Kombato: 300+

De Mestre Paulo Albuquerque

Um sistema de defesa pessoal híbrido, Kombato é orientado para se defender contra atacantes armados e desarmados. É usado por guarda-costas, policiais e militares, e está ganhando popularidade como sistema de defesa pessoal. Ele usa técnicas de submissão, chaves, socos e chutes. A ênfase é colocada na compreensão intuitiva dos gatilhos que disparam as agressões e violência - um princípio chave é evitar estas situações e em um primeiro instante e só recorrer a uma resposta física como tática secundária.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de jan. de 2011

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KOMBATO : 300 +

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Perguntas feitas pelos alunos,

respostas pelo

Mestre Paulo Albuquerque

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Autor do livro:

Mestre Paulo Albuquerque

(fundador da organização)

Diagramação: Paulo Albuquerque

Capa: André Pinho

Revisor: Professor Alberto Guerra,

terceiro grau de faixa preta.

E-mail para contato:

[e-mail]

Site oficial da organização:

www.kombato.org

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS – pág. 9.

INTRODUÇÃO – Pág. 11

KOMBATO – Pág. 13

COMPARAÇÕES COM ARTES MARCIAIS – Pág. 23

TREINAMENTO GERAL – Pág. 37

PRINCÍPIOS – Pág. 49

TÉCNICAS – Pág. 61

TREINAMENTO DE COMBATE – Pág. 103

TREINAMENTO FÍSICO – Pág. 115

FILOSOFIA – Pág. 121

EXAMES E GRADUAÇÕES – Pág. 129

SEGURANÇA - Pág. 139

A ORGANIZAÇÃO – Pág. 163

INSTRUTORES – Pág. 169

CURSOS – Pág. 173

O FUTURO – Pág. 179

OUTROS QUESTIONAMENTOS – Pág.187

APÊNDICE : Sites recomendados – Pág. 201

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a D'us, sempre em primeiro lugar por que sem ele,

nada é possível.

Em segundo lugar, minha família:

Ao meu querido avô Jorge, que me deu o hábito de leitura.

e aos meus melhores amigos: meus pais, Paulo e Marília.

À minha companheira, parceira, amiga, secretária, advogada, o que eu precisar, Júlia.

E a meus filhos, que só por existirem já me dão razão para

viver, Letícia e Paulo Victor.

Em terceiro, porém tão importantes quanto este livro e o

Kombato em si, os meus alunos, em especial os que me

ajudaram neste livro, como André Pinho e o Alberto Guerra, e toda a equipe de instrutores, que são uma outra família para mim.

Paulo Albuquerque

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INTRODUÇÃO

Tive um sonho, com a ideia deste livo, e comecei a escrevê-lo no dia 23 de Dezembro – e terminei no dia 1 de janeiro de

2011. É um recorde de tempo.

Este livro foi feito por duas necessidades diferentes.

A primeira é ir deixando registrado os conceitos do Kombato, para as gerações futuras. Não vou viver para sempre, e por isso não vou cometer os erros de deixar tudo sem pai nem mãe.

A segunda razão é provar que o Kombato é uma organização

muito forte, e que podemos fazer um trabalho conjunto, com a equipe de instrutores e alunos.

Escrevi absurdamente rápido para um livro, porque as ideias são puxadas através de perguntas. Perguntas estas, feitas em sua maioria pelos meus alunos. E algumas por praticantes de artes marciais ou de outros sistemas de defesa. Em suma: É o primeiro trabalho conjunto do Kombato a ser publicado, e que, certamente será a semente de novos trabalhos.

Algumas outras perguntas são tão comuns, que apenas

transcrevi o que me perguntaram repetidamente na últimas

duas décadas. A ideia é dar subsídios para os alunos e para os Instrutores preservarem o Kombato.

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Alguns alunos e pessoas que enviaram perguntas não quiseram ter seus nomes publicados, por razões pessoais, mas boa parte tem seu nome ao lado da pergunta.

Algumas perguntas são muito parecidas, mas eu as manti assim mesmo, pois da forma que foram feitas, me fizeram gerar

respostas diferentes, e achei que isso foi interessante para o entendimento multifacetado e profundo do Kombato.

Com tantas perguntas, é difícil imaginar algumas fora deste círculo, mas se surgirem, ficarei feliz em respondê-las.

Veja meu contato no final deste livro.

Mestre Paulo Albuquerque

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KOMBATO

O que é o Kombato? (Eduardo Torrely)

Kombato é mais do que um sistema de defesa pessoal, nós

somos um laboratório de pesquisa dinâmico em constante

aprimoramento e estamos na vanguarda da metodologia de

treinamento.

Para que serve o Kombato? (Eduardo Torrely)

O Kombato é um sistema orientado para ser uma defesa contra atacantes armados e desarmados. É usado por guarda-costas,

policiais e militares, e está ganhando popularidade como

sistema de defesa pessoal. Ele usa técnicas de submissão, socos e chutes.

A ênfase é colocada na compreensão intuitiva dos gatilhos que disparam as agressões e violência - um princípio chave é evitar estas situações e em um primeiro instante e só recorrer a uma resposta física como tática secundária.

Quem pode treinar Kombato? (Eduardo Torrely)

Qualquer pessoa pode treinar Kombato, e de fato todos

deveriam treinar. É como um plano de saúde. Você o tem para uma emergência, caso algo aconteça. Este é o conceito geral do Kombato. É melhor ter este conhecimento a mão caso seja

necessário.

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Para treinar Kombato, existe alguma limitação quanto a

tamanho, sexo ou idade? (Eduardo Torrely)

Nossa visão é de que o Kombato é que deve se adaptar as

pessoas, e não ao contrário. Existe uma faixa de idade que

consegue aproveitar todo o conhecimento, armado ou

desarmado, que é de 18 aos 65 anos. Mas pessoas mais novas e até crianças recebem conhecimento limitado, e idosos recebem treinamento de percepção, técnicas para evitar a violência e técnicas de negociação.

Qual é a idade ideal para se começar a treinar Kombato?

(Eduardo Torrely)

De acordo com alguns autores da área de segurança, é possível começar a ensinar conceitos de segurança para crianças a partir dos 4 anos de Idade. Já fizemos pesquisas aqui, e sabemos que se pode desenvolver algumas aptidões para combate até mesmo antes, aos 3. Mas creio que a consciência de Kombato só

venha aos 7 anos, no mínimo. No entanto, o currículo é

limitado nestas idades.

Vou aprender a treinar com armas no Kombato? (Eduardo

Torrely)

Sim. No Kombato temos as seguintes categorias de arma:

Armas de Impacto (bastão, tonfa/hawakan, bengala, etc);

Armas de lâmina (faca, adaga, facão de mato), Armas

Improvisadas (objetos do dia-a-dia que podem ser utilizados como arma), armas de fogo (neste último, exigimos que o

aluno treine em uma escola recomendada).

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Existe alguma preparação física específica no Kombato?

Como é?(Eduardo Torrely)

Sim. Quando a parte de defesa pessoal e combate já estava bem aperfeiçoada, comecei a pesquisar a parte de preparo físico.

Não gastamos tempo fazendo exercícios inúteis. Não gastamos tempo fazendo treinamento com exercícios lesivos. Educação

física é uma das áreas humanas que se desenvolve mais rápido, e em especial a parte de treinamento funcional. Hoje utilizamos Kettlebell, ferramenta de origem russa a qual somos pioneiros no Brasil em usar este utensílio no treinamento de artes

marciais, Fitas de Suspensão, e futuramente sempre teremos novidades.

Quantas vezes devo treinar por semana? (Eduardo Torrely) Recomendamos no minimo 120 min. de treino técnico semanal,

e no mínimo 45 min. de parte física específica, e intensa por semana, para manter o preparo geral e saúde. No entanto,

quanto mais horas se treina, mais rápido se aprende. Não

recomendaria mais que 5 horas semanais para que tem mais de 40 anos, para não dar desgaste nas articulações e outros

malefícios.

Eu farei amigos no Kombato?

Certamente. O item número 1 do lema do Kombato,

Amizade é o mais visível dentro das unidades de

treinamento. Fazemos laços fortes amizade, alguns espero, para sempre.

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O Kombato tem lutas, ou é só faz-de-conta? (Eduardo T.)

A ideia por trás do Kombato é fazer um sistema eficiente, não apenas uma forma de ensinar alguma coisa que pode dar certo às vezes, e rezar para que o aluno nunca utilize a técnica.

Nosso objetivo é dar ao praticante condições de se defender. E

não tem como aprender a lutar e a se defender sem praticar

pelo menos com um nível controlado de realidade. Consegue

imaginar um nadador que só nadou na areia? Ou um jogador de futebol que fica bom apenas fazendo acrobacias com a bola?

Um jogador de tênis que se torne bom jogador jogando apenas contra um paredão? Claro que não. Mas este pensamento é

comum a muitas artes marciais e sistemas de defesa. Alguns

deles, somente para dizerem que existe luta no seu sistema, fazem isso uma vez por ano. O Kombato tem lutas, que são

realistas, são difíceis, para que o Kombatente possa enfrentar alguém de verdade, e não apenas uma sombra ou sua imagem

no espelho.

Se quiser proteger sua família, se tem que estar preparado de verdade.

Existe um uniforme obrigatório? (Eduardo T.)

Sim, existe. É todo preto, com o logo no peito esquerdo da

camisa e na perna direita da calça. É o uniforme que chamamos de 5.5 (cinco ponto cinco). Existem variações, devido ao clima e local. 5.4 (camisa e short com o logo), 5.6 (camisa de treino e calça comum do dia-a-dia), 6.6 (camisa polo com o logo e

calça comum do dia-a-dia), 7.5 (moletom fechado e calça de

treino, para dias muito frios), 0.3 (sunga, para treinamento na água), etc

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Quais são os equipamentos individuais que eu preciso

comprar para treinar Kombato? Luvas de boxe, capacete,

coquilha, protetor bucal, etc?

Na graduação de iniciante (branca), protetor de boca. A partir da Verde 1 coquilha (para homens), Verde 2 luvas, Verde 3

capacete. Em todas as graduações é altamente recomendado o

uso de caneleiras, e recomenda-se para mulheres protetor de tronco.

Normalmente, quando pensamos em violência,

consideramos o assalto. Quais as formas mais frequentes de violência que o Kombato aborda? (Daniel Villela)

A ideia de assalto é secundária para o Kombato. Porque, de

fato, a não ser que se transforme em latrocínio, o assalto tem um risco mínimo, perto de uma agressão física, agressão

armada, estupro etc. Por isso, estas últimas que citei são as situações com que mais nos preocupamos, é o foco do

Kombato em si.

As técnicas ensinadas para as mulheres no Kombato são

diferentes das ensinadas para os homens? (Anderson

Neves)

As mulheres usam as mesmas técnicas que homens, porém

treinam algumas a mais: Defesas contra estupro, defesa contra apresamento de cabelo, uso de armas improvisadas femininas

(objetos do universo feminino que podem ser usados como

armas), e também há um enfoque diferente, como por exemplo, teoria de proteção de terceiros para proteger crianças, pois as mulheres, de uma forma geral, passam mais tempo com estas.

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Existem técnicas especificas para pessoas com necessidades especiais? (Anderson neves)

Sim e não. Não existem técnicas especiais, mas sim o foco

do treinamento é feito de acordo com o que o aluno pode

oferecer. Eu já tive uma aluna sem nenhum dos dois braços,

dois alunos que usavam bengala, e até mesmo alunos com

limitações mentais. A Kombatente que não tinha braços, passei a especializá-la em movimentação, e uso das pernas como

ataque. Como os dois alunos que são usuários de bengala,

foquei nos movimentos de bastão, com filosofia de segurança do Kombato, e para os deficientes mentais o mesmo