Gestão de projetos sociais: Compartilhando experiências
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Gestão de projetos sociais - César Ricardo Aragão Barreto
www.eviseu.com
Agradecimento
Nada, absolutamente nada, é construído sem a contribuição de outras pessoas, afinal não construímos nada totalmente sozinhos, e esse projeto não é diferente.
Durante a construção desse livro tive o privilégio de contar com o apoio de pessoas incríveis que dedicaram seu tempo e visão crítica desde o início dessa empreitada, por isso nada mais justo que agradecê-las.
À minha belíssima esposa, Fran, por ter contribuído nas revisões de cada um dos muitos esboços que criei ao longo dessa empreitada.
Aos meus irmãos, Daniel e July, por terem apoiado com inúmeras sugestões durante o desenvolvimento do livro.
Ao Alercio por ter me incentivado e principalmente por ter me ensinado ferramentas e técnicas para gerenciar meu tempo durante esse desafio.
Ao Hiram por ter construído pontes incríveis para exponenciar e engrandecer esse projeto, e como não agradecer ao Acílio, meu grande amigo que leu o primeiro esboço do livro e foi um grande catalisador para refinar e aprimorar a ideia desse projeto.
Não poderia deixar de agradecer a Tina, Marina, Marcos, Enio, Jota, e muitos outros Anjos e Anjas que tenho o imenso prazer de compartilhar momentos incríveis pelando por esse Brasil, construindo um mundo melhor, um passinho de cada vez.
Tem um bocado de gente que poderia entrar nesses agradecimentos, mas com certeza faltaria espaço para colocar o nome de tanta gente incrível. Por isso, meu muito obrigado a todos e todas que contribuíram de alguma forma durantes esses vários meses de construção.
1. Introdução
Nas próximas páginas vamos abordar diversos temas e conceitos relacionados ao mundo do gerenciamento de projetos, em especial projetos sociais, mas não ficaremos só por aí. Vamos discutir as diversas singularidades que o Terceiro Setor apresenta. Daremos destaque principalmente às ONGs que desenvolvem suas ações e atividades com pessoas voluntárias, que acreditam na causa a qual defendem e conseguem impactar positivamente a sociedade. Mas, antes de começarmos, permitam-me que me apresente e explique um pouco como o projeto deste livro acabou surgindo.
Eu sou César Ricardo, sou gestor de pessoas de formação e acabei me especializando em gerenciamento de projetos. Para ser mais específico, gerenciamento de projetos sociais. Minha história com a área de gestão aconteceu por acaso. Não imaginava trabalhar com gestão ou administração porque na verdade eu queria ser Geólogo, mas a vida acabou me levando para gestão e aí acabei me apaixonando. E quando descobri a gestão de projetos, a paixão virou um casamento para a vida toda.
O gerenciamento de projetos tira ideias do papel e as torna realidade, desde a construção de um prédio até o lançamento de um foguete para a lua. Isso já é um bom motivo para olharmos com mais carinho para essa área da gestão. Mas, imaginem usar o gerenciamento de projetos para ajudar as pessoas e de quebra construir um mundo melhor. Seria incrível, não é? Estou aqui para dizer que esse mundo existe e está bem pertinho, basta olhar com atenção. Esse é o mundo do gerenciamento de projetos sociais.
Há cinco anos venho trabalhando com projetos sociais, seja como voluntário, facilitador ou mentor. E durante este tempo tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, com ideias sensacionais, com energia e vontade de construir algo em prol de um mundo melhor. E mais, tive a oportunidade de presenciar projetos que mudaram o contexto de toda uma comunidade e impactou inúmeras pessoas. Ideias simples, às vezes nascidas da necessidade, outras vezes da criatividade e engenhosidade, mas todas com um único objetivo: ajudar as pessoas.
Comecei a escrever esse livro por inquietação. Durante minhas idas à biblioteca e livrarias, leituras na internet, pude ver diversos autores falando sobre o que é o gerenciamento de projetos, como ser mais eficiente, diversos métodos, jeitos, formas. E a cada livro, a cada texto que lia sentia falta de alguma coisa ou sentia que aquilo não funcionaria no mundo real. Longe de mim menosprezar ou querer diminuir os esforços das pessoas que deram muito duro na construção deste conhecimento. Na verdade, se não fosse graças a eles e muitos outros não teria conseguido crescer como pessoa e profissional, tampouco escrito estas palavras. Mas, ainda assim, faltava alguma coisa.
Acredito que o conhecimento é construído bloco a bloco (tipo um jogo de montar). Assim como muitas coisas na vida o conhecimento não é linear, ele é orgânico e constantemente adaptável ao ambiente. O ambiente do Terceiro Setor é incrivelmente mutável e dinâmico, e é por isso que não existe uma receita pronta onde só é preciso misturar e puff, vai dar tudo certo sempre. Projetos são únicos por definição e entregam resultados únicos, ou seja, mesmo que apliquemos o mesmo projeto em dois lugares vamos encontrar diferenças, seja na execução do projeto ou nos resultados alcançados. Quer ver um exemplo? Imagine que vamos plantar duas sementes da mesma árvore, mas em locais diferentes, utilizando as mesmas ferramentas para cavar o buraco, pôr a semente, cobri-la e regá-la. Nós teremos a mesma árvore, disto não tenho dúvida. Mas a forma como cada uma vai crescer e se desenvolver será única para cada uma delas. Por que isso? A resposta é bem simples: porque são seres vivos, mutáveis e não lineares. Assim são os projetos, organismos vivos, mutáveis e, às vezes, caóticos.
Neste livro não tenho a ousadia de lhe dizer o que fazer ou como fazer e não direi que encontrei o jeito único ou um método incrível que se você seguir vai ter ótimos resultados sempre. Nessa leitura apenas compartilho algumas experiências e algumas formas que talvez lhe ajude na busca por resultado e/ou impacto em seus projetos. A partir da minha necessidade e muitos rabiscos criei um caminho que tem funcionado em meus projetos e nos projetos de alguns colegas que toparam o desafio de experimentá-lo.
Chamei esse caminho de Modelo Lamp Start, que significa numa tradução livre Iniciar a Luz
. Coloquei este nome porque ao montar a sua estrutura ficou parecida com uma lâmpada. Isso foi até engraçado... nunca planejei ou montei dessa forma, apenas liguei os pontos e lá estava, uma lâmpada! Além de apresentar o Modelo Lamp Start, irei apresentar uma ilustração que criei vendo o filme O Senhor dos Anéis para exemplificar as definições de Resultado x Impacto em projetos sociais.
Qual o meu objetivo com esse livro? Só tenho um objetivo: COMPARTILHAR!!! Quero compartilhar o que venho tentando em gerenciamento de projetos sociais, quero ajudar pessoas que assim como eu estão inquietas, buscando formas de conseguir impactar mais pessoas através do gerenciamento de projetos. E por que falei um monte de mim mesmo nessa introdução? Simples, porque eu quero que saibam que eu existo, sou uma pessoa normal e que comete um monte de erros. Não tenho a intenção de ser o dono da verdade, longe disso, quero que compartilhem comigo o que acham do livro, se ajudou em alguma coisa ou se foi só um monte de coisa inútil.
Deixo o convite para você construir comigo esse conhecimento. Sugerindo, criticando, construindo coletivamente e aprimorando a gestão de projetos em organizações sociais.
E aí, topa o desafio comigo?
2. Uma nova era
Das diversas formas de dividir a história humana, gosto particularmente, da divisão proposta por Alvin Toffler, no clássico A Terceira Onda. Toffler divide o nosso tempo em três grandes períodos: Agrícola, Industrial e da Informação. Como o livro é de 1980 e a internet ainda estava nascendo, Toffler batizou esse terceiro período de Era da Informação
. Alvin Toffler não foi o único a propor períodos da história da humanidade. John Durant, autor do The Paleo Manifesto, também divide a vida humana em períodos ou Eras: duas na pré-história (Animal e Paleolítica) e três na história (Agrícola, Industrial e Era da Informação).
Durant vai além e defende que a transição (mudança) das Eras sempre é associada a uma grande revolução (quebra de paradigmas). Da Era Animal para a Paleolítica tivemos a ascensão dos grandes cérebros; da Paleolítica para a Agrícola surgem os métodos agrários; da Agrícola para a Industrial, nasce a fabricação em larga escala e da Industrial para a Informação temos a proliferação dos computadores e da internet.
Além destes, existem outros inúmeros pensadores que compartilham deste pensamento, mas, apesar disso, não é de longe uma verdade absoluta. É uma visão dentre muitas que podem explicar a história da humanidade. Apesar disso, gostaria que você, leitor ou leitora, compartilhasse desse pensamento para navegarmos a partir daqui.
Olhando o gráfico dá para ver logo de cara que tivemos três grandes Eras em nossa história como humanidade. Então, tivemos apenas duas oportunidades de