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Não é Fake!: Comunicação é um direito humano
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Não é Fake!: Comunicação é um direito humano
E-book74 páginas54 minutos

Não é Fake!: Comunicação é um direito humano

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Sobre este e-book

Fala-se tanto em Fake, mas o que isso representa e como surge?
Não é nenhuma novidade, alguns filósofos e estudiosos já tratam das formas de controle de comportamento de massas e a erosão das identidades sociais, da massificação de ideias, da indução sutil, da manipulação da informação e da criação de identidades falsas.
Este livro é uma proposta de contribuição a cerca do pensamento da comunicação como um direito humano. É uma abordagem a cerca do processo comunicacional, a partir de uma lógica que olhe para além dos conceitos de custo e consumo. O conteúdo do livro também aborda questões de manipulação da informação e perfis falsos.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jul. de 2020
ISBN9781005068745
Não é Fake!: Comunicação é um direito humano
Autor

Maria Alice Campos

Escritora, jornalista, pesquisadora em comunicação e direito humanos, consultora em projetos e livros, guia de peregrinos.

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    Não é Fake! - Maria Alice Campos

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    Não é fake!

    Comunicação é um direito humano

    Maria Alice Campos

    Copyright © 2018 Maria Alice Campos

    Todos os direitos reservados

    Título: Não é fake! Comunicação é um direito humano.

    Autora: Maria Alice Campos

    Revisão: Mário Jefferson Leite Melo

    ISBN 9781980814825

    Lisboa – Portugal

    Este livro é apenas um despretensioso espaço de reflexões para diálogos presentes, uma compreensão da comunicação como um direito humano, que espero seja despretensiosamente propagada.

    Primeiras reflexões

    E disse Sócrates:

    Ele poderá contemplar o Sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio Sol, no lugar do Sol, o Sol tal como é.

    Alegoria da Caverna, em A República de Platão.

    Ao observar o estágio em que se encontra o processo de comunicação no mundo, é inevitável não pensar no famoso texto da alegoria da caverna, da obra de Platão. Em toda nossa evolução tecnológica, uma grande parte da humanidade continua a ver sombras de imagens transfiguradas em uma parede. As sombras da atualidade são os desejos manifestos a partir de induções mediáticas, imagens fabricadas por uma indústria da comunicação que instiga o mundo a um caos de ilusões.

    Se por um instante, um indivíduo se permitir soltar-se da amarra da indução, poderia ver que a vida contemporânea, a tão almejada vida de sucesso e os valores de felicidade são apenas padrões mediáticos1, estéticos, sociais, económicos e de comportamento, que compõem uma narrativa bem elaborada de ficção, para atender a um mercado e a condução de massas. A nova visão não seria uma ilusão, mas a perceção de como os padrões da ficção se transfiguram no real.

    Não é nenhuma novidade, alguns filósofos e estudiosos já tratam das formas de controle de comportamento de massas e a erosão das identidades sociais, da massificação de ideias, da indução sutil, da manipulação da informação e da criação de identidades falsas.

    As novas modalidades de controle, na forma de sedutoras ondas radiosas, conduzem a um consumo exacerbado, alcançam as vias da vida como um espetáculo e das relações de desejo, muitas das quais inalcançável ao mero expectador. No caos dos desejos mediáticos de sucesso, encontramos massas de indivíduos compondo uma nova categoria de pessoas doentes, portadoras de stresse, depressão ou pânico, indivíduos frustrados pela não concretização do sucesso e do que chamam de felicidade.

    Se, o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, em suas várias áreas, promove a possibilidade de uma vida com qualidade material, a loucura da ilusão da criação de expectativas mediáticas transforma os desejos para além do já alcançado e a vida humana como se fosse uma contínua busca de felicidade, patenteada sob formas ilusórias. O ser humano é influenciado por um sistema mediático que oferece protótipos de felicidade, representado através de desejosos por riquezas, padrões de beleza e de relações de vida, uma felicidade resultada do consumo.

    Ter um título, ter um bem material, ter alguém, são sintomas de uma doença que projeta fora do indivíduo a resolução do problema da infelicidade humana. Há uma compulsão por consumo de bens, serviços e desejos de reconhecimento. O carro novo, o apartamento maior, a roupa de marca, o equipamento de última geração, a viagem para o lugar da moda, a nova onda de comida, o namorado malhado, a mulher mais nova, o nariz perfeito, o cachorro da raça tal, a tendência política, o modelo de justiça ou de democracia. A lógica do consumo é pautada na busca pela felicidade, por sua vez como resultado apenas do acumulo de riquezas e na existência de indivíduos influenciáveis, que acreditam ser esse consumo, idealizado e massificado, o sinonimo de realização, sucesso e felicidade.

    O ego se sente mais valorizado pelo espelho das reações externas, a medida em que o consumo lhe oferece alcance de seus desejos visíveis aos outros.

    A falta de amor próprio, a aceitação de suas virtudes e defeitos, é reflexo da falta de equilíbrio em encontrar a felicidade dentro de si mas de projetá-la em um desejo externo.

    Ao fim, não é o que se adquire que interfere na valorização do indivíduo, mas o nível de satisfação que é visível ao outro e que muitas vezes dura pouco mais que a próxima propaganda ou a próxima postagem na rede social.

    Quando o indivíduo não alcança os seus desejos mediáticos, ele se sente incapaz e se junta ao crescente número dos seres que desenvolvem as chamadas doenças modernas como o stress, a depressão e a síndrome do pânico.

    Não estou alegando que consumir é um mal, inevitavelmente temos de consumir, me refiro a compulsão que se apresenta

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