O Cristão E As Práticas Ocultistas

De Márcio José Pinheiro

Superstição, magia, cartomancia, xamanismo entre outros assuntos, são abordados nessa obra que muito lhe esclarecerá sobre as verdades que todo verdadeiro cristão deve conhecer e estar pronto a responder (1 Pe 3.15). O livro “O cristão e as práticas ocultistas”, tem por objetivo lançar luz sobre algumas práticas espirituais mais conhecidas, que ao longo da história da humanidade, encontra-se envolto de mistérios, tabus, crendices com aspecto de religiosidade. Aventure-se na leitura dessa obra que lhe esclarecerá sobre as verdades a respeito de cada assunto de acordo com os textos bíblicos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de mar. de 2024

Pré-visualização do livro

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MÁRCIO JOSÉ PINHEIRO

O cristão e as práticas

ocultistas

Márcio José Pinheiro

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O cristão e as práticas ocultistas

Revisão: Wilson Luiz de Oliveira

Impresso no Brasil

Belo Horizonte/MG

Copyright © 2024 Márcio José Pinheiro Todos os direitos reservados.

ISBN: 978-65-00-95262-9

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Sumário

Prefácio ................................................................................................... 1

Superstição .............................................................................................. 2

Ocultismo .............................................................................................. 10

Magia branca ......................................................................................... 18

Magia negra .......................................................................................... 23

Necromancia ......................................................................................... 33

Adivinhação, profecia e revelação ........................................................ 47

Mágica................................................................................................... 57

Consultar cartomantes ........................................................................... 64

Wicca .................................................................................................... 72

Xamanismo ........................................................................................... 84

Feitiçaria ............................................................................................... 94

Bruxaria............................................................................................... 105

Macumba............................................................................................. 114

Palavras finais ..................................................................................... 131

Fontes de referência ............................................................................ 135

Sobre o autor ....................................................................................... 138

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Prefácio

Oração contrária, mesa branca, entre outros são coisas que ouvimos e vemos as pessoas praticarem como forma de encontrar soluções práticas para seus problemas.

Não importa o atalho que o homem procure para se sentir menos pobres ou mesmo culpados de suas mazelas. O livro "O

cristão e as práticas ocultistas", lança luz sobre todas práticas espirituais que ao longo da história nos foi apresentada como forma de alívio espiritual. Mostra com clareza que só Deus é conhecedor do futuro, pois o mesmo pertence a Ele.

Mergulhe nesta maravilhosa obra de Márcio José Pinheiro e se entregue ao verdadeiro Deus onisciente, onipresente e onipotente.

Wilson Luiz de Oliveira

Diácono da Assembleia de Deus – Regional Boa Vista 1

MÁRCIO JOSÉ PINHEIRO

Superstição

Dicionário Online de Português, define superstição como crendice, que é uma crença em Odeterminada coisa sem fundamento racional e lógico que, pode ou não estar relacionado com situações recorrentes ou coincidências eventuais. Acrescenta ainda que a

"crença que faz com que alguém crie certas regras ilógicas, tenha medo de coisas inofensivas ou acredite em coisas sem fundamento.

[Por Extensão] Ação de atribuir sorte ou azar a ações ou coisas.

[Figurado] Crença excessiva e sem fundamento em alguma coisa".

Em outras palavras, segundo nosso entendimento, a superstição refere-se a uma crença destituída da razão em eventos, objetos ou ações específicas que supostamente têm poderes sobrenaturais, geralmente sem base lógica ou científica.

Salientando que essas crenças podem variar entre uma cultura para outra e, até mesmo, entre as pessoas de uma mesma cultura. Por vezes, algumas delas tem por base em tradições antigas, histórias folclóricas ou experiências pessoais que são interpretadas com um toque sobrenatural. Contudo, é interessante ainda lembrar que em 2

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muitas vezes, as superstições podem surgir como uma tentativa de explicar algum evento desconhecido ou incompreendido, proporcionando assim, uma sensação de controle ou segurança emocional para aqueles que as adotam.

Isto nos leva a dizer que por superstição, podemos entender que é um tipo de fé falsa, pois de certa forma, a pessoa crê em alguma coisa. Isto em outras palavras quer dizer que de acordo com o conceito da palavra ora apresentada, superstição não passa de crendices e ou práticas que podem ser resultantes do desconhecimento real, mistificação e ou atribuição sobrenatural a respeito de algo ou alguma coisa.

No meio religioso, nas diversidades das denominações que abrange o nosso Brasil, não é difícil encontrarmos pessoas que trazem consigo algum tipo de superstição, advinda de ensinamentos de tempos antigos, confundindo com a fé verdadeira apresentada pelos textos bíblicos. Concordamos com Wiley (2008, pág. 467), quando diz que a diferença entre a fé verdadeira e a falsa não reside na própria confiança, mas na dignidade ou indignidade da pessoa ou coisa em que se depositou esta confiança.

Os léxicos tem por definição de fé, como crença intensa na existência de algo ou alguém. Crença em algo abstrato ou excesso de confiança depositado em. A Bíblia por sua vez apresenta uma descrição do que a fé faz e do como ela funciona.

Normalmente, este costuma ser um dos versículos mais memorizados por diversos cristãos: Ora a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem (Hb 11.1).

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Apesar desta não ser uma definição completa do que seja fé, essa é a única definição de fé que podemos encontrar na Bíblia.

Salientando que essa certeza e convicção, estará sempre direcionada a vontade de Deus expressa em Sua Palavra, não se tratando de um pensamento positivo, consentimento intelectual a certa doutrina e ou otimismo cego por parte daquele que crê. Se este fosse o caso, então poderíamos concluir que não se trata de fé, mas de superstição. De acordo com a nota marginal da Bíblia de Estudo MacArthur, a verdadeira fé não está baseada em evidências empíricas, mas na segurança divina, e é uma dádiva de Deus (Ef 2.8).

Isto também pode significar que a verdadeira fé descrita na Bíblia, é crer naquilo que é verdadeiro, ou seja, crer em Jesus Cristo e em sua Palavra. Por extensão, poderíamos dizer que a verdadeira fé retratada nas Escrituras, nada mais é do que a obediência à Palavra de Deus a despeito das circunstâncias, pois o verdadeiro cristão, é aquele crê que Deus fará o seu melhor e nos recompensará ou nos dará o justo juízo daquilo que realmente nós merecemos.

Se misturarmos tudo isso, poderemos afirmar sem qualquer hesitação, que fé sem as promessas de Deus, pode ser tudo, menos fé. Podemos considerar que fé sem as promessas de Deus, seja apenas mera presunção.

Por presunção, devemos entender que é o ato de tirar uma conclusão baseada em uma suposição. Ou seja, tirar uma conclusão baseado em indícios ou aparências ou de uma ideia antecipada sobre algo que se tenha como verdade. Em outras palavras, é uma 4

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suposição, algo que ainda não foi comprovado e isto, é bem diferente do que se tem sobre a fé bíblica.

Dissemos que a fé sem as promessas de Deus, podia ser tudo, menos fé, mas mera presunção. Mas também, temos o outro lado, a promessa sem a obediência, também não pode ser considerada como fé, nada mais é do que incredulidade, é ceticismo. Nessa linha de pensamento, diremos que incredulidade e ceticismo, é uma atitude oposta à fé.

Wiley (2008, pág. 467) assim se expressa sobre a fé: "A fé, em sua forma mais simples, é um ato de confiança em alguém ou em alguma coisa. Não confia em si mesma, mas no seu objeto.

Ela não é um esforço mental; só se manifesta quando estes cessam".

Essa é a verdadeira fé bíblica, muitas vezes não compreendida por alguns. Esses por sua vez pensam que a fé bíblica, seja algo parecido com uma crença que foge à lógica, uma fé cega, irracional e que aguarda ou não um possível milagre.

Nossos leitores, devem ter notado a ênfase dada as palavras

verdadeira fé o que nos leva a entender que existe a falsa fé ou a fé em coisas erradas e que por sua vez, desagrada a Deus.

Pode até parecer um pensamento cíclico, mas a fé do verdadeiro cristão, não está depositada em objetos ou coisas, mas está alicerçada em Deus e na sua Palavra. Assim, podemos dizer que a fé de um cristão, não é uma fé ou sentimento que se acredita, mas a fé desse mesmo cristão, é a resposta da revelação de Deus aos seus filhos que se pode resumir em três outras palavras: convicção, certeza e testemunho do que se pode realizar.

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Temos apresentado por definição que superstição seja uma crendice e, por crença, devemos entender que se trata de algo baseado na ideia de que determinadas atitudes, números, objetos ou palavras, podem trazer sorte ou azar, como uma figa trazer sorte, da mesma forma, da já abandonada crença que dependurar uma ferradura atrás da porta, também trazia sorte. Isto pode ser algo pessoal, religioso, filosófico ou cultural, podendo ser baseado em evidências lógicas, experiências pessoais e tradições culturais.

Por crendice devemos ainda entender que se trata de uma crença popular ou supersticiosa, muitas vezes sem fundamento racional e ou lógico, baseado em tradições culturais, folclore e até mesmo em práticas que vem sido perpetuada de geração em geração. Normalmente, uma crendice se baseia em situações ou coincidências eventuais. Uma crença tem o poder de fazer com que alguém acredite em coisas sem fundamento ou crie algum tipo de regras ilógicas.

Podemos exemplificar que muitos creem que passar debaixo de uma escada pode trazer azar. Passar debaixo da escada, pode trazer inconvenientes como algo cair sobre a cabeça, como respingo de tinta, um objeto mal colocado, mas isto não quer dizer que seja azar, mas imprudência de quem passou por baixo da escada.

Dentro do contexto religioso, a superstição diferencia nitidamente da fé difundida nas religiões. A fé cristã vai além de apenas aceitar o que é falado e ou ensinado, é cultivar uma fé racional, lógica, apesar de não podermos racionalizar Deus, sua existência com todos os seus atributos.

Isto nos leva a dizer que ter fé, é ainda crer em algo, 6

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mesmo que não tenhamos evidências de que aquilo que se crê, seja real e ou verdadeiro. Talvez seja este o motivo pela qual também se possa indicar outros significados à palavra fé, como: confiança e convencimento. A fé religiosa diferente da superstição, em síntese, busca assegurar-se no relacionamento direto com Deus, o que não acontece com qualquer superstição que se possa ter em relação a Deus e a isto, podemos intitular de fé puramente humana, que pode ser fundada sobre preceitos, preconceitos ou crendices.

Uma fé puramente humana, pode se apresentar como um assentimento intelectual ou mesmo uma veneração, podendo ser religiosa, fundamentada no temor ou na falta de compreendimento mais acurado. Este tipo de fé, pode trazer um certo desvio do sentimento religioso, podendo atribuir a certas práticas, uma espécie de poder mágico, como se cercar em um círculo supostamente mágico para a proteção contra algum mal espiritual.

Isto também nos leva a dizer que existe diferenças entre crença, ritual e superstição. Por crença, de uma forma bem simplificada, podemos dizer que é um paradigma que se baseia na fé. Isto porque não existe qualquer demonstração absoluta ou fundamento racional ou justificação.

Em outras palavras, a crença pode estar associada à religião, à doutrina ou ainda a algum dogma. Isto também nos leva a dizer que se trata de atos e não fatos