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Devaneios II
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E-book72 páginas28 minutos

Devaneios II

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Sobre este e-book

Toda mudança é poesia. Este livro conta a história de um grande amor, de um desespero, da esperança, do jogar-se a se perder, do ficar e se encontrar ou vice-versa, depende de quem o ler, um outro grande amor, um amor sobre si. Este livro não vai te cobrar nada além do que você pode dar, vai significar tudo aquilo que você entender e mais, mais do que um livro, um convite do autor ao leitor, breves poesias, crônicas e textos o aguardam nessa coletânea, apenas um segundo Devaneio. Espera-se que se divirta, espera-se que vire poesia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de nov. de 2022
ISBN9786553550810
Devaneios II

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    Devaneios II - João Eduardo

    AKAI-ITO

    Eu, mero leitor que sou, me pego por vezes encarando lendas antigas do Mundo do Sol Nascente e brincando com destinos,

    Akai-ito, o fio vermelho do destino, o fio que amarra-me, e amarro ao travesseiro, todas as noites,

    Parvana, Traça noturna, como quando ela me acordou naquela madrugada, éramos nós dois, presos à cama

    Nomes, palavras, significados exuberantes

    Todos me soam como baboseiras do destino,

    Eu, como mero poeta que sou, não posso negar-me o luxo de escrever baboseiras

    Sobre o que vem,

    Sobre os sonhos,

    As paixões,

    As noites,

    E quando fecho meus olhos, grudado no colchão tão espaçoso, que guarda ainda um espaço para ela,

    Consigo ver uma linha vermelha tênue, a puxo... e consigo sentir seus pelos esfregando nos meus dedos como da última vez que a segurei em meus braços... minhas mãos regozijam com o sonho,

    Mas as noites são de rapidez inescrupulosas,

    Acordo e de olhos abertos não vejo fios vermelhos ou sua penugem em mosaicos no travesseiro ao lado,

    Apenas vejo um leito grande demais,

    Ao menos grande demais para poetas melancólicos de saudade de um cheiro de bicho molhado,

    Ou de algum lugar de São Luís,

    Ou... dos fios vermelhos, dessas baboseiras sobre destino.

    O QUERER AQUILO QUE QUEBRA

    Eu não sei se sou capaz de sentir pouco,

    Não me jogar de olhos fechados no precipício

    Quando sua voz, ou perfume,

    Carregados pelo vento da praia perto do meu apartamento,

    Soar, soprar,

    No meu rosto.

    Eu não posso ser futuro, uma vez tão efêmero,

    Eu sou a mudança, o tempo que desconheço

    E tanto me amedronta, instiga uma reação

    Eu sou passagem,

    Você é lar,

    Eu sou deslocação, momento

    Você constante, futuro

    A futura astronauta que analisa o Cosmos,

    As estrelas, as galáxias de cada indivíduo,

    Eu sou um poeta tão rápido,

    De apaixonar,

    De largar,

    Talvez poemas, poetas, poesias

    Não tenham sido feitos parar durar,

    Pois nossa sina é recitar o amor,

    O fascínio daquilo que jamais

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