Educação, Gênero, Sexualidade e Trabalho: experiências outras nas práticas de ensino
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Pré-visualização do livro
Educação, Gênero, Sexualidade e Trabalho - Aline Ramos Barbosa
Sumário
Nota da editora
Apresentação
A formação docente e o ensino da Educação Sexual
A história da inclusão das mulheres na ciência da matemática
Processo de escolarização feminina e a profissionalização na área de engenharia9
A corpa que não se discute na educação: breves apontamentos críticos acerca da condição de professoras transbixas pretas na educação básica
Posicionamento de agentes de segurança do Paraná em abordagens junto às travestis e/ou trans
Pedagogias midiáticas da sexualidade e seus efeitos sobre os corpos
A sociedade que temos à sociedade que queremos
Maternidades atravessadas: Reflexões sobre responsabilização, cuidado e culpa
Somos todes humanes? Raça e gênero como categorias humanizadoras
SEGESTAOC – Um balanço sobre a discussão de gênero e sexualidade no evento
Nota da editora
Rita de Cássia Fraga Machado¹
O I Seminário Educação, Gênero, Sexualidade e Trabalho na Amazônia Ocidental — I SEGESTAOC/IFRO (2021) foi um evento importante para as discussões contemporâneas sobre relações de gênero em contextos amazônicos. É inegável a importância do evento que se soma a tantos outros que divulgam cientificamente trabalhos com estes eixos e se propõem a ser um espaço de debate e aproximação de pesquisadoras da área.
Tive a oportunidade de fazer a palestra de abertura do evento onde apresentei a resenha do Volume 2 da Coleção das Pensadoras. Motivo de orgulho e satisfação para nossa instituição que, atualmente, conta com um fórum, uma comunidade, uma editora e uma livraria, além, é claro, da nossa escola!
É muito louvável que o seminário tenha atendido, inicialmente, à demanda de estudantes de Ensino Médio, o que nos mostra a importância da integração acadêmica para melhor conhecimento e dimensão dos desafios enfrentados por nós na construção de uma sociedade mais justa. É importante ressaltar, também, que o financiamento contou com recursos do Departamento de Pesquisa e Inovação (DEPESP) e justo deixar os parabéns para a Coordenação de Comunicação do IFRO – Campus Vilhena que fez com que as atividades fossem exibidas pelo Youtube e registradas no canal do campus Vilhena.
Toda essa mobilização nos mostra a importância de termos entendido o novo tempo, inaugurado após a pandemia, cujos desafios passam, necessariamente, por ações que dialoguem com o mundo digital.
É fundamental também nos apropriarmos das discussões de gênero e sexualidade no Ensino Médio, amparados pela LDB que guardem reflexos nas ementas das disciplinas de Sociologia e Educação Física no Ensino Médio dos cursos técnicos integrados do campus Vilhena. Essa temática não pode ser deixada para depois, a urgência dessas discussões pode ser percebida quando acompanhamos nos noticiários o aumento da violência sexual, da violência de gênero, da violência doméstica e do feminicídio. Para além disso, as discussões sobre a formação patriarcal e a marca que ela deixa na construção das masculinidades.
Deixo aqui registrado meus sinceros parabéns aos organizadores do evento, Aline Ramos Barbosa e Paulo Severino da Silva, bem como, parte do corpo docente do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) – Campus Vilhena.
As Pensadoras estão sempre à disposição para integrar projetos que tenham o comprometimento do Seminário Educação, Gênero, Sexualidade e Trabalho na Amazônia Ocidental — I SEGESTAOC/IFRO. Contem sempre conosco e sigamos juntas!
Apresentação
Paulo Severino da Silva²
Ao escrever o texto de apresentação deste livro, me deparo com o desafio de proporcionar às/aos leitoras/es, uma pequena viagem por alguns dos trabalhos que foram apresentados no I Seminário Educação, Gênero, Sexualidade e Trabalho na Amazônia Ocidental (SEGESTAOC).
O evento científico foi conduzido pelas discussões das temáticas que estavam previstas e também pelos percalços e problemáticas que surgiram ao desenvolver o trabalho. Já tínhamos a percepção de que seria necessário enfrentar algumas dificuldades na execução do evento, devido ao fato de que a Instituição está localizada em uma das cidades mais conservadoras do estado de Rondônia. Porém, o que nos nutriu para desenvolver o evento foi a consciência do nosso papel social enquanto instituição de ensino. Como educadores, precisamos proporcionar momentos formativos, que contemplem a discussão de temas sobre direitos humanos.
Por isso, no primeiro capítulo apresentamos A formação docente e o ensino da Educação Sexual
, a/o autora/o discute a formação no curso de licenciatura em Física e como o tema da educação sexual é inserido no projeto pedagógico curricular. O trabalho nos provoca a pensar nas necessidades que um curso de licenciatura em Física pode apresentar e suas possíveis potencialidades de desenvolvimento da temática sobre Educação Sexual.
Ao pensar na formação de licenciados na área das exatas vale ressaltar a dificuldade que as mulheres tiveram para acessarem aos bancos escolares e da própria universidade. Desta forma, o segundo capítulo apresenta a A história da inclusão das mulheres na ciência da matemática
, discorrendo sobre as limitações, dificuldades e lutas das mulheres para conquistar espaço e reconhecimento no universo predominantemente masculino, até então.
Dialogando com os trabalhos anteriores, no terceiro capítulo Processo de escolarização feminina e a profissionalização na área de engenharia
, é proposta uma discussão sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para conseguirem alcançar a formação nas engenharias e como suas práticas puderam revolucionar a própria área.
Em busca da ampliação do direito a educação, entendendo que a escola não deve ser limitada a pequenos grupos, o quarto capítulo aborda A corpa que não se discute na educação: breves apontamentos críticos acerca da condição de professoras transbixas pretas na educação básica
, com um texto potente e repleto de tensionamentos, somos conduzidos a refletir sobre a inexistência de projetos pedagógicos que reconheçam outras existências, que não seja a masculina, branca, hétero e cisgênero.
A problematização do formato de educação que busca educar corpos dissidentes sem reconhecê-los a partir das diferenças que os circunscrevem, reverbera e causa efeitos para além da escola. No quinto capítulo trazemos o texto Posicionamento de agentes de segurança do Paraná em abordagens junto às travestis e/ou trans
, que propõe uma discussão sobre o impacto que a educação tem em seus diferentes níveis, inclusive na formação de profissionais da área da segurança pública.
Ampliando o efeito que a educação pode ter em nossa sociedade, no sexto capítulo é apresentado o texto Pedagogias midiáticas da sexualidade e seus efeitos sobre os corpos
, em que o autor discute o modo que as mídias têm educado acerca da sexualidade na contemporaneidade. O texto nos provoca a pensar nos padrões formatados de sexualidade que são vendidos por meio das mídias.
Com o tensionamento sobre a ação educativa e sua potencialidade para os diferentes segmentos e meios sociais, o sétimo capítulo A sociedade que temos e a sociedade que queremos
, propõe possibilidades de trabalhos no espaço escolar que possam contribuir para a discussão de temas como violência contra a mulher. Em uma perspectiva de contribuir na formação humana de estudantes do ensino técnico integrado ao ensino médio.
Por fim, os três últimos capítulos nos convidam a indagações e apontamentos que puderam ser descritos e registrados acerca das experiências no evento. O texto Maternidades atravessadas: Reflexões sobre responsabilização, cuidado e culpa
, que faz parte da palestra ministrada no evento SEGESTAOC, aborda pontos sobre a maternidade, como a mesma é concebida em nossa sociedade e o efeito na vida das mulheres, que vivenciam ou não a experiência de serem mães.
O capítulo Somos todes humanes? Raça e gênero como categorias humanizadoras
, denuncia a categorização de todas as pessoas como seres humanos, para pensar em uma homogeneização do direito à humanização, quando na verdade, a própria sociedade promove as desigualdades a partir das diferentes categorias (cor, raça, sexo, gênero, orientação sexual, entre outros).
No texto final é apresentado um conglomerado de informações que permite ao/à leitor/a entender ainda melhor o desenvolvimento do evento e as dificuldades enfrentadas. O último capítulo SEGESTAOC – Um balanço sobre a discussão de gênero e sexualidade no evento
, possibilita refletirmos sobre os desafios que educadoras/es precisam superar, para pensar estratégias de discussão das temáticas voltadas a educação sexual e que possam contribuir para a formação humana e profissional na contemporaneidade.
A formação docente e o ensino da Educação Sexual
Lívia Catarina Matoso dos Santos Telles³
João Guilherme Rodrigues Mendonça⁴
Introdução
O presente artigo tem por objetivo investigar a proposta de formação docente, em nível de graduação, no que tange à Educação Sexual. Utilizando-se de uma metodologia qualitativa, a partir de um procedimento de investigação documental, foi analisado o Projeto Pedagógico de Curso (PPC) de licenciatura em Física, curso este ofertado pelo Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus Porto Velho Calama.
A metodologia baseia-se em uma pesquisa bibliográfica que, conforme Gil (2002, p.44), é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos
. A pesquisa é considerada também, do ponto de vista dos objetivos, como documental, pois de acordo com o autor supracitado, [...] a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa
(GIL, 2002, p. 45).
Foi analisado o projeto pedagógico curricular do curso de licenciatura em Física, a fim de responder como o curso concebe (ou não) a formação em Educação Sexual, se o termo Educação Sexual aparece no documento e de que forma é previsto o ensino e a avaliação da aprendizagem nesse campo de formação.
Na perspectiva desta análise do PPC, entende-se que o professor pode reconhecer a escola como uma instituição que deveria promover a saúde e o bem-estar de seus alunos e, nesse contexto, todos os professores deveriam conhecer os princípios da Educação Sexual, que faz parte da saúde física, mental e social humanas, configurando-se como tema multidisciplinar.
Os professores se deparam com o assunto sexualidade em sala de aula e podem orientar seus alunos, independente da disciplina, pois, sexualidade e Educação Sexual devem ser temas ligados a qualquer disciplina e com isso poderá haver um melhor esclarecimento sobre o desenvolvimento biopsicossocial do aluno.
Silva e Santos (2011) verificaram em seus estudos que existe uma lacuna na formação inicial docente, pois no currículo regular do curso de licenciatura não existe um espaço para a reflexão com os futuros professores sobre a sexualidade, dificultando um trabalho teórico e prático cientificamente fundamentado.
A Educação Sexual vem sendo reconhecida, pela maioria dos professores, como necessária e importante no processo formativo dos alunos. Muitos deles se preocupam e se sentem, em vários momentos, inseguros e até temerosos diante desta tarefa
(FIGUEIRÓ, 2009, p. 141).
Os resultados mostram que o PPC de Física trata do tema Orientação Sexual
dentro da perspectiva da transversalidade no currículo, em que o núcleo docente estruturante pode optar por incluir os temas mais urgentes entre os conteúdos de algumas disciplinas chaves.
Portanto, a oferta de formação para a Educação Sexual se torna optativa, o que ainda não permite fomentar ações importantes para o estabelecimento das bases e fundamentos do ensino da Educação Sexual.
Desenvolvimento