Pó Ético
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Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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Pó Ético - Marta Carvalho
Dedicatória
À memória da minha avó Alcina Reis, que não sabia nada de finanças/nem consta que tivesse biblioteca
.
Lengalenta
O homem roeu a corda
Da raiz da rés do riso.
O homem roeu a rolha
Da garrafa da água da Rússia.
O homem ruiu no reino
Do rancor do rei da regra.
O homem rasgou a rima
Na raiva real do rústico.
O homem roubou a reza
No rebanho do rei ruído.
O homem resta ao rebanho
No risível rancor do reco.
E o rato?
O rato reencarnou no homem
Na ralé ruim da raça.
Catacrese
— E a cabeça do prego é personificação?
— É catacrese; quando muito interjeição… se te vai à mão…
— Mas cabeça não é de gente?
— Devia…
— Não quer dizer que o prego sente?
— É catacrese; quando muito ironia… se é o prego que tantas vezes a
guia…
— Que nome dar a essa figura de linguagem?
— Catacrese. É uma metáfora que debotou de tanta lavagem.
— E o contrário não existe?
— Existe, mas não é poético, ou não figura como tal.
— Não há a despersonificação?
— Oh, meu filho, é o que há mais na Terra…
— E que exemplos temos, então?
— Substantivo dolorosamente comum: a guerra.
Quem vai à guerra
Quem vai à guerra dá e leva
Dá, mas leva
Dá, porque leva
Dá, portanto, leva
Dá ou leva
Dá, logo leva (ou leva logo…)
Dá quando leva
Dá, pois leva
Dá se leva
Quem vai à guerra que prepare bem as conjunções,
Porque não é tempo de limpar as armas
Enquanto apura orações.
Todo o buraco é trincheira, ou eterno.
Todo o eterno é buraco.
Lá anda o diabo a alargar