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A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil
A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil
A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil
E-book609 páginas4 horas

A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil

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Sobre este e-book

A década de 30 foi marcada por revoluções e revoltas, tendo os movimentos sociais, culturais e principalmente educacionais aliados aos revolucionários da Intentona Comunista e ao Partido Comunista Brasileiro. O Tenentismo começou com o fundador do Partido Comunista no Brasil, Luís Carlos Prestes. A Revolução de 35 queria derrubar o governo de Getúlio Vargas. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova tinha como cabeças Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Roquete Pinto, entre outros que eram integrantes do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Socialista. Eles apoiavam a revolução e a Intentona Comunista. É nesse quadro que vai sendo construída toda a história da educação brasileira, com o foco de se usar a educação para se conseguir apoio à revolução comunista e para se conseguir adeptos para a revolução armada. Após a Segunda Guerra Mundial a URSS e a Internacional Comunista investiu pesado em movimentos sociais, culturais e educacionais no Brasil, a fim de instalar no Brasil uma ditadura comunista da mesma forma que fez em Cuba, financiando a revolução e ameaçando os EUA. Toda a educação brasileira foi focada nesse perfil. Paulo Freire não tinha intenção de alfabetizar, mas de usar a educação para a revolução armada, ele deixa isso claro em sua obra. Esse trabalho é uma análise feita através de metodologia científica de pesquisa aplicada os principais documentos de educação nacional e sobre a história da educação no Brasil, provando que a legislação brasileira retirou propositadamente todo ensino diretivo e objetivo, devido aos ideais marxistas, provando diversas fraudes na educação brasileira, como a Psicogênese da Língua Escrita adotada pelo MEC em 2001, que é um verdadeiro absurdo, uma aberração e provando que foi sendo retirado o ensino diretivo, objetivo e instrucional da educação brasileira, a fim de se formar militantes, para ter um governo perpétuo no poder, com uma população doutrinada e dependente do Estado. Essa obra apresenta a análise dos documentos oficiais governamentais da educação bem como da Constituição, Leis de Educação, LDB/96, BNCC, PNE, CONAE, PCNs e currículos estaduais e municipais brasileiros. Dentro dessa análise é feito um levantamento histórico da história da educação brasileira e os fatores que levaram à construção de todos os documentos atuais de educação. As diretrizes atuais de educação possuem um histórico que vem desde a década de 30, com O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, a Escola Nova, a Era Vargas, o governo Café Filho, João Goulart, o Regime Militar e o retorno da educação escolanovista e com direcionamento aos ideais coletivistas e marxistas. Dener José Datti
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jan. de 2024
A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil

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    A Coletivização Do Indivíduo Através Da Educação No Brasil - Dener José Datti

    A COLETIVIZAÇÃO DO INDIVÍDUO

    ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO NO

    BRASIL

    A DESTRUIÇÃO DA EDUCAÇÃO ATRAVÉS

    DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS

    Dener José Datti

    2024

    1

    A COLETIVIZAÇÃO DO INDIVÍDUO

    ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

    A Destruição Da Educação Através Das Políticas Educacionais

    Professor Dener José Datti

    Todos os direitos reservados desta obra.

    Proibida toda e qualquer reprodução desta obra por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica ou mecânica, fotocópia, gravação, ou qualquer outro meio de reprodução, sem a permissão expressa do autor.

    ISBN 978-65-00-93021-4

    Obra Registrada na Fundação Biblioteca Nacional

    000984.0085459/2024

    Editor: Dener J. Datti

    A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

    Dener J. Datti

    2

    SINOPSE:

    A década de 30 foi marcada por revoluções e revoltas, tendo os movimentos sociais, culturais e principalmente educacionais aliados aos revolucionários da Intentona Comunista e ao Partido Comunista Brasileiro.

    O Tenentismo começou com o fundador do Partido Comunista no Brasil, Luís Carlos

    Prestes. A Revolução de 35 queria derrubar o governo de Getúlio Vargas. O

    Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova tinha como cabeças Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Roquete Pinto, entre outros que eram integrantes do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Socialista. Eles apoiavam a revolução e a Intentona Comunista. É nesse quadro que vai sendo construída toda a história da educação brasileira, com o foco de se usar a educação para se conseguir apoio à revolução comunista e para se conseguir adeptos para a revolução armada.

    Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS e a Internacional Comunista investiu pesado em movimentos sociais, culturais e educacionais no Brasil, a fim de instalar no Brasil uma ditadura comunista da mesma forma que fez em Cuba, financiando a

    revolução e ameaçando os EUA.

    Toda a educação brasileira desde a década de 30 foi focada nesse perfil. Paulo Freire não tinha realmente intenção de alfabetizar, mas de usar a educação para a revolução armada, ele deixa isso claro em sua obra.

    Esse trabalho é uma análise feita através de metodologia científica de pesquisa aplicada aos principais documentos de educação nacional e sobre a história da educação no Brasil, provando que a legislação brasileira retirou propositadamente todo ensino diretivo e objetivo, devido aos ideais marxistas.

    Através das análises dos documentos do MEC, tendo sempre à frente a esquerda progressista aliada à esquerda comunista marxista. Documentos como as reformas

    na educação das décadas de 30, 40 e 50 e da era de João Goulart. Essa obra prova

    que as diretrizes educacionais sempre foram tendenciosas e voltadas para o retiro do ensino diretivo. Esses documentos e legislações são verdadeiras fraudes na educação brasileira, como a Psicogênese da Língua Escrita adotada pelo MEC em 2001, que é um verdadeiro absurdo, uma aberração, onde a autora propõe que ao invés de se ensinar a criança a escrever deve-se incentivar a criança a construir hipóteses de escrita com rabiscos e sem ao menos a criança ser ensinada a segurar A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

    Dener J. Datti

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    o lápis. Tudo isso está nas diretrizes dos currículos e bases curriculares do MEC e são procedimentos adotados e adorados pela classe pedagógica que tem a

    esquerda marxista como máxima absoluta. Historicamente todo o ensino diretivo foi sendo retirado da educação brasileira, criminalizando o professor que ensina como alguém autoritário, retirando o ensino objetivo e instrucional da educação brasileira, a fim de se formar militantes, para ter um governo socialista perpétuo no poder, com uma população doutrinada e dependente do Estado.

    Essa obra apresenta a análise dos documentos oficiais governamentais da educação

    bem como da Constituição, Leis de Educação, LDB/96, BNCC, PNE, CONAE, PCNs, currículos estaduais e municipais brasileiros. Dentro dessa análise é feito um levantamento histórico da história da educação brasileira e dos fatores que levaram à construção de todos os documentos atuais de educação.

    As diretrizes atuais de educação possuem um histórico que vem desde a década de

    30, com O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, a Escola Nova, a Era Vargas,

    o governo Café Filho, João Goulart, o Regime Militar e o retorno da educação escolanovista e com direcionamento aos ideais coletivistas e marxistas.

    Dener José Datti

    "O que tem valor no socioconstrutivismo não é o esforço do aluno, não é a

    competência e nem o aprendizado. O que é valorizado no sociconstrutivismo é a

    interação do aluno, mesmo que essa interação seja completamente dissonante da

    aula e da disciplina".

    O que os professores precisam entender é que o socioconstrutivismo no Brasil, assim como todas as reformas na educação, como os movimentos da Escola Nova

    de Anísio Teixeira, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), o Programa de Paulo Freire no governo João Goulart, entre outros, desde a década de 30 foram movimentos de ideologização marxista, praticamente todos eles.

    Para se entender as políticas educacionais depois de 30 até os dias de hoje, existe a necessidade de se entender a História do Brasil, juntamente com o contexto geopolítico mundial da Guerra Fria e a influência da URSS e de países comunistas A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    como a Tchecoslováquia na cultura e na política brasileira, especialmente da URSS e da Internacional Comunista.

    Antes mesmo de Cuba ser financiada pela URSS para a Revolução Cubana em 1959,

    o Brasil já estava sendo um território visado pela URSS para se tornar um território chave na guerra entre URSS e EUA, pois o foco da URSS era dominar o Brasil.

    Esses movimentos ligados à educação que ocorreram no Brasil tiveram a

    prerrogativa, como a Escola Nova, de que seria um movimento inovador oriundo das

    teorias de Dewey (EUA), porém, isso era somente um pano de fundo para a verdadeira intenção nas reformas educacionais, que era usar a escola urbana e rural para instrumentalizar a ideologia marxista, fomentando a luta de classes e ganhando apoio popular para a intervenção soviética e uma revolução aos moldes de Cuba.

    Essas intenções foram se modificando com a história do Brasil nos últimos cem anos, afinal são 100 anos de ideologia marxista nas escolas, e eu provo isso nesse trabalho.

    Todas as diretrizes nacionais são para ideologização progressiva e eliminação constante do ensino diretivo, objetivo, didático, direcionado e pedagógico, em troca de ideologização e coletivização do aluno.

    No período militar houve um avanço no ensino diretivo, mas o ensino continuou sendo ideológico, coletivista, pois, apesar da repressão, os movimentos comunistas se fortaleceram no período do governo militar, se estruturando nas universidades, nas mídias, no campo jornalístico e principalmente no meio estudantil.

    Nunca houve um ensino realmente diretivo no Brasil, com foco na formação e na capacitação intelectual, cognitiva, ética, moral e profissional, salvo em 1890, com a reforma Benjamim Constant, que tinha um ensino diretivo e técnico. O que sempre houve foi um aparelhamento ideológico disfarçado de pedagogia.

    O que vemos claramente é que basicamente todos os movimentos educacionais e reformas na educação que houve no Brasil, aconteceram sobre a prerrogativa de nomes como Dewey e Piaget, mas que no fundo, dentro desses movimentos no Brasil como: Escola Nova, Movimento Escolanovista, Manifesto dos Pioneiros da Educação, UNE, entre outros, basicamente todos esses movimentos possuem um algo grau marxista ideológico, para se fomentar a luta de classes e para induzir o A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    aluno a ter um comportamento padrão coletivo, um padrão coletivo de ser contra o

    capitalismo, contra o a estrutura familiar e a favor do assistencialismo estatal, com a formação ideológica de que isso seria exercer a cidadania e ser protagonista, formando indivíduos coletivos e dependentes do Estado, que são por eles mesmos

    vistos como vítima social.

    John Dewey baseou toda sua teoria em Hegel, filósofo germânico onde Marx baseou

    toda sua obra.

    Esses movimentos trazem bases de ensino não diretivo, retirando a parte instrucional, onde induzem os estudantes a um pensamento de que o estudo é algo

    relativo e que, com o estudo não seria possível para o indivíduo e para a sua família mudarem de classe social. Ou seja, é colocada uma ideologia de que somente através da luta social e se aliando aos movimentos identitátios, revolucionários, movimentos de esquerda, movimentos estudantis e sendo um revolucionário ativo é

    que o indivíduo poderia mudar de classe social.

    A base da coletivização do indivíduo é a teoria hegeliana e marxista de que o indivíduo não possui uma identidade própria, mas coletiva e que a sua

    personalidade é resultado da sua classe social.

    Toda teoria, porque não podemos chamar a Nova Escola de metodologia, porque não existe uma metodologia, não existe um método, não existe um cronograma específico, ou seja, não é um método, mas uma teoria pedagógica. Toda essa teoria é baseada de que o indivíduo é um ser coletivo, alegando de que a sua personalidade seria artificial, pois seria resultado dos processos culturais devido à sua classe social.

    Marx dizia que o indivíduo é resultado da cultura gerada pela classe social da qual ocupa. Toda a teoria da Nova Escola, bem como O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, o escolanovismo, a pedagogia de Paulo Freire e também de atuais

    como Carlos Gomes da Costa, Ferreiro e Teberosky são baseadas na coletivização do indivíduo, no pensamento de que o indivíduo tem uma personalidade gerada a partir do coletivo da sua classe social.

    A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    Além de todo esse aparato ideológico, existem outros pontos, como a eliminação do ensino diretivo e tradicional e a relativização do merecimento, dando merecimento ao delinquente, vendo o aluno intransigente, delinquente, infrator, inflexível, bagunceiro, sempre como vítima, através da Pedagogia da Presença. É tudo muito profundo e tudo tem base na teoria de Karl Marx e Hegel.

    Toda essa fundamentação começou a ser estruturada com a fundação do Partido Comunista do Brasil, fundado em 1920 e depois solidificado em 1922. Todos esses

    movimentos estão enraizados no Brasil e na cultura brasileira. O marxismo cultural já faz parte da cultura brasileira, pois desde 1922 é que a Internacional Comunista, juntamente com os movimentos articulados de esquerda no Brasil, ligados à educação vêm trabalhando a ideologização e a coletivização do indivíduo nas escolas brasileiras. O marxismo cultural é algo muito profundo e faz parte das armas da Internacional Comunista e da Guerra Fria.

    No princípio dos anos 30, os movimentos educacionais oriundos da esquerda brasileira tinham um foco na coletivização do indivíduo, introduzindo no aluno o pensamento de que a realidade social do aluno e de sua família só poderia ser mudada através da contestação ao capitalismo e no fato de que o aluno precisaria ser um protagonista revolucionário contra o estado capitalista, contra a burguesia e contra os reacionários.

    Toda essa ideologia colocada nas escolas e implícita e explícita nos documentos curriculares nacionais desde a década de 30 introduz no aluno o pensamento, que nega qualquer possibilidade de mudança de padrão social pelo estudo, pelo trabalho, pelo conhecimento e pelo reconhecimento, pois o aluno aprende que o conhecimento e o estudo são relativos.

    Dentro desse enfoque, a valorização do aluno está na capacidade de ser coletivo, interativo, comunicativo, mas negando-lhe sempre o ensino diretivo.

    A negação do ensino diretivo tem algumas razões. Uma delas é que dentro do aspecto político brasileiro de repetidas revoluções desde o tenentismo, passando pela Revolução de 30, depois pela Revolução de 32, depois pela Intentona A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    Comunista e em meio a tantos problemas conflituosos, políticos e sociais que o Brasil passava, não havia tempo a se perder com o ensino. Os comunistas precisavam urgentemente da revolução e a revolução só poderia vir através da educação, no âmbito rural, urbano e com o apoio dos trabalhadores.

    Esse foco passou a ser também a educação de jovens e adultos, pois os comunistas

    precisavam a todo custo da revolução e não havia tempo para o ensino diretivo, ou para o ensino didático. Essa é a estrutura principal da pedagogia de Paulo Freire.

    Fora esse aspecto, o ensino diretivo ficou sendo visto como algo da classe dominante e com o tempo foi sendo visto por pedagogos que se influenciaram com

    esse pensamento, como algo ultrapassado, retrógrado, reacionário e autoritário.

    Por essas razões e pela ideologia de que o aluno é um ser coletivo, dentro dessa perspectiva Nova de metodologia de ensino marxista é que foi sendo negado o

    conhecimento, negado o treino, negada a memorização, negada a aula instrucional.

    Dessa forma foi sendo negado ao aluno que ele fosse ensinado e direcionado para o aprendizado de forma diretiva, objetiva, didática e realmente pedagógica, em favor de uma doutrina ideológica de coletivização, doutrinação, massificação e

    dependência, relativizando o estudo e o merecimento, pois o merecimento dentro dessa ideologia não existia. Pois na visão dos comunistas, quem tinha uma posição social, ou tinha posição de ascensão econômica e intelectual, seria resultado de sua classe social e seria, portanto pertencente às oligarquias.

    Todo esse pensamento está embutido nos dias de hoje. Apesar de o momento político ser diferente, hoje o Estado quer usar essa educação coletivista para a massificação e manter a população em um estado de anestesia intelectual, pois depois da fim do período militar, praticamente o mesmo governo se mantém sempre

    alinhado e equilibrado com os mesmo grupos no poder, embora deem a aparência de oposição partidária, a política atual lembra muito a velha política café com leite.

    O socioconstrutivismo brasileiro não é um método e está longe de ser um sistema educacional. O socioconstrutivismo é apenas uma teoria, que se passa falsamente por um sistema pedagógico, com um pseudo fundamento científico, quando na A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    verdade é uma teoria baseada na ideologização e alinhamento da criança com o pensamento com as ideologias marxistas, aliadas com o pensamento do

    politicamente correto, da formação de um cidadão consciente, coletivo, de coletivização e de anulação da figura do professor e da escola como referência de ensino, para ser uma pseudo referência de convivência.

    Teoricamente valorizando a interação, a convivência, o poder de fala do aluno no sentido das pautas ideológicas que hoje trazem também as construções narrativas da Agenda 2030 da ONU, que estão presentes nos currículos atuais.

    Como uma criança ou um adolescente pode ser politicamente correto, se

    desconhece história, geografia, português, matemática e raciocínio lógico, nas suas mais básicas concepções?

    Como a escola quer formar um cidadão, se a escola e os currículos negam os conhecimentos objetivos e diretivos?

    A concepção freuriana (Paulo Freire) associada ao socioconstrutivismo é hoje predominante na educação brasileira. Ana Teberosky traz parte das análises da língua escrita, que simplesmente classificam vários níveis de analfabetismo funcional e disfuncional. Todo esse projeto destruidor da educação está associado com políticas educacionais que corroboram com essa visão, como a progressão continuada, a desclassificação e desqualificação de provas, a relativização das notas, notas praticamente iguais para bons e maus alunos, direito do aluno de contestar o professor que quer ensinar, com uma visão de que ensinar é algo autoritário, ideologização contra o capitalismo e vitimização do aluno que não quer fazer atividades.

    A principal arma desse sistema é colocar o aluno como vítima e colocar o professor que quer ensinar como autoritário, fascista, reacionário.

    É todo um sistema que estabelece uma distorção, onde o aluno que faz atividades não se sente valorizado e o aluno que não faz atividades acaba tendo a mesma A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    progressão e as mesmas notas. Dentro desse sistema, os alunos bagunceiros são vitimizados como se fosse culpa do professor que não sabe dar aula.

    As políticas educacionais estão levando o Brasil ao analfabetismo crescente e a uma dependência cada vez maior do povo sem instrução ao assistencialismo

    governamental, onde o povo não sabe eleger os seus representantes e a esquerda progressista se perpetua no poder.

    A grande maioria do professorado do funcionalismo público no Brasil é favorável a esse sistema, pois esse sistema se mostra contra o sistema da época do regime militar e muitos professores acreditam que a Escola Nova, Paulo Freire, Ferreiro e Teberosky seriam um sistema pedagógico real.

    O sistema de ensino no regime militar também era péssimo, era coletivista também, pois era ditadura. O que esses professores não entendem, é que toda ditadura quer um sistema de ensino coletivista. A diferença era que durante o regime militar, o ensino foi realmente mais objetivo, mais diretivo, pois o foco era a formação do indivíduo para o trabalho, o que ocasionou um crescimento do PIB nacional e uma melhora de vida dos educandos.

    Durante o Regime Militar os comunistas tomaram as universidades, as mídias, o meio dos jornalistas, pois ao contrário do que os militares queriam, os comunistas se fortaleceram e estavam inclusive no meio militar e também entre membros da ARENA e do MDB.

    Sob a alegação de que o ensino precisava formar cidadãos, após o Regime Militar, o ensino foi novamente sendo gradativamente mais coletivista. E foi sendo retirada a parte instrucional, a parte pedagógica e didática que os militares haviam introduzido, retornando ao ensino da Escola Nova marxista. As disciplinas e o ensino diretivo foram sendo substituídos por ideologias identitárias. E todo o ensino coletivista e ideológico foi sendo chamado erroneamente de Pedagogia da Libertação.

    Temos ainda a resistência de muitos diretores de escolas e de muitos acadêmicos, que mesmo à luz de que o socioconstrutivismo é um desastre nacional, com todos

    os indicadores, mesmo assim, existe uma resistência política e ideológica muito A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    forte; por vários motivos. Um dos motivos é a politização. Outro motivo é que realmente existem pedagogos que acreditam que o ensino deve ser mais ideológico,

    por acreditam erroneamente que o ensino diretivo estaria associado ao ensino militar.

    Outros professores têm trauma e ódio da perseguição militar aos comunistas e veem o comunismo como uma resolução da pobreza no país.

    Hoje, a grande maioria dos professores da rede pública possuem tendências marxistas, quando não são associados aos sindicatos ligados ao PSOL, ao PT e ao

    Partido Comunista do Brasil.

    Na política existem outros motivos, onde realmente partidos progressistas querem tirar o papel da educação, transformar em EAD e sucatear a educação cada vez mais, pois interessa ter um povo com ideologias marxistas, que acredita em discursos e propaganda, com a massificação do ensino ideológico.

    São 100 anos de ideologização na educação brasileira, o povo brasileiro já possui a ideologia marxista na sua cultura, isso é resultado de um trabalho de 100 anos da esquerda e da Internacional Comunista no Brasil.

    Nós já somos culturalmente marxistas, isso já está enraizado na nossa cultura. O

    brasileiro tem essa educação, além de que espera um Estado assistencialista, pois o povo de classe baixa não tem perspectiva de crescer economicamente pelo estudo e

    pelo trabalho, isso já faz parte da cultura brasileira. O governo não incentiva o mercado, o pequeno produtor, o comércio. E o povo já tem enraizado a cultura de pertencer a uma CLASSE SOCIAL. Isso já está na cultura do brasileiro. E isso é herança do pensamento da escola de Anísio Teixeira, do pensamento de Paulo Freire. Isso é coletivização do indivíduo. O indivíduo já se acha pertencer a uma classe social da qual ele não vê perspectiva de mudança e só vê melhora no assistencialismo.

    Mesmo que as pessoas não saibam quem foi Marx e desconheçam a Revolução Russa, a Revolução Cubana, os movimentos estudantis no Brasil, o PCB, a influência soviética no Brasil, mesmo que o povo não tenha nem ideia de nada disso, todo o povo brasileiro já é marxista, principalmente as classes mais baixas, que estão suscetíveis ao ensino público. Esse pensamento coletivista está presente na BNCC.

    A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    Daí esse sistema educacional é o ideal para ir se retirando o papel da escola e do professor, gradualmente.

    Toda essa base está no livro de Paulo Freire: A Pedagogia do Oprimido.

    Todas essas questões, eu apresento dentro de uma linha de pesquisa, apresentando

    os pontos chaves de toda essa problemática na educação nacional.

    Esse sistema não foi feito por leigos, toda a estrutura comunista é embasada por estudos e planejamento de domínio estratégico. Anísio Teixeira pertencia ao Partido Comunista Brasileiro. Todos esses movimentos tiveram ligações com o PCB e com a

    Internacional Comunista.

    Falando assim tanto o termo comunista, pode parecer exagero ou pejorativo, mas

    convido ao leitor para pesquisar o que estou apresentando aqui.

    Voltando aos problemas dessa destruição da educação com a prerrogativa de ser uma pedagogia, o que não é. Outros problemas são as salas de aula com as duplas construtivas e as metodologias ativas. Esses conceitos ponderadamente podem ser bons, mas o seu excesso traz indisciplina, conversas paralelas entre alunos, distração, falta de foco e falta de exercícios.

    Metodologia ativa é quando o aluno está em atividade de aprendizado, de exercícios, de foco, de treinamento, de direcionamento. Esse conceito foi todo modificado para o conceito de trabalho em grupo, de ludicidade, de cooperação, de socialização, de professor mediador, de que o aluno precisa falar e interagir o tempo todo, ter voz ativa, ser protagonista, ser ativista, argumentar, ser líder de turma, ser gremista, falar nas assembleias, ou seja, ser um militante. Toda essa ideologia foi colocada desde a Escola Nova, até Freire e a Psicogênese da Língua Escrita em todos os trabalhos escolares, retirando o ensino diretivo e colocando coletivização e ideologias no lugar do ensino disciplinar, metódico e didático. Destruindo a didática!

    Hoje, chegaram ao ponto de colocar as metodologias ativas com temas de políticas identitárias. Isso já está nos currículos atuais. E assim a escola vai se transformando num centro político ideológico de esquerda, sem ensino diretivo. É

    por isso que o Brasil forma analfabetos funcionais.

    A Coletivização do Indivíduo Através da Educação

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    A afirmação de Rezende é confirmada pelos dados da Avaliação Nacional de

    Alfabetização, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

    Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e divulgada em 2016. Os resultados da avaliação mostraram que 54,73% dos estudantes acima de 8 anos de idade permanecem em níveis insuficientes de leitura, enquanto que 33,95% dos

    alunos brasileiros apresentaram índices de insuficiência na escrita

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