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O Sistema
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E-book111 páginas1 hora

O Sistema

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Sobre este e-book

Esta obra faz uma reflexão de como o sistema que regula e manipula a humanidade vem triturando o indivíduo e ameaçando sua saúde mental. Descreve o comportamento da sociedade atual, explora as consequências tangíveis e intangíveis da pandemia da Covid-19, sinaliza que a redução dos nascimentos e o envelhecimento populacional, somados a uma revolução silenciosa das mulheres, irão mudar o balanço do poder: o matriarcado, em breve, irá substituir o patriarcado. Finalmente, conclui que a humanidade precisa urgentemente de Novo Renascimento –— cultural, artístico, científico, comportamental etc. Todos estes tópicos entremeados de poesia e provocações para que os leitores possam refletir e fazer melhores escolhas para suas vidas.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de abr. de 2023
ISBN9786525447452
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    O Sistema - Luciane Diniz

    Prefácio

    Pretendo, com esse texto, propor uma reflexão sobre como as estruturas sociais atuais estão adoecendo os indivíduos. Trago algumas conclusões obtidas das experiências e observações feitas durante minha vida profissional e pessoal. Sugiro algumas possibilidades para que cada leitor possa compreender e fazer suas escolhas com o único intuito de ter uma qualidade de vida melhor.

    Capítulo 1 -

    Matrix – Parte I

    No dia em que assisti ao filme Matrix (filme de maio/1999, de Lily e Lana Wachowski) surtei.

    Surtei porque foi traduzido para o cinema, numa linguagem moderna, 1984, livro de George Orwell, de 1948. É espantoso!

    A vida humana controlada pela matriz de um sistema de inteligência artificial, que se alimenta da energia dos indivíduos (no filme, o abastecimento de energia pelo corpo humano é literal). É criada uma realidade virtual onde cada um tem seu avatar e vive num universo que só existe em suas mentes.

    Neste universo paralelo, a vida beira a perfeição, só que não é real. O tirano desta distopia é um sistema de inteligência artificial. O que é uma enorme ironia da criação submetendo seu criador. Temos um pequeno grupo de indivíduos, simbolizando a resistência ao sistema.

    Esse grupo aguarda a chegada de um salvador (bastante religioso e baseado em fé e profecias, algo que não existe na Matrix, pois não é possível provar a fé). E mesmo o Salvador possuindo inúmeras habilidades, por instantes, podemos questionar se ele é mesmo o Salvador. Até ele tem dúvidas!

    A resistência vive em um submundo à margem do sistema, aproveitando-se das suas brechas e imperfeições. Será que o criador do sistema já não deixou essas brechas propositadamente?

    Gosto de imaginar que sou da resistência... Simplesmente por me negar a viver em simbiose com um sistema opressivo e tirano, com regras criadas apenas para sua própria perpetuação. Questiono, tenho curiosidades, observo, escuto e me posiciono.

    Todos temos dores e prazeres. Alguns, mesmo de forma inconsciente, vivem o que o sistema permite. E vão em frente, seguem suas vidas com seus óculos que distorcem e se adequam ao sistema. Eles o aceitam. Muitos inibem seus pensamentos e sentimentos que não se encaixam ao sistema. Risos, castração digital.

    E há a resistência. São indivíduos que usam seus sentidos físicos e emocionais para buscar entender o que realmente acontece. É uma característica marcante da resistência: querem e perseguem a verdade. Mesmo que os conceitos possam ser distorcidos, ainda há dados, fatos e experimentos que nos aproximam da essência dos objetos e situações que buscamos descrever da forma mais exata de como aconteceu, o que é realmente.

    É uma agonia perceber que o sistema está por trás dos fatos, notícias e relações. A manipulação deveria ser um conceito mais estudado e mais compreendido.

    Ah, Maquiavel, mestre que conseguiu expressar, em seu texto mais famoso, O Príncipe, de 1532, a mais refinada e brutal descrição de manipulações. E não culpem o observador mordaz com suas ideias cruéis e processos para obtenção de poder. Ele mesmo não teve muito desse gosto. O ponto é: não é o conhecimento em si, mas o uso desenfreado deste método pela classe dominante e, por fim, por todos os indivíduos, que geram as manipulações.

    De maneira complexa, a teoria de Maquiavel impulsionou a unificação de estados, resultando em um bem maior para todos, mesmo com métodos cruéis. É o fim justificando os meios.

    Hitler foi o algoz a ser eliminado da terra. Sua morte (por suicídio) teve muitas origens: a falha do seu plano diabólico, o fato de estar encurralado, e o insuportável e iminente julgamento de suas atrocidades. Foi o meio para que as sociedades retornassem para um momento mais pacífico.

    Mas nunca poderemos negar que o meio, a tragédia pessoal, justificou o fim.

    A história contada possui muitos momentos como este.

    O exército de Xian (210-209 a.C.), descoberto em 1974, é outro exemplo. As mais de 9 mil esculturas, que envolveram, segundo historiadores, mais de 700 mil pessoas em sua construção, foram feitas pelo primeiro imperador que governou toda a China para evitar que, após sua morte, toda sua família, exército, animais e qualquer um que vivesse sob seu domínio tivesse que morrer junto dele. O costume, antes do exército de Xian, era que, quando o imperador morria, tudo e todos à sua volta eram eliminados, a fim de seguir com ele para o além vida. A ideia do exército é genial, pois passa a evitar um imenso massacre, permitindo a perpetuação de conhecimentos.

    O imperador Qin Shi Huang (259-210 a.C.) enfrenta a crença consolidada na sociedade chinesa utilizando uma representação em barro (daí o outro nome dado as esculturas, exército de Terracota) para simbolizar que os seus o seguiriam após sua morte. Criou-se um substituto simbólico para um massacre. Com um método diferente, o fim justificou os meios; desta vez, de forma positiva, construindo o primeiro império unificado chinês sob seu comando. É monumental, é perfeito e é arte.

    Pode-se afirmar que todo sonho ou loucura de domínio provocam grandes avanços em todos os níveis de conhecimento humano.

    Com histórias de loucura ou pura criatividade, não podemos negar que destes acontecimentos originaram enormes avanços: científicos, culturais, artísticos, legais, de costumes e crenças.

    Acredito ser sensacional como a classe dominante representada por tiranos, imperadores, donos de terra, governos (democráticos ou não) criam em sua órbita um ambiente tão rico e criativo. Alimentam próximos a eles a arte e o desenvolvimento, o que, ao final, termina por eliminá-los.

    Iludem-se ao querer controlar a criatividade, a curiosidade e a ganância dos indivíduos. Ordenam: Ergam monumentos em homenagem ao meu sucesso, desenvolvam conhecimento, criem métodos para curar doenças, criem arte e tudo para demonstrar meu poder!.

    É aí que a resistência disfarçada se fortalece para promover uma ruptura e estabelecer uma nova ordem.E, mesmo depostos, os poderosos substituídos alcançam seus objetivos, porque já inscreveram seus nomes na história.

    Talvez esteja aí o sinal do que precisaríamos questionar.

    Por que os poderes econômicos, social, territorial e bélico não têm limites?

    Parece-me que esta ganância é uma busca insana.

    Os indivíduos realmente necessitam de pouca coisa para viver: comida, água, um abrigo seguro, uma comunidade, meios de expressar seus sentimentos, ter acesso,

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