Tecnoestresse - Implicações do uso excessivo da tecnologia

De Fabiane Regina Carvalho de Andrade Ibrahin; Patrícia Pires de Araujo

Nesta obra, as autoras convidam os leitores a uma reflexão sobre o modo como a hiperconexão vem paulatinamente privando as pessoas de uma saúde mental equilibrada. Com linguagem didática, mostram que o uso excessivo da tecnologia e de ferramentas digitais leva as pessoas a adoecer, desenvolvendo o tecnoestresse.
Dessa forma, o livro tem por objetivo provocar um questionamento inicial sobre como vivem as pessoas na era digital, levando em consideração a velocidade dos avanços tecnológicos e as implicações ¿ insiste-se nesse ponto ¿ de seu uso exagerado. Tecnoestresse, FOMO, nomofobia, entre outros, são termos que estarão presentes no vocabulários dos leitores com a leitura desse texto. A necessidade da desconexão, concluem as autoras, é imperativa.

• Idioma: Português
• Editora: Saraiva Educação
• Data de lançamento: 16 de mar. de 2023
• ISBN: 9786558100546

Pré-visualização do livro

Sobre as autoras

Fabiane Regina Carvalho de Andrade Ibrahin

Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mestre em Direito e Especialista em Direito do Trabalho pelo Centro Universitário FIEO – UNIFIEO. Graduada em Direito pelo Instituto Toledo de Ensino/Araçatuba. Advogada. Professora Universitária. Pesquisadora Grupo de Estudos de Direito Contemporâneo do Trabalho e da Seguridade Social – GETRAB-USP. Conteudista da Editora Saraiva. Avaliadora Institucional do MEC.

Patrícia Pires de Araújo

Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo. Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Mackenzie. Graduada pela Universidade Mackenzie. Advogada, Pesquisadora do Grupo de Estudos de Direito Contemporâneo do Trabalho e da Seguridade Social – GETRAB-USP. Conteudista da Editora Saraiva. Autora da obra O suicídio no trabalho: acidente ou fato provocado?

Apresentação

A sociedade e suas instituições têm se adaptado às mudanças sociais e culturais que ocorrem constantemente no decorrer do tempo, apresentando respostas para os problemas que se impõem ao coletivo.

Vivemos na era que valoriza a informação e em que as transformações acontecem em ritmo acelerado. A evolução da tecnologia movimenta rapidamente as engrenagens sociais, capazes de produzirem mudanças significativas no comportamento do homem.

Os equipamentos de tecnologia e comunicação invadiram a vida das pessoas que não têm a percepção do uso sem controle dessas ferramentas e suas consequências.

A evolução tecnológica nos traz efeitos positivos e negativos e exigem uma reavaliação em todos os momentos, o que justifica e demonstra a importância do tema estudado.

A presente obra tem como objetivo refletir sobre a vida das pessoas na era digital, em face da preocupação com a mítica corrida entre avanço tecnológico e as implicações pelo seu uso excessivo e a necessidade da desconexão, bem como traz definições de tecnoestresse e nomofobia.

Na era da informação, o foco está na sociedade e nas tecnologias da informação e comunicação, como as ferramentas que possibilitam os processos de mudanças e que alteram rápida e profundamente as estruturas do tecido social construídas sobre uma sociedade industrial.

O primeiro capítulo tem por objetivo apresentar o avanço tecnológico trazido pelas revoluções, que teve início com a Revolução Industrial e que continua até os nossos dias; ele transformou as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.

Além de demonstrarmos todo o avanço tecnológico, também serão retratadas as mudanças sociais e econômicas, inclusive as gerações que viveram todas as transformações tecnológicas.

O segundo capítulo apresenta o avanço da tecnologia no Brasil, bem como os benefícios e as facilidades trazidos pelas ferramentas. Nele, será apresentado o primeiro computador construído no Brasil, o Zezinho, e a evolução até os dias de hoje, onde 82,7% dos domicílios brasileiros possuem acesso à internet, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstrando que a população está cada vez mais conectada à tecnologia.

As novas tecnologias aproximaram o mundo, transformaram a forma como as pessoas se relacionam, tanto pessoal como profissionalmente, mas todo esse fascínio impede o homem de perceber que o excesso também é prejudicial à sua saúde e que são graves as consequências na vida das pessoas, quando substituem os contatos humanos pelos artefatos tecnológicos.

O terceiro capítulo apresenta conceitos sociológicos de Émile Durkheim e Pierre Bourdieu, que subsidiaram a análise do fato social e do habitus, a fim de nos proporcionar melhor compreensão dos temas. A reflexão foca nas alterações sociocomportamentais decorrentes do uso excessivo da tecnologia e se concentra, principalmente, no campo chamado comportamento, como núcleo da sociedade.

O quarto capítulo tem por objetivo definir os conceitos do tecnoestresse. Detalha também as modalidades de tecnoestresse já diagnosticadas, procurando mostrar ao leitor as consequências do uso excessivo da tecnologia para a saúde das pessoas. Neste capítulo, são apresentados os conceitos de nomofobia, de FOMO (fear of missing out), da Síndrome do Toque Fantasma, de gaming disorder (Transtorno de Jogo) e da depressão.

O quinto capítulo tem por objetivo demonstrar a necessidade de as pessoas se desconectarem. Também busca esclarecer como alguns países, além do Brasil, estão lidando com a questão, pelo menos no campo laboral, através da