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Quadra De Ases
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E-book185 páginas2 horas

Quadra De Ases

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Sobre este e-book

Livro Psicografado que conta a historia do espirito cigano
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jul. de 2019
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    Quadra De Ases - Robson Marques Dos Santos

    Quadra de As es

    Robson Marques dos Santos

    Ditado pelo espírito Cigano

    Quadra de Ases

    INTRODUÇÃO

    A vida e o espiritualismo, como em um jogo de pôquer, são cartas altas nas quais devemos investir para que tenhamos sempre uma vitória certa, no jogo de cartas aprendi que nada é certo, assim como a vida, podemos trocar nossos objetivos mantendo um foco e aproveitando uma cartada vitoriosa. Todas as etapas de nossa vida são transcritas e acertadas no plano espiritual, se colocam emumamesa grande a prestação de contas pelas atitudes tomadas ao longo de nossa vida e se coloca uma conclusão dos fatos.

    Cartas na mesa enquanto se explica cada uma e diferenciando a vida do jogo de cartas, no jogo da vida não existem cartas maiores e menores e sim a combinação perfeita, viver para jogar e nunca jogar para viver, pois o jogo trás derrotas e vitórias e a vida alegrias e tristezas.

    Palavras podem ser copiadas e ditas emqualquer instante, versos e rimas enaltecem o ego massageando a audição de quem os escuta, fatos podem ser narrados ou descritos trazendo assim ao conhecimento do homem histórias e estórias. Em meio a palavras e fatos sobre linhas na nossa vida podemos ajudar narrando experiências e encontrei esta única forma de lhes contar uma estória sobre como se passou a história em minha vida. Cartas na mesa, coração batendo forte como se formasse uma melodia harmoniosa dentro de meu ser, espero que se ouça a melodia enquanto se compreende o jogo da vida neste caso, o jogo da minha vida, belas cartas e um jogo de pôquer e para minha surpresa o golpe final dado pela vida me fez lembrar que já tive em minhas mãos várias vezes, uma bela Quadra de Ases.

    INDICE

    A lua e ontem página 011

    Conhecer, aprender e ser realmente o melhor página 025

    As lições mais duras de nossa vida página 03 9

    Irei embora da aldeia pàgina 049

    E parti para ser o melhor página 063

    Ser o melhor e estar certo da vitoria página 079

    Rico e Feliz ? página 091

    Chegava a hora tão esperada página 105

    De volta ao Jogo página 119

    Será melhor página 129

    A sua evolução ou desevolução página 143

    Amores página 155

    Desamores página 167

    E por fim, o Fim página 177

    Nossas Lembranças é o unico caminho com destino certo

    A lua e ontem

    Muitas vezes eu me pego vigiando a Lua em sua magnitude, iluminado por sua luz majestosa que atravessa as folhas do jacarandá rei e ilumina tudo sem discriminação, onde abismado com o seu olhar misterioso, me remeto a outrora, quando num passado por mim nunca esquecido eu olhava da mesma forma sua magnitude para me aconselhar, me acalmar e até mesmo desabafar, me lembro como se fosse hoje...

    Nasci em meio à Natureza real, sem interferência do homem que destrói quem cuida dele, desmata sem retornar o que dela tirou, uma das coisas que aprendi desde menino é que se for necessário retirar uma árvore que atrapalha meu progresso deveria plantar duas no lugar, uma para repor a retirada e a outra um presente a mãe Natureza, para que ela continuasse a cuidar de nós.

    O Espírito do ser humano tem a hora de acordar para começar sua busca por conhecimentos e um belo dia meu espírito acordou, deste dia em diante comecei a guardar lembranças da minha vida, vida que começava na aldeia onde nasci, muito tempo atrás. Odia era de muita chuva, e eu estava com umacalç a curta de saca de arroz costurada à mão por minha mãe, levantei ouvindo o som dos passarinhos cantando ainda escondidos nas árvores, esperando o alimento que os pais saiam para buscar, um delicioso cheiro de terra molhada pairava no ar, brindando com a essência das flores que aromatizavam minha casa e a de todos em nosso povoado.

    Minha aldeia era como uma grande fazenda, isolada de tudo, situada entre montanhas à beira mar, existia um porto muito grande por onde chegavam muitas pessoas todos os dias. Tinha um caminho que vinha do caís até nosso povoado, e essa viela era longa, onde podíamos apreciar o nascer ou pôr do sol, e por inúmeras vezes apreciei e conversei com a lua, enquanto sempre admirando sua estonteante beleza, no decorrer do caminho, encontrava-se as casas dos mais velhos, que ficavam na entrada para proteger a aldeia de energias que poderiam adentrar e prejudicar os moradores, as casas eram iguais para

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    todos, construídas com barro batido e cobertas de mato com chão de terra batida, sem portas e sem janelas, confiando-se na proteção da natureza, já que usavam como cercado arbustos com cheiro semelhante ao de pinho, enfeitados com rosas de diversas cores e uma infinidade de outras flores que embelezavam o caminho e dando assim as boas vindas aos visitantes da aldeia. Ao final do caminho existia um belo portal composto por duas magestosas e lindas arvores, e após transpassá-los podíamos visualizar a aldeia em si, que como já dito era formada por casas iguais às dos anciãos, mas diferentemente, eram distribuídas em círculo, para que se pudesse estabelecer uma comunicação perfeita, entre elas e atrás delas existiam árvores de onde retirávamos as frutas a serem consumidas e vendidas. Havia também um pasto muito grande onde tínhamos nossos animais e umestábulo que muitas vezes teve outras utilidades aos jovens da aldeia além de guardar nossos cavalos. Todo tipo de alimento era feito pelas mulheres da aldeia em um único cômodo entre as casas, pois a comida era servida para todos comerem juntos, tanto na manhã quanto à noite, mas em nossas casas tínhamos os nossos dormitórios e uma bela sala de visitas, em minha casa ela era enorme e tinha várias almofadas onde nos recolhíamos com amigos em dias de chuva para conversar, ela tinha também o cheiro das flores, colhidas por minha mãe ao fim das ceias realizadas em nossa aldeia, contrapondo ao cheiro do cachimbo de meu pai, que ficava sentado preparando os assuntos a serem narrados nas reuniões, onde eram passada as experiências de vida dos mais velhos, todas as noites em volta da fogueira, onde ficávamos a maior parte do tempo. Lembro que participava dessas reuniões como todos, mas somente os mais velhos falavam e os demais ouviam.

    Considerávamo-nos uma única, grande e unida família com muitos pais e muitas mães, incontáveis irmãos, onde o nosso respeito um pelo outro era regra principal para conviver em harmonia com o próximo. E para que essa harmonia existisse entre nós, haviam regras a serem seguidas, mas as que me marcaram mais foram que eu não deveria permanecer na presença e nem ao menos podia dirigir a palavra a uma mulher

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    já casada sem a presença de seu marido e vice e versa inclusive meus pais, porque fomos ensinados em nossa aldeia que todos que se casam é porque realmente concordam em se tornar uma única energia e energia não se divide, por esse motivo não nos comunicávamos com uma energia pela metade, ou seja, quebra - se a energia com a ausência de uma das partes; não deveríamos olhar nos olhos de ninguém mais velho do que nós, por que aprendemos que o homem quando olha nos olhos de um outro homem é porque ele pode discutir de igual com o outro qualquer assunto, e levando essa regra aos extremos fica difícil ou quase impossível, um jovem saber tanto quanto um homem adulto, ou deveria ser assim, por isso era mais fácil ficar de cabeça baixa para conversar com os mais velhos; e se não for por desacato à honra, o irmão que ferir ou matar um de sangue perde o direito de viver entre os seus, esta regra não se aplicava ao adultério ou ao direito de defesa desde que com provas, os irmãos de nossa aldeia deviam obedecer esta regra sempre que surgia um atrito um com o outro, se fosse traído ou ameaçado poderia fazer uso da lei para se defender, defender sua própria honra ou de um membro de seu lar, caso contrário, era convidado a deixar a aldeia.

    Regras são como conselhos bem ditados, eles dão certo por um tempo e se tornam lei, ou seja, como um mandamento onde quem não as segue acaba escrevendo sua derrota, mas conselhos podem ser questionados, eu em minha vida questionei muitos, embora muitas pessoas se calassem, em minha concepção esses conselhos deveriam ser discutidos e enfim julgados, para verificar se ainda eram úteis ou não para a época a serem aplicados. Em nosso meio tínhamos liberdade como a dos pássaros, podíamos falar e às vezes até conseguíamos ser ouvidos pelos mais idosos, era raro mas quem fala tem a certeza que alguém sempre escuta e como a água que rompe pedras para atravessar de um lado para o outro, as palavras escutadas podem chegar a serem ouvidas, como todos escutavam, mas poucos ouviam, haviam alguns que sempre concordavam com meus questionamentos, e se ditos por mais de uma boca, a mudança poderia ocorrer e comigo funcionou.

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    Aprendi com tudo isso, viver respeitando leis e delas tirar sabedoria para não errar com meus irmãos e nem com meu próximo, acreditávamos que ninguém era um ser ruim, o mal estava na troca de sentimentos, pois se você faz o mal, o receberá. Cultuávamos essa idéia através de nossas atitudes, pois não existia guerra entre nós nem mesmo em nossa mente, amor, paz e companheirismo eram nossas metas de vida, viver e deixar viver nossos ideais, até as moscas eram respeitadas, e para espantá-las, usava-se ervas específicas que as deixavam longe, já que cada ser vivo independente do tamanho dele deveria cumprir sua missão perante a natureza e para isso celebrávamos com ela todas as noites.

    Às noites exalavam um aroma delicioso, onde fragrâncias diferentes compunham noites por mim jamais esquecidas, o doce cheiro do orvalho, (uma fruta tradicional em minha terra), tomava conta do ar por um momento mágico, como se o entardecer fizesse seu cheiro aumentar por alguns instantes, no quase encontro imperceptível do sol com a lua, o cheiro da fruta se tornava imenso e ia por se diminuir ao início da noite onde se juntara a essa fragrância já mais suave o cheiro dos gravetos verdes colhidos para fogueira e dos matos queimados para afastar os insetos e onde os mais velhos, já com suas ervas específicas para afastar também os maus espíritos tornando a noite apenas de paz. Enquanto admirávamos o restante ao redor, as crianças em volta da fogueira já faziam sua própria festa antes de começar, com gravetos nas mãos eram espadachins valentes e sagazes montados em seus cavalos de bambus, então faziam sorrir até os mais sérios por tanta simplicidade e alegria contagiante.

    As fogueiras eram montadas no centro da aldeia, que chamávamos de praça, ao entardecer, onde os homens mais velhos contavam suas experiências de vida e aconselhavam os mais jovens, e as mulheres mais velhas bordando ou rendando, aconselhavam e ensinavam as moças da aldeia. Até mesmo as bebidas em meu povoado tinham um aroma diferente e marcante, a nossa champanhe era feita nos fundos das olarias por senhoras apreciadoras desta iguaria e as confeccionavam

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    manualmente, onde umcheiro doce de uva fresca se contrapunha a sua cor forte e robusta comumgosto que não consigo descrever. E o nosso vinho eram os senhores quem faziam, eles enterravam atrás dos estábulos, já que com isso a fermentação ficava natural e o teor alcoólico passava-se imperceptível, antes de o vinho ser enterrado, também era feito no fundo das olarias como a champanhe, mas em locais separados, visto que os homens e as mulheres exerciam suas atividades distintamente, pois acreditavam que a concentração quando ao lado do sexo oposto não era a mesma, mas quem fabricava umsabia fabricar o outro. Como eu adorava beber daqueles mais novinhos onde a garrafa ainda estava fácil de abrir, e posso garantir que não existia bebida mais cheirosa e tão gostosa como a que era feita lá, o vinho de minha aldeia tinha gosto de beijo roubado enquanto banhado em água de cachoeira pela menina mais linda e desejada dentre todas, era tão igual que umnunca tinha o mesmo gosto do outro. Ainda tem mais odores que faziam das noites especiais, onde em quase todas elas colocavam um leitão para assar nas brasas apoiado em gravetos e o mais guloso sempre ficava ali rondando para poder tirar as lascas na hora em que estava pronto pra comer, era montada uma mesa enorme com uma paeja bem preparada e muitas frutas colhidas na parte da tarde em nossos pomares que de tão frescas faziam cheirar bem a gordura que caía do leitão, colocavam uma toalha que sempre era muito linda e alguns vasos de rosas e flores do campo, também recém colhidas pelas damas da aldeia. As flores que podiam ser colhidas eram cultivadas bem atrás dos estábulos onde ficavam enterrados os vinhos, então quase sempre eu estava lá e acompanhava com o olhar as moças na colheita das rosas e das flores do campo. Nossas reuniões em volta da fogueira eram distintas, só se sentavam juntos um homem e uma mulher na presença dos mais velhos, os casais já casados, namorados e até os noivos se sentavam na presença dos pais devidamente separados pelos mesmos, respeitávamos os mais velhos como homens e mulheres especiais, pois eles carregavam em seu poder o maior tesouro do mundo, o conhecimento adquirido pelo passar do tempo e poucos tem esse privilégio.

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    Foi emumadestas reuniões, emvolta da fogueira, em meio a conversas entre os mais velhos de meu povo e os mais jovens, entre perguntas e conselhos, que o meu pai me fez algumas perguntas e me deu alguns conselhos que tiveram um peso muito grande nas decisões que tomei durante meu amadurecimento como homem, decisões que me trouxeram hoje onde estou e me fizeram ser o que sou. Nesta noite estávamos todos sentados ao redor da fogueira, apreciando os conselhos e as estórias que eram citados por lá, enquanto saciávamos a sede e a fome com muito vinho e frutas servidas, alguns se aconselhavam com outros anciãos, mas naquele dia em especial, meu pai foi nomeado para orientar os mais jovens, quando ele falava todos ficavam cabisbaixos por respeito e ouviam

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