"imaginário"
De Dremmer Ji
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"imaginário" - Dremmer Ji
Dremmer
Ji
Imaginário
13/12/2021.
SUMÁRIO:
Capítulo 1: O Pesadelo.......................................................5
Capítulo 2: Amanhecer.......................................................8
Capítulo 3: Regresso aos Tormentos..................................15
Capítulo 4: O Amigo de Lucas............................................20
Capítulo 5: A Visita............................................................25
Capítulo 6: Noites Mal-Dormidas.......................................39
Capítulo 7: Mentes Incertas...............................................47
Capítulo 8: A Fenda............................................................54
Capítulo 9: A Entrada – Brincadeira de mau-gosto..............65
Capítulo 10: A Entrada - Desesperos Repentinos.................72
Capítulo 11: A Entrada - Renascimento................................78
O Pesadelo.
Ah! Sniff... sniff...
Acordada depois de uma noite mal-
dormida, não bastando aquela situação desagradável, ainda teria de ch orar em silêncio por culpa de mais um doloroso pesadelo.
Ela para, se acalma respirando profundamente, vira sua cabeça para o lado, olhando o celular acima do criado-mudo, e viu ali,
o relógio virtual marcando quatro e quarenta e cinco, ela suspira com desdém
e levanta-se
da cama com cuidado para não despertar ninguém; caminhando descal ça com passos leves pelo corredor tomado pela escuridão da noite e das janelas fechadas, a mulher se dirige ao banheiro com atenção precisa em qualquer mínimo barulho ao caminhar, ela abre a porta com um pequeno ranger e entra. A lâmpada do banheiro esclarecia toda o branco
dos
azulejos
do
local,
então, ela começa a procurar no armário o seu remédio, procurando e ntre os pacotes vazios e frustradamente não encontra, ficando um pou co desesperada, ela procura mais intensamente pela pílula, mas
é pega no desprevenida quando ouve uma voz familiar dizendo: Não acha que já é demais?
Perguntou retoricamente Ricardo, com um tom de preocupação para sua esposa:
O quê? Não,
é só que...
que
é
o jeito mais fácil de eu pegar no sono.
5
Respondeu Renata,
com certa angústia por aquela situação, que
era constrangedora para si:
Tem certeza de
que você precisa
mesmo
disso? Não quero que você se prejudique depois, e se você tomar agora, não vai tomar na próxima vez, viu?
Sei disso,
sei disso,
mas eu realmente preciso descansar,
e tentar esquecer essa cena estranha que eu tive.
Outro pesadelo?
S-sim.
Ricardo para de falar por um breve momento, nesse meio tempo, ele observa a aflição mesclada com a insônia de sua mulher pela procura p elo comprimido:
O que foi?
Perguntou Renata estranhando o olhar de seu marido: Olha,
se você quiser sentar-
se e conversar um pouco para me contar o seu...
Não, não, não. Tudo bem, você tem que ir trabalhar amanhã, e eu tenho que arrumar as coisas para o 6
Lucas ir para a escola,
a gente precisa descansar. Amanhã eu te conto, pod e ser?
Ricardo pensa um pouco sobre a proposta de Renata, não muito confiante em sua palavra, mas ele suspira e responde:
T-tá, só espero que o remédio realmente te ajude.
Obrigada querido.
Após agradecer,
Renata ingere o remédio e bebe um copo de água, assim, retornando a o quarto acompanhada de Ricardo. Chegando lá, ela deita-se um pouco mais aliviada e calma, o seu esposo questiona se ela precisaria de algo, ao que ela nega, e ele se deita com cuidado ao seu lado, beijando-a e a abraçando, ambos dão Boa noite
um ao outro e adormecem.
7
Amanhecer.
Abrindo os olhos com
as pálpebras pesadas,
Renata levanta e senta na ponta de sua cama, pensativa,
apenas
observando a pouca luz do sol que conseguia passar pelas frestas da janela de seu quarto. Em meio à pouca claridade e confusões relacionadas aos dias anteriores em sua mente, ela sente uma leve dor-de-cabeça, ao
qual
ignora e se
dá
conta que não havia ninguém além dela naquele quarto, percebendo o quanto estava distraída, ela vira sua cabeça em um ângulo familiar para tentar concentrar sua atenção em seu celular, ela pega-o e com sua outra mão, morbidamente acaricia sua testa, afim de amenizar aquele incomôdo. Então, vendo o horário avançado de seu dispositivo, ela se levanta depressa, ficando um pouco tonta no processo, sua visão estava adulterando a realidade, ela se acalma e respira aguardando retomar a consciência de volta, assim que sua visão se alinha, ela pega o seu roupão para cobrir a roupa pouco desgastada que estav a usando naquela noite; saindo do
quarto, passando novamente pelo
corredor, desta vez claro e iluminado, porém a sensação negativa ainda prevalecendo,
á
caminho
para
o
banheiro.
Chegando
lá, ela brevemente enxágua o seu rosto e o seca, consequentemente acaba encarando a si mesma no espelho, mesmo cobrindo metade de seu rosto com uma pequena toalha branca, as olheiras profundas e escuras eram bem mais aparentes, ela abre o armário, desviando o espelho daquela imagem degradante, entretendo acaba notando que o remédio para dor-de-cabeça já havia sido pego, ela revira os olhos juntamente com uma resp iração de deboche e fecha o armário, saindo aborrecida do banheiro
para descer as escadas.
8
Após descer todos os degraus com pressa, ela vai
até a cozinha e senta-se
a mesa ao lado de seu filho,
Lucas, onde já estava tudo pronto,
as torradas feitas e ligeiramente quentes ainda, com
a criança arrumada e preparando um sanduíche com manteiga e queijo.
Lucas abre um sorriso pela presença de sua mãe, e questiona sobre o seu estado:
Bom dia, mãe! Como a senhora está?
Perguntou o garoto abraçando Renata:
Bem, e você? Foi o seu pai que te arrumou?
Disse
a mãe, correspondendo o doce abraço com um sorriso frágil e amistoso, enquanto acariciando o cabelo de Lucas com leveza, tentando demonstrar