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Celestiais A Queda
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E-book387 páginas6 horas

Celestiais A Queda

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Sobre este e-book

Após uma guerra entre humanos e demônios, o mundo como conhecemos mudou, sendo tomado pelos inimigos da humanidade, a humanidade então foi forçada a viver em 4 Cidades flutuantes chamadas de Cidades Celestiais a história então acompanha a vida de Alice, uma jovem garota habitante de uma dessas cidades que fora jogada forçadamente no mundo tomado pelos demônios, mas ela vai descobrir que o mundo de verdade não é bem oque lhe contaram.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de nov. de 2020
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    Celestiais A Queda - José Eduardo

    Heavenly Gods Fall e o vale das lágrimas

    Cap 1 Espírito

    Já era quase 12h00 e nada do professor parar de falar, eu sempre gostei de estudar, embora também sempre achei algo cansativo e quanto mais eu me aprofundava em certos assuntos, mas eu sentia que faltava alguma coisa. faz aproximadamente 2500 anos desde que nossa terra foi destruída e tomada por uma raça chamada de vários nomes , mais conhecida principalmente por demônios, desde es ses acontecimentos o mundo como conhecemos mudou completamente, desde nossa fauna até nossa flora, e até mesmo os seres que convivem nele, antes eram apenas nos humanos, depois surgiram os anjos e deuses celestiais ou pelo menos foi o que minha mãe meexplicou, mas a verdade é que ninguém sabe de onde veio esses demônios e anjos, alguns dizem que são alienígenas, outros que tudo é apenas lenda e que nenhum dos dois existem, mas dizem que foram eles que nos ajudaram a reerguer nosso mundo, criando continente s voadores, é eu sei parece loucura mas vivemos e um país acima do nosso mundo, já que agora nosso mundo pertence a criaturas demoníacas, tudo que nos contam desde então é sobre essa época da guerra dos humanos contra os demônios e a Ascenção da raça celestial, cujo ao qual não vinha desse planeta, mas de certa forma nada e concreto uma vez ninguém tenha visto ou falado com um anjo ou um Deus, nem mesmo um demônio uma vez que dizem que eles vivem em nossa terra agora, logo abaixo de nós.

    Tudo sobre nossa história antes disso e até mesmo durante foi apagada tudo que sabemos e que ouve uma guerra, os demônios venceram, mas os celestiais ou o que quer que seja chegaram e nos salvaram, e nos concederam uma força e poder inimaginável conhecida como espírito, aliás na onde eu estava mesmo? A é o professor estava explicando sobre o espírito.

    - O espírito como dito antes e o poder dado a nós pelos celestiais, tal poder está diretamente ligado a nossa alma e é capaz de nós conceder dons incríveis, Ninguém nunca foi capaz de atingir ou usar tudo o que o espirito nos proporciona, mas é possível catalogar alguns tipos de don que se derivam de elementos ou forças da natureza, mas o espirito é muito mais abrangente do que se pensa a maioria, segundo o filosofo Christian Byron o espirito é como uma massa que você molda como quiser, mas antes ela precisa moldar você. –

    Dizia o professor enquanto escrevia tudo na louça com um giz, obviamente eu não entendi nada como sempre, mas a matéria era bastante interessante para eu simplesmente não refletir sobre, afinal meu sonho sempre foi ser uma grande guerreira do exército imperial de Antares, embora eu ainda não tivesse desenvolvido meu espirito eu estudava sobre todos os dias tentado entender como ele funcionava, mas nada até hoje me fez desperta-lo, mas acho que é algo normal para uma garota de 14 anos, eu torcia para desenvolve-lo aos

    15 ou 16 mas minha ansiedade não me ajudava, e eu sempre fiquei triste da possibilidade de eu nunca desenvolver nenhum don.

    -Os elementos básicos são constituídos por terra, água, fogo, madeira, e metal, ou seja, o detentor de um elemento básico terá dominó sobre um desses elementos através de seu espírito. -

    Eu já havia estudado sobre tudo aquilo em casa, mesmo assim fiz uma pausa para anotar a tudo o que ele já havia falado, embora Klaus o garoto que sentava ao meu lado ficava de palhaçada tentando chamar minha atenção pra me mostrar um desenho bobo que ele fizera do professor, no desenho estava o professor, ou o que devia ser o professor fazendo uma careta, ele estava extremamente mau desenhando para parecer algum personagem de filme de terror e sua cabeça raspada estava totalmente desproporcional ao corpo, o que não era tão estranho já que o professor tinha realmente uma cabeça enorme.

    - Agora vamos falar dos elementos primordiais, mesmo que todos os outros sejam essenciais esses tem além de ser raros são extremamente perigosos e difíceis de se controlar e quando se adquire um don desse tipo a pessoa ou morre em pouco tempo ou se torna facilmente um dos guerreiros do

    império, tais elementos são a Luz, cosmo, e chaos, embora a quem diga que existem muito mais elementos desse tipo. -

    O professor então fez uma pausa e pegou um dos livros em sua mesa e o abriu como se estivesse procurando algo novo pra falar, o que foi um momento perfeito para Klaus abrir seu caderno e se concentrar com outro desenho ridículo dele, Klaus parecia realmente mais empolgado com seus desenhos ridículos do que com a aula, e eu não o julgava a didática daquele professor realmente não era muito boa embora sua matéria fosse simples seu jeito calmo de falar sempre me dava sono, por isso preferia estudar em casa.

    - Vamos falar agora das maestrias supremas. – Prosseguiu o professor. - A maestria suprema se origina de qualquer don independente do don de seu possuidor, ou seja são como evoluções ou adaptações de um don já existente, o que significa que independe do seu don ele pode ficar ainda mais forte mas isso não acontece atoa, pois a maestria suprema só é adquirida quando está em uma situação à beira da morte ou de estremo perigo, ela surge quando seu espirito nota que você está para morrer e então se adapta a situação em questão para lhe manter vivo, isso faz com que seu don e seu espirito evoluam se tornando mais fortes podendo inclusive mudar a natureza de seu don.

    Osinal então tocou interrompendo a aula, o que medeixa feliz por finalmente ter acabado, mas também me deixava meio triste pois a aula tinha finalmente começado a ficar interessante, eu já havia pesquisado sobre maestrias supremas, mas só achei coisas sobre Guerreiros imperiais que as possuíam, e o que o professor me disse me fez imaginar se para ser um guerreiro eu devia ter passado por alguma situação de quase morte, o que meassustava umpouco já que sempre tive muito medo de morrer.

    - Eai Alice vai vir para aquele festival com a gente sábado? – Interrompeu Klaus que sentará logo a minha frente.

    - Err não sei não, não curto muito esse tipo de evento, eu tava pensando em ficar em casa com meu irmão, mas se quiser aparecer lá depois... -

    Klaus e eu nos conhecemos a bastante tempo, Klaus sempre gostou de me chamar pra diversos eventos, festas, bailes, cinemas, coisas desse tipo que adolescentes da nossa idade curtiam, e pra ser sinceramente eu raramente ia, sempre achei umjeito de arrumar umadesculpa, massempre me senti mal por rejeita-lo pois Klaus sempre foi um grande amigo pra mim, ele sempre estava por perto fazendo alguma piada estúpida para me fazer rir e eu gostava de o ter por perto, mas nunca fui uma pessoa de sair muito e nunca senti nada mais

    que amizade por ele embora não tivesse tanta certeza dos sentimentos dele por mim.

    -Vai pelo metro de novo né? - perguntou Klaus me encarando com seus olhos castanhos.

    - Bom sim, o caminho por ônibus é muito demorado pra mim. –

    Eu e Klaus arrumamos nossas coisas e saímos da sala conversando juntos, a escola tinha vários andares e corredores, todos sempre muito repetitivos com salas de aula de um lado e do outro vitrais lindos de vidro por onde se dava para olhar outras partes da escola como o pátio e a quadra dependendo de que lado você estivesse, e eu sempre me distraia olhando por eles.

    - Então Alice, amanhã é feriado, você vai fazer alguma coisa? – Perguntou Klaus.

    - Ah, amanhã eu vou pra capital, preciso comprar alguns materiais para o trabalho que tá atrasado, por que? -

    - Nada não, eu só perguntei por perguntar mesmo, aliás falando nisso eu tenho vários trabalhos atrasados também. – Klaus pareceu se embolar com as palavras, o que me fez sentir culpada pois provavelmente ele estava para me convidar pra fazer algo como sempre.

    Fomos juntos caminhando até o metrô, onde continuamos a conversa, felizmente íamos para a mesma direção, ambos estávamos de pé encostados em uma das portas, estava tudo calmo até Klaus começar a bagunçar meu cabelo, eu o um empurrei de leve, o mesmo só sorriu e voltou a bagunçar meu cabelo enquanto ria, senti vontade de bagunçar seu cabeço também, mas eu tinha pena pois o cabelo de Klaus era muito bonito, um cabelo longo e negro que batia na altura de se us ombros.

    - Hahaha qual é? Seu cabelo e lindo deixa eu bagunçar um pouquinho. – Disse Klaus ainda rindo. Percebendo que eu ficaria corada eu virei o rosto e me afastei mais para a extremidade da porta.

    -Idiota, agradeço o elogio, mas você também tem um cabelo grande e bonito, porque não bagunça o seu? Sabe a dificuldade que é cuidar do meu cabelo? – Respondi em tom severo embora meu rosto ainda estivesse corado.

    - Ah, mas bagunçar o meu não tem graça... O seu é legal porque sei que você vai ficar estressadinha. –

    Um apito seguido de uma voz feminina alertou que era chegada a estação de RosePine, que era normalmente a estação em que eu descia, que ficava bem no interior de Antares, um lugar não muito agradável pra quem gosta de metrópoles, mas era um lugar calmo e eu gostava de morar lá. Me despedi de Klaus e desci, a estação não era muito movimentada, mas chamava a atenção pela estátua de Amará e Érebo que ficavam no centro da estação, duas estatuas gigantes em mármore com mais de 10 metros de altura .

    Sabe algumas lendas ainda sem fundamentos dizem que Érebo era um Deus que deixou o poder te corromper e atentou contra a sua irmã a deusa amará e por isso foi atirado a terra, que por sua vez se tornou sem forma e vazia, e não apenas ele mas todos os anjos que o seguiram, assim amar á formou a terra e os selou dentro dela, e que aqueles anjos corrompidos se tornaram os demônios que por sua vez tomaram a terra como uma espécie de vingança, com exceção de Érebo que dizem que ainda está em uma espécie de prisão abaixo da terra, eu não entendo ainda o porquê, apesar de ser só uma lenda existe no mundo inferior um lugar chamado abismo e é de lá onde todos os demônios emergiram e é lá onde Érebo está preso pra eternidade. Mas enfim nada comprovado apenas crenças e mitologias que as pessoas escolheram acreditar e que alguns tentam explicar montando teorias e mais teorias .

    Eu morava a aproximadamente, 20 minutos de distância a pé da estação, o que era uma caminhada complicada por uma longa estrada de terra, mas que era divertido para olhar a s pastagens pelo caminho e me distrair pensando, não tinha nenhum ônibus que me deixa-se na porta de casa mesmo então ir andando era minha única e agradável opção. Chegando próxima de casa pude ver meu pai sobre a varando fumando como sempre e com um sorriso alegre em seu rosto, eu morava em um velho casebre de madeira mas que era bem cuidado, e apesar de velha e acabada meu pai adorava aquela casa, era como uma herança de família pois seu falecido irmão o havia deixado pra ele.

    - Alice!!! Chegou bem na hora minha filha, sua mãe acabou de terminar o almoço, venha rápido!! – Gritou meu pai com sua velha voz grossa, seus cabelos ruivos brilhavam com a luz do sol ressaltando sua aparência jovial apesar da idade, ele até tinha algumas rugas abaixo dos olhos, mas eram difíceis de notar quando você olhava para seus grossos bigodes alaranjados e seus olhos azul marinho.

    Dei um sorriso de canto ao vê-lo e então corri em sua direção e o abracei, e juntos entramos, na cozinha minha mãe já arrumava a mesa para o almoço organizando, garfos, facas, pratos, Etc... Assim como meu pai minha mãe era extremamente linda com olhos verdes cabelos negros e algumas sardas espalhadas pelo rosto, seu corpo ainda era

    bem jovial, o que fazia mais sentido pra ela já que ela era alguns anos mais nova que meu pai. Já dava para sentir o cheiro da comida o que indicava que dessa vez minha mãe caprichou. Deixei minha bolsa em cima da cama e logo em seguida corri para o banheiro para lavar as mãos, depois disso pude finalmente me assentar a mesa, a comida servida era uma especiaria de minha mãe, macarrão com carne de Choffe . Choffe era um animal noturno bastante comum em antares, um predador quadrupede de pelugem branca e vermelha que vivia nas florestas de Antares que fazia um cozido ótimo.

    - Como está o Sig? – Perguntei sem pensar interrompendo o silencio.

    - Seu irmão parece bem melhor hoje querida, ele não teve nenhum pesadelo nem se debateu muito, mas continua em coma, mas eu tenho fé que ele vai acordar, Amarah o ah de o abençoar. – Respondeu minha mãe com seu velho sorriso de esperança de sempre.

    Baixei minha cabeça e voltei a comer, após a refeição me dirigi até o banheiro, não para fazer minhas necessidades mas apenas para não demonstrar a tristeza que sentia diante meus país, minha tristeza era devido justamente ao meu irmão Singmult, que estava em coma já ia fazer 1 ano e até hoje nenhum médico soube explicar o porquê, eu precisava lembrar quem eu era e pelo que eu lutava todos os dias pois

    precisava ser feliz e lutar pelo meu irmão, sempre tive fé que um dia ele acordaria, mas minha ansiedade nunca dava uma trégua e por mais que eu dissesse que eu tivesse fé em sua recuperação algo sempre me dizia o contrário, e eu constantemente me sentia inútil por não saber o que fazer e minha aparência também não me agradava na maior parte do tempo, não que eu seja feia, rosto é branco e liso com exceção de algumas sardas nas bochechas, meu olhos eram de um verde claro e meu cabelo era ruivo alaranjado liso com alguns cachos nas pontas, para os padrões de beleza eu era linda e isso me fazia sentir como se fosse apenas um rosto bonito de uma garota fraca e insegura o que não deixava de ser verdade , limpei meu rosto e tentei soar um pouco mais confiante ao sair do banheiro.

    Após algumas horas, eu já havia jantado e escovado os dentes, o sol já havia se posto e eu estava me preparando para ir dormir, dirigindo-me a meu quarto vejo meu irmão ainda sobre o coma profundo, ele era apenas um garotinho de 6 anos que se alimentava por tubo, eu sentia saudades da época que brincava com ele no quintal, me aproximei de sua cama e fiquei ali o olhando, fisicamente ele se parecia bastante comigo, rosto liso cabelo ruivo, só seus olhos que eram diferentes pois eram azuis como o do nosso pai, eu toquei sua mão e de repente, vi e senti algo estranho como se minha mente fosse teleportada para outro lugar, tudo durou milésimos de segundo logo se apagou de minha memória no entanto por algum motivo lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, eu não havia entendido nada e estava

    assustada de mais para assimilar qualquer coisa, assustada deitei-me em minha cama e fui dormir.

    Durante aquela madrugada sonhei que estava em um lugar completamente vazio e abandonado, no entanto belo como um jardim cheio de flores e o agradável aroma da natureza, nesse jardim junto com a vegetação e plantas que eu nunca havia visto em minha vida estavam várias pilastras velhas e destruídas e ao lado dessas pilastras haviam escombros e muros derrubados, o que pareciam resquícios do que an tes era umgrande templo que agora abandonado foi tomado pela vegetação, eu caminhei por aquela bela paisagem e quanto mais eu caminhava mais bizarro ficava, pois conforme eu andava podia ver sangue seco caído sobre a grama e os escombros começavam a mudar para concretos e vigas de construções mais recentes com armas de fogo e caveiras espalhadas pelo gramado, e mesmo assustada continuei a caminhar até chegar à onde parecia ser o centro daquele lugar que já não parecia mais umtemplo e sim umprédio emruinas , o chão era redondo e tinha diversas gravuras em um dialeto que eu não conseguia entender e bem mais à frente diversos corpos tombados e mortos, que pareciam apontar para o centro da sala onde estava cravado uma espada que reluzia a luz do sol e era de um branco tão profundo que parecia ser feito de gelo, vendo aquilo eu peguei a espada e tentei a puxar pelo cabo mas acabei acordando antes de conseguir a arrancar do chão .

    Levantei cansada, mal havia conseguido dormir pensando no sonho que tive, eu poderia aproveitar aquela manhã tranquila de feriado para tentar dormir o resto do dia inteiro, no entanto eu tinha coisas para fazer na capital, afinal a escola me cobrava bastante e eu tinha materiais para comprar já que estava chegando o prazo de entrega de um trabalho complicado que eu ainda nem tirei do papel, eu me levantei arrastando meu corpo cansado até o banheiro onde limpei meu rosto e escovei os dentes, e logo depois tomei um banho, lavei e penteei meu cabelo, acabei perdendo 1 hora e meia da manhã apenas mearrumando pra no final escolher uma roupa simples, no caso uma camisa social branca simples com uma saia azul, depois de me arrumar desci para a cozinha onde meus pais tomavam café, com pressa peguei uma fruta e a mordi a levando na mão e rapidamente correndo para a porta antes que minha mãe chama-se minha atenção.

    - Vai comer só uma fruta filha? Porque não toma café antes de sair? –

    - Não, não valeu eu to com pressa. –

    Era mais ou menos umas duas horas de viagem do meu bairro até a capital chamada de Solaris um bairro nobre localizado bem no centro de Antares onde também ficava localizado o palácio, Solaris é um bairro enorme cheio de comércio onde você encontra de tudo, por isso que eu precisava comprar

    meus materiais lá, por sorte a viagemera bem mais rápida de trem bala, levando apenas 15 minutos de umaestação a outra , desci na principal estação de Solaris e caminhei até a rua do comércio, onde trombei com várias pessoas apressadas, era um lugar bem movimentado pessoas indo e vindo trom bando umas nas outras algumas bem mal educadas, e pela rua sempre tinham várias placas escrito proibido uso de dons em lugares públicos e bom se tinha aquele aviso ali eu imaginava se alguém não já havia tentado, afinal quem emsã consciência sai tacando poder por aí?

    Caminhei pela capital até achar uma loja de artigos escolares na esperança de achar os materiais que eu precisava, não que fosse coisas difíceis de achar, mas é que o bairro era tão grande que era fácil se perder olhando as lojas, dentro da loja um homem me abordou, ele parecia estranho, sua barba estava mal cortada seus olhos castanhos me fitavam por baixo de seu boné azul, era um homem alto de quase 2mt com braços mecânicos, provavelmente próteses e ele usava um macacão estampado com o nome, Solaris artigos escolares que era o nome da loja, um nome bem genérico mas a loja também não era grande coisa.

    - Então garotinha o que está procurando? – Disse enquanto colocava suas duas mãos sobre meu ombro.

    - Estou procurando cartolina e canetinhas, preciso fazer um trabalho para a aula de geografia, então se puder me ajudar me indicando alguns bons materiais pois terei que fazer uma réplica do mapa de antares na porcaria da cartolina e nem sei por onde começar. -

    - Não se preocupe temos os matérias perfeitos por aqui! – Eu não sabia o porquê ainda, mas aquele homem me dava arrepios.

    O homem então me guiou por sua pequena loja enquanto eu olhava as prateleiras via todo o tipo de matérias escolares, mochilas, cadernos, e até pequenos diários e caderninhos de anotações, a loja parecia bem vazia fora eu havia apenas mais 3 pessoas na loja contando com o homem que me guiava, e uma mãe e sua filha pequena que olhavam uma prateleira com materiais de pintar e desenhar. O homem me guiou até a frente da loja onde ficava o caixa se virou pra mim e disse.

    - Bom aqui em cima não iremos encontrar nada muito interessante, pois as cartolinas de primeira estão todas lá embaixo, sabe como é né remessas novas. –

    Tudo aquilo parecia meio estranho eu podia ver cartolinas penduradas na prateleira logo atrás dele, mas talvez ele só quisesse me apresentar algo de maior qualidade não? Bom eu

    não tinha como descobrir sem segui-lo, fora que ele podia estar apenas tentando me ajudar, ele não tinha como abandonar a loja pra me fazer algum mal certo? Bom de qualquer jeito eu resolvi confiar e o seguir, ele levantou a pequena portinha do caixa e me deixou entrar e juntos descemos por uma escada que ficava nos fundos da loja, a escada levava para uma espécie de porão bemabaixo da loja, o lugar era sujo cheio de poeira e caixas espalhadas por todo o canto, fora que era extremamente escuro e estranho, se eu dissesse que não fiquei com medo daquele lugar eu estaria mentindo.

    - Então... Oque achou Alice? – Perguntou o homem agora com sua voz mais rouca.

    - C-como sabe meu nome? –

    - Um amigo me contou sobre você ele disse que viria, aliás meu nome é... a dane-se nós veremos pessoalmente em breve. –

    Naquele momento eu tive certeza que tinha algo errado, quem avisaria que eu viria em uma loja que eu mal conhecia até passar na frente? E o que ele queria dizer com Nó s veremos pessoalmente em breve? oque raios estava acontecendo naquela droga de loja?! Eu pensei em correr,

    mas o homem me agarrou pelos braços e começou a me arrastar por fim da sala.

    - Eii, me largue!!!! Oque quer comigo me solta!!! –

    O Homem não me escutou, ao invés disso ele me balançou e me jogou encima de um monte de caixas e antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo o chão brilhou embaixo de mim, levantei minha cabeça e vi o homem pegar uma máscara estranha de uma criatura de olhos esbugalhados, chifres horrendos e dentes enormes e pontudos que escapavam pela boca, seus olhos brilharam através dos olhos da máscara o que me fez recuar de m edo.

    - Relaxa eu também não gosto muito da ideia de jogar uma humana em minhas terras, mas eu fiz um trato com um amigo então não tenho outra opção. – A cada palavra que aquele homem dizia mais confusa eu ficava.

    Uma chama roxa então explodiu atrás do homem bem no canto onde estava localizada a escada eu vi Klaus emergir das chamas com os cabelos presos emumrabo de cavalo e usando uma regata preta com um shorts branco, eu não entendia o que ele estava fazendo ali mas supus que ele estava atrás de matérias também, mas isso não justificava entrar explodindo

    tudo, mas se ele estava ali pra me ajudar eu não tinha do que reclamar.

    Vendo o que estava acontecendo eu rapidamente me levantei e tentei correr na direção de Klaus mas uma barreira invisível que me rodeava me segurou, eu não entendia de onde havia vindo aquela barreira mas comecei a chuta-la e soca-la na intenção de quebra-la mas não acontecia nada, enquanto o chão a minha volta parecia brilhar cada vez mais, eu então me voltei para Klaus que corria em minha direção desesperado, e eu só tive tempo de ver aquele homem correr na direção de Klaus e logo em seguido tudo escureceu como se eu tivesse apagado.

    Quando acordei estava sobre umchão rochoso e húmido, mas o que me acordou mesmo foi a goteira incessante que caia sobre meurosto, eu melevantei atordoada, minha visão ainda estava meio embaçada mas eu podia ver uma luz brilhar a minha frente, pisquei os olhos algumas vezes para ver se minha visão melhorava e foi quando notei que eu estava em uma caverna, mas como eu fui parar ali? Confusa e assustada eu me levantei e caminhei até a luz que ofuscou minha visão por um tempo, mas quando voltei a me acostumar percebi que estava bem longe de casa.

    - I-isto é.... -

    Cap 2 o velho mundo

    Abri os olhos e pude ver uma enorme floresta ganhar vida logo abaixo de mim, floresta essa que se estendia pelo horizonte até chegar a um conjunto de montanhas que ficava no fim, e acima das montanhas mais distante ainda eu conseguia ver a silhueta de uma ilha que parecia flutuar nos céus, ilha essa que brilhava refletindo a luz do sol, ela estava tão pequena no horizonte que eu sentia que podia pega-la em minha mão, aquela devia ser a paisagem mais linda que eu já

    vira em toda a minha vida, fiquei me imaginando qual das 4 ilhas devia ser aquela.

    - Incrível, que lindo.... – Disse m aravilhada.

    Embora a visão fosse bonita minhas condições ali não eram nada favoráveis, eu estava em uma montanha cercada por umafloresta bemlonge de casa e possivelmente hostil, ou seja eu era uma garota morta, fora que não havia tomado café antes de sair de casa, o que significa eu estava morrendo de fome, e pra piorar minha ansiedade não me ajudava a raciocinar já que a primeira coisa que fiz quando percebi que estava em apuros foi sentar na frente da caverna e chorar, era o que eu fazia de melhor afinal, eu só consegui me acalmar quando ouvi um de quedas d’agua, ou seja havia uma cachoeira ali em algum lugar e embora isso não resolvesse o problema da minha fome já me ajudaria a matara a sede. E lá estava ela alguns metros a direita da montanha ou penhasco onde eu estava havia uma gigantesca e poderosa cachoeira que desabava em um pequeno rio que seguia floresta a dentro, felizmente a montanha não era muito grande e nem íngreme o que me permitiu desce-la andando.

    Por um segundo eu pude beber um pouco de água e me acalmar, mas pedir calma em uma situação como aquele era pedir demais, como se já não fosse o suficiente o fato de eu não ter a menor ideia de como fui parar ali ou de como voltar

    pra casa tudo sempre tinha como piorar. Meu coração acelerou e quase saiu pela boca quando vi uma criatura quadrupede com o dobro do meu tamanho surgir da floresta bem atrás de mim, farejando o chão como se tivesse procurando comida, a criatura parecia usar uma enorme couraça branca que cobria todo o seu corpo e no topo de sua cabeça haviam enormes chifres tão pontudos quanto qualquer faca da cozinha de minha mãe, seus olhos eram azuis e brilhantes e seus dentes eram tão afiados e longos que qualquer espada que você ache por ai, sua cabeça era achatada o que tornava a aparência daquele animal ainda mais estranha e suas patas pareciam as únicas coisas que não foram feitar para rasgar ninguém pois apesar de serem grandes eram também peludas e fofinhas o que as destoavam do resto do corpo.

    Então de dentro da floresta vejo se aproximar de mim eu enorme animal quadrúpede que parecia usar uma grande couraça natural, o bicho tinha cerca de 2 metros apenas de quatro imagina um bicho desse em pé, o olhar da criatura era amedrontador e ela exalava uma pressão enorme que me enchia de medo Apavorada com o olhar da criatura para mim agi pela pura ansiedade e pulei na água, mas nem tive tempo de tentar nadar pois assim que pulei comecei a ser arrastada pela correnteza, tentei me segurar em uma pedra para não morrer afogada e consegui meagarrar emumpedaço de terra , no entanto o rio já havia me arrastado por uma bela distância e agora eu estava completamente cercada pela floresta, e pra piorar ainda mais a droga do animal conseguiu me seguir correnteza abaixo e com um pulo ele conseguiu atravessar o

    rio, ou ele tinha gostado muito de mim ou ele estava realmente com muita fome, e eu não queria ficar para testar essa última teoria.

    Corri semparar desesperada para dentro da floresta cada vez mais fundo, enquanto sentia o chão abaixo de mim tremer com os passos daquele enorme animal, eu estava tão assustada que mal conseguia olhar para trás, meu coraçã o acelerava na medida que o animal se aproximava, cada vez mais perto, eu achava que poderia correr até despista-lo mas eu já estava exalta e sem prestar atenção no caminho a minha frente acabei tropeçando na raiz de uma arvore .

    Com um leve ralado no joelho esquerdo eu tentei me levantar novamente, mas uma sombra e um rosnado me travaram no chão, a criatura havia me alcançado, a última coisa que imaginei nesse momento foi que eu viraria petisco, e nunca pensei no medo que tenho de morrer até estar à beira da morte. A criatura abriu sua boca deixando sua saliva cair sobre meu rosto, o que era nojento mas eu estava tão apavorada que nem consegui fechar o olho, e fiz bem pois de repente vindo do nada pude ver uma arma semelhante a uma lança atravessar a couraça da criatura bem na cabeça a derrubando no mesmo instante, eu o que me deixou completamente confusa com o que ocorrera ali, mas não demorou muito pra eu entender pois dentro da floresta na direção em que aquela lança havia surgido surgiu também um garoto de cabelos longos e cacheados que caiam sobre seu ombro, o garoto usava uma regata verde maltrapilha e calças brancas, além

    disso o garoto parecia bronzeado e em seu rosto havia uma faixa vermelha que tampava seus olhos.

    - Err, v-você é um demônio? Ou algo do tipo? – Perguntei ainda travada no chão.

    - Demônio? Hahaha não, não precisa temer sou humano, meu nome e Abdalla Kishy e um prazer, e o seu? –

    A voz do garoto era suave e gentil, mas não o suficiente para me deixar menos assustada, pois aquele garoto ainda era estranho, primeiro porque ele usava uma faixa na cara? Tava na cara que ele não conseguia me enxergar com aquilo pois enquanto falava seu rosto permanecia reto na direção do monstro e não na minha, e é estranho falar com alguém sem que essa pessoa esteja virada pra você, eu queria perguntar o porquê da faixa mas estava travada de mais para isso.

    - A-alice.... – Disse o mais baixo que consegui. -

    - Oh que nome bonito, ah desculpe aparecer assim do nada não queria te assustar, mas pode ficar tranquila eu não vou lhe fazer nenhum mal. -

    - Okay, t-tá tudo bem, é só que.... –

    - Ah, desculpa, eu sou cego por isso uso essa faixa nos olhos, isso normalmente costuma intimidar um pouco as pessoas, peço desculpa. –

    As palavras de Abdalla soaram como uma facada em meu peito, como eu pude ser tão imbecil e não percebido que ele era cego antes? Eu me sentia uma monstra agora por simplesmente ter desconfiado dele por uma simples faixa na cara, quer dizer na verdade eu ainda estava com medo, minha mão soava frio, da onde aquele garoto havia surgido afinal? Quanto mais eu falava com ele mais confusa em ficava.

    - Ah, eu que devia pedir desculpas, e-eu não sabia... – O garoto sorriu como se não se importasse.

    - Relaxa, eu já estou acostumado, ah falando nisso, eu nunca senti outro espirito como o seu por aqui, você é da onde? –

    - E-eu sou de Antares, pera o que você quer dizer com nunca sentiu um espirito como o meu? –

    De repente o sorriso do garoto sumiu e ele ficou quieto por alguns segundos como se estivesse tentando assimilar o que eu havia dito, que não era nada de mais, mas mesmoassim ele parecia assustado em saber que eu era de antares.

    - Você está bem? – Perguntei rompendo o silencio, o que fez Abdalla voltar a realidade no mesmo instante.

    - Venha Alice eu preciso de apresentar a alguém... –

    O garoto então retirou sua lança do corpo da criatura com o braço direito e com o esquerdo me pegou pelo braço e saiu me puxando floresta a dentro sem perguntar ou falar nada, o que me deixou mais assustada ainda.

    - Espera!!! Pra onde você está me levando? Ficou maluco me solta!!! –

    - Relaxa Alice, confia em mim eu só vou te apresentar uma pessoa, ela vai te explicar tudo, eu prometo. –

    Por mais assustada que eu estivesse eu acabei confiando em Abdalla e fui com ele caminhando pela floresta, embora eu sentisse que era meio perigoso andar com umgaroto cego por

    uma floresta estranha eu tinha também a impressão de que aquela era minha única alternativa, fora

    Está gostando da amostra?
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