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A alma e sua História
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E-book103 páginas30 minutos

A alma e sua História

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Sobre este e-book

Embora a rima não seja obrigatória no texto poético, para mim, é como se ela fosse um sinônimo da própria poesia, por causa de seu encanto, sonoridade e maneira como é capaz de conectar, na mente dos leitores e ouvintes, os versos e estrofes do poema.
Contudo, somente boas rimas não constroem um bom texto do gênero. É preciso também conteúdo e, acima de tudo, coerência nos temas reunidos em um mesmo livro de poesias.
O livro que você tem em mãos, caro leitor, contém todas essas brilhantes características e muito mais. O autor conseguiu nos entregar textos belíssimos e cativantes, com versos bem estruturados e indeléveis.
Cada parte desta obra aborda um tema forte e único em crescente sucessão. Somos levados do amor ultrarromântico ao existencialismo, atravessando a melancolia e o amor à própria poesia. Nas três partes finais do livro, desfrutamos de poemas espiritualistas e fantásticos para enfim chegarmos à alegria. Tudo bem concatenado.
Há maturidade e grandeza vocabular, riqueza nas rimas e simplicidade ao transmitir suas mensagens, ao mesmo tempo em que encontramos intertextualidades, metáforas e citações brilhantes. Me diverti e me emocionei, simultaneamente, ao encontrar Gregor Somsa em ''Humanidade Elétrica''.
É surpreendente ler poesias tão tocantes e profundas e saber que foram escritas por um autor ainda tão jovem. Digo isso porque há técnica, intencional ou não, em cada página do livro. E isso é algo que só adquirimos com o tempo e muita leitura.
Nunca estive tão empolgado com os rumos da literatura nacional como ao ler este livro e encontrar nele a promessa que há tanto tempo temos esperado a se cumprir: a transformação da escrita nacional através de jovens escritore.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jan. de 2024
ISBN9786553707542
A alma e sua História

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    A alma e sua História - Felipe Santos

    Poemas Românticos

    ‘Que é o inferno?’ Defino-o assim: ‘O sofrimento por não poder mais amar.’

    – Fiódor Dostoiévski (Os Irmãos Karamázov)

    I

    Ainda que eu conseguisse nomeá-las,

    Que pudesse distinguir teus brilhos,

    Contá-las uma a uma,

    Que conseguisse ouvi-las, nada eu seria!

    Estrelas que me inspiram ao cair a noite;

    Me desolam ao raiar o dia!

    Ainda que soubesse as órbitas de outro mundo,

    A outro Mundo as órbitas não me trariam.

    Ainda que as estrelas todas fossem minhas,

    Não, eu as não desejaria (não adiantaria)

    De volta ao céu deserto, estrelas deixaria.

    És tu, ó meu Amor, que me inspira

    Todos os dias — e as noites, estreladas ou vazias.

    II

    Imaturidade

    Roubei um pedaço da Lua,

    Só para te olhar

    E você se tornou o céu

    Desdobrado por trás da Lua.

    Me fazendo sonhar

    Os sonhos dos peixes,

    E sentir como uma brisa,

    No cintilar delicado

    Das asas das libélulas...

    Me faz até escrever

    Sobre imagens

    Como um rosto atrás de uma bolha.

    E me deixa louco,

    Escutando o tintilar

    Dos átomos presos no ar

    Ai, átomos de loucura – loucura!

    III

    A Heresia do Amor

    Nada falta à formosura de sua face,

    A pérola de onde a bela Vênus nasce.

    Quebras o falso Olimpo com teu olhar,

    Como, nobre Deusa, poderia te amar?

    Me toque, e se finda tudo o que toquei;

    Me crie de novo: nunca fui, nunca criei;

    Me olhe, com novos olhos: nunca vi.

    Tudo se faz novo, tudo cai! E eu nasci!

    O que não falta em teu semblante

    É, no vazio de minh’alma errante,

    Um único desejo, uma única oração,

    É o fim dos deuses do meu coração.

    IV

    Hoje, no meu não andar cambaleante,

    Me deitei e sorri — um sorriso que

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