Atração Sombria
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Atração Sombria - Anderson Faria
Atração
Sombria
Anderson faria
Capítulo I.
"Há mais mistério entre o céu e a terra, do que a vã filosofia dos homens pode imaginar".
Agora sei exatamente o que William Shakespeare quis dizer com tais palavras.
Descobri isso ao ser aprisionado pelas garras nocivas de uma perigosa força chamada: atração.
É impressionante o efeito destrutivo que ela pode exercer sobre os seres vivos. Principalmente sobre nós seres humanos, que temos como limitador da permissividade a nossa razão.
Apesar de parecer estranha a forma que dou início ao meu relato, fazendo uma breve observação sobre como eu defino a palavra atração, você verá que a história que estou disposto a compartilhar terá tudo a ver com o que ela pode fazer com as pessoas.
Foi numa balada a bordo de uma embarcação na Marina da Glória, que reencontrei Helena. Um nome muito conhecido para alguns românticos, apaixonados pela arte literária, que tem quase que por obrigação conhecer um dos maiores clássicos ambientados nas terras de Troia, o qual fala bastante a respeito das consequências que a atração pode causar.
Coincidentemente, do mesmo jeito que a bela Helena dos livros conseguiu acabar com a paz de Troia, a protagonista de meu relato também conseguira destruir completamente a minha paz.
Helena Dawson, o primeiro amor da minha vida.
Eu tinha onze anos e ela treze quando demos nosso primeiro beijo, o que consequentemente acabara nos levando a ter nossas descobertas da vida juntos. Isso, obviamente, com o passar do tempo. O que tornou ainda mais doloroso o cruel término nossa linda história de amor.
Helena teve que mudar de cidade sem ao menos poder falar comigo sobre os motivos. E o fato de o período de sua mudança ter coincidido com minhas férias escolares, fora do estado. Só tornara ainda mais dura nossa triste, e repentina separação. Pois naquela época não tínhamos os meios de comunicações de hoje. Então imagina como ficou meu coração quando retornei e encontrei a casa de minha amada completamente vazia, sem qualquer tipo de informação sobre os paradeiros, seu e de sua família.
Por quase um ano, entrei numa tristeza profunda. Que só amenizou quando eu soube que tiveram que deixar a casa às pressas, sem deixar rastros, por medidas de segurança.
Rumores diziam que alguém da família estava na mira de um implacável bandido, cuja influência se estendia por todo estado do Rio de Janeiro. De certa forma, o motivo da mudança amenizara minha dor. Pois, entendia que o ocorrido fora necessário pra manter o amor da minha vida salvo. O que também acabara me libertando, me permitindo seguir em frente com possíveis relacionamentos posteriores.
Retomando o foco do assunto, sobre meu reencontro com Helena.
Lembro exatamente como se fosse ontem. Foi numa época bem quente. Faltavam poucos dias para o início do Carnaval. Quase em todo lugar a pauta das conversas remetiam a esse período. E como não poderia diferir, o barco que eu estava, tinha como tema pré-carnaval no barco
, e a partir daí, já dá pra se ter uma noção do como a embarcação estivera tripulada, ainda mais a noite.
Estava eu, vestido de médico serial killer, acompanhado de minha namorada, uma linda coelhinha ruiva, que por sua vez, estaria a frente do evento, como uma de suas organizadoras, juntamente com suas amigas de classe, da faculdade.
Tudo corria bem, até que em dado momento ela
surgiu. A própria Marcela foi quem a apresentou a mim.
— Marcos, essa aqui é Helena. Uma das minhas amigas do curso de letras. — disse Marcela, bem entusiasmada, trazendo pela mão até mim, uma linda bruxinha de cabelos pretos, cujos fortes traços mediterrâneos, tornavam ela naquele local, alguém de beleza ímpar. Mesmo com toda miscigenação fantasiada ali.
— Marcos? — disse a própria, espantada ao me ver. — Não acredito! É tu mesmo?
— Helena? — as palavras saíram de minha boca, sem eu me dar conta.
Ao reconhecê-la, imediatamente meu coração disparou de uma tal forma, que parecia que eu iria ter algum treco. Juro por tudo que é mais sagrado.
— Ué, como assim, vocês já se conhecem? — Marcela se manifestou, tomada pela curiosidade.
— Sim. Uma história bem complicada, até. — Helena respondeu-lhe, sem tirar os olhos dos meus.
Obviamente, tal gesto não passou desapercebido por minha companheira, que pra minha maior surpresa, reagiu de forma completamente oposta do que eu esperava.
— Por que não me disse antes, de apresentá-lo a você, já que viu várias fotos nossas juntos?
— Desculpa, amiga, eu precisava ter a confirmação cara a cara, antes de tirar qualquer conclusão precipitada. Até porque, isso só me deixará mais a vontade, com os planos que traçamos, pra depois desta festa.
Marcela olhou pra nós com um estranho ar de depravação., deixando minha mente bastante confusa.
— Hunmm... entendi. Interessante, isso. — essas foram, exatamente, suas palavras — Muito interessante, mesmo. — reforçou.
— Tu não fazes ideia do quanto. — Helena jogou, sem desfazer a troca de olhares, logo depois exibindo um sorriso bem sacana.
Era como se uma força sobrenatural tivesse aprisionando meu olhar ao de Helena, anulando qualquer tipo de resistência. Sem mencionar que eu estava diante do mais lindo, e raro caso de heterocromia completa, já visto. Sem exagero nenhum, eu não faço ideia de quanto eu fiquei parado sem esboçar nenhum tipo de reação, diante de tal visão. Não é todos os dias que nos deparamos uma pessoa que possui um dos olhos azul-celeste e o outro literalmente preto. Como se um anjo e um demônio estivessem disputando o mesmo corpo, e o resultado do empate estivesse estampado nos espelhos da alma de seu hospedeiro.
— Caramba, que coincidência mais doida é essa! — comentei meio desnorteado com a situação.
— Verdade. — Helena concordou. — Vem a cá, quero te dar um abraço. Posso? — dessa vez, sua pergunta fora endereçada a Marcela. Parando no meio do movimento do abraço, aguardando uma resposta.
— Vai fundo, amiga. Aproveita, que a festa promete. — brincou Marcela sorrindo maliciosamente.
— Tenho certeza que sim! — Helena então sorriu também