A alma e sua História
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Sobre este e-book
Contudo, somente boas rimas não constroem um bom texto do gênero. É preciso também conteúdo e, acima de tudo, coerência nos temas reunidos em um mesmo livro de poesias.
O livro que você tem em mãos, caro leitor, contém todas essas brilhantes características e muito mais. O autor conseguiu nos entregar textos belíssimos e cativantes, com versos bem estruturados e indeléveis.
Cada parte desta obra aborda um tema forte e único em crescente sucessão. Somos levados do amor ultrarromântico ao existencialismo, atravessando a melancolia e o amor à própria poesia. Nas três partes finais do livro, desfrutamos de poemas espiritualistas e fantásticos para enfim chegarmos à alegria. Tudo bem concatenado.
Há maturidade e grandeza vocabular, riqueza nas rimas e simplicidade ao transmitir suas mensagens, ao mesmo tempo em que encontramos intertextualidades, metáforas e citações brilhantes. Me diverti e me emocionei, simultaneamente, ao encontrar Gregor Somsa em ''Humanidade Elétrica''.
É surpreendente ler poesias tão tocantes e profundas e saber que foram escritas por um autor ainda tão jovem. Digo isso porque há técnica, intencional ou não, em cada página do livro. E isso é algo que só adquirimos com o tempo e muita leitura.
Nunca estive tão empolgado com os rumos da literatura nacional como ao ler este livro e encontrar nele a promessa que há tanto tempo temos esperado a se cumprir: a transformação da escrita nacional através de jovens escritore.
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A alma e sua História - Felipe Santos
Poemas Românticos
‘Que é o inferno?’ Defino-o assim: ‘O sofrimento por não poder mais amar.’
– Fiódor Dostoiévski (Os Irmãos Karamázov)
I
Ainda que eu conseguisse nomeá-las,
Que pudesse distinguir teus brilhos,
Contá-las uma a uma,
Que conseguisse ouvi-las, nada eu seria!
Estrelas que me inspiram ao cair a noite;
Me desolam ao raiar o dia!
Ainda que soubesse as órbitas de outro mundo,
A outro Mundo as órbitas não me trariam.
Ainda que as estrelas todas fossem minhas,
Não, eu as não desejaria (não adiantaria)
De volta ao céu deserto, estrelas deixaria.
És tu, ó meu Amor, que me inspira
Todos os dias — e as noites, estreladas ou vazias.
II
Imaturidade
Roubei um pedaço da Lua,
Só para te olhar
E você se tornou o céu
Desdobrado por trás da Lua.
Me fazendo sonhar
Os sonhos dos peixes,
E sentir como uma brisa,
No cintilar delicado
Das asas das libélulas...
Me faz até escrever
Sobre imagens
Como um rosto atrás de uma bolha.
E me deixa louco,
Escutando o tintilar
Dos átomos presos no ar
Ai, átomos de loucura – loucura!
III
A Heresia do Amor
Nada falta à formosura de sua face,
A pérola de onde a bela Vênus nasce.
Quebras o falso Olimpo com teu olhar,
Como, nobre Deusa, poderia te amar?
Me toque, e se finda tudo o que toquei;
Me crie de novo: nunca fui, nunca criei;
Me olhe, com novos olhos: nunca vi.
Tudo se faz novo, tudo cai! E eu nasci!
O que não falta em teu semblante
É, no vazio de minh’alma errante,
Um único desejo, uma única oração,
É o fim dos deuses do meu coração.
IV
Hoje, no meu não andar cambaleante,
Me deitei e sorri — um sorriso que