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Eu, o melhor de mim
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E-book146 páginas1 hora

Eu, o melhor de mim

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Sobre este e-book

Eu: o melhor de mim, é um rascunho para a felicidade, é um olhar para si, é um desarmar-se dos erros que nos prendem ao passado. É um livro de autoajuda que retrata a cura da alma através da liberação do perdão. Uma obra cuja escritora é uma mulher com transtorno afetivo bipolar que luta para alcançar a felicidade plena.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de mar. de 2023
ISBN9786525446196
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    Eu, o melhor de mim - Chay Müller

    Quem sou eu?

    Perguntas como essas me deixavam ainda mais paranoica e em um mundinho exclusivamente meu.

    Os poucos amigos que me restaram haviam se afastado de mim e minha família apenas me tolerava. Ou será que apenas eu, na minha insanidade, acreditava fielmente nisso tudo?

    Será que eu havia me excluído tanto assim?

    Quando foi que eu me perdi de mim? Quando deixei de ser eu?

    Ou será que nunca fui?

    Mas se não fui, por que sinto falta de mim?

    Sinto falta daquele eu doce, afável e leve que eu sei que algum dia habitou em mim.

    Quando foi que me tornei egoísta? Quando foi que parei de me ouvir e ouvir os outros?

    Quando foi que comecei a falar, falar, e falar só de mim?

    Não é o vizinho chato, não é o cachorro que não para de latir, não são as crianças na rua, não é o vendedor ambulante, não é...

    Sou eu. O problema está em mim; tenho olhado somente para mim. Tenho perdido a paciência e, com isso, o amor e, com isso, a empatia e assim vai...

    Fui me perdendo devagarinho...

    Acordei com saudades de mim e, quando fui ver, eu já estava longe.

    Fui culpando todo mundo, porém o caos estava dentro de mim o tempo todo e o pior: eu sabia.

    Só não queria falar, só não queria acreditar.

    A (des)construção é muito difícil. Olhar para si e perceber que a sua fragilidade e seus traumas geraram uma amarga armadura em ti é a pior coisa do mundo. Admitir suas falhas, seu fracasso, admitir que a dor te causou um estrago, mas que você não consegue se livrar dela é uma missão dolorosa.

    Compreender seus vazios e suas tormentas já não é bacana, agora imagina entender que você se tornou um ser humano solitário e frio? É a pior sensação do universo, pois causa medo, pavor, revolta e sensação de impotência consigo mesmo; é como uma roda-gigante, sempre volta para o mesmo lugar.

    Eu diria que o primeiro passo para sair desse redemoinho de insensatez é o (re)conhecer-se, é olhar para si e dialogar consigo, é analisar a si mesmo, entender suas frustrações, o motivo de você ter chegado a esse ponto e como chegou.

    E o ponto crucial é um olhar atento para os traumas e a importância que eles têm.

    Depois disso, vem a autodisciplina.

    Por exemplo, como eu quero ser e o que eu preciso para me tornar melhor?

    O que eu preciso para voltar ao meu antigo eu ou o que eu necessito para conquistar a minha melhor versão?

    E assim, buscar e lutar diariamente (contra si mesmo) para que você conquiste o seu objetivo.

    Não é nada fácil, né?!

    No entanto é o melhor caminho para você se reencontrar.

    Lembrete: siga seu coração e esse outro eu, que eu sei que está aí dentro, irá com certeza florescer.

    Quem sou eu

    Quem sou eu?

    Quem é você?

    Como é que poderíamos saber?

    Existem dentro de mim infinitas eu, cada uma com um sonho e desejo diferente, contudo é com certeza a que tem uma loucura e pressa de viver que me acorda todos os dias, porém ela é sempre bloqueada pela eu medrosa, a que procrastina sua vida, e assim vai...

    Quem sou eu? deveria ter uma resposta concreta, objetiva, certeira, no entanto eu não sei nada sobre mim; quanto mais penso, mais perguntas tenho a meu respeito.

    Isso não tem a ver com estar bem, com ser feliz, tem a ver com a vida.

    É como se o eu perdido e solitário perguntasse: O que é a vida? E mesmo que eu soubesse a resposta, esse eu sempre dá um tapa na minha cara porque eu ainda não aprendi a viver.

    É tão confuso para mim, porque sinto que a vida são apenas flashes. Algumas vezes não sinto nada; outras, tudo.

    Vou me perdendo;

    Vou me encontrando.

    Talvez, a pergunta certa seja:

    O que sou eu?

    O que sou eu quando não tem ninguém me olhando?

    O que eu faço fora dos holofotes?

    Como eu amo?

    Como eu ajudo?

    O que faço desses sentimentos que vivem em mim?

    O que eu tenho feito dos meus dias?

    Eu só me arrasto como uma lesma, faço o necessário para aquele dia funcionar e nada além disso. Eu poderia passar os meus dias sem absolutamente nada, somente olhando para o vazio, para o silêncio.

    Sei lá por quanto tempo, apenas esperando a morte.

    Estou gritando agora, em silêncio, para eu acordar, para eu reagir, mas eu não reajo, estou em coma. Nas raras vezes em que converso com alguém, fico torcendo para que a pessoa pare de falar.

    Eu não quero saber.

    Eu não quero ouvir.

    Abro um sorriso falso para parecer normal. De vez em quando eu até gosto de falar com alguém que não seja eu, porém logo me canso de fingir; canso de fingir estar bem, de fazer de conta.

    Já nem sei mais do que eu gosto ou o que me faz sentir viva.

    Escrever, essa talvez seja a única coisa que eu faça de verdade; em que sou eu.

    Sou eu aqui.

    Como será que eu sou do lado de fora?

    Eu queria ser diferente.

    Como será que é ser diferente?

    Se eles pudessem visitar a minha mente e ver o que eu sinto; como me sinto. Se isso acontecesse, eles iriam embora, fugiriam de mim.

    Eu continuo gritando em silêncio comigo para eu voltar, para a minha alma reagir, porém ela insiste em voar.

    Essa minha alma é danada, calada; tentando se esconder de mim, do mundo.

    Alma que insiste em acreditar que é poeta; e bem, dizem que poetas gostam dos dias cinzas, da dor, dizem que produzem mais e melhor, mas será?

    De fato, meu eu escreve mais quando está assim perdido.

    A verdade é que sou vários cacos que se juntam todas as manhãs para irem se despedaçando ao longo dos dias.

    Eu não estava ferindo apenas a mim, também ferindo todos à minha volta com um amargo que eu mesma plantei em minha alma.

    Estava pesada, carrancuda, não gostava de nada e de ninguém, estava convicta das minhas errôneas certezas, estava cega, surda e muda para o amor, para a felicidade, para a minha família, estava doente.

    Eu apodreci, sequei minha terra e matei minhas flores; meus frutos já não exalavam mais aquele suave perfume, não tinham cor. Eu estava literalmente infrutífera.

    E o que mais dói é saber que adoeci todos à minha volta.

    Por que eu cheguei a esse ponto?

    O que aconteceu comigo?

    Tentei agradar a todos, tentei me encaixar em padrões. Engoli sapos a vida toda e ai de mim se tentasse revidar. Fui rotulada por tanta coisa que já nem sei mais, mas o rótulo que mais marcou a minha longa jornada de decepções foi o de ser chamada de menina ruim.

    Ruim por quê?

    Porque era respondona e não aceitava levar desaforo para casa?

    Porque quando me machucaram eu estava sozinha e não podia pedir socorro?

    Por conta das pedras que me lançaram e eu tive que aguentar sozinha?

    Porque tive que carregar um peso nas costas por uma vida inteira e não podia fazer cara feia?

    Por isso era uma menina ruim?

    Porque gritei que o bicho-papão vestia terno e segurava uma bíblia embaixo dos braços?

    Por isso?

    Ou será que foi por eu não poder acreditar em algo diferente do que você acredita?

    Ou será por ter sido colocado em minhas costas pensamentos limitantes que, nesse exato momento da minha vida, eu nem sei mais se existem ou se devo acreditar?

    Será que sou uma menina ruim porque não me encaixo naquilo em que você crê ser o certo?

    Não

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