Mainasi
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Mainasi - Aneli Laipelt Radici
Agradecimento
Agradeço a Deus por minha vida e por meus olhos, que conseguem enxergar as maravilhas deste lindo planeta.
Aos mensageiros de luz.
À minha família, sempre comigo nessa caminhada.
Especialmente à minha sobrinha Vera Andréa.
Aos amigos e todos que me ouviram e acreditaram em minhas palavras.
Deus abençoe a todos.
Introdução
Quando aqui chegamos, não sabemos para quê nem o que viemos fazer. O grito de vida soa no ar, no respirar. Nas batidas do pequenino coração. Não sabemos quem somos, mas sentimos que aqui chegamos porque existe algo maior.
Será Deus?
E aqueles que não acreditam que ele existe? O que sentem no seu íntimo espiritual? Como saber se recém chegamos e não podemos falar?
Apenas gritamos, mostrando que estamos vivos. Aprendemos a falar e a caminhar. Olhamos o céu cheio de estrelas. Quando tem nuvens, as estrelas ficam escondidas. O sol também se esconde. Nada termina. Apenas a morte extermina com o corpo. Mas a alma é eterna.
Por isso temos tempo para aprender. Já se perguntou com quem aprenderam aqueles que ensinaram? De onde vieram? Talvez de uma estrela. Ou de um mundo muito longe, mais evoluído. A bagagem vem cheia. A conexão chega à mente. O ser humano vence as barreiras. Descobre novas fórmulas. A ciência vai cada vez mais longe. Os arranha-céus escondem as nuvens, que, mesmo assim, despejam suas águas no planeta.
O progresso derruba o que não é mais necessário.
Os aviões ganharam as alturas.
As sementes vieram modificando os alimentos. As crianças nascem de formas diferentes. As mulheres evoluíram, comandam no solo e nos ares. Os homens buscaram nosso espaço no céu.
Foi por acaso? Não foi. Existem mundos de fios, que conectados à mente, vencem os desafios.
Pensem nisso. Um desses mundos pode ser o seu. Eu sei que meu mundo de origem é um deles. Alguns podem não acreditar, mas eu acredito. Quem sabe um dia irão me visitar, assim como estou fazendo aqui no planeta Terra, no qual tenho o privilégio de habitar. Para deixar de ser um estranho, para tantos estranhos entre si. Por isso estou aqui.
Obrigada, meu Deus.
Abençoe a todos e também a este lindo planeta.
Naves brilhantes
A doce brisa sopra entre as narinas um vento morno e acolhedor, que amacia os lábios quentes num sorriso contagiante. Os extremos daquele mundo envolvente deixam o visitante extasiado. O céu é igual, mas as naves, são diferentes. O orvalho é perfumado, a água do lago – transparente. Sinto-me em paz. Leve demais o caminho pelo campo. Os encantos são tantos, as formas de vida – iguais. Aspira, respira, levemente se caminha, entre vestes que não tocam a pele.
Os batimentos do coração disparam, como um cronômetro na mão, ou um marca-passo no peito. Os olhos pesam. A emoção traz sensações desconhecidas, como se ali a vida tivesse um alto preço, além de morrer. Eu olhava, atenta, tudo à minha volta. Estava atônita. Sentia-me estranha. O suor escorria das mãos. Eu só pensava em voltar, tocar firme o meu chão, mas a emoção me envolveu entre aquelas naves brilhantes, acalmando as batidas do meu coração.
Turbilhão de emoções
Quantas pessoas cruzam-se entre multidões, sentindo emoções diante de certos viajantes? Troca de olhares, apertos de mãos, sentindo estranhos e inexplicáveis sentimentos. Amor, amizade, saudades, animosidades correspondidas, trazendo a cada vida uma mistura de bem ou mal. Maldade que perdura, transformando-se em ódio feroz, ferindo a si próprio. Ternura na alma dos seres que aqui chegam e sofrem, tentando mudar o que muitas vezes, numa só vida, não pode ser mudado.
Como mudar o que não pode ser compreendido? Como saber o que fica esquecido no fundo da alma, que muitas vezes é preciso ficar adormecido, para aos poucos despertar e não ficarmos chocados por inteiro?
Somos eternos aprendizes na escola da vida, entre idas e vindas na passagem do tempo. Somos elementos capazes de progredir ou regredir se nada fizermos para nosso pleno desenvolvimento. Somos momentos quando aqui chegamos e logo partimos. Somos a causa dos sorrisos e lágrimas daqueles que amamos ou por quem sentimos desprezo. Como simplificar ou descrever tantos sentimentos, se muitas vezes aqui chegamos e nem sequer nos conhecemos? Será que não nos conhecemos? Como podemos garantir que não vieram do mesmo mundo que viemos?
Quantas vezes observo uma pessoa e pergunto a mim de que mundo ela é? A resposta é incerta, como uma estrada deserta que não posso seguir, mas, quando adormecida, percorro vários mundos e caminhos que não são estranhos a mim.
Tudo está mudando. Pensem em como a tecnologia nos leva, através do toque de um botão do celular ou computador, a navegar entre tantas maravilhas. De onde vieram essas maravilhas senão de mundos mais adiantados, que enviaram seres especiais para isso acontecer?
A Terra irá viver transformações reais que hoje são difíceis. Compreender vai demorar.
Mas, um dia, o mundo fantástico dos sonhos dará lugar aos maravilhosos mundos planetários mais desenvolvidos, que aqui chegam para passar adiante seus conhecimentos, aprimorando o desenvolvimento daqueles que precisam. O infinito nos pertence. A mente vence porque a alma sente plena liberdade para o céu ultrapassar. Não através do botão de um celular ou computador, mas dentro de uma nave oval e dourada que irá levá-los de volta ao seu mundo de origem. E, quando esse dia chegar, desejo-lhes um feliz retorno.
Mainasi entre idas e vindas
Esta é a história de Mainasi, trilhada por vários caminhos entrelaçados com os meus.
A vida compôs meus versos com meu olhar disperso no infinito, porque a redoma foi quebrada. Criei asas, voei, enquanto a poesia docemente me saudava. Os olhos marejavam entre brilhos e palavras que eu sabia de onde vinham, Mainasi as ditava.
O coração acelerava enquanto, liberta, minha alma voava. Meu corpo dormia um sono perfeito, meus lábios sorriam quando a poesia aflorava. Mainasi trilhava por vários caminhos estranhos a mim, com perfume de jasmim que penetrava em minha alma.
Eu sorvia as palavras repletas