Lições De Xadrez
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Lições De Xadrez - Danilo Marques
Lições de Xadrez
Danilo Soares Marques
SUMÁRIO
LIÇÃO 1
O fiancheto de dama é inferior ao de rei.
LIÇÃO 2
A INICIATIVA
LIÇÃO 3
A DEBILIDADE DA CASA 'F7'.
LIÇÃO 4
JOGO POSICIONAL E CONCEITO COMBINATIVO
LIÇÃO 5
A MÁQUINA
LIÇÃO 6
O PEÃO DOBRADO
LIÇÃO 7
POSIÇÕES APARENTES
LIÇÃO 8
COMO EXPLORAR O PEÃO DO BISPO REI DOBRADO
LIÇÃO 9
AS CASAS CONJUGADAS
LIÇÃO 10
PEÃO CENTRAL DOBRADO
LIÇÃO 11
PEÇAS SOBRECARREGADAS
LIÇÃO 12
A CENTRALIZAÇÃO DAS PEÇAS
LIÇÃO 13
AS PEÇAS INDEFESAS
LIÇÃO 14
O CAVALO CENTRALIZADO
LIÇÃO 15
DEBILIDADE DA DIAGONAL a2 - g8
LIÇÃO 16
DOIS CAVALOS CENTRALIZADOS.
LIÇÃO 17
O DOMÍNIO DA COLUNA DE DAMA (d1-d8)
LIÇÃO 18
DEBILIDADES DO ROQUE
LIÇÃO 19
O DOMÍNIO DA COLUNA DO BISPO DAMA.
LIÇÃO 20
COMO PROVOCAR DEBILIDADES NO ROQUE
LIÇÃO 21
COMO APROVEITAR O DOMÍNIO DA COLUNA BISPO DAMA (c1 - c8)
LIÇÃO 22
DEBILIDADE DO ROQUE, POR FALTA DE UM CAVALO NA CASA TRÊS BISPO REI (f3 ou f6).
LIÇÃO 23
A TROCA DE TORRE E DOIS PEÕES POR DOIS BISPOS
LIÇÃO 24
DEBILIDADE DO ROQUE DEVIDO AO AVANÇO DO PEÃO A TRÊS TORRE REI (h3 ou h6).
LIÇÃO 25
A TROCA DE UMA TORRE POR BISPO E CAVALO
LIÇÃO 26
INCONVENIENTES DE JOGAR SEM ROQUE.
Introdução
Estratégia
Estratégia é o plano que abrange todo o jogo. Enxadristas
têm que ter um plano. Os planos podem mudar, mas não faça um
movimento sem primeiro ter uma estratégia em mente!
O plano de jogo certo depende em parte do estágio da
partida: abertura, meio do jogo ou final do jogo. Depois da abertura,
quando a maioria das peças moveram-se das casas iniciais para o
centro do jogo, vem o meio do jogo, que dura até que um dos
jogadores leve xeque-mate ou até que a maioria das peças esteja
trocada. O final do jogo gira em torno da promoção de um peão à
dama.
Frequentemente é no meio do jogo que uma partida é ganha
ou perdida - e onde planejar é especialmente importante! Escolha
um bom plano e jogue de acordo com ele. Use táticas para ganhar
peões, peças ou até para dar xeque-mate no rei do seu oponente.
O mais importante é a segurança do rei! O seu rei precisa de
mais proteção? O rei do seu oponente está seguro? Ele pode ser
atacado com sucesso?
O objetivo do xadrez é dar xeque-mate no rei do oponente;
mantenha o seu a salvo! Faça um roque em segurança atrás do muro
de peões e mantenha seus peões na frente do seu rei imóvel, se
possível - eles são mais fortes assim. Se o rei do seu oponente não
está seguramente protegido, seu plano pode ser atacá-lo! Um bom
plano de ataque requer a reunião de uma tropa forte - um número
de peças de xadrez - para atacar o outro rei. Uma ou duas peças
normalmente são suficientes.
Controle o centro ou ataque o domínio do seu adversário na
parte central do tabuleiro.
O centro é por onde todas as peças passam para poder
atacar o lado inimigo, também é onde as peças exercem maior
poder. Portanto, é importante que você esteja no controle, e se não
estiver, é importante atacar o domínio central adversário o quanto
antes!
Assegure-se que suas peças guardam ou defendem umas as
outras, mesmo se elas não estão sendo imediatamente atacadas.
Se possível, troque uma peça por outra mais valiosa.
Logo seu exército estará mais poderoso do que o do seu oponente.
Tome cuidado com o quê você troca.
O que o meu oponente está ameaçando?
Pergunte-se isto toda vez que seu oponente fizer um
movimento. Acredite que ele tenha o seu próprio plano de jogo! Se
você perceber as ameaças chegando, poderá geralmente evitá-las.
Posicione seu exército para o máximo controle do tabuleiro.
Ao mover os meus peões, tornarei um dos meus bispos
mau
? Seus bispos podem ser muito poderosos, peças que
abrangem todo o tabuleiro. Evite o erro comum de prender
um
bispo atrás de um triângulo de peões dispostos em casas da mesma
cor que o bispo. Esta cerca também é conhecida como bispo mau
fora do jogo!
Tente manter seus peões em linha
Peões são as únicas peças do jogo de xadrez que não podem
se mover para trás, por isto são vulneráveis. Eles devem ficar, sempre
que possível, numa posição onde um possa defender o outro.
Mantenha os peões conectados; sem espaços
entre eles. Peões
isolados são fracos por que não podem se proteger. Evite também
dobrar
os peões - colocando-os na mesma coluna vertical. Se um
peão fica bloqueando o outro, atrás dele, ambos ficam mais fracos
do que os peões em linha
, aqueles que são capazes de proteger um
ao outro. Um peão que está logo atrás de um outro peão é chamado
de dobrado
. Ele é fraco porque o seu vizinho não pode defendê-lo.
No meio jogo, os peões devem capturar em direção ao
centro.
Conte seu trocado! Considere os peões centrais (em frente
aos reis ou às damas durante o começo do jogo) como se valessem
um real, os peões em frente aos bispos 90 centavos, os peões em
frente aos cavalos 80 centavos, e aqueles em frente as torres apenas
70 centavos. A regra geral deve ser tentar capturar em direção ao
centro. Note: o valor desses peões mantém-se apenas para o meio
jogo. No final do jogo, um peão longe do rei pode ser a peça de
xadrez mais valiosa do tabuleiro - marchando para se tornar uma
dama!
Ponha as suas torres e damas - suas peças mais poderosas -
nas colunas abertas ou semiabertas
. As colunas estão abertas
quando não há peões nelas. As colunas estão semiabertas
quando
há um peão em apenas um dos lados. Torres, e frequentemente
rainhas, precisam estar em colunas como estas para exercer mais
influência.
Se você e o seu oponente fizeram o roque em lados opostos,
pense ataque de peão
.
Quando seu oponente está rocado no lado oposto ao seu no
tabuleiro, você pode querer mover os seus peões em direção ao rei
dele. Mesmo se alguns peões forem capturados, colunas abertas
serão criadas em frente ao rei do oponente e você poderá colocar
suas torres nessas colunas para ajudar o seu ataque.
Reveja sempre seus possíveis movimentos antes de tomar
uma decisão.
Calcule dois ou três movimentos que parecerem melhores na
posição. Faça uma lista mental desses movimentos, considerando um
de cada vez. Finalmente, decida-se por um.
Fonte: Ka
http://xadrezmartinense.comunidades.net/estrategia
LIÇÃO 1
O fiancheto de dama é inferior ao de rei.
A partida que vamos reproduzir não tem outro objetivo que o de
demonstrar, uma vez mais, que o fiancheto de dama é inferior
quando se lhe opõe um fiancheto de rei. Foi jogada no campeonato
da Rússia (1940), vencido por Lilienthal, empatado com
Bondarewsky, com 13,5 pontos de 19 possíveis, o que dá uma ideia
de quanto foi encarniçada a luta (Lilienthal é húngaro, nacionalizado
russo).
A esperança estoniana, Keres, chegou em quarto. O Campeão
mundial, Botwinnik ficou em sexto e o 19º posto foi ocupado por um
mestre da força de Loewenfisch, o que sugere o poderio dos 20
competidores. Estes chegaram a final depois de uma seleção entre
meio milhão de enxadristas. É de fazer notar que nos países da antiga
Rússia se ensina xadrez aos meninos na escola, como se se tratasse
de uma matéria a mais do programa. Daí a enorme difusão deste
jogo e os conhecimentos surpreendentes dos jogadores destas
nações.
A prática tem demonstrado que o xadrez é uma técnica e como tal
pode ser ensinada do mesmo modo que a medicina, engenharia,
arquitetura, etc. É um erro crer que um jogador chega a ser bom
porque tem condições naturais
para este jogo.
Diríamos melhor que esse jogador, à força do estudo e vontade,
chegou a aperfeiçoar sua técnica a tal ponto que se destaca entre os
demais.
Porém, vamos a partida, que nos servirá para demonstrar que O
FIANCHETO DA DAMA É INFERIOR AO DO REI.
Brancas: Lilienthal Negras: Botwinnik
1.d4 Cf6
Com Cf6 pode-se jogar logo um fiancheto de Rei, ou um fiancheto
de dama, ou d6, ou simplesmente d5. A jogada usual
(d5) é menos
elástica que Cf6 porque com ela entramos diretamente numa
Abertura do peão da dama
, sem poder seguir outros caminhos.
2.c4 e6
O branco continua desenvolvendo uma abertura da dama, com c4,
pressiona sobre a casa d5 (que já domina com o cavalo) intentando
disputa-la. O negro, com e6, mantém o controle da mesma casa e
procura abrir um caminho a seu bispo de rei.
3.Cf3 b6
Conhecer aberturas não significa reter na memória uma série
interminável de jogadas para cada variante ou sub-variante, senão
que saber manter o equilíbrio da balança, tratando, está claro, de
inclinar o prato a seu favor. Depois, no meio-jogo, busca-se as contra
chances. Continuemos a partida: o negro com 3...b6 indica que se
decide a jogar um fiancheto de dama
, desenvolvendo seu bispo por
b7. Quando um jogador pretenda um fiancheto de dama, o melhor é
contestar em seguida com um fiancheto de rei (Já veremos, mais
adiante o porquê). Porém, deve-se ter em conta, para isso, que o
peão do rei
esteja em sua casa inicial. Do contrário, existirá uma
debilidade na casa f3; debilidade que o adversário pode explorar, já
que dá lugar a combinações baseadas nessa debilidade. Nunca
devemos esquecer que os peões são os únicos que, uma vez
avançados, não podem retroceder e que PEÃO QUE SE MOVE DEIXA
UMA OU DUAS CASAS FRACAS.
Porém, não é possível manter em toda a partida os peões na casa
inicial: para ganhar há que arriscar algo e, então, é claro que
devemos avançar os peões, mas cuidando sempre das debilidades
que vão deixando atrás de si.
O condutor das brancas (Lilienthal), seguindo as regras acima jogou...
4. g3
e a partida continuou assim.
4.g3 Bb7 5.Bg2 Be7 6.0-0 0-0
Agora vemos claramente porque o fiancheto de rei é melhor do que
o fiancheto de dama. Ao produzir-se o roque, o rei branco defende
seu bispo de g2, enquanto que o bispo da dama negro está indefeso.
Isto pode dar lugar a combinações que veremos mais adiante,
baseadas nesta falta de apoio do bispo dama. É claro que se este
bispo cai, também cairá imediatamente a torre da dama do negro e
isso é, precisamente, o mais grave.
Poder-se-ia dizer, porém o negro pode apoiar seu bispo
. Está
certo mas, para isso, teria de perder um tempo
levando sua dama a
c8. Esta jogada, além de significar perda de um tempo
precioso,
não é recomendável porque a dama, então, deixaria de prestar apoio
ao outro bispo e se escravizaria na defesa de seu bispo de b7.
Com o exposto, já vemos que nesta abertura o equilíbrio da balança
foi rompido. Podemos afirmar rotundamente que as brancas estão
melhor. Agora é questão de saber fazer valer esta superioridade. Em
outras palavras, colocar em jogo esta pequena vantagem.
7.Cc3 Ce4
O negro trata de forçar a troca de cavalos em e5 para instalar aí seu
bispo. O branco, então, deve tratar de evitar isso.
8.Dc2 Cxc3
Com a dama em c2, ameaçava-se duas vezes o cavalo negro, que
estava defendido somente uma vez, o que forçou a troca de cavalos.
E aqui já vemos qual é a combinação a que dá motivo o indefeso
bispo negro de b7. Suponhamos, por um momento, que não fosse
possível ao cavalo negro tomar o peão de e
dando xeque. Vejamos
o que sucederia se o cavalo branco saltasse a g5, ameaçando mate
com a dama em h7. O negro estaria obrigado a tomar este cavalo e,
então, o bispo do fiancheto capturaria o bispo indefeso das negras,
ganhando imediatamente a torre da dama, obtendo, com isso,
vantagem material.
Porém é necessário, previamente, tomar o cavalo do negro e deve
fazer-se com a dama para não dobrar peões.
9.Dxc3 d6 10.Dc2
A dama volta a c2 para continuar ameaçando a combinação que já
vimos; combinação sumamente apreciável para o negro, que deve
pará-la imediatamente e, para isso joga:
10...f5 11.Ce1!?
E aqui, que Lilienthal nos perdoe, mas não cremos que haja jogado o
melhor. Esta classe de posição é típica nestas aberturas e está
comprovado que era melhor 11.d5 com o que se ganhava
rapidamente. Trazendo o cavalo a e1 se dá a oportunidade ao negro
para que obtenha a igualdade jogando Bxb2, depois do que o
equilíbrio haveria voltado, pois não existiria a superioridade do
fiancheto do rei sobre o outro.
É possível que Botvinnik necessitasse ganhar este ponto para seu
escore, pelo que deixou de procurar empate com Bxb2 e preferiu
forçar com
11... Cc6
razão pela qual o fiancheto do rei seguiu se valorizando. Vamos
esclarecer que com 11.d5 haveria restado dois caminhos ao negro:
tomar o peão da com seu peão do rei ou avançar seu peão do rei. Se
se toma o peão, o desastre é imediato porque o branco joga 12.Cd4,
impedindo que o negro prossiga tomando o outro peão porque cairia
o bispo e a torre, e ameaçando levar o cavalo a e6 para dar o "duplo
"na dama e torre negras.
Se o negro prefere avançar seu peão a e4, seguiria: [11.d5 e5
12.Cxe5 dxe5 13.d6 Bxg2 14.dxe7 Dxe7 15.Rxg2 com melhor jogo
para o branco.]
12.d5 exd5
Esta última captura é forçada, do contrário as negras perdem o
peão de e
(e entra a combinação já explicada) ou o cavalo.
13.cxd5
Para as brancas era tentadora a jogada 13.Bxd5+. Porém o lance de
Lilienthal é muito melhor porque leva um peão ao centro, em d5, o
qual dará dois pontos fortes para o branco: e6 e c6, nos quais, mais
adiante, pode-se instalar um cavalo.
13...Cb4
Agora o cavalo negro ameaça a dama e o peão avançado. Onde as
brancas devem colocar a dama? Observemos que o bispo da dama
do branco (ainda não desenvolvido) não tem nenhum programa
na
diagonal c1-h6 e deduzimos, então, que será melhor desenvolve-lo
por fiancheto, pressionando diretamente sobre o roque inimigo.
Então, não devemos por a dama em b3. Restam as casas c4 e d2.
Descartamos c4 porque depois de 14...a5 (apoiando o cavalo) o
negro continuaria 15...Ba6 com consequências muito desagradáveis
para as brancas. Preferimos, então...
14.Dd2 a5 15.a3 Ca6 16.b4 Bf6
As negras tratam de se opor ao fiancheto preparado pelo branco,
porem observemos a diferença: o bispo dama branco estará em b2
apoiado pela dama. As brancas podem jogar tranquilamente...
17.Bb2 Dd7
Para avançar o peão da casa c7 a c6 e apoiar seu bispo da dama.
18.Bxf6 Txf6
Se o branco pudesse instalar um cavalo em e6, restringiria o jogo
negro. Trata-se, então, de levar o cavalo à casa e6...
19.Cd3 a4 20.Tac1
Tomando a coluna.
20...Df7
Ameaçando o peão de d5
21.Cf4
Defendendo o peão de d5.
21...Bc8
Retirar o bispo a c8 significa que o negro reconhece a inferioridade
do fiancheto de dama frente ao fiancheto de rei, que é o que
estamos demonstrando nesta lição. Bastaria isso para confirma-lo;
porém sigamos com a partida, pois ainda não terminou a forte
pressão que exerce o bispo branco de g2. Agora o branco tratará de
dobrar as torres na coluna c
para pressionar o peão de c7 e manter
o cavalo preso.
22.Tc3 Bd7 23.Tfc1 h6
Ao fazer este lance o negro deixa um ponto fraco em g6, que seria
magnífico para instalar o cavalo. Impõe-se, então, garantir este
ponto.
24.h4 Ta7
Perdendo tempo.
25.h5 Ta8
Regressa.
26.Te3 Rh7
Depois que o cavalo se instalasse em g6 seria muito forte por a torre
em e7. Por isso, as brancas levaram a torre para dita coluna, sem
apressar-se em jogar Cg6. O negro já está perdido, porém o branco
recorda que QUANDO A POSIÇÃO É SUPERIOR NÃO HÁ QUE SE
APRESSAR EM ATACAR. A FRUTA MADURA CAI DA ÁRVORE POR SI
SÓ.
27.Tcc3 Tb8
Para sair da ação do bispo branco, porém deixa o cavalo sem apoio
e o branco aproveita imediatamente.
28.Dd3 Ta8
Voltando a pôr-se sob o fogo
do bispo.
29.Cg6 Txg6
Este é um sacrifício para se livrar da pressão, mas não resolverá.
30.hxg6+ Rxg6 31.Te6+ Rh7
Está claro que não se pode 31...Bxe6 porque segue 32.dxe6
atacando a Dama, e então o bispo do fiancheto rei ganha
limpamente
a torre-dama. Uma vez mais se comprova a força
deste fianchetto.
32.g4 c5
Tratando de liberar-se no flanco dama.
33.b5 Cc7 34.gxf5 Cxb5
Tampouco agora se poderia tomar a torre com o cavalo pelas
mesmas razões que já explicamos.
35.f6+ Rg8
Não se poderia jogar 35...g6 porque a torre branca entraria na 7ª
linha, ganhando a dama. Tampouco se podia jogar 35...Dg6 devido a
36.Dxg6+ seguido de 36...Rxg6 37.Tg3+ Rh7 (37...Rh5 38.Bf3+ Rh4
39.Te4+ Bg4 40.Texg4+ Rh5 41.Tf4#) 38.Txg7+]
36.Tc4 Te8
Por fim sai da diagonal
37.Tg4 g5 38.Txe8+ Bxe8 39.Te4 Rf8
Não se pode tomar o peão em f6 39...Dxf6 devido a 40.Txe8+ Rf7
41.Dxb5 e o branco fica com uma vantagem ganhadora.
40.Te7 Dg6
Tampouco agora se pode tomar o peão de f6.
41.Be4 Dh5
O bispo entra cortando
por outra diagonal e é ele que decida as
últimas ações.
42.Bf3 Dg6 43.Txe8+ Dxe8 (forçado); 44.Dh7 e as negras abandonam.
A dama branca ameaçava dar mate em g7. Contra isto a única
jogada seria: 44...Df7 45.Dxh6+ Rg8 [Se 45...Re8 46.Bh5 ganhando a
dama] 46.Bh5 Dd7 (ou qualquer outra); 47.f7+ E é necessário
sacrificar a dama