Catequese Renovada: orientações e conteúdo - Documentos da CNBB 26 - 2ª edição - Digital
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Catequese Renovada - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Catequese Renovada Orientações e Conteúdo
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
1ª edição – 2023
Direção-Geral:
Mons. Jamil Alves de Souza
Autoria:
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Projeto gráfico, capa e diagramação:
Henrique Billygran Santos de Jesus
978-65-5975-297-3
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©
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SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS
APRESENTAÇÃO
I PARTE:
A CATEQUESE E A COMUNIDADE NA HISTÓRIA DA IGREJA
1.1. Catequese como iniciação à fé e à vida da comunidade
1.2. Catequese como processo de imersão na cristandade
1.3. Catequese como instrução
1.4. Catequese como educação permanente para a comunhão e para a participação na comunidade de fé
II PARTE:
PRINCÍPIOS PARA UMA CATEQUESE RENOVADA
2.1. Revelação e Catequese
2.1.1. A linguagem da comunicação de Deus
2.1.2. Deus quer comunicar-se a si mesmo e formar o seu povo
2.1.3. A pedagogia
de Deus
2.1.4. A história da Revelação
2.1.5. A plenitude da Revelação: Jesus Cristo
2.1.6. Cristo se comunica pelo Espírito Santo
2.1.7. Tradição, Escritura e Magistério
2.1.8. Fé e comunidade missionária
2.1.9. Experiência humana e Revelação
2.1.10. Ministério da Palavra e Catequese
2.2. Exigências da Catequese
2.2.1. Fidelidade a Deus e ao homem
2.2.2. Fidelidade às fontes
2.2.3. Critérios de unidade, organicidade, integridade e adaptação
2.2.4. Dimensões da Catequese
2.2.5. Em métodos diversos o mesmo princípio da interação
2.2.6. Lugares da Catequese
2.2.7. Catequese segundo idades e situações
2.2.7.1. Educação permanente da fé
2.2.7.2. Catequese de adultos
2.2.7.3. Crianças, adolescentes e jovens
2.2.7.4. Excepcionais
2.2.7.5. Outras situações
2.2.8. Missão e formação do catequista
2.2.9. Textos e manuais de Catequese
III PARTE:
TEMAS FUNDAMENTAIS PARA UMA CATEQUESE RENOVADA
3.1. A situação do homem
3.1.1. Várias visões do mundo
3.1.2. Como Jesus via o mundo
3.1.3. Como vemos a realidade?
3.2. Os desígnios de Salvação de Deus: A verdade sobre Cristo, a Igreja e o Homem
3.2.1. A verdade sobre Jesus Cristo
3.2.1.1. Deus voltado para o mundo
3.2.1.2. A criação, início do plano de salvação
3.2.1.3. O homem criado maravilhosamente e decaído
3.2.1.4. Jesus Cristo, centro do plano de salvação
3.2.1.5. Jesus Cristo: sua encarnação e vida entre nós
3.2.1.6. O mistério pascal
3.2.1.7. O Pai e Jesus enviam seu Espírito
3.2.1.8. O Deus revelado em Jesus Cristo e no Espírito Santo: um Deus de comunhão e participação
3.2.2. A verdade sobre a Igreja
3.2.2.1. A Igreja, Povo de Deus
3.2.2.2. A Igreja, comunidade a serviço da salvação do mundo
3.2.2.3. A Igreja, Sacramento de comunhão
3.2.2.4. Os Sacramentos, ações de Cristo na Igreja
3.2.2.5. Os Sacramentos em uma perspectiva integral
3.2.2.6. Igreja, Sacramentos e liturgia
3.2.2.7. A Eucaristia, centro de toda a vida sacramental
3.2.2.8. Maria, Mãe de Deus e modelo da Igreja
3.2.3. A verdade sobre o homem
3.2.3.1. O homem renovado em Jesus Cristo
3.2.3.2. O homem, cooperador de Deus no plano da salvação
3.2.3.3. Grandeza da liberdade humana e cristã
3.2.3.4. Dignidade da consciência moral
3.2.3.5. O pecado do homem
3.2.3.6. Reconciliação com o Pai em Cristo
3.2.3.7. O mistério da morte e da vida eterna
3.3. Os compromissos do cristão
3.3.1. A fé, resposta do homem a Deus, expressa na fraternidade e no culto
3.3.2. O cristão na construção da História
3.3.3. O cristão na comunidade eclesial
3.3.4. O cristão e a família
3.3.5. O cristão e o trabalho
3.3.6. O cristão e a política
3.3.7. O cristão em face da pobreza
3.3.8. O cristão e a promoção da justiça, da dignidade humana, do desenvolvimento integral e da paz
3.3.9. O cristão em face do pluralismo
3.3.10. Esperança escatológica e comunhão final com Deus
IV PARTE:
A COMUNIDADE CATEQUIZADORA
4.1. Exemplo de itinerário catequético de uma comunidade
4.2. Que fazer quando ainda não existe comunidade?
CONCLUSÃO
LISTA DE SIGLAS
AA – Apostolicam Actuositatem
AG – Ad Gentes
CIC – Codex Iuris Canonici: Código de Direito Canônico
CT – Catechesi Tradendae
DCG – Diretório Catequético Geral
DGAE – Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
DMd – Documento de Medellín
DMd Cat – Documento de Medellín – capítulo 8 (Catequese)
DPb – Documento de Puebla
DV – Dei Verbum
Doc. CNBB 10 – Exigências Cristãs de uma Ordem Política
Doc. CNBB 20 – Vida e Ministério do Presbítero Pastoral Vocacional
Doc. CNBB 25 – As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil
EN – Evangelii Nuntiandi
GE – Gravissimum Educationis
GS – Gaudium et Spes
IM – Inter Mirifica
LE – Laborem Exercens
LG – Lumen Gentium
MC – Marialis Cultus
MM – Mater et Magistra
OE – Orientalium Ecclesiarum
PO – Presbyterorum Ordinis
RH – Redemptor Hominis
SC – Sacrosanctum Concilium
APRESENTAÇÃO
Catequese Renovada: Orientações e Conteúdo é um documento aprovado pelo episcopado brasileiro na 21ª Assembleia Geral da CNBB, em Itaici (1983), e dedicado, de modo especial, a todos os agentes de Catequese da Igreja no Brasil.
Estas orientações catequéticas, inspiradas nos documentos da Igreja (Vaticano II, Medellín, Puebla, Evangelii Nuntiandi e Catechesi Tradendae), querem ser uma resposta aos apelos do Papa João Paulo II, na sua visita ao Brasil (1980), quando então nos dizia: A Catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da Catequese uma prioridade
(Encontro com os Bispos em Fortaleza, 10/07/80).
Percebendo as necessidades pastorais, obedecendo à voz do Papa e depois de ter pedido a colaboração e as sugestões dos agentes de Catequese de todos os níveis, apresentamos agora este documento, enriquecido por três Assembleias Gerais da CNBB (1981, 1982 e 1983). Esperamos que ele venha ajudar a criar uma unidade de princípios, critérios e temas fundamentais para a Pastoral Catequética no Brasil. Colocamos estas diretrizes catequéticas nas mãos dos catequistas, a quem agradecemos toda a colaboração na educação da fé das nossas comunidades e a quem pedimos que, juntamente com seus pastores, continuem fazendo da Catequese uma prioridade das nossas Igrejas Particulares.
I PARTE:
A CATEQUESE E A COMUNIDADE NA HISTÓRIA DA IGREJA
1. Na procura de orientações para uma Catequese Renovada, é conveniente recordar brevemente como se realizou a Catequese no passado e quais as grandes mudanças a serem destacadas em nossa época.
2. Nosso objetivo neste capítulo não é fazer uma história exaustiva da Catequese, mas destacar apenas algumas de suas linhas fundamentais.
3. Ao descrever estas linhas fundamentais, veremos como, em cada fase, determinado aspecto sobressai aos demais. Por isso, a História nos ajuda a revalorizar estes diversos aspectos que, aos poucos, foram compondo o complexo processo da Catequese, que hoje procura levá-los em conta.
1.1. Catequese como iniciação à fé e à vida da comunidade
4. Esta primeira fase se estende, aproximadamente, do século I ao século V.
No tempo dos Apóstolos, a vivência fraterna na comunidade, celebrada principalmente na Eucaristia, representava a maneira mais alta de traduzir na vida a mensagem de Cristo Ressuscitado (1Cor 11,17-29).
5. Era na comunidade que se vivia a doutrina dos Apóstolos, seus ensinamentos recebidos do próprio Cristo que, pouco a pouco, foi sendo formulada nos Símbolos da Fé (fórmulas condensadas, como o Credo), nas doxologias (aclamações litúrgicas como as que encontramos, por exemplo, em Ef 1,3-14; Rm 1,8; Rm 16,27; 1Cor 1,2-3) e nas orações.
6. Aos poucos foi-se formando uma Catequese prolongada e organizada, que tinha como objetivo levar os convertidos à iniciação na vida cristã. Criou-se assim o catecumenato com seus vários graus, que preparava os candidatos à vivência na comunidade cristã, por meio da escuta da Palavra, das celebrações e do testemunho. Muitas das obras notáveis em Catequese dos Padres da Igreja surgiram no contexto do catecumenato (cf. CT, n. 12).
7. A Catequese introduzia progressivamente na participação