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O Milagre De Um Sorriso
O Milagre De Um Sorriso
O Milagre De Um Sorriso
E-book90 páginas58 minutos

O Milagre De Um Sorriso

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Sobre este e-book

A vida de Bianca perdera totalmente os sentidos a meses quando seu marido fora baleado enquanto ia para casa e morrera em seus braços, desde então cada dia seu era um grito vazio em meio ao arrependimento de ter tido tanto o que falar para ele, mas não ter falado, não se cuidava e nem se alimentava direito o que a fez sentir fortes dores quando chegara a um hospital. Fora examinada pelo doutor Pedro, que talvez fosse o mais bondoso e amargurado dos seres humanos, dono do projeto O milagre de um sorriso que também era de sua esposa, que faleceu devido ao câncer. Se identificara com a situação dele e em um dia pôde ver que não estaria tão sozinha. Mas a vida nem sempre age de acordo com nossos planos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de nov. de 2015
O Milagre De Um Sorriso

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    O Milagre De Um Sorriso - Paulo Godoi

    PARA BIANCA E WANDERSON

    Capitulo 1 - O Milagre de um sorriso

    Enquanto preparava o café, Bianca lembrava com

    angústia que completava exatos noventa dias que seu

    querido amor havia falecido, não preciso descrever o

    quão foi excruciante a dor que ela sentiu, e que estava

    sentindo agora, queria chorar, se afogar nas próprias

    lágrimas,

    mais nem isso ela conseguia mais, era como se não

    houvesse mais lágrima sem seus olhos, isso podia ser

    notado em seu rímel borrado no rosto, mostrando o

    descaso que ele colocou sobre si mesma, seus cabelos

    rebelados, seu batom borrado e seu olhar caído

    revelam que ela abandonou seu eu para viver em função

    da saudade que nutria pelo seu amado.

    Mas hoje, por algum motivo, ela decidiu que não ia

    mais chorar, pois viu que isso não ia trazê-lo de volta,

    nesse instante de generosa coragem dela, pedi ao vento

    que a abraçasse que a envolvesse de forma terna, e que

    assim a tocasse, que transmitisse a ela o calor que só

    ela saberia dizer de quem era, que fizesse algo que só

    ela entenderia, mandei um beija-flor tocar-lhe os lábios,

    e depois dessa silenciosa e graciosa sequencia de

    eventos, ela sorriu, pedi ao sol que aquecesse aquela

    manhã de maneira suave e agradável, para que assim ela

    decida caminhar um pouco, passear.

    Ela fazia isso com frequência com Gabriel, o seu

    amor, seu amigo, seu eterno namorado, a

    quem ela amara com toda a força que existia em si.

    Quando eu e Gabriel finalmente nos encontramos, nós

    vimos o desespero de Bianca, e ele me segurou com

    força e disse que aquilo não estava certo, de fato, eu

    também não achei, mais não sou eu quem escreve o

    roteiro da vida, eu só executo ordens, mas, não pude de

    me deixar... Culpado? Logo, fiz algo para amenizar esse

    sentimento, enviei-o em forma de sonho, e fiquei

    contente por ela conseguir dizer tudo que ela havia

    enterrado no fundo do coração depois do acontecido.

    Mas segurei o sorriso e as minhas lágrimas pois minha

    função é só observar e aprender um pouco mais sobre a

    percepção de como é o

    amor, a paixão, o luto, a saudade, a loucura, a

    sanidade e o prazer, em fim, sou como um espírito, ou

    qualquer crendice que você tenha, anjo, morte, medo,

    dom... Dom, isso, me chamem por enquanto de Dom.

    Bianca, em fim, deu uma saída para arejar a cabeça, e eu

    pus meu plano em prática.

    Ela caminhava pelas ruas da cidade sem ao certo

    saber para onde estava indo, apenas sentia sua

    alma sendo puxada para aquela direção. Quando

    finalmente parou, viu-se em frente a um hospital, viu-

    se tentada a entrar mesmo sentindo absolutamente

    nada ou tendo algum parente internado ali, quando

    entrou, a recepcionista perguntou amavelmente:

    - Posso ajudar?

    Bianca se aproximou do balcão desnorteada e disse:

    - O quê?

    - Perguntei se a senhora quer ajuda.

    - Ah sim... Quero dizer, não. Já não raciocinava direito,

    uma súbita e terrível dor no estômago que a fez retrair-

    se, viu sua turva visão girar e escurecer, e tudo se

    resumiram ao rosto de Gabriel, o único fecho de luz

    naquela escuridão que se lançara sobre ela e afundou-a

    em sua própria escuridão.

    Acordou.

    Não demorou muito para constatar que estava num

    quarto de hospital, até por que, lembra-se

    claramente de ser o lugar que estava antes de apagar

    totalmente, logo, o doutor aparece,

    com uma expressão fria e triste no rosto, mas a voz dele

    soou incrivelmente amável:

    - Então, como está se sentindo?

    - Um pouco enjoada.

    - Efeito da medicação.

    Quando o doutor se virou para sair para ir embora,

    Bianca perguntou com a voz rouca:

    - Doutor, quando vou ser liberada?

    Mas o médico não lhe deu ouvidos e saiu da sala.

    Bianca ficou se perguntando como alguém podia ser tão

    mal educado, mas logo após a saída do médico, outro

    adentra a sala dizendo:

    - Olá, sou o Dr. Fernando, respondendo a sua

    pergunta, você vai receber alta daqui a pouco, só

    estamos terminando a receita.

    - Obrigada, quanto tempo eu apaguei?

    - Dois dias, fizemos a cortesia e ir a sua casa e fecha-la.

    - Como sabiam meu endereço?

    - Sua carteira.

    - A é. Disse ela rindo, e logo, o Dr.Fernando diz:

    - Bom, tenho que voltar para a ala do câncer, daqui a

    pouco o Dr. Kleber voltará para lhe dar alta.

    No prazo estipulado por Fernando, Bianca já estava

    trocando de roupa, se preparando para

    ir embora, enquanto se arrumava se olhava no espelho,

    seu cabelo bagunçado e seu batom borrado a faziam

    recordar o descaso que estava tendo consigo mesma, e

    tal reflexão remeteu seu pensamento a Gabriel, mas,

    como era de costume dessa vez, as lágrimas não

    acompanharam as recordações.

    Logo após terminar,

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