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Lições De Xadrez
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E-book362 páginas5 horas

Lições De Xadrez

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Sobre este e-book

O objetivo do xadrez é dar xeque-mate no rei do oponente; mantenha o seu a salvo! Faça um roque em segurança atrás do muro de peões e mantenha seus peões na frente do seu rei imóvel, se possível - eles são mais fortes assim. Se o rei do seu oponente não está seguramente protegido, seu plano pode ser atacá-lo! Um bom plano de ataque requer a reunião de uma tropa forte - um número de peças de xadrez - para atacar o outro rei. Uma ou duas peças normalmente são suficientes.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jan. de 2022
Lições De Xadrez

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    Lições De Xadrez - Danilo Marques

    Lições de Xadrez

    Danilo Soares Marques

    SUMÁRIO

    LIÇÃO 1

    O fiancheto de dama é inferior ao de rei.

    LIÇÃO 2

    A INICIATIVA

    LIÇÃO 3

    A DEBILIDADE DA CASA 'F7'.

    LIÇÃO 4

    JOGO POSICIONAL E CONCEITO COMBINATIVO

    LIÇÃO 5

    A MÁQUINA

    LIÇÃO 6

    O PEÃO DOBRADO

    LIÇÃO 7

    POSIÇÕES APARENTES

    LIÇÃO 8

    COMO EXPLORAR O PEÃO DO BISPO REI DOBRADO

    LIÇÃO 9

    AS CASAS CONJUGADAS

    LIÇÃO 10

    PEÃO CENTRAL DOBRADO

    LIÇÃO 11

    PEÇAS SOBRECARREGADAS

    LIÇÃO 12

    A CENTRALIZAÇÃO DAS PEÇAS

    LIÇÃO 13

    AS PEÇAS INDEFESAS

    LIÇÃO 14

    O CAVALO CENTRALIZADO

    LIÇÃO 15

    DEBILIDADE DA DIAGONAL a2 - g8

    LIÇÃO 16

    DOIS CAVALOS CENTRALIZADOS.

    LIÇÃO 17

    O DOMÍNIO DA COLUNA DE DAMA (d1-d8)

    LIÇÃO 18

    DEBILIDADES DO ROQUE

    LIÇÃO 19

    O DOMÍNIO DA COLUNA DO BISPO DAMA.

    LIÇÃO 20

    COMO PROVOCAR DEBILIDADES NO ROQUE

    LIÇÃO 21

    COMO APROVEITAR O DOMÍNIO DA COLUNA BISPO DAMA (c1 - c8)

    LIÇÃO 22

    DEBILIDADE DO ROQUE, POR FALTA DE UM CAVALO NA CASA TRÊS BISPO REI (f3 ou f6).

    LIÇÃO 23

    A TROCA DE TORRE E DOIS PEÕES POR DOIS BISPOS

    LIÇÃO 24

    DEBILIDADE DO ROQUE DEVIDO AO AVANÇO DO PEÃO A TRÊS TORRE REI (h3 ou h6).

    LIÇÃO 25

    A TROCA DE UMA TORRE POR BISPO E CAVALO

    LIÇÃO 26

    INCONVENIENTES DE JOGAR SEM ROQUE.

    Introdução

    Estratégia

    Estratégia é o plano que abrange todo o jogo. Enxadristas

    têm que ter um plano. Os planos podem mudar, mas não faça um

    movimento sem primeiro ter uma estratégia em mente!

    O plano de jogo certo depende em parte do estágio da

    partida: abertura, meio do jogo ou final do jogo. Depois da abertura,

    quando a maioria das peças moveram-se das casas iniciais para o

    centro do jogo, vem o meio do jogo, que dura até que um dos

    jogadores leve xeque-mate ou até que a maioria das peças esteja

    trocada. O final do jogo gira em torno da promoção de um peão à

    dama.

    Frequentemente é no meio do jogo que uma partida é ganha

    ou perdida - e onde planejar é especialmente importante! Escolha

    um bom plano e jogue de acordo com ele. Use táticas para ganhar

    peões, peças ou até para dar xeque-mate no rei do seu oponente.

    O mais importante é a segurança do rei! O seu rei precisa de

    mais proteção? O rei do seu oponente está seguro? Ele pode ser

    atacado com sucesso?

    O objetivo do xadrez é dar xeque-mate no rei do oponente;

    mantenha o seu a salvo! Faça um roque em segurança atrás do muro

    de peões e mantenha seus peões na frente do seu rei imóvel, se

    possível - eles são mais fortes assim. Se o rei do seu oponente não

    está seguramente protegido, seu plano pode ser atacá-lo! Um bom

    plano de ataque requer a reunião de uma tropa forte - um número

    de peças de xadrez - para atacar o outro rei. Uma ou duas peças

    normalmente são suficientes.

    Controle o centro ou ataque o domínio do seu adversário na

    parte central do tabuleiro.

    O centro é por onde todas as peças passam para poder

    atacar o lado inimigo, também é onde as peças exercem maior

    poder. Portanto, é importante que você esteja no controle, e se não

    estiver, é importante atacar o domínio central adversário o quanto

    antes!

    Assegure-se que suas peças guardam ou defendem umas as

    outras, mesmo se elas não estão sendo imediatamente atacadas.

    Se possível, troque uma peça por outra mais valiosa.

    Logo seu exército estará mais poderoso do que o do seu oponente.

    Tome cuidado com o quê você troca.

    O que o meu oponente está ameaçando?

    Pergunte-se isto toda vez que seu oponente fizer um

    movimento. Acredite que ele tenha o seu próprio plano de jogo! Se

    você perceber as ameaças chegando, poderá geralmente evitá-las.

    Posicione seu exército para o máximo controle do tabuleiro.

    Ao mover os meus peões, tornarei um dos meus bispos

    mau? Seus bispos podem ser muito poderosos, peças que

    abrangem todo o tabuleiro. Evite o erro comum de prender um

    bispo atrás de um triângulo de peões dispostos em casas da mesma

    cor que o bispo. Esta cerca também é conhecida como bispo mau

    fora do jogo!

    Tente manter seus peões em linha

    Peões são as únicas peças do jogo de xadrez que não podem

    se mover para trás, por isto são vulneráveis. Eles devem ficar, sempre

    que possível, numa posição onde um possa defender o outro.

    Mantenha os peões conectados; sem espaços entre eles. Peões

    isolados são fracos por que não podem se proteger. Evite também

    dobrar os peões - colocando-os na mesma coluna vertical. Se um

    peão fica bloqueando o outro, atrás dele, ambos ficam mais fracos

    do que os peões em linha, aqueles que são capazes de proteger um

    ao outro. Um peão que está logo atrás de um outro peão é chamado

    de dobrado. Ele é fraco porque o seu vizinho não pode defendê-lo.

    No meio jogo, os peões devem capturar em direção ao

    centro.

    Conte seu trocado! Considere os peões centrais (em frente

    aos reis ou às damas durante o começo do jogo) como se valessem

    um real, os peões em frente aos bispos 90 centavos, os peões em

    frente aos cavalos 80 centavos, e aqueles em frente as torres apenas

    70 centavos. A regra geral deve ser tentar capturar em direção ao

    centro. Note: o valor desses peões mantém-se apenas para o meio

    jogo. No final do jogo, um peão longe do rei pode ser a peça de

    xadrez mais valiosa do tabuleiro - marchando para se tornar uma

    dama!

    Ponha as suas torres e damas - suas peças mais poderosas -

    nas colunas abertas ou semiabertas. As colunas estão abertas

    quando não há peões nelas. As colunas estão semiabertas quando

    há um peão em apenas um dos lados. Torres, e frequentemente

    rainhas, precisam estar em colunas como estas para exercer mais

    influência.

    Se você e o seu oponente fizeram o roque em lados opostos,

    pense ataque de peão.

    Quando seu oponente está rocado no lado oposto ao seu no

    tabuleiro, você pode querer mover os seus peões em direção ao rei

    dele. Mesmo se alguns peões forem capturados, colunas abertas

    serão criadas em frente ao rei do oponente e você poderá colocar

    suas torres nessas colunas para ajudar o seu ataque.

    Reveja sempre seus possíveis movimentos antes de tomar

    uma decisão.

    Calcule dois ou três movimentos que parecerem melhores na

    posição. Faça uma lista mental desses movimentos, considerando um

    de cada vez. Finalmente, decida-se por um.

    Fonte: Ka

    http://xadrezmartinense.comunidades.net/estrategia

    LIÇÃO 1

    O fiancheto de dama é inferior ao de rei.

    A partida que vamos reproduzir não tem outro objetivo que o de

    demonstrar, uma vez mais, que o fiancheto de dama é inferior

    quando se lhe opõe um fiancheto de rei. Foi jogada no campeonato

    da Rússia (1940), vencido por Lilienthal, empatado com

    Bondarewsky, com 13,5 pontos de 19 possíveis, o que dá uma ideia

    de quanto foi encarniçada a luta (Lilienthal é húngaro, nacionalizado

    russo).

    A esperança estoniana, Keres, chegou em quarto. O Campeão

    mundial, Botwinnik ficou em sexto e o 19º posto foi ocupado por um

    mestre da força de Loewenfisch, o que sugere o poderio dos 20

    competidores. Estes chegaram a final depois de uma seleção entre

    meio milhão de enxadristas. É de fazer notar que nos países da antiga

    Rússia se ensina xadrez aos meninos na escola, como se se tratasse

    de uma matéria a mais do programa. Daí a enorme difusão deste

    jogo e os conhecimentos surpreendentes dos jogadores destas

    nações.

    A prática tem demonstrado que o xadrez é uma técnica e como tal

    pode ser ensinada do mesmo modo que a medicina, engenharia,

    arquitetura, etc. É um erro crer que um jogador chega a ser bom

    porque tem condições naturais para este jogo.

    Diríamos melhor que esse jogador, à força do estudo e vontade,

    chegou a aperfeiçoar sua técnica a tal ponto que se destaca entre os

    demais.

    Porém, vamos a partida, que nos servirá para demonstrar que O

    FIANCHETO DA DAMA É INFERIOR AO DO REI.

    Brancas: Lilienthal Negras: Botwinnik

    1.d4 Cf6

    Com Cf6 pode-se jogar logo um fiancheto de Rei, ou um fiancheto

    de dama, ou d6, ou simplesmente d5. A jogada usual(d5) é menos

    elástica que Cf6 porque com ela entramos diretamente numa

    Abertura do peão da dama, sem poder seguir outros caminhos.

    2.c4 e6

    O branco continua desenvolvendo uma abertura da dama, com c4,

    pressiona sobre a casa d5 (que já domina com o cavalo) intentando

    disputa-la. O negro, com e6, mantém o controle da mesma casa e

    procura abrir um caminho a seu bispo de rei.

    3.Cf3 b6

    Conhecer aberturas não significa reter na memória uma série

    interminável de jogadas para cada variante ou sub-variante, senão

    que saber manter o equilíbrio da balança, tratando, está claro, de

    inclinar o prato a seu favor. Depois, no meio-jogo, busca-se as contra

    chances. Continuemos a partida: o negro com 3...b6 indica que se

    decide a jogar um fiancheto de dama, desenvolvendo seu bispo por

    b7. Quando um jogador pretenda um fiancheto de dama, o melhor é

    contestar em seguida com um fiancheto de rei (Já veremos, mais

    adiante o porquê). Porém, deve-se ter em conta, para isso, que o

    peão do rei esteja em sua casa inicial. Do contrário, existirá uma

    debilidade na casa f3; debilidade que o adversário pode explorar, já

    que dá lugar a combinações baseadas nessa debilidade. Nunca

    devemos esquecer que os peões são os únicos que, uma vez

    avançados, não podem retroceder e que PEÃO QUE SE MOVE DEIXA

    UMA OU DUAS CASAS FRACAS.

    Porém, não é possível manter em toda a partida os peões na casa

    inicial: para ganhar há que arriscar algo e, então, é claro que

    devemos avançar os peões, mas cuidando sempre das debilidades

    que vão deixando atrás de si.

    O condutor das brancas (Lilienthal), seguindo as regras acima jogou...

    4. g3

    e a partida continuou assim.

    4.g3 Bb7 5.Bg2 Be7 6.0-0 0-0

    Agora vemos claramente porque o fiancheto de rei é melhor do que

    o fiancheto de dama. Ao produzir-se o roque, o rei branco defende

    seu bispo de g2, enquanto que o bispo da dama negro está indefeso.

    Isto pode dar lugar a combinações que veremos mais adiante,

    baseadas nesta falta de apoio do bispo dama. É claro que se este

    bispo cai, também cairá imediatamente a torre da dama do negro e

    isso é, precisamente, o mais grave.

    Poder-se-ia dizer, porém o negro pode apoiar seu bispo. Está

    certo mas, para isso, teria de perder um tempo levando sua dama a

    c8. Esta jogada, além de significar perda de um tempo precioso,

    não é recomendável porque a dama, então, deixaria de prestar apoio

    ao outro bispo e se escravizaria na defesa de seu bispo de b7.

    Com o exposto, já vemos que nesta abertura o equilíbrio da balança

    foi rompido. Podemos afirmar rotundamente que as brancas estão

    melhor. Agora é questão de saber fazer valer esta superioridade. Em

    outras palavras, colocar em jogo esta pequena vantagem.

    7.Cc3 Ce4

    O negro trata de forçar a troca de cavalos em e5 para instalar aí seu

    bispo. O branco, então, deve tratar de evitar isso.

    8.Dc2 Cxc3

    Com a dama em c2, ameaçava-se duas vezes o cavalo negro, que

    estava defendido somente uma vez, o que forçou a troca de cavalos.

    E aqui já vemos qual é a combinação a que dá motivo o indefeso

    bispo negro de b7. Suponhamos, por um momento, que não fosse

    possível ao cavalo negro tomar o peão de e dando xeque. Vejamos

    o que sucederia se o cavalo branco saltasse a g5, ameaçando mate

    com a dama em h7. O negro estaria obrigado a tomar este cavalo e,

    então, o bispo do fiancheto capturaria o bispo indefeso das negras,

    ganhando imediatamente a torre da dama, obtendo, com isso,

    vantagem material.

    Porém é necessário, previamente, tomar o cavalo do negro e deve

    fazer-se com a dama para não dobrar peões.

    9.Dxc3 d6 10.Dc2

    A dama volta a c2 para continuar ameaçando a combinação que já

    vimos; combinação sumamente apreciável para o negro, que deve

    pará-la imediatamente e, para isso joga:

    10...f5 11.Ce1!?

    E aqui, que Lilienthal nos perdoe, mas não cremos que haja jogado o

    melhor. Esta classe de posição é típica nestas aberturas e está

    comprovado que era melhor 11.d5 com o que se ganhava

    rapidamente. Trazendo o cavalo a e1 se dá a oportunidade ao negro

    para que obtenha a igualdade jogando Bxb2, depois do que o

    equilíbrio haveria voltado, pois não existiria a superioridade do

    fiancheto do rei sobre o outro.

    É possível que Botvinnik necessitasse ganhar este ponto para seu

    escore, pelo que deixou de procurar empate com Bxb2 e preferiu

    forçar com

    11... Cc6

    razão pela qual o fiancheto do rei seguiu se valorizando. Vamos

    esclarecer que com 11.d5 haveria restado dois caminhos ao negro:

    tomar o peão da com seu peão do rei ou avançar seu peão do rei. Se

    se toma o peão, o desastre é imediato porque o branco joga 12.Cd4,

    impedindo que o negro prossiga tomando o outro peão porque cairia

    o bispo e a torre, e ameaçando levar o cavalo a e6 para dar o "duplo

    "na dama e torre negras.

    Se o negro prefere avançar seu peão a e4, seguiria: [11.d5 e5

    12.Cxe5 dxe5 13.d6 Bxg2 14.dxe7 Dxe7 15.Rxg2 com melhor jogo

    para o branco.]

    12.d5 exd5

    Esta última captura é forçada, do contrário as negras perdem o

    peão de e (e entra a combinação já explicada) ou o cavalo.

    13.cxd5

    Para as brancas era tentadora a jogada 13.Bxd5+. Porém o lance de

    Lilienthal é muito melhor porque leva um peão ao centro, em d5, o

    qual dará dois pontos fortes para o branco: e6 e c6, nos quais, mais

    adiante, pode-se instalar um cavalo.

    13...Cb4

    Agora o cavalo negro ameaça a dama e o peão avançado. Onde as

    brancas devem colocar a dama? Observemos que o bispo da dama

    do branco (ainda não desenvolvido) não tem nenhum programa na

    diagonal c1-h6 e deduzimos, então, que será melhor desenvolve-lo

    por fiancheto, pressionando diretamente sobre o roque inimigo.

    Então, não devemos por a dama em b3. Restam as casas c4 e d2.

    Descartamos c4 porque depois de 14...a5 (apoiando o cavalo) o

    negro continuaria 15...Ba6 com consequências muito desagradáveis

    para as brancas. Preferimos, então...

    14.Dd2 a5 15.a3 Ca6 16.b4 Bf6

    As negras tratam de se opor ao fiancheto preparado pelo branco,

    porem observemos a diferença: o bispo dama branco estará em b2

    apoiado pela dama. As brancas podem jogar tranquilamente...

    17.Bb2 Dd7

    Para avançar o peão da casa c7 a c6 e apoiar seu bispo da dama.

    18.Bxf6 Txf6

    Se o branco pudesse instalar um cavalo em e6, restringiria o jogo

    negro. Trata-se, então, de levar o cavalo à casa e6...

    19.Cd3 a4 20.Tac1

    Tomando a coluna.

    20...Df7

    Ameaçando o peão de d5

    21.Cf4

    Defendendo o peão de d5.

    21...Bc8

    Retirar o bispo a c8 significa que o negro reconhece a inferioridade

    do fiancheto de dama frente ao fiancheto de rei, que é o que

    estamos demonstrando nesta lição. Bastaria isso para confirma-lo;

    porém sigamos com a partida, pois ainda não terminou a forte

    pressão que exerce o bispo branco de g2. Agora o branco tratará de

    dobrar as torres na coluna c para pressionar o peão de c7 e manter

    o cavalo preso.

    22.Tc3 Bd7 23.Tfc1 h6

    Ao fazer este lance o negro deixa um ponto fraco em g6, que seria

    magnífico para instalar o cavalo. Impõe-se, então, garantir este

    ponto.

    24.h4 Ta7

    Perdendo tempo.

    25.h5 Ta8

    Regressa.

    26.Te3 Rh7

    Depois que o cavalo se instalasse em g6 seria muito forte por a torre

    em e7. Por isso, as brancas levaram a torre para dita coluna, sem

    apressar-se em jogar Cg6. O negro já está perdido, porém o branco

    recorda que QUANDO A POSIÇÃO É SUPERIOR NÃO HÁ QUE SE

    APRESSAR EM ATACAR. A FRUTA MADURA CAI DA ÁRVORE POR SI

    SÓ.

    27.Tcc3 Tb8

    Para sair da ação do bispo branco, porém deixa o cavalo sem apoio

    e o branco aproveita imediatamente.

    28.Dd3 Ta8

    Voltando a pôr-se sob o fogo do bispo.

    29.Cg6 Txg6

    Este é um sacrifício para se livrar da pressão, mas não resolverá.

    30.hxg6+ Rxg6 31.Te6+ Rh7

    Está claro que não se pode 31...Bxe6 porque segue 32.dxe6

    atacando a Dama, e então o bispo do fiancheto rei ganha

    limpamente a torre-dama. Uma vez mais se comprova a força

    deste fianchetto.

    32.g4 c5

    Tratando de liberar-se no flanco dama.

    33.b5 Cc7 34.gxf5 Cxb5

    Tampouco agora se poderia tomar a torre com o cavalo pelas

    mesmas razões que já explicamos.

    35.f6+ Rg8

    Não se poderia jogar 35...g6 porque a torre branca entraria na 7ª

    linha, ganhando a dama. Tampouco se podia jogar 35...Dg6 devido a

    36.Dxg6+ seguido de 36...Rxg6 37.Tg3+ Rh7 (37...Rh5 38.Bf3+ Rh4

    39.Te4+ Bg4 40.Texg4+ Rh5 41.Tf4#) 38.Txg7+]

    36.Tc4 Te8

    Por fim sai da diagonal

    37.Tg4 g5 38.Txe8+ Bxe8 39.Te4 Rf8

    Não se pode tomar o peão em f6 39...Dxf6 devido a 40.Txe8+ Rf7

    41.Dxb5 e o branco fica com uma vantagem ganhadora.

    40.Te7 Dg6

    Tampouco agora se pode tomar o peão de f6.

    41.Be4 Dh5

    O bispo entra cortando por outra diagonal e é ele que decida as

    últimas ações.

    42.Bf3 Dg6 43.Txe8+ Dxe8 (forçado); 44.Dh7 e as negras abandonam.

    A dama branca ameaçava dar mate em g7. Contra isto a única

    jogada seria: 44...Df7 45.Dxh6+ Rg8 [Se 45...Re8 46.Bh5 ganhando a

    dama] 46.Bh5 Dd7 (ou qualquer outra); 47.f7+ E é necessário

    sacrificar a dama

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