrutas que passaram pela Fronteira Obscura, mas devemos pensar em nomes que já estavam conosco quando começamos.

    Mal Brigitta falou, todas começaram a olhar para as Bruxas Abutre, para as Bruxas Vampiras, para a Bruxa das árvores, para… então, notaram uma cadeira vazia e gritaram:

    — Cadê a Bruxa Invisível?

    — Está invisível como sempre, Leocádia! — disse Feliciana, uma bruxa miudinha que estava usando um vestido amarelo com capa marrom.

    — Que ela apareça, então — disse Leocádia, a bruxa que cuidava da Taberna no Rio dos Bodes.

    Neste momento, todos os olhares se voltaram para a cadeira que estava vazia e Brigitta disse:

    — Apareça!

    E nada. Várias vezes ela pediu e nada. Então, ela e as anciãs começaram a recitar o feitiço Mater Vero e devagar uma silhueta foi se formando até que uma mulher desconhecida, coberta por uma capa com um capuz que cobria o rosto surgiu diante dos olhos indagadores das bruxas.

    Naquele momento choveram perguntas.

    — Quem é você? — falou Brigitta com voz cheia de ruindade.

    — O que fez com a Bruxa Invisível? — perguntaram as Bruxas Anciãs.

    — Por que está nos traindo? — indagaram as Bruxas Vampiras.

    A mulher, que estava envolvida em uma luz azul, nada respondeu, simplesmente bateu com uma bengala no chão e foi parar na divisa da Ilha das Feiticeiras, entrando pelo caminho que ia para a Torre do Luar.

    Brigitta ficou intrigada com o que viu, quase não acreditou nos próprios olhos. Aquela estranha tinha uma bengala com um rubi igual ao dela e com os mesmos poderes. Com a mão, ela escondeu o cabo da bengala para não despertar curiosidades.

    — Suprema mestra, nossa rainha! O que faremos para nos protegermos dessas malditas comandadas por Orelhuda? — perguntou Pietra, a bruxa que vivia no Moinho do Arrozal.

    As Bruxas Abutre, sem esperar a resposta de Brigitta, falaram juntas:

    — Sim, venerável soberana, porque certamente essa penetra é uma mensageira daquela rainha asquerosa.

    Quando Brigitta ia responder Lucxia, uma bruxa alta e elegante abriu um portal e falou:

    — Olhem! Vejam! A verdadeira Bruxa Invisível está presa num barco à deriva no Rio Da Barra! Ela está presa com uma corda mágica, sendo vigiada pelas ninfas da Senhora Do Rio.

    — Vamos esquecer a Bruxa Invisível, não podemos fazer nada por ela agora. Nós não entraremos nos

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