Poder Herdado

De Leam Franco

Após quase morrer a caminho do trabalho, um homem aparentemente comum e entediado com a própria vida ganhar podres ilimitados, realizando todos os seus desejos, porem com responsabilidade sem tamanho, principalmente quando algo impossível acontece, uma gravides de um amor a primeira vista, e o misterioso aparecimento de outro igual que parece funcionar a base de ciúme e ódio.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 8 de dez. de 2022

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SUMÁRIO

PARTE 01

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PARTE 02 5

PARTE 03 7

PARTE 04 11

PARTE 05* 14

PARTE 06 18

PARTE 07* 21

PARTE 08 23

PARTE 09 31

PARTE 10* 35

PARTE 11 36

PARTE 12 40

PARTE 13* 42

PARTE 14 45

PARTE 15 49

PARTE 16 54

PARTE 17* 57

PARTE 18 59

1

PARTE 19* 62

PARTE 20 65

PARTE 21 67

PARTE 22* 68

PARTE 23 71

PARTE FINAL 75

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PARTE 01

Minha vida sempre foi morna, sempre vivi sozinho, tinha um emprego de salário básico, dava para viver, até aquele dia, foi a uns dias atrás, mas penso que assim fica mais emblemático, eu saí para trabalhar normalmente, às cinco e meia da manhã, fechei a porta e o portão, meus pés começaram a me levar pelo meu caminho habitual, no automático mesmo, pensando em qualquer outra coisa, a última coisa que eu me lembro foi uma luz forte e quente do meu lado direito, algo tirou o chão de perto de mim, deixei de sentir meu corpo, agora começa o que eu não entendi bem, eu estava bem em uma sala toda branca, ali havia apenas uma mesa com duas cadeiras, tudo de madeira, nada a mais:

- Pode se sentar que já estou chegando. – Uma voz cansada veio de trás de mim, sentei na cadeira na minha frente, sem olhar para trás, um senhor deu a volta na mesa e se sentou na outra. – Pois, bem, vamos começar, como você viveu. – Ele parou por um segundo. – Não precisa me falar, tenho tudo escrito aqui. – Ele puxou um livro de uma gaveta, a quantidade de páginas era tanta que quase cobria o homem atrás dele. – Vamos pegar só o resumo positivo. – Ele abriu e pegou um livreto da primeira página do livro. – E o negativo. –Pegou outro livreto da última página. – Parece que fez mais coisa boa do que ruim já é um bom sinal.

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- Desculpa, mas onde estou? –Eu interrompi o senhor.

- Aqui é onde você vai ser julgado, vou ver se você vai para o céu ou inferno, ou purgatório, mas quase ninguém fica lá, na verdade. – Eu devo ter feito uma cara muito confusa, pois ele seguiu. – Você não entendeu ainda, você morreu, ou está quase morrendo pelo que estou vendo aqui, pera isso pode ser bom, quero um descanso. – O senhor pareceu animado. – Quer ficar no meu lugar, vai voltar a vida, vai ter todos os desejos realizados, e vai viver para sempre, ou até quando você quiser. – Uns segundos de silêncio, eu nem sabia o que falar. – Vou te provar que estou falando a verdade, me peça qualquer coisa.

- Uma teve gigante. – Porque isso foi a primeira coisa que me veio na mente eu não sei.

- Fácil. –Falou o senhor, e em seguida toda sala virou uma teve. – Aqui não tem como ser maior, vai querer ficar no meu lugar, sua ficha é limpa o suficiente para isso, e. –Ele abriu o primeiro livreto novamente. – Você ainda está vivo. – Ele esticou a mão na minha direção, apertei ela, no impulso, eu senti a vida se esvaindo do senhor, o frio cadavérico tomar conta da mesma, e de repente seu corpo começou a se desfazer como se milhares de anos se passassem em segundos para ele. Quando acordei eu estava no hospital, entubado, conforme os médicos eu voltar era um milagre, acordar na velocidade que voltei, um dia, após o atropelamento, aumentava o milagre, sem sequelas nem uma, e com todas as feridas curadas, era impossível, mas tive alta no mesmo dia, já que fui internado pelo sistema público e não tinha motivo para

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continuar lá, apesar de os médicos estarem querendo me estudar, mas hoje aconteceu a coisa mais bizarra, perdi o ônibus para o trabalho, pensei se eu tivesse um carro não passaria por isso e estalei meu dedo quase como uma reclamação, um carro apareceu na minha frente, e as chaves estavam na minha mão, lembrei do senhor, pensei em seguida, se a mala tiver cheia de dinheiro nem preciso trabalhar, quando abri o porta-malas, notas voaram de lá, de tão cheio, o que sou agora, no que me transformei.

PARTE 02

Olho em volta rapidamente, ninguém parece ter percebido o que acabou de acontecer, fecho o porta-malas do carro entro nele e vou embora, para onde, não preciso trabalhar nunca mais, nem voltar para minha casa, que é deprimente, sigo dirigindo sem me preocupar em para onde estou indo, de repente na minha cabeça apareceu um nome, e uma lista de coisas boas, e outra listas de ruins, tinha mais coisa na primeira lista então pensei, essa é uma boa pessoa, tudo na minha mente virou fumaça formando a palavra céu grande, e tudo voltou ao normal, acabei de mandar alguém para o céu, sem querer, sem prestar atenção, poucos quilômetros depois novamente outro nome, dessa vez a lista de coisas ruins era bem maior, um item me chamou muita atenção, enriqueceu se usando da fé dos humildes juro que pensei esse filho da… novamente tudo virou fumaça, por um segundo a palavra inferno apareceu, mas eu pensei em seguida é exagero e a palavra purgatório apareceu no lugar, não posso estar tomando essa decisão de maneira tão simples, estou mandando as

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pessoas para a eternidade, baseado na minha raiva, vejo uma lanchonete e resolvo parar, o carro em que eu estava tinha uma espécie de abertura para o porta-malas no banco de trás, abri peguei umas poucas notas e sai do carro, na lanchonete todos estavam me olhando, os olhares pareciam facas me perfurando, pensei Queria que ninguém me visse, posso ter estalado os dedos no automático, e tudo parou, a lanchonete voltou ao normal, sentei no banco mais no canto e desejei que a garçonete trouxesse algo para mim, e ela trouxe um sanduíche e deixou na minha frente, mas sem parecer entender muito por que estava deixando um sanduíche ali, eu acabei de comer deixei uma nota de cem de baixo do prato, sei que o sanduíche não valeria tanto, mas me pareceu justo por ela atender uma pessoa que não estava vendo, de repente um murmurinho tomou conta da lanchonete, palavras de baixo calão inclusive, direcionadas a alguém que estava chegando, e entrou uma mulher que devia ter uns