Transcrevendo a marginalidade
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Sobre este e-book
nominalmente seus companheiros de trajetória. Encontramos aqui o que especifica a poeta, ao mesmo tempo em que a universaliza: sua origem, território, classe, amores e desejos. Tem ódio, e amor também. É isso que a Jéssica nos oferece:
o grito e o afago.
Edson Lopes
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Transcrevendo a marginalidade - Jéssica Campos
Transcrevendo
A
marginalidade
Jéssica Campos
Transcrevendo a marginalidade
Copyright © Jéssica Campos, 2020.
Quirino Edições MEI.
ISBN 978-85-68869-08-6
Arte Sarau do Capão Karen Furbino
Ilustração da capa Karen Furbino
Edição Jonatas Eliakim
Quirino
Rua Professora Gioconda Mussolini.
05587-120 - São Paulo - SP - Brasil
Tel (11) 982.082.578
contato@editoraquirino.com.br
Todo conteúdo, exceto quando houver ressalva, está publicado sob a licença Creative Commons.
Atribuição CC - BY - NC 4.0.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Campos, Jéssica
Transcrevendo a marginalidade / Jéssica Campos .
- São Paulo : Quirino Edições, 2020.
ISBN: 978-85-68869-08-6
1. Literatura brasileira. 2. Poesia. 3. Poesia marginal.
I. Título.
CDD 869.1
Índice para catálogo sistemático:
1. Literatura brasileira : poemas 869.1
2. Literatura brasileira : poemas 821.134.3(81)-1
Prefácio
Transcrevendo a marginalidade é uma autêntica expressão da periferia. De referências históricas, estatísticas e teóricas, aos sentimentos, medos e prazeres, capta e transcreve todas as nuances de vidas marcadas pela opressão, mas, sobretudo, pela resistência.
Dá rostos e vida à pessoas e lugares.
Este é um livro de denúncia às anti-políticas estatais, e que traça intersecções entre a história de um povo e as nossas histórias vida. É uma História de pessoas com nome, com dores e amores, que sofrem com a precariedade de recursos, preconceitos e desigualdades, mas que também são felizes, amam, gozam, bebem, brindam a vida!
Ressignifica a militância, pontuando-a não só como discursos acadêmicos, mas como construção diária de um modo de vida periférico.
Este livro é um elo entre passado e presente. É esperança e anúncio de futuro.
Boa leitura!
Gabrielly Leite
Descansa militante
"Quando eu não poder pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas não poderem aguentar, levar meu corpo
Junto com o meu samba
E o meu anel de bamba entrego a quem mereça usar"
É sobre o não deixar morrer
Não deixar acabar
É sobre o samba
É sobre o sambar
É sobre letra e história
É sobre glória!
De tempo em tempo
Nosso tempo vai diminuindo
Estreitar laços vai muito além da nossa militância e estratégia política
Eu falo de vida
Eu falo de pessoas
Eu falo de mim mesma
Que se reconhece no espelho poucas vezes
Pois o tempo ou a falta dele
Fez com que eu não conseguisse mais me admirar como antes em sua frente
Mas eu falo de voz
Eu falo de escuta
O meu retrato pode parecer estranho
Mas minha voz sempre será a mesma
Cantando Zéca, Arlindo, Alcione, Dona Ivone, fundo de quintal
Até passar mal
A meu autorretrato, você vai esquecer um dia
Mas a minha voz no samba sempre
Sempre será conhecida
Da esquina
Repito, eu falo de vida
Eu não tô falando de fama ou de show
Eu falo de gritos, pouco espaço, bar, Eu falo de Skol
Gelada, que atrapalha quando a gente quer bater palma
Eu falo da jovem militante
Que não consegue mais parar pra curtir
Eu falo do nosso povo que se perdeu pra ser herói
Eu falo de quem trabalha a semana inteira e não sabe mais o que constrói
Eu falo da autossabotagem
O golpe que mais dói.
Eu falo pra mostrar
Que a gente precisa se cuidar
E eu não falo do checape geral
Eu tô falando da culpa que você traz por se achar ruim no que faz
Mesmo sendo incrível
Eu tô falando das vezes que você se sentiu egoísta por pensar em você
Eu tô falando do seu psicológico, porra, porque hoje é a coisa que mais destrói você!
Eu tô falando de lazer
Eu tô falando de ir pro samba