Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Imprensa Lésbica: uma história possível
Imprensa Lésbica: uma história possível
Imprensa Lésbica: uma história possível
E-book263 páginas3 horas

Imprensa Lésbica: uma história possível

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Imprensa Lésbica: uma história possível apresenta um panorama das primeiras publicações brasileiras, com circulação entre 1981 e 1995. A partir de uma ampla pesquisa bibliográfica, combinada com análise documental e entrevistas, a autora descreve as características dos periódicos lesbianos e sistematiza suas contribuições para o campo da comunicação e do jornalismo. Como retrato de seu tempo, as publicações analisadas também apontam dados sobre o ativismo e as relações entre as lésbicas e outros grupos sociais – o que também se apresenta na análise da autora. Assim, o livro reúne não apenas a história das publicações, mas também revela retratos de uma época e da ação criativa das lésbicas brasileiras.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de dez. de 2023
ISBN9786527001294
Imprensa Lésbica: uma história possível

Relacionado a Imprensa Lésbica

Ebooks relacionados

Ciências Sociais para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Imprensa Lésbica

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Imprensa Lésbica - Paula Silveira-Barbosa

    PARTE I

    POR UMA HISTÓRIA DA IMPRENSA LÉSBICA

    O que justifica a pertinência de um estudo sobre a Imprensa Lésbica sob as lentes do jornalismo? Antes de responder a essa pergunta, é preciso delimitar a que me refiro quando menciono tal perspectiva. O jornalismo, como instituição social, tem como atribuição orientar a opinião pública e mediar a comunicação entre os setores sociais – o que interfere na participação social e no exercício da cidadania. Essas atribuições foram colocadas para o jornalismo a partir de um pacto social, sobretudo a partir do século XX, com a crescente integração econômica mundial, potencializada pelo avanço do capitalismo (SCHUDSON, 2010).

    Contudo, é importante destacar que o jornalismo é feito por pessoas, cada uma com visões políticas, valores e crenças particulares (GENRO FILHO, 2012). Essa questão implica que o jornalismo, em suas múltiplas formas, apresenta vieses e abordagens que não são neutras – constatação amplamente discutida por teóricos construtivistas, a partir de estudos sobre discursos, representações e imaginários midiáticos (ALSINA, 2009; BERGER; LUCKMANN, 2008; TUCHMAN, 1980).

    Na perspectiva dos estudos construtivistas, entende-se que a neutralidade e a imparcialidade completas não são alcançáveis. Ainda assim, deve-se pontuar que a produção jornalística possui princípios éticos que devem ser obedecidos. Esses preceitos foram colocados como uma espécie de freio para modular possíveis desvios e abusos, resultantes das subjetividades dos profissionais da imprensa (SCHUDSON, 2010).

    Além desse obstáculo, há uma dificuldade de ordem estrutural no jornalismo, que, por vezes, o impede de avançar. Como bem pontua Genro Filho (2012), o que se entende sobre a necessidade social do jornalismo resulta da expansão do sistema capitalista –, elemento que força a produção de um volume de informações que corresponda a essa integração universal dos indivíduos e dos grupos sociais (GENRO FILHO, 2012, p. 142).

    Faço essa ponderação não por endossar a visão determinista que coloca o jornalismo como incapaz de se comprometer com interesses divergentes dos grupos dominantes. Trata-se apenas do reconhecimento de que os desafios são múltiplos, complexos e perpassam diferentes níveis do jornalismo – tais como a gestão, os modos de financiamento, os modos de produção, entre outras questões (MICK; TAVARES, 2017; ZELIZER, 2014).

    Entretanto, a despeito desses obstáculos que atravancam o caminho do jornalismo em direção à cidadania, acredito que há possibilidades de resistência interna. Exemplo disso é a criação de editorias específicas para tratar das questões de gênero em publicações da chamada grande imprensa⁶. Esses são passos ainda tímidos, mas que já revelam que, em sua lida de reportar a realidade, o jornalismo pode reportar, igualmente, as contradições daquela, instigando transformações (GENRO FILHO, 2012; PONTES, 2017).

    Como a conscientização em relação às questões de gênero ainda não se ampliou de maneira significativa, seguimos identificando a produção e reprodução de assimetrias sociais no jornalismo. Nesse aspecto, destaco o estudo de Marcia Veiga (2010) sobre a produção noticiosa de uma emissora de TV do Rio Grande do Sul. A partir de uma incursão etnográfica, a autora constatou que a heteronormatividade⁷ é um valor que estrutura o jornalismo. As desigualdades de gênero observadas na redação, tanto no trato interpessoal como na estrutura de carreira da empresa, refletiram-se na produção noticiosa – desde a concepção da pauta até a apresentação do produto final.

    Esse é apenas um exemplo de estudo recente que mostra o distanciamento do jornalismo de seu ethos. Tomo o estudo de Veiga (2010) como referência pelo fato de a autora concentrar sua análise na questão da heteronormatividade, diferentemente da tendência majoritária das pesquisas em Comunicação, que valoriza apenas o gênero e desconsidera outras categorias de análise igualmente relevantes (ALMEIDA, 2018; MARTINEZ; LAGO, C.; LAGO, M., 2016).

    Apesar desta limitação, podemos considerar que contamos com uma produção robusta, desenvolvida sob a luz dos Estudos Feministas e de Gênero no Brasil, problematizando as produções jornalísticas. Seu mérito maior está na constatação de que que o jornalismo tem se afastado de seus propósitos fundamentais e contribuído para a manutenção das desigualdades e assimetrias de gênero (BUITONI, 1986; MIGUEL; BIROLI, 2011; ROCHA; WOITOWICZ, 2013; CAMPOS, R., 2014; ANDRADE, 2015).

    Para subverter a heteronormatividade na produção da notícia ou ao menos obter pistas de como fazê-lo, esta dissertação propõe um olhar para fora das redações tradicionais e que extrapole o Jornalismo. Parto da hipótese de que talvez seja na interface entre diferentes disciplinas e saberes que poderemos obter uma compreensão mais completa de nossos desafios como jornalistas e de como superá-los (BRAGA, J. L., 2011; LAGO, 2010; ZELIZER, 2004).

    Nesse movimento interdisciplinar⁸, também proponho que ousemos observar práticas alternativas à imprensa tradicional⁹, considerando outros saberes, para além daqueles produzidos na academia. Afinal, entendo que a própria existência de meios que se colocam como alternativos já é um indicativo explícito de que boa parte das empresas de comunicação e seus profissionais não estão desempenhando bem a sua função social (PARK, 1940; PERUZZO, 1998). E, talvez, mesmo aqueles que se dão conta dessa questão, não estejam conseguindo desenvolver estratégias para superar o problema.

    Diante desse cenário, volto-me para as experiências de periódicos lésbicos brasileiros, sobre os quais pouco se discutiu no âmbito dos estudos em Jornalismo, conforme será demonstrado no capítulo subsequente. E proponho as seguintes perguntas de pesquisa: Como se desenvolveu a Imprensa Lésbica no Brasil? Que contribuições esses meios de comunicação podem oferecer ao jornalismo?

    Sendo assim, pontuo que esta dissertação tem como objetivo principal compor um histórico sobre a Imprensa Lésbica brasileira, no período de 1981 a 1995. Embora haja registro de publicações que surgiram em períodos posteriores – algumas ainda em circulação –, adotei esse recorte temporal, considerando o período pré e pós-constituinte e a viabilidade da pesquisa no tempo regulamentar do mestrado¹⁰.

    Evidentemente, o histórico que proponho não deve ser visto como fim em si mesmo. Afinal, uma versão complementar da história da imprensa, sob uma ótica lésbica, não tensiona a epistemologia do jornalismo. Vejo a Imprensa Lésbica brasileira como uma crítica ao jornalismo – aqui entendido como instituição social. Por isso, a dissertação tem como objetivo secundário a sistematização de práticas da Imprensa Lésbica que podem orientar o jornalismo no reencontro com sua função social.

    Destaco, ainda, que os meios de comunicação carregam em si uma complexidade de aspectos que demandam técnicas de análise plurais, se quisermos evitar uma visão superficial e reducionista de suas dinâmicas (BONIN, 2008; BRAGA, J. L., 2011). Dessa forma, foi adotada a combinação de três técnicas para compor a metodologia de investigação: a pesquisa bibliográfica, a entrevista de história oral e a pesquisa documental.

    Embora não seja usual a explicitação da pesquisa bibliográfica como técnica de pesquisa em estudos de pós-graduação, opto por fazê-lo diante da escassez bibliográfica referente à Imprensa Lésbica. Mais do que um procedimento padrão, nesta dissertação, fazer esse levantamento foi o que possibilitou a indicação de informações básicas para viabilizar o estudo. São elas: nomes de publicações lésbicas e suas dinâmicas de funcionamento, locais de edição e distribuição, objetivos dos grupos responsáveis por esses meios, nomes de ativistas envolvidas na produção, arquivos onde é possível encontrar exemplares e dados afins.

    A entrevista de história oral, por sua vez, foi escolhida não apenas como alternativa material, mas também como forma de colocar as agentes dessa Imprensa Lésbica em lugar de protagonismo. Entretanto, é importante destacar que a memória é operada de forma criativa e constitui uma fonte instável (HALBWACHS, 1990; JOUTARD, 2007). A fim de conter esses abusos da memória, o filósofo Paul Ricoeur (2007) recomenda uma postura intermediária. Ou seja, o pesquisador rejeita a sacralização da escrita como única fonte de pesquisa confiável, mas também alerta para a não romantização dos testemunhos orais, cuja fidedignidade – como a de qualquer relato, independentemente de suporte – pode ser questionada.

    A proposta de abordagem da Imprensa Lésbica nesta dissertação já indica um olhar acadêmico implicado com o objeto de estudo – questão que ficará ainda mais evidente no capítulo em que discorro sobre o que chamo aqui de perspectiva sapatão/lésbica de análise. Essa perspectiva é meu ponto de partida neste estudo e, em linhas gerais, consiste numa ruptura com os múltiplos sistemas normativos, para além das questões relativas à orientação sexual (ANZALDÚA, 2005; BACHETTA, 2009; BUTLER, 2004; CLARKE, 1983; LORDE, 1983; NAVARRO-SWAIN, 2009; RICH, 2010; SAUNDERS, 2017).

    1 CONSIDERAÇÕES SOBRE PRODUÇÕES ACADÊMICAS ACERCA DA IMPRENSA LÉSBICA BRASILEIRA

    Antes de tratar especificamente das pesquisas que serviram de base para esta dissertação, é preciso elucidar o que chamo de Imprensa Lésbica. Trata-se de uma estrutura autônoma de comunicação, desenvolvida de lésbicas para lésbicas. Embora cada periódico do segmento tenha especificidades próprias, todos eles compartilhavam uma perspectiva de politização da condição lésbica e buscavam romper com os estigmas e apagamentos aos quais as lésbicas brasileiras foram historicamente submetidas. Destaco, ainda, que cunhar o nome dessa imprensa em caixa alta é uma posição política de reivindicação do reconhecimento desses meios de comunicação e suas particularidades como objeto de estudo acadêmico, diante da escassez bibliográfica sobre o tema.

    No que se refere às pesquisas de pós-graduação no Brasil, o trabalho de Elizabeth Cardoso (2004) oferece um breve histórico do GALF e do ChanaComChana. No estudo, são descritas as características morfológicas do boletim (como formato, tiragem e tecnologia de produção) e algumas das tensões entre o movimento feminista e o movimento lésbico na década de 1980. A reorganização das ativistas do GALF, que resultou na formação da Rede Um Outro Olhar, por sua vez, é discutida com mais detalhes na tese de Patricia Lessa (2007).

    Além disso, como esta última autora se ocupou em analisar as autorrepresentações das lésbicas em periódicos lésbicos – e outras mídias –, seu estudo proporciona uma boa descrição dos temas de interesse das lésbicas brasileiras¹¹, ou ao menos, do segmento de lésbicas envolvido na produção e na leitura do ChanaComChana, que depois deu lugar ao Um Outro Olhar.

    Anos mais tarde, uma nova fonte de estudo sobre lesbianidades se coloca com a publicação da tese de Zuleide Silva (2016). Embora não se detenha sobre publicações lésbicas, mas sim sobre organizações de militância lésbica, incluí a pesquisa de Silva (2016) entre minhas fontes primárias. Essa escolha se justifica pelo fato de o estudo ser pioneiro na descrição detalhada dos ativismos lésbicos na Bahia, fugindo da tendência majoritária que centra suas análises no eixo Rio-São Paulo¹². Além disso, a entrevista que Silva realizou com Lourdinha Motta, uma das fundadoras do Grupo Libertário Homossexual (GLH), oferece algumas informações sobre o Amazonas – o jornal editado pelo coletivo na década de 1980 (SILVA, Z., 2016). Ainda que os dados sobre o periódico sejam incipientes, já que este não era o foco da pesquisadora, a tese acabou se tornando a fonte mais detalhada que encontrei no que se refere ao Amazonas, pois aponta as temáticas de interesse da publicação e discorre sobre a recepção do periódico entre as leitoras.

    O último estudo no qual me baseio nesta etapa é a dissertação de Caio C. Maia (2017a). Para a abordagem que proponho nesta dissertação, a pesquisa de Maia (2017a) é a mais rica em informações, pois tem o mérito de sumarizar e descrever brevemente boa parte das organizações lésbicas brasileiras e seus periódicos, entre os anos de 1981 e 2016. Embora o objetivo do autor seja a análise de textos enviados por leitoras ao boletim Um Outro Olhar, sua dissertação indica o nome de arquivos e de ativistas com os quais se pode encontrar fontes sobre outros 18 periódicos lésbicos. O mapeamento realizado pelo autor apresenta, ainda, o ano ou a década em que esses títulos circularam, as organizações envolvidas em sua edição, além da cidade onde eram produzidos.

    Foi a partir desses quatro estudos de pós-graduação que pude delimitar melhor meu objeto de pesquisa e obter informações que preencheram algumas lacunas na trajetória de periódicos lésbicos no Brasil. De posse desses dados, investi na aproximação da disciplina histórica e realizei entrevistas de história oral e pesquisa documental, tanto de periódicos como de documentos relacionados a eles. É sobre a escolha dessas técnicas e os critérios de análise que discorro a seguir.

    2 APONTAMENTOS METODOLÓGICOS

    Como destaquei anteriormente, os objetivos desta pesquisa consistem em compor um histórico sobre a Imprensa Lésbica brasileira e, posteriormente, sistematizar práticas desse segmento que podem contribuir para o aprimoramento do jornalismo. Para isso, a metodologia da pesquisa é composta por pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas de história oral.

    Embora o volume de publicações sobre lesbianidades venha crescendo nos últimos anos, aqueles que decidem abordar essa temática ainda enfrentam dificuldades para encontrar informações primárias. É o caso desta pesquisa. Por exemplo, ao buscar pelo termo imprensa lésbica no portal de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)¹³, o único resultado exibido é a dissertação de Carolina Maia (2017a).

    Inicialmente, o propósito era delimitar melhor o meu campo de pesquisa, observando os metadados das teses e dissertações publicadas até então. Realizei esta busca no período anterior ao ingresso no mestrado em Jornalismo – mais especificamente em janeiro de 2017, quando eu trabalhava em minha monografia de graduação¹⁴, e a pesquisa de Maia (2017a) ainda não havia sido disponibilizada. Repeti o procedimento até a redação final da minha dissertação, mais precisamente em 29 de agosto de 2019. O resultado era sempre o mesmo. Destaco também que essa busca não teve filtros em relação às disciplinas a que os estudos se vinculavam e nem recorte temporal específico.

    É verdade que há estudos que colocam publicações lésbicas no escopo da categoria feminista, sem explicitar isso nos resumos de apresentação ou nas palavras-chave. O mesmo ocorre com estudos que se debruçam sobre a chamada imprensa homossexual ou imprensa gay. Entretanto, salvo duas exceções¹⁵, essas pesquisas terminam por abordar de forma superficial¹⁶ os periódicos lésbicos ou se detêm sobre o ChanaComChana – provavelmente, a publicação mais conhecida do segmento, já que se encontra disponível em arquivos públicos. Algumas das edições são encontradas até mesmo em formato digital na internet. O mesmo não ocorre com outros títulos da Imprensa Lésbica, que pelas fontes que obtive, somam 22 em todo o Brasil¹⁷.

    Essa escassez bibliográfica foi o que me levou a assumir a pesquisa bibliográfica como parte do tripé metodológico deste estudo. Os trabalhos considerados nesta etapa, no sentido de oferecer um panorama histórico, além de indicar arquivos e ativistas que poderiam colaborar para esta pesquisa são: as dissertações de Elizabeth Cardoso (2004) e Carolina Maia (2017a) e as teses de Patricia Lessa (2007) e Zuleide Paiva da Silva (2016)¹⁸.

    Mas, de que forma se deu a seleção dessas pesquisas? Como descrito na seção introdutória, o primeiro contato que tive com a temática da Imprensa Lésbica ocorreu a partir do livro de Flávia Péret (2011). Após a leitura dele, tomei conhecimento dos boletins ChanaComChana e Um Outro Olhar. Numa busca de informações mais detalhadas sobre eles, encontrei os estudos de Cardoso (2004) e Lessa (2007) nos repositórios acadêmicos.

    Meses depois, entrei em contato com a pesquisa de Maia (2017a), apontada como único resultado da busca pelo termo imprensa lésbica no portal de teses e dissertações da Capes. Posteriormente, em agosto de 2018, quando iniciei o curso de Pensamento Lésbico Contemporâneo na UFBA¹⁹, soube das pesquisas de Zuleide Silva, que figurava como uma das autoras indicadas na bibliografia obrigatória da disciplina. Dessa forma, conheci sua tese sobre as organizações lésbicas da Bahia, o que completou os estudos que compõem meu ponto de partida para a dissertação.

    2.1 Itinerário de análise documental dos periódicos

    A primeira etapa da análise documental levou em consideração os elementos morfológicos dos periódicos. São eles: nome, organização responsável, periodicidade, expediente, editorias, preço, anúncios, período de circulação e formato²⁰. Evidentemente, essas tipificações não abrangem a complexidade desses periódicos, mas constituem um panorama básico de análise para os objetivos propostos neste estudo. Foi a partir delas que obtive informações sobre as condições produtivas dos periódicos e sua interlocução com o campo jornalístico.

    Posteriormente, fez-se necessária uma segunda leitura, dessa vez atenta

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1