A Plenitude dos 40

De Ilka Mendonça de Miranda

Às vezes, parece que alcançar a plenitude como mulher, especialmente na tão sonhada fase da maturidade, é algo inatingível. Nos julgamos como a máxima expressão de algo ou alguém, mas, ao atingir esse ápice, nos deparamos também com o outro extremo: a escassez e a mediocridade em nossa identidade, devido ao peso das emoções que carregamos ao longo da vida. Esse é um lugar desconfortável, no qual, muitas vezes, nos encontramos em profunda reflexão.
Para muitas mulheres, os quarenta anos não representam apenas um período de questionamentos, mas também de avaliação e validação, de aceitação. É um momento de tumulto, em que muitas coisas acontecem simultaneamente em nosso corpo, alma, mente e espírito. O que fazer diante disso? Permanecer, retroceder ou seguir em frente?
Convido você a embarcar nesta extraordinária jornada que requer de nós, mulheres, uma atitude consciente e constante. Não se trata de realizar mudanças drásticas, mas de fazer pequenos ajustes que nos conduzam à plenitude de sermos quem realmente somos. Neste livro, proponho a você, independentemente da idade, abandonar a busca incessante pela sua melhor versão, que nunca passará de apenas uma versão, e voltar-se para a essência de ser simplesmente mulher, merecedora de viver plenamente.
Nenhum extremo é um local propício para crescimento. Portanto, liberte-se dos padrões inatingíveis e das exigências que não lhe pertencem. Inicie uma jornada profunda e enriquecedora em direção à sua plenitude, onde os encontros verdadeiros acontecem.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 3 de nov. de 2023
• ISBN: 9786525461984

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Capítulo 1

Entendendo a plenitude

Em Romanos 12:3, o ap ó stolo Paulo nos alerta para a importância do bom senso:

Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.

O conceito de plenitude é estar cheio e sem espaço para mais nada, o contrário, antônimo ou oposto é escassez, limitação. Mais uma vez dois extremos.

Não gosto da ideia do não caber mais, isso me remete a algo que já está acabado, realizado, feito, e acredito que somos uma obra em construção, então sempre estarei em crescimento, logo sempre haverá espaço para mais à medida que cresço e expando, aumentando o meu espaço. Também não gosto ou comungo do estado de escassez, então o que é ser