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Partido Persuasão
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E-book234 páginas3 horas

Partido Persuasão

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Sobre este e-book

Descubra como os políticos aplicam as mais poderosas técnicas de persuasão para ganhar o coração das pessoas, construir uma base forte de eleitores (e fãs) - conquistando o poder e garantindo apoiadores fiéis e com amor incondicional!

Victor Palandi selecionou 14 discursos políticos a dedo para analisar parágrafo por parágrafo, explicando em detalhes cada técnica empregada - te entregando o ouro da Persuasão, na prática e sem enrolação!

Você vai entender como alguns dos maiores políticos da história e da atualidade falam buscando os nossos corações e por isso criam uma legião de fãs que os defendem com unhas e dentes.

Também vai ficar claro os padrões de persuasão usados em quase todos os discursos - e que raramente as pessoas se dão conta. Inclusive, algumas das estratégias são tão poderosas que sempre funcionam, mesmo sabendo como elas funcionam.

Ao fim da leitura, você vai:

- Ser tão persuasivo quanto os principais políticos do século XX e XXI;

- Ter em mãos as principais técnicas de persuasão que já convenceram bilhões de pessoas ao redor do mundo;

- Conseguir analisar qualquer outro discurso que quiser usando o mesmo método que o Victor Palandi utilizou para a escrita desse livro;

-Poder escrever discursos, pronunciamentos e cartas de vendas aplicando os mesmos princípios que Lula, Trump e Obama utilizaram nos últimos anos;

- Subir de nível na sua capacidade de convencer e persuadir quem você quiser (use com cuidado);

Os 14 discursos analisados, comentados e destrinchados no livro Partido Persuasão são:

- Hitler - Dieta Nacional (Reichstag), em 1939

- Fernando Henrique Cardoso - Discurso de Posse da Presidência, em 1995

- Lula - Posse da Presidência, em 2002

- Bush - Início do Ataque ao Iraque, em 2003

- Obama - Anúncio de Candidatura à Presidência, em 2008

- Obama - Vitória Eleitoral para Presidência, em 2008

- Dilma - Vitória Eleitoral para Presidência, em 2012

- Dória - Cerimônia de Posse para Prefeito, em 2017

- Trump - Posse da Presidência, em 2017

- Obama - Despedida da Presidência, em 2017

- Bolsonaro - Vitória Eleitoral para Presidência, em 2018

- Lula - Pronunciamento antes de se apresentar à Polícia Federal, em 2018

- Dória - Posse do Governo do Estado de São Paulo, em 2019

- Biden - Posse da Presidência, em 2021

> Alerta <

Esse livro contém estratégias e técnicas de persuasão extremamente poderosas e altamente perigosas, se cair nas mãos erradas. Portanto, aplique esse conteúdo apenas, e somente, para o bem. O intuito aqui é abrir o jogo sem letras miúdas sobre os métodos de convencimento mais efetivos do Mundo - que nunca vão parar de funcionar!

Porém, não nos responsabilizamos pela forma como os leitores usarão tais estratégias. Nosso compromisso é com o compartilhamento de conhecimento e esperamos que essas informações sejam usadas para fazer o bem.

"A persuasão é como uma faca: ela pode ser usada para cortar alimentos e acabar com a fome ou pode ser usada para violência. Tudo depende das intenções de quem a utiliza"

IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de jan. de 2024
ISBN9798224419807
Partido Persuasão

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    Partido Persuasão - Victor Palandi

    Introdução

    Esse livro não estava previsto para ser escrito. Eu já estava planejando e começando outra obra quando a Ariadne veio com a ideia.

    Eu sempre gostei de analisar discursos como hobby, mas não tinha caído minha ficha que isso poderia se tornar uma obra, de fato.

    A medida que ela foi explicando a ideia, fui percebendo o quanto poderia ajudar e agregar na vida das pessoas, desde homens e mulheres que trabalham com vendas, marketing, publicidade ou persuasão até pessoas de outras profissões que buscam ser mais persuasivas e ter melhor poder de argumentação no dia a dia.

    Além do mais, entender como os políticos trabalham para conseguir nosso apoio e nosso voto é extremamente útil para votarmos com mais segurança e sobriedade.

    Podemos, a partir da leitura desse livro, escapar de algumas das técnicas e estratégias de persuasão que utilizam.

    Calma, eu não sou contra a persuasão. Pelo contrário, eu acredito que faz parte das nossas vidas. Desde um relacionamento amoroso até o relacionamento familiar e profissional, precisamos saber argumentar e expor nossas visões com qualidade para convencermos os outros do que queremos.

    Iludido é aquele que pensa que é possível existir um mundo sem persuasão. Não é. Até mesmo cachorrinhos quando descobrem o fraco do dono, usam a brecha para conseguir mais carinho e atenção.

    E a verdade é que um discurso não é muito diferente de uma carta de vendas. Não é muito diferente de vender um produto ou serviço.

    O político está vendendo a ideia, suas promessas e planos de governo. Você precisa comprar o que ele está falando com o seu voto. Quanto mais vendas (votos) ele consegue, mais forte se torna e, em teoria, mais feliz você fica de ter o político que você gosta no poder.

    Meu objetivo com essa obra é mostrar, sem letras miúdas, sem papas na língua, as técnicas e estratégias de persuasão usadas nos discursos. Não sou petista, não sou tucano, não sou republicano, democrata, nem de direita, nem de esquerda... Em nenhum momento vou apresentar minha opinião política.

    Em alguns momentos, você vai me ver elogiando o Trump, Obama e Lula da mesma forma, porque eu não estou falando de suas propostas ou visões políticas, mas sim de como utilizaram bem algumas estratégias para conseguirem o que queriam.

    Por isso, o nome do livro é Partido Persuasão. Esse é o meu partido. Ele que eu defendo e acredito.

    Então, não fique bravo comigo se eu elogiar Fulano ou Ciclano. Estarei elogiando, na verdade, a forma como a pessoa se comunica, independente se ele está certo ou errado do ponto de vista político-social.

    Você vai perceber que muitos discursos usam as mesmas técnicas. Às vezes, vai parecer repetitivo, mas esse é um dos segredos: persuasão não é pra ser inovadora. Eu vejo como um quebra-cabeça, onde você tem que montar os discursos e vai encaixando as peças certas no lugar certo: Vou usar essa técnica aqui, não vou usar essa, mais pra frente coloco essa. Persuasão, portanto, é método, não criatividade.

    Os discursos seguem padrões, porque padrões convertem. Nosso cérebro adora pensar de forma previsível. Tudo o que quebra o padrão tira nossa consciência da zona de conforto. Às vezes é bom, às vezes não, tudo depende do momento.

    Algumas técnicas estão presentes em todos os discursos e eu vou falar delas sempre, porque repetir vai te ajudar a fixar. Além disso, será bom para você conseguir comparar discursos e estratégias de um e de outro.

    Gosto de dizer que bons discursos são aqueles que você lê e se você está por fora de todo o contexto, você acredita, compra a ideia. Então, peço também que leia o livro com o máximo de neutralidade possível.

    Não é porque você odeia o Trump ou o Obama que o que ele diz está errado. O ideal é analisar assim: Não concordo com essa visão, mas a forma como ele apresentou foi incrível e muito bem argumentada ou o contrário também vale: Eu concordo com esse político, mas ele poderia ter explicado melhor sua ideia.

    Outra sugestão: o livro não está leve. São discursos longos, com análises parágrafo a parágrafo, então, pode ser que você canse rapidamente. Não se esforce para ler tudo de uma vez. Assim você não vai aproveitar todo o conteúdo.

    Quando sentir que está ficando pesado, pare. Leia 1 discurso por dia, se for o caso. Tenha um caderno ou bloco para fazer anotações.

    Envolva-se nesse livro e você vai curti-lo muito mais.

    Esse conteúdo vale ouro. Você pode sair daqui com um grande poder de persuasão, capaz de trazer dinheiro para seu bolso ou influência profissional.

    Boa leitura!

    Victor Palandi

    Instagram: @palandivictor

    Discurso de Hitler perante a Dieta Nacional (Reichstag), em 1 de Setembro de 1939

    Delegados, homens do Reichtag alemão!

    Durante meses, temos sido atormentados por um problema que nos foi forçado pela imposição (diktat) de Versalhes e que, devido à escalada e à deterioração da situação, se tornou, agora, absolutamente intolerável.

    Danzig [Gdansk] foi e é uma cidade alemã! O corredor era e é alemão! Todos estes territórios devem o seu desenvolvimento cultural exclusivamente ao povo alemão, sem os quais a barbárie absoluta reinaria naqueles territórios orientais. Danzig foi separada de nós! O corredor foi anexado pela Polónia! As minorias alemãs que lá vivem foram maltratadas da maneira mais cruel.

    O início do discurso de Hitler já mostra bastante a linha que ele sempre seguiu e focou em sua comunicação: a união do país. Podemos perceber que ele sempre fala no plural e colocando a Alemanha e o povo alemão como foco (ultranacionalismo). Além disso, a Alemanha estava fragilizada e pra baixo, o que permitiu que o discurso otimista fosse ainda mais determinante para trazer apoiadores.

    Já nos anos de 1919-1920 mais de um milhão de pessoas de sangue alemão foram expulsas de suas casas. Como de costume, tentei alterar esta situação intolerável através de propostas de mudança pacíficas. É mentira, se em todo o mundo se disser que nós conseguimos as nossas propostas de mudança exercendo unicamente pressão. Houve muitas oportunidades, quinze anos antes de o Nacional-Socialismo assumir o poder, de se realizarem modificações por via pacífica.

    Neste trecho, podemos nos atentar ao uso de informações mais específicas, como mais de um milhão de pessoas de sangue alemão foram expulsas. Dados sempre chocam e facilitam para o receptor da mensagem entender mais facilmente a gravidade de um problema. 

    O uso do termo sangue alemão é interessante, porque dá muito mais peso à frase do que se tivesse utilizado simplesmente um milhão de alemães

    E antes de ele partir para o ataque no discurso, diz que tentou resolver de forma pacífica. Dar uma justificativa antes de falar a decisão tomada é sempre um ótimo caminho para que as pessoas aceitem com mais facilidade.

    Isso não foi feito. Em cada caso específico, tomei na altura devida a iniciativa, não uma mas muitas vezes, de apresentar propostas de mudança de condições absolutamente intoleráveis... Uma coisa, porém, é impossível: a exigência de que uma mudança pacífica possa ser feita a partir de uma situação intolerável, e depois recusar-se obstinadamente a tal revisão pacífica. É igualmente impossível afirmar que, em tal situação, atuar de acordo com a nossa iniciativa de fazer a mudança é violar a lei.

    Ele repete e dá mais ênfase que tentou resolver de forma pacífica e assim vai construindo o Inimigo Comum dos alemães: Polônia, inicialmente, e, então, toda a Europa. 

    Muitas vezes é difícil entender de onde surgiu a 2ª Guerra Mundial, mas analisando friamente, vem de uma construção longa de muitos anos, desde a 1ª Guerra Mundial até a construção de toda a história sob o olhar de Hitler, passando pelo Incêndio de Reichstag em 1933.

    Até o momento, ele ainda não tinha iniciado a guerra. Foi um longo storytelling até culminar na invasão à Polônia. Portanto, o meu ponto aqui é: mesmo com a loucura de Hitler e toda a situação que a Alemanha passava, a persuasão não foi de uma hora para a outra, mas desenvolvida ao longo de anos do nazismo construindo sua narrativa até que a mesma ganhasse corpo para ser o que foi.

    Para nós, alemães, o diktat de Versalhes não é uma lei. Não se pode aceitar que alguém seja forçado, com uma pistola apontada e ameaçando matar à fome milhões de pessoas, a assinar um documento e depois proclamar que o documento com sua assinatura forçada seja uma lei solene...

    Se perguntarmos para outras pessoas, a definição do diktat de Versalhes vai ser diferente, mas a forma como o Hitler definiu convém exatamente para o objetivo dele: chocar e ganhar a simpatia do povo alemão.

    Outra técnica empregada é a metáfora. Na visão dele, o diktat de Versalhes é como uma pistola ameaçando matar milhões de pessoas de fome. Quem vai ouvir isso e discordar que o diktat é ruim? Então o legal de analisar aqui é que como o discurso é dele e obviamente não tem defesa, não tem réplica, o que ele fala é incontestável naquele instante e pode influenciar milhões de pessoas em um estalar de dedos, principalmente quem não entende muito bem o que é esse tal diktat.

    Embora estivesse profundamente convencido de que o governo polaco - possivelmente devido à sua dependência de um grupo de militares descontrolados e traiçoeiros - não estava seriamente interessado em realizar um verdadeiro acordo, eu, no entanto, aceitei a proposta do governo britânico de mediação.

    Olha ele mais uma vez repetindo que tentou uma solução pacífica. Repetição é uma das técnicas mais usadas no campo da persuasão e você vai perceber ao longo do livro o quanto vai ser utilizada pelos políticos.

    Além disso, usando da figura do inimigo comum, ele faz parecer que é o bonzinho da situação, ganhando a simpatia de quem o ouve.

    Estes afirmaram que não seriam eles próprios a continuar as negociações, mas garantiram-me que iriam estabelecer contatos diretos com a Polónia e a Alemanha, para conseguirem que as negociações retomassem de novo.

    Devo declarar o seguinte: aceitei esta proposta. Para estas conversas elaborei os princípios que são conhecidos por todos! Então, eu e o meu governo esperamos dois dias completos que o governo polaco se decidisse finalmente a enviar ou não um plenipotenciário! Até à noite passada não enviou nenhum plenipotenciário, mas informou-nos, através do seu embaixador que, naquele momento, estava a considerar a questão de saber se e em que medida poderia aceitar as propostas britânicas. E que informaria a Inglaterra da sua decisão.

    A vantagem de um discurso sem alguém para fazer contrapontos é que o que você fala não pode ser contestado naquele momento (somente por jornais no dia seguinte, e olhe lá). Sem contar que não existia internet naquela época, então, a forma como você expunha algo tinha muito mais força e com pouco espaço para quem não concordasse.

    Portanto, lendo esses 2 parágrafos isoladamente, vemos que o governo alemão tentou resolver, enquanto a Polônia, não. Pior ainda: ela foi desrespeitosa com Hitler. 

    Até o momento, o discurso focou bastante na luta de nós contra eles, que também foi o foco dos discursos durante toda a segunda guerra mundial. O Hitler faz parecer que a Alemanha é o patinho feio, a criança que sofre bullying na escola, portanto, não está fazendo nada de errado ao buscar ter mais força e poder.

    Perceba como uma narrativa bem montada pode convencer multidões de qualquer coisa. É o que eu sempre digo: não existe arma mais poderosa que o storytelling.

    Membros do Reichstag! Se este tratamento pode ser dispensado ao Reich alemão e ao

    seu chefe de Estado, e o Reich alemão e o seu chefe de Estado se submetessem a este tratamento, então o povo alemão não merecia mais do que desaparecer da cena política! As minhas propostas de paz e a minha infinita paciência não devem ser confundidas com fraqueza, muito menos com covardia!

    Esse é o momento do discurso em que você sai da figura de criança que sofre bullying para enfrentar o seu agressor. É o ponto da virada no storytelling, ou em inglês, tipping point

    Na madrugada do dia desse discurso, a Alemanha atacou a Polônia e deu início à 2ª Guerra Mundial, mas veja que pelo discurso de Hitler, não foi um ataque por maldade, agressão ou ganância; foi uma tentativa de autodefesa, de quem cansou de ser pisoteado. Em outras palavras, eles começaram a guerra por busca de justiça.

    Claro que eu estou aqui fazendo o papel de advogado do diabo, meu objetivo é te mostrar que dependendo do ângulo o qual você aborda a sua história, ela pode causar impressões diferentes em quem ouve.

    Um exemplo disso é quando assistimos La Casa de Papel e torcemos para o Professor e sua turma conseguirem cometer um crime. Ou quando vemos Breaking Bad e nos afeiçoamos ao Walter White, que é o vilão da história. (apenas exemplo, não que apoiar um personagem de série de TV se assemelhe ao nazismo)

    Meu ponto é: emoções são facilmente manipuláveis. Principalmente quando a narrativa é bem conduzida, como Hitler o fez.

    Portanto, informei a noite passada o governo britânico de que, estando as coisas como estão, não me tinha apercebido de qualquer interesse do governo polaco em entrar em conversações sérias conosco.

    Tendo estas propostas de mediação fracassado, as respostas a estas propostas foram, entretanto, em primeiro lugar, a ordem de mobilização geral dos polacos e, em segundo lugar, novas e graves atrocidades. Estes incidentes voltaram novamente esta noite. Depois de terem ocorrido recentemente 21 incidentes de fronteira houve mais 14 a noite passada, 3 deles muito graves. Por esta razão, decidi utilizar com a Polónia o mesmo tipo de linguagem que a Polónia tem vindo a utilizar conosco há meses.

    E ele continua inflamando o povo alemão com a sensação de injustiça. Como pode os britânicos e os polacos fazerem isso conosco? Temos que dar uma resposta.

    No copywriting, existe a regra do um. Ela é uma das bases da persuasão porque você só consegue ser claro quando você escolhe apenas 1 ideia e 1 emoção no seu discurso.

    E claramente vemos aqui que a ideia central é somos os coitados e estamos iniciando a 2ª Guerra Mundial para acabar com essa injustiça e a emoção central é indignação. Portanto, todo parágrafo do início ao fim desse discurso foca nesta única ideia e única emoção, fortalecendo ainda mais a narrativa.

    Se houver governantes no Ocidente que declararem que os seus interesses estão envolvidos, só posso lamentar essa declaração, no entanto, isso não me conseguirá convencer a desviar-me um minuto que seja do cumprimento das minhas obrigações...

    Estou feliz por poder informá-los aqui de um acontecimento de especial importância. Estais ciente de que a Rússia e a Alemanha são governadas por duas doutrinas diferentes. Havia apenas uma pergunta que tinha que ser esclarecida: a Alemanha não tem nenhuma intenção de exportar a sua doutrina e, a partir do momento que a Rússia não tiver intenção de exportar a sua para a Alemanha, não vejo nenhuma razão pela qual devemos ser de novo adversários! 

    Estamos ambos de acordo sobre este ponto: a luta entre os nossos dois povos só seria útil a outros. Por isso, resolvemos estabelecer um acordo que exclui, no futuro, qualquer utilização da força entre nós, que nos obriga a consultarmo-nos mutuamente sobre certas questões europeias, torna possível a cooperação económica e, sobretudo, garante que estas duas grandes potências não esgotarão as suas energias na luta uma contra a outra. Qualquer tentativa por parte das potências ocidentais em alterar estes fatos falhará, e, neste contexto, gostaria de dar as seguintes garantias: esta decisão política significa uma enorme mudança para o futuro e é absolutamente final!

    Ops, e a Alemanha perdeu a guerra quando tentou invadir a Rússia, olha que irônico! 

    Acredito que todo o povo alemão saudará esta atitude política! Na Guerra Mundial, a Rússia e a Alemanha lutaram entre si e, em última análise, os dois países foram os únicos a sofrer. Isso não deve acontecer uma segunda vez! O pacto de não-agressão e de consulta, que já entrou em vigor após a sua assinatura, foi ontem ratificada em Moscovo e Berlim. Em Moscovo, o pacto foi saudado como o foi aqui. Concordo com cada palavra do discurso feito pelo Sr. Molotov, o comissário russo dos Negócios Estrangeiros.

    Os nossos objectivos: 

    Estou determinado - em primeiro lugar, em resolver a questão de Danzig, em segundo lugar, a questão do Corredor; e terceiro, a ver se ocorre uma mudança nas relações da Alemanha com a Polónia, que assegure uma coexistência pacífica entre os dois países. 

    Estou determinado a lutar

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