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Helena: De Katyn A Porto Velho
Helena: De Katyn A Porto Velho
Helena: De Katyn A Porto Velho
E-book144 páginas1 hora

Helena: De Katyn A Porto Velho

De Jrpt

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Sobre este e-book

Helena: de Katyn a Porto Velho é uma jornada que transcende fronteiras e corações. Da ensolarada aldeia de Katyn, na Polônia, ao exuberante clima tropical de Porto Velho, esta é a Saga de Judyta, posteriormente chamada de Helena. Uma jovem polonesa, vítima do nefasto domínio da facção Zevi Migdal, cuja coragem e determinação a transformaram em uma verdadeira heroína. Ao desembarcar em Porto Velho, Helena se vê imersa em um mundo completamente desconhecido, explorando os meandros da cidade até as margens de Guajará Mirim. Sua vida se entrelaça com a de Lydia Xavier, uma amizade que surge como uma rápido flash. Entre encontros hilariantes com personagens memoráveis como a espirituosa Antônia Marcelina e o enigmático Sr. Andresen, Helena descobre que o destino pode ser surpreendentemente generoso. A ajuda providencial de um tradutor, o sr. Serzedello, desvenda novos horizontes e possibilidades. Esta é uma narrativa de superação que ecoa os feitos lendários da rainha Esther. Um elo judaico se forma em meio à exuberante floresta amazônica, onde Helena se torna não apenas uma sobrevivente, mas uma inspiração para todos que têm a honra de conhecê-la. Helena: de Katyn a Porto Velho é uma obra que captura a essência da força Feminina diante das adversidades, um testemunho de coragem e resiliência que ressoa através do tempo e do espaço. Um conto que toca o coração e incendeia a alma, convidando a pessoa a embarcar em uma viagem única e inesquecível. Com imagens ilustrativas dando um tom real ao conto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de nov. de 2023
Helena: De Katyn A Porto Velho

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    Helena - Jrpt

    HELENA

    DE KATYN A PORTO VELHO

    HELENA

    DE KATYN A PORTO VELHO

    www.arqueologiaamazonica.com

    Projeto Gráfico e Arte final da Capa: J. R. P. T

    Diagramação: J. R. P. T

    Contato do autor: ricardochicute@gmail.com

    Copyright © 2023 José Ricardo P. Tavares

    HELENA

    DE KATYN A PORTO VELHO

    Mesa de madeira com vaso de planta Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

    Ketubah dentro de uma Hupah no meio da Floresta Amazônica. O Mistério da Câmara Nupcial.

    ÍNDICE

    PREFÁCIO

    CAPÍTULO 1: A PARTIDA

    CAPÍTULO 2: O CHORO DA NOITE

    CAPÍTULO 3: A ENCRUZILHADA

    CAPÍTULO 4: O DIBBUK

    CAPÍTULO 5: A FÊNIX

    CAPÍTULO 6: O RIO DE JANEIRO

    CAPÍTULO 7: DE BELÉM À SANTO ANTÔNIO

    CAPÍTULO 8: JUDYTA E ANTONIA MARCELINA

    CAPÍTULO 9: PRECONCEITO

    CAPÍTULO 10: CAN-CAN

    CAPÍTULO 11: A ALFORRIA

    CAPÍTULO 12: HOTEL BRASIL

    CAPÍTULO 13: HOSPITAL DA CANDELÁRIA

    CAPÍTULO 14: NOVAMENTE, HOTEL DUAS NAÇÕES

    CAPÍTULO 15: A MISTERIOSA MORTE DE LYDIA XAVIER

    CAPÍTULO 16: A PARTIDA

    CAPÍTULO 17: O DIA DA VINGANÇA

    CAPÍTULO 18: VINGAR LYDIA

    CAPÍTULO 19: RECONSTITUÍNDO UM CORAÇÃO PARTIDO

    CAPÍTULO 20: O ROSTO DESFIGURADO QUE TOMOU FORMA

    CAPÍTULO 21: PEDIDO DE MÃO

    CAPÍTULO 22: O CASAMENTO

    SOBRE O AUTOR

    PREFÁCIO

    No limiar desta narrativa, desvela-se um romance entrelaçado com os fios da cabala, uma trama repleta de mistérios e segredos sussurrados entre as linhas, onde cada personagem é um elo nesse intricado tecido. Infelicidade, contudo, é para quem vê somente as palavras impressas, sem penetrar no véu que esconde a essência. Este é um conto que aguarda ansioso para desvendar seus segredos, um sabor misterioso pronto para ser degustado.

    Ao adentrar estas páginas, o leitor se verá imerso em um universo onde cada detalhe o acolhe como parte essencial do enredo. É uma jornada que transcende o texto e nos convida a vislumbrar algo maior, algo que permeia nossa própria existência. Cada símbolo, meticulosamente entrelaçado, reflete um fragmento de nossas vidas, como a sábia instrução Divina a Abrahão: Adentra-te, partindo de tua matéria terrena, do teu invólucro carnal, da linhagem de teus antepassados, em direção ao Mundo Ideal que te revelarei.

    Ao nos voltarmos para nosso interior, desvelamos não apenas a essência de nós mesmos, mas também o conhecimento de Deus e de tudo aquilo que verdadeiramente necessitamos. Neste prefácio, deixo algumas dicas para interpretar cada passagem deste livro que guarda os segredos mais profundos da Cabalá, com uma eterna gratidão àqueles que aceitam receber essa dádiva. Que esta jornada literária seja uma porta aberta para a compreensão mais profunda de nossa própria existência.

    O Autor.

    CAPÍTULO 1 A PARTIDA

    Judyta à direita, sua mãe Bonena acima e seu pai Moyses à esquerda.

    Era o ano de 1905, e a vila polonesa de nome Katyn se abraçava nas sombras das árvores, suas casas de madeira contando histórias antigas ao vento. As paredes envelhecidas, marcadas pelo tempo, guardavam segredos sussurrados pelo vento e sussurros de gerações passadas. Entre as estreitas ruas de paralelepípedos, onde os passos ecoavam em harmonia com o coração da vila, e os campos verdejantes, onde a vida florescia em cada canto, uma jovem judia de olhos azuis brilhantes e coração cheio de sonhos erguia suas preces ao céu.

    Judyta Krawczyk, uma promessa de juventude e determinação, era como um raio de luz em meio à pacata vila. Seus olhos, profundamente azuis, brilhavam com a sabedoria de uma alma antiga, e sua devoção à Torah, ao Pentateuco de Moisés, era evidente em cada palavra que fluía de seus lábios durante as preces. O Shemá Israel ecoava como uma melodia de esperança, um elo entre ela e o Divino.

    Ao lado de sua velha mãe Bonena, cujos olhos carregavam as marcas dos anos vividos com sabedoria, e seu velho pai Moyshe ben Krawczyk, cujas mãos calejadas eram testemunhas do labor árduo no campo para sustentar a família, Judyta encontrava apoio e amor incondicional. A casa de madeira, com suas paredes que guardavam segredos e histórias, era o porto seguro para essa família unida pelo laço indissolúvel do afeto.

    Judyta também tinha um lindo irmãozinho de nome Adam, cujos olhos brilhavam como estrelas no céu noturno. Juntos, eles corriam pelos campos verdejantes, rindo e brincando, compartilhando sonhos e segredos de crianças que enxergavam o mundo com olhos de encanto.

    Mas foi em Shevat, o mês dos namorados no calendário judaico, que o destino começou a traçar os caminhos que levariam Judyta a uma promessa de amor e mudança. Um jovem judeu, que outrora brincara com ela nos campos de Katyn, retornou à vila. Seu nome era Binyamin, mas Judyta o chamava carinhosamente de Bibi. Agora, ele trazia consigo a promessa de uma vida repleta de riqueza e aventuras na América do Sul, onde trabalharia para os chefões da Borracha. A ideia de uma nova vida, cheia de possibilidades, prosperidade e liberdade, capturou a imaginação de Judyta.

    Quando os olhos de Bibi encontraram Judyta, foi como se o tempo se dissipasse, e os anos de separação se tornassem meras sombras no passado. Em meio às flores que desabrochavam, seus corações reencontraram a sintonia perdida, e a beleza que parecia emanar da alma de Judyta o envolveu como um feitiço.

    O amor que floresceu entre Judyta e Bibi era como uma chama que iluminava seus corações, aquecendo-os com a promessa de um futuro juntos. Os dias que se seguiram foram preenchidos com a efervescência dos preparativos para a cerimônia de casamento. Katyn se enfeitou com cores vibrantes, e o ar pulsava com a energia da celebração iminente.

    Quando Bibi pisou na taça de vidro, o estalo ecoou como um prenúncio de mudanças irrevogáveis. O brinde ressoou no salão festivo, e todos ao redor da Hupáh irromperam em um alegre coro de Mazal Tov. O destino de Judyta estava selado, um futuro incerto aguardava-a do outro lado do oceano, em um continente cuja cultura lhe era totalmente desconhecida.

    No dia de sua viagem, o sol tingia o porto com tons dourados, enquanto a brisa marinha acariciava o rosto de Judyta. Ela fitou seu irmãozinho, os olhos azuis espelhando a inocência da infância, e o abraçou com força, como se pudesse conter em seus braços todo o

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