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Escolha profissional: Consciente e/ou inconsciente?
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Escolha profissional: Consciente e/ou inconsciente?
E-book181 páginas2 horas

Escolha profissional: Consciente e/ou inconsciente?

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Sobre este e-book

O leitor pode perceber o que vai além do aspecto consciente na escolha profissional, considerando as questões inconscientes nessa "escolha". A "escolha" pode ser feita de modo pontual, evitando que haja desvio no trilhar da carreira profissional, e isso é mostrado no capítulo "Mito de Édipo e a Escolha Profissional". Outra contribuição deste trabalho foi a criação de dois novos tipos de reparação, numa visão dinâmica, além das de Bohoslavsky.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de dez. de 2023
ISBN9786553741041
Escolha profissional: Consciente e/ou inconsciente?

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    Pré-visualização do livro

    Escolha profissional - Antonio Geraldo de Abreu Filho

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Abreu Filho, Antonio Geraldo de

    Escolha profissional : consciente e/ou inconsciente? /

    Antonio Geraldo de Abreu Filho. -São Paulo : Vetor, 2006.

    Bibliografia.

    1. Apercepção temática Testes 2. Entrevistas 3. Escolha de profissão

    4. Psicologia como profissão Brasil I. Título.

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Escolha profissional : Psicologia aplicada 158.6

    ISBN: 978-65-5374-104-1

    Projeto gráfico e diagramação: Marcio Diniz Capa: Marcio Diniz

    Revisão: Sirlaine Cabrine Fernandes Mônica de Deus Martins

    © 2006 – Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.

    É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por qualquer meio

    existente e para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores.

    Sumário

    Agradecimentos

    Apresentação

    Prefácio

    Introdução

    Fundamentação teórica

    A escolha profissional: identificação e identidades

    Mito de Édipo e a escolha profissional

    O uso do TAT (Thematic Apperception Test)

    A entrevista semidirigida

    Sobre a pesquisa

    Apresentação e análise dos resultados

    Conclusão

    Referências bibliográficas

    Anexos

    À Berenice, esposa e companheira dos momentos bons e difíceis da minha vida.

    Ao Otavio, filho querido, fruto da nossa união.

    Agradecimentos

    Este trabalho é fruto de vários colaboradores que de forma inestimável puderam tornar possível a sua existência.

    À Profa. Dra. Isabel Cristina Gomes por me ter recebido de forma carinhosa, respeitando meus pensamentos; às Profas. Às Dras. Maria Luiza Dias Garcia e Yvette Piha Lehman pelas sugestões feitas por ocasião do exame de qualificação; aos alunos que participaram da minha pesquisa; à Profa. Livre-Docente Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo e aos colegas do APOIAR – Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – pelo convívio amigo; aos colegas do Departamento Formação em Psicanálise e do curso Fundamentos da Psicanálise e sua Prática Clínica do Instituto Sedes Sapientiae; ao meu analista Vicente Silvio Nogueira pelo apoio e acolhimento; à minha amiga Ana Luiza de Figueiredo Steiner pelo incentivo e amizade; à Psicóloga Olinda Rodrigues Sampaio pelas orientações dadas no início de minha prática clínica; ao Dr. Pérsio Osório Nogueira pela colaboração no desenvolvimento de meu olhar e escuta analíticos nos grupos de estudo e supervisão. Aos meus pais (in memorian) por terem dado a mim a vida.

    Apresentação

    Este trabalho teve por objetivo verificar as motivações inconscientes presentes na escolha da profissão de psicólogo dos alunos do primeiro e segundo anos de Psicologia, para compreender a relação entre conteúdos latente por meio da Prancha 1 do TAT e manifesto por meio da Entrevista Semidirigida, com base nos pressupostos da teoria de Melanie Klein.

    Os alunos tiveram percepções variadas com relação ao estímulo da Prancha 1 do TAT e várias foram as combinações das reparações apresentadas em termos de inconsciente e consciente.

    Acrescentamos dois outros tipos de reparações, além das sugeridas por Bohoslavsky: autêntica/maníaca e maníaca/ autêntica, em que nos detivemos aos elementos citados nas histórias, no contexto em que as mesmas se deram, no relato feito e no tipo de solução apresentada.

    Foi verificado, ao longo das análises das respostas, que nem sempre o que foi mostrado no nível consciente coincidiu no nível inconsciente, revelando a importância de se levar em consideração a questão do conteúdo inconsciente presente nessa escolha.

    Prefácio

    Meu contato com o autor se deu no cenário acadêmico, envolto pela relação professor–aluno, ou mais especificamente, orientador–orientando, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

    Antonio Geraldo de Abreu Filho foi um aluno exemplar. Iniciou o mestrado numa etapa já madura e consolidada do ponto de vista profissional. Período em que muitos, inclusive, já estão se acomodando: trajetória profissional definida, casamento solidificado, filho crescido. Aspectos do viver que, para ele, se transformaram em matéria-prima impulsionadora de um novo desafio a ser atingido.

    Na realização de sua dissertação, Um estudo sobre as motivações inconscientes presentes na escolha profissional do estudante de Psicologia, defendida no IP-USP, em 2005, e agora transformada em livro, que tenho o imenso prazer de prefaciar, ele procura juntar a experiência clínica e de professor, que o caracteriza, com a mente indagadora do pesquisador, tendo como resultado a apresentação de uma vertente analítica, bastante interessante, acerca do que envolve a escolha profissional no jovem.

    É sabido que, na nossa sociedade, a escolha de uma profissão ocorre numa etapa muito prematura da vida dos adolescentes, podendo acarretar sérias conseqüências para o futuro profissional do indivíduo, como desistência ou abandono do curso escolhido, insatisfação profissional, falta de conhecimento suficiente para tal escolha, várias mudanças de cursos, prática profissional diversa do diploma alcançado, etc.

    Entretanto, há uma vasta literatura e pesquisas que tentam explicar e caracterizar esse fenômeno manifesta e racionalmente, como apontamos antes. A riqueza e originalidade deste trabalho encontram-se justamente no fato de ele abordar o tema, buscando trazer à tona os mecanismos inconscientes envolvidos nessa dada escolha profissional.

    O que nos leva a escolher a profissão de psicólogo? O que nos mobiliza para tarefa tão árdua quando pensamos acerca do entendimento e da compreensão daquilo que compõe o humano de cada um? O contato com o sofrimento psíquico, com os conflitos de várias naturezas, com a dor, com a doença e a loucura... Enfim, como diz o autor, nossa profissão possui muitas contradições e ambivalências, o que por si só já mereceria um olhar mais atento sobre o que leva os jovens a escolhê-la, pois não temos nem o consolo de um mercado de trabalho promissor. Contudo, estudar e conhecer o funcionamento psicológico do indivíduo é também, e sempre, conhecer-se! Mola propulsora de muitas dessas escolhas...

    O autor utiliza com maestria o referencial psicanalítico, fundamentalmente os conceitos kleinianos de reparação e posição (esquizoparanóide e depressiva), com a noção de identificação (primária e secundária) do aporte freudiano na interpretação dos seus resultados, propondo a criação de dois novos tipos de reparação – autêntica/maníaca e maníaca/autêntica – privilegiando o entendimento da escolha profissional sob a ótica dinâmica e não estrutural, numa ampliação do pensamento de Rodolfo Bohoslavsky. Discute, ainda, a interface das noções de Identidade Profissional e Vocacional, de acordo com alguns teóricos da área.

    Esse estudo tomou como base o método de pesquisa qualitativo, cuja finalidade principal é obter uma análise aprofundada dos casos selecionados como amostra, entretanto, sem a intenção de generalizações. A amostra utilizada envolveu alunos de quatro instituições de ensino da capital, e o uso de entrevista semidirigida e do Teste de Apercepção Temática (TAT) de Murray permitiu ao autor consistência em suas conclusões.

    Na medida em que o papel de pesquisador se misturou com o de terapeuta, Antonio deparou-se com algumas situações inesperadas que o direcionaram para além dos objetivos propostos, ou seja, a necessidade que esses alunos (que escolhem a Psicologia por profissão) demonstraram de obter algum tipo de ajuda ou amparo psicológico, desde o início da graduação, e o quanto as instituições de ensino não se mostram, até o momento, sensibilizadas com essa questão. Temos aqui um campo fértil de futuros estudos e propostas de intervenção terapêutica que podem ser desencadeadas a partir das reflexões pontuadas pelo autor.

    Isabel Cristina Gomes

    Introdução

    Desde que comecei a estudar Psicologia, ficou-me uma pergunta no ar: o que motiva a busca dessa profissão?

    No decorrer da minha vida profissional, como psicólogo clínico, fui cada vez mais me deparando com a necessidade do tripé de formação, ou seja, a supervisão, o estudo de um aporte teórico e a análise pessoal. Com a supervisão, defronteime com a dificuldade de estar compreendendo a dinâmica que acontecia com os pacientes, tendo sido ajudado no desenvolvimento do olhar e da escuta analítica pelos supervisores. No estudo do aporte teórico deparei-me com minha ignorância e o quanto precisava continuar estudando para poder olhar e compreender os fenômenos mentais de meus pacientes que se presentificavam durante as sessões debaixo de meus olhos. Por fim, havia necessidade da análise pessoal, defrontando-me com meu mundo interno e minha dinâmica mental, o que não é nada fácil, pois muitas vezes remetiam-me a tomar consciência de fatos dolorosos, bem como separar o joio do trigo, no sentido de discriminar conteúdos meus dos conteúdos dos pacientes.

    Com a vivência sine qua non desse tripé, fui-me conscien-

    tizando cada vez mais dessa pergunta intrigante: o que nos leva a buscar a profissão de psicólogo, uma vez que ela nos remete a lidar constantemente com a loucura, com o sofrimento mental humano, com a desagregação do funcionamento mental das pessoas? Tentar compreender isso é no que se baseia esta obra.

    Com o amadurecimento e desenvolvimento profissional e pessoal que fui adquirindo no decorrer das minhas experiências com os pacientes, chegou o momento em que tal indagação pôde ser transformada numa hipótese investigativa a ser pesquisada.

    Mediante levantamento bibliográfico condizente, pude constatar que existem alguns estudos que falam sobre a escolha da profissão de psicólogo, mas em termos manifesto, consciente e social e o que me interessa é poder atingir um estágio mais profundo desse entendimento, denominado latente, inconsciente.

    O próximo passo, após ter pensado o tema, foi escolher os sujeitos e instrumentos que poderiam ajudar-me nessa pesquisa e decidi optar por estudantes de primeiro e segundo anos de Psicologia, uma vez que resolvi utilizar como instrumento investigativo a prancha número um do TAT (Thematic Apperception Test) e uma entrevista semidirigida, objetivando com isso chegar a uma compreensão entre os conteúdos latente e manifesto, não perdendo de vista a questão das motivações inconscientes.

    Como fazer para operacionalizar o encontro com esses alunos? Uma das possibilidades foi tentar ir às faculdades que tinham o curso de Psicologia e entrar em contato com os alunos, explicando o objetivo da pesquisa e como seria a participação deles, uma vez que concordassem em ser sujeitos da pequisa, com a assinatura do termo de consentimento ao final. Algumas situações acabaram acontecendo na tentativa de adentrar algumas faculdades de Psicologia com essa finalidade.

    A primeira tentativa foi a de telefonar e falar com o setor de Psicologia de algumas faculdades particulares da cidade de São Paulo e ver a possibilidade de concretizar a pesquisa. Solicitei, então, que agendassem um contato pessoal com o responsável, para que eu pudesse

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