Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Reinado Dos Exús
Reinado Dos Exús
Reinado Dos Exús
E-book136 páginas53 minutos

Reinado Dos Exús

Nota: 5 de 5 estrelas

5/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Nesta obra o autor fala de forma clara sobre Exú, Pombagira e Exú Mirim. Aqui ele aborda sobre os campos de atuação destas entidades, além de falar de ervas, ferramentas e muito mais
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de ago. de 2019
Reinado Dos Exús

Leia mais títulos de Samir Castro

Relacionado a Reinado Dos Exús

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Reinado Dos Exús

Nota: 5 de 5 estrelas
5/5

2 avaliações1 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    Muito bom esse livro, gostei muito, recomendo pra quem quer entender mais sobre exu

Pré-visualização do livro

Reinado Dos Exús - Samir Castro

REINADO DOS EXÚS – SAMIR CASTRO

História das Senzalas – Início da Umbanda

Os escravos sempre buscaram uma maneira de manter vivo o seu culto, suas ritualísticas, mesmo misturados à tribos rivais, tribos com as quais lutaram durantes anos e anos em terras africanas, em busca de expandir reinos com as conquistas de territórios. Aqui no Brasil os escravos observaram a necessidade de fundir seus cultos e dialetos, principalmente os Povos Bantus, especificamente os Povos de Angola (Kimundo) e os Povos de Congo (Kikongo), pois foram os que mais sofreram, são os primeiros a serem escravizados, sendo assim, uma boa parte de seus dialeto, suas divindades e ritualísticas foram se perdendo com o passar do tempo, ao se verem então misturados com os Povos das Regiões de Kétu, Agba, Egba, Oyo, Nupe, Jeje e tantas outras estes povos então por uma questão de sobrevivência acabaram fundindo seus rituais.

O que era comum entre todos eles, era o Culto voltado aos Ancestrais, tanto que nos dias atuais conhecemos o Culto à Bàbá Egùn (Ancestrais Masculinos) e o Culto à Gelede (Ancestrais Femininos), que são particularidades do Povo Kétu, geralmente estes Ancestrais vem vestidos com roupas ligadas à determinadas tribos e Divindades, fazendo assim a representação familiar, a raiz ancestral de um povo. Os Povos Bantu além de manifestarem seus ancestrais possuíam um Culto muito parecido com a Umbanda que conhecemos, no qual dentro deste Culto eles manifestavam Espíritos não somente de familiares mas outros que faziam o atendimento e orientação dos seus. Este tipo de Culto foi mantido nas senzalas durante as danças e festas permitidas pelos senhores de engenho, pois eles notavam que através das festividades dos trabalhos trabalhavam com mais entusiasmo no dia seguinte. Durante tais festividades, além de manifestarem seus Deuses, ali havia a manifestação também dos espíritos de escravos mais velhos (os pretos-velhos), também de espíritos mais jovem que sofreram, lutaram e fizeram tudo que foi possível para manter a vida.

E isso era mantido nas senzalas durante as danças e festas permitidas pelos senhores de Engenho, pois eles notaram que assim, os escravos trabalhavam com mais entusiasmo. Segundo alguns estudiosos estes espíritos foram então chamados de Exús pelo Povo Kétu, fazendo uma comparação com o Èsù (Exú) Orixá, que é um mensageiro, guardião e estes espíritos lembravam muito o comportamento desta Divindade. Além destes espíritos masculinos haviam a presença de espíritos femininos, também guardiãs, comparadas à Punjila/Bombigura, uma Divindade Feminina Bantu que teria a mesma definição do Èsù (Kétu), por este motivo estes espíritos femininos foram então apelidados de Pombagira ou Pombogira.

Além dos Povos Africanos, temos a mistura cultural com os Povos Indígenas e o surgimento do SINCRETISMO RELIGIOSO dentro da Senzalas, que seria a assimilação de imagens católicas com as Divindades Africanas, no intuito de tentarem preservar parte de seu Culto, apesar de toda a Catequese feita pelos Jesuítas.

Daí temos mais uma mistura na questão ancestral, começam então a manifestação de Caboclos, de Boiadeiros dentro das Senzalas, os Boiadeiros são considerados por alguns Estudiosos espíritos que eram capatazes em vida das fazendas que por algum arrependimento se comprometeram espiritualmente em auxiliar aqueles que ali estavam escravizados.

1

REINADO DOS EXÚS – SAMIR CASTRO

Por conta da questão da manifestação de espíritos que não são necessariamente Ancestrais é que se diz que a Umbanda surge através dos Cultos de Angola, por este motivo vemos a presença e o uso de termos tais como: Zambi (Deus), Lume (Luz), Malembe (Súplica), Kazuá (Casa), Marafo (Bebida Alcoólica). Estes termos são presentes no Culto Umbandista até os dias atuais.

O mesmo ocorre com os Ritmos usados nos atabaques na Umbanda, por Exemplo: Barra Vento, Congo, Cabula, Samba de Cabula, Samba de

Está gostando da amostra?
Página 1 de 1