Questões Bíblicas

De Márcio José Pinheiro

Questões bíblicas – volume 2, tem por objetivo esclarecer dúvidas e esclarecer algumas contradições e dificuldades aparentes apresentadas pela Bíblia, além de uma visão teológica atual de alguns temas que muitos líderes evitam abordar. Neste volume veremos: Na eternidade reconheceremos nossos familiares e amigos? Um cristão pode envolver-se na política? Por que o cristão deve evitar bebidas alcoólicas? Abortar, jogar ou se tatuar é pecado? Qual a visão bíblica do suicídio? Por que Jesus sendo Deus, não podemos chamar Maria, de mãe de Deus e venerá-la? Jesus, tinha irmãos?

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 27 de abr. de 2021

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Questões bíblicas

Volume 2

Márcio José Pinheiro

Questões bíblicas

Volume 2

Revisão: Flâmera Carvalho de Pinho

Impresso no Brasil

Belo Horizonte/MG

Copyright © 2021 Márcio José Pinheiro

Todos os direitos reservados.

ISBN: 978-65-00-21886-2

Sumário

Prefácio .................................................................................. 1

Perguntas ................................................................................ 3

1 – Por que era proibido comer carne com sangue? ........... 3

2 - Os milagres bíblicos ainda acontecem? Qual é o seu propósito? ......................................................................... 11

3 – O que é o maná? ......................................................... 23

4 – No céu reconheceremos nossos familiares? ............... 28

5 – O que é o juízo final? .................................................. 41

6 – Céu, inferno e purgatório existem? ............................ 50

7 – Por que antes de Mordecai os judeus eram chamados de israelitas? .......................................................................... 67

8 – Por que Deus matou Uzá? .......................................... 68

9 – Um cristão pode se envolver na política? ................... 70

10 – Por que os dedos das mãos e dos pés dos inimigos eram cortados? ........................................................................... 74

11 – Por que bebida alcoólica é proibida para cristão? .... 76

12 – Samuel apareceu a Saul? .......................................... 85

13 – Jogar é pecado? ......................................................... 90

14 – Quem era o levita convidado por Mica? ................. 103

15 – Abortar é pecado ..................................................... 106

16 – Por que a fé sem obras é morta? ............................. 114

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17 – A salvação é somente pela fé ou pela fé mais obras

........................................................................................ 121

18 – O leite de origem animal como alimento ............... 131

19 – Por que Abimeleque matou os filhos de Gideão? .. 137

20 – O que era o espinho na carne de Paulo? ................. 140

21 – Fazer tatuagem é pecado? ...................................... 157

22 – Qual a visão cristã do suicídio? .............................. 179

23 – Jesus é Deus, então por que não podemos chamar Maria de mãe de Deus e venerá-la? ............................... 196

Referências ........................................................................ 237

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Prefácio

Questões bíblicas – volume 2, veio a existência não pelo fato de ter tido a pretensão em responder algumas perguntar que, normalmente os cristãos tem dificuldade de perguntar a seus líderes, mas foi pelo fato de terem chegado diversas outras perguntas daqueles que anseiam realmente conhecer a Palavra de Deus em sua essência.

Não queremos com isto afirmar, que temos a última palavra, seria uma grande pretensão de nossa parte. Sabemos que existem mais mistérios entre os céus e a terra do que pensa ter nossa vã filosofia. Esta máxima da qual Shakespeare é mais conhecido no entendimento popular, pode ser aplicado à própria Bíblia.

Questões bíblicas – volume 2, a exemplo do volume 1, procura esclarecer dúvidas, elucidar, harmonizar e ainda 1

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esclarecer alguns pontos às contradições e dificuldades aparentes apresentadas pela Bíblia. Esperamos humildemente com isso, estar atendendo a contendo essa ânsia pelo conhecimento de nossos leitores. É sempre bom enfatizar de que jamais teremos a última palavra sobre o assunto, pois a arqueologia bíblica tem trago a cada dia mais luz e colocando por terra algumas questões aceitas. Lembramos de que sempre haverá questões que somente serão respondidas quando estivermos na presença de nosso Deus.

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Perguntas

1 – Por que era proibido comer carne com sangue?

Na Bíblia existe uma restrição alimentar em Dt 12.23, que orienta não comer carne com o sangue dos animais, pois para eles a vida está no sangue: "Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida; pelo que não comerás a vida com a carne". Vemos ainda a proibição de comer a carne com seu sangue em Gn 9.4 e Lv 17.10-16. Para os israelitas, o sangue simbolizava a vida e ao evitar comer 3

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carne com sangue, eles estariam demonstrando respeito pela vida.

O sangue como representação da vida, era o preço de resgate pago pelos pecados. Assim, podemos perceber que desde os tempos de Moisés, o sangue se relaciona com a expiação de Cristo (ver Lv 16; Hb 9.11-14; 1 Pe 1.18-20).

Thompson1 (2008, pág. 164) comentando o texto de Deuteronômio, diz que o sangue do animal era derramado no chão por três motivos: o primeiro seria para salvaguardar contra seu derramamento em altares pagãos; o segundo era para evitar a apropriação indevida da vida que era propriedade exclusiva de Deus e, por último, a centralização do abate para sacrifício, também evitaria sacrifícios sobre os altares pagãos.

Esta informação está em harmonia com Wiersbe2 que assim escreveu: muito antes de a ciência descobrir o significado do sangue, o Senhor declarou que a vida se encontrava no sangue e que este deveria ser respeitado e não tratado como alimento comum. Se um israelita abatesse um animal em casa, deveria deixar escoar todo o sangue no solo antes que a carne pudesse ser cozida e ingerida. Se levasse o animal para ser sacrificado no santuário, o sacerdote deixaria todo o sangue escorrer ao lado do altar.

Vale dizer que os israelitas tinham uma refeição mais 1 THOMPSON, 2008, pág. 164.

2 WIERSBE, 2008, pág. 532,533.

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QUESTÕES BÍBLICAS – Volume 2

frugal e não comiam carne com frequência, pois para eles, comer carne como temos o costume nos dias de hoje, seria algo dispendioso, afinal teriam que abater o animal de seu próprio rebanho. Salientando, que o sangue e a gordura dos animais sacrificados era destinado a Deus nos ritos sobre o altar.

Este assunto para muitos cristãos, é considerado coisas do passado: há aqueles que dizem que não há problema, que se trata de uma lei ultrapassada e que não mais exige tal proibição para nós, porque estamos vivendo no tempo da graça e não da lei.

Há tempos atrás, estive por alguns dias na cidade de Araçuaí/MG e naquela ocasião, visitei um abatedouro. Para o animal não sofrer e sua carne ficar dura, depois que ele é colocado em um cercado estreito, vem uma pessoa e com toda força disfere um fortíssimo golpe com uma marreta grande e pesada na testa do animal, que instantaneamente cai sem vida.

O sangue é recolhido em baldes para ser feito o famoso chouriço. Fica então a pergunta, nos dias de hoje, podemos comer chouriço ou carne com sangue?

Sou defensor de abster do sangue, pois experimentei o chouriço e não gostei. Frango ao molho pardo é outra coisa que se deve evitar. Não desprezo o fato de estarmos vivendo na graça, mas acontece que essa lei divina perdura até hoje e foi reafirmada e mantida no concílio descrito em At 15.19,20.

Nos textos sagrados, já vimos que Deus proíbe comer 5

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sangue. Vemos ainda que em Gn 9.2-4 Deus dá ao homem como alimento, tudo o que se move, entretanto, em relação a carne existia uma restrição, não comer o seu sangue e em Lv 17.10-12 existe um mandamento que aquele que comer sangue, Deus o eliminaria do seu povo.

Assim, existe opiniões conflitantes entre os cristãos.

Não há consenso entre aqueles que se abstêm do sangue e aqueles que comem a carne com sangue ou apenas comem o sangue, como é o caso do chouriço. Devemos nos lembrar de que o sangue simbolizava a vida e os hebreus evitando comer sangue ou carne com sangue, demonstravam obediência a Palavra de Deus que é o criador de toda a vida e consequentemente respeito pela própria vida em si.

Mas, por que o sangue representa a vida, está diretamente relacionado à essência da vida, pois um corpo sem sangue é um corpo morto. Contudo, vale lembrar ainda que o sangue que circula tanto em nosso corpo, como no corpo dos animais, é o responsável por levar nutrientes e outras substâncias essenciais para manter a vida. Por este motivo, o sangue é tido como a vida da carne. Aquilo que nós atribuímos a alma, os antigos hebreus atribuíam ao sangue.

Vimos ainda que o derramamento de sangue no chão, tinha um objetivo bem prático. Esse detalhe, muitas vezes passa despercebido por muitos estudiosos da Palavra. O

sangue era derramado no chão como água, porque os povos semitas antigos acreditavam na relação entre a tribo, seus 6

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deuses e seus animais. Assim, eles separavam porções da carne e do sangue para esses deuses.

A proibição de comer sangue, demonstrava um tipo de reconhecimento do fato de Deus ser o único Senhor da vida e, derramando o sangue sobre o altar ou ao lado dele, sobre o chão ou ainda mesmo sobre uma pedra, conforme 1 Sm 14.32-35. O sangue não podia ser comido, ou melhor dizendo, ingerido, ele deveria ser derramado no chão como um tributo a Deus. Mas isso apesar de ser um ato de reverência a Deus, não deve ser considerado um rito religioso, pois os ritos religiosos, só poderiam acontecer no santuário central.

A menção que fizemos anteriormente citando o concílio acontecido em Jerusalém e descrito em At 15.19,20 é vista por alguns estudiosos, apenas como uma forma que eles encontraram de proibir os gentios de comer sangue para evitar problemas de convívio entre os judeus. Eles (os gentios), ao deixarem de comer sangue, seriam considerados puros e mesmo aceitáveis perante a lei, deixando assim de ser um escândalo aos judeus.

Assim, outros ainda de forma distorcida de entendimento, defendem que a proibição de comer sangue não se aplica a nós, os gentios dos dias modernos. Não precisamos conviver com judeus convertidos como eles tinham que conviver naqueles tempos.

Entretanto, essa argumentação é uma falácia, isto porque esse fundamento carece de fundamento bíblico. Haja 7

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visto que o problema de convivência entre judeus e gentios, encontrava-se resolvido antes desse concílio. Além do mais, é bom nos lembrar que o concílio não foi convocado para resolver o problema de convívio entre judeus e gentios convertidos. A verdade é que esse concílio, foi convocado porque alguns judeus alegavam que os gentios precisariam se circuncidar e cumprir a lei de Moisés para serem salvos. Em outras palavras, esses judeus estavam preocupados com a salvação dos gentios, e não com a convivência com eles e muito menos com o hábito de comer sangue.

É interessante reafirmar e dizer, que o sangue simbolizando a vida, foi o preço pago por nosso Senhor Jesus Cristo na cruz pelo nosso resgate. Nesse caso, o sangue está relacionado à expiação de nossos pecados em Cristo.

Contudo, fica ainda a pergunta sobre a questão do chouriço. É

importante enfatizar que além do chouriço, existem pessoas que apreciam também frango ao molho pardo, fígado, pois esses contêm sangue. E quanto à carne sangrando e mal passada que vemos nos churrascos? Seus defensores, em suas pesquisas afirmam que o líquido vermelho que se encontra presente nessas carnes mal passadas no churrasco, na realidade não é sangue, pois este é escoado nos abatedouros conforme exemplifiquei.

Esses defensores procuram minimizar a proibição de comer sangue, afirmando que ao fazer essa proibição, Deus queria simplesmente diferencia-los dos demais povos, pois eles eram o povo separado por Deus. Ressaltamos que o 8

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principal objetivo dessa proibição, era a de o povo respeitar o sangue dos animais, pois eles eram dados como expiação dos pecados cometidos pelas pessoas (Lv 17. 10-16). Além disso, quando eles eram diferenciados dos outros povos, isto queria dizer que o povo deveria ser santo (separado, consagrado ao Senhor), obedecendo todas as suas leis.

Argumentam ainda que segundo Mt 5.17,18, Jesus afirma ser o fim da lei e a palavra cumprir, significa

realizar. Assim, reforçam sua argumentação citando outras palavras de Jesus: "Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Este até tudo se cumpra" segundo eles, dá a entender que existe um fim e este fim se dá quando Jesus Cristo entregou a sua vida a nosso favor.

Então concluem que após a morte de Cristo na cruz, nós não precisamos mais sacrificar animais, visto que com sua morte, todos os sacrifícios e regras para perdão de nossos pecados, foram abolidos. Agora, Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote e não nos pede que sacrifiquemos animais. A partir deste momento a lei de Moisés deixa de ser vista como

tutora (Gl 3.23-27).

Mas, se por ventura comermos algum alimento com sangue estamos de algum modo pecando contra Deus?

Particularmente, não aprecio carne mal passada, mesmo em churrasco. Mas relativo à questão, apesar de não gostar de chouriço ou frango ao molho pardo, pouquíssimas vezes como 9

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fígado, entretanto, não posso dizer que aqueles que comem estas coisas, estejam de fato pecando contra Deus. Dizemos isto, pensando naquelas palavras de Jesus: "Então, lhes disse: assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E dizia: o que sai do homem, isso é o que o contamina" (Mc 7.18-20).

Acredito que quando Jesus disse isto, ele estava considerando todos os alimentos puros. Isto equivale dizer o que nos torna impuros não são as coisas que ingerimos como alimento, mas são as coisas que saem de nossos corações e mente. Devemos ainda nos lembrar da tradição dos anciãos, quando os fariseus e escribas questionam Jesus o motivo de seus discípulos não lavarem as mãos quando comem. Jesus depois de chamá-los de hipócritas, conclui:

"não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem" (Mt 15.11).

Então, para finalizar tenho a dizer que nos nossos dias, o cristão tem liberdade para escolher comer ou não comer carne que contêm sangue como chouriço, frango ao molho pardo ou fígado. É opção de cada um, segundo seu entendimento e de acordo com sua consciência. Cada um deve decidir por si se acha conveniente poder ou não poder comer com sangue.

Há cristãos que não comem sangue e criticam aqueles 10

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que comem. Mas, por outro lado, eles praticam atos contra o seu próximo. Portanto, é preferível que esses começassem a comer sangue e, preocuparem-se mais com o que sai da sua boca, com que está retido em seus corações e passem a amar mais o seu próximo. Afinal, a marca do verdadeiro cristão é o amor e não comer sangue.

O que entra irá sair de alguma forma, mas o que sai de nossas bocas, às vezes não voltará mais e quando volta, já fez um grande estrago. A questão de comer ou não comer sangue, não é tema central na Bíblia. Ambos os lados têm argumentos válidos e cabe a cada um decidir o que acha sobre o assunto. Mas qualquer que seja sua opinião, glorifique a Deus por isso. Não condene quem tem uma opinião diferente da sua. Saiba que ninguém vai para o inferno por comer ou não comer carne com sangue.

2 - Os milagres bíblicos ainda acontecem? Qual é o seu propósito?

Antes mesmo de responder se os milagres bíblicos acontecem ainda nos dias de hoje e qual seja seu propósito, inicialmente é necessário definir o que seja milagre. Segundo definição do dicionário Aurélio, milagre é um feito ou ocorrência extraordinária, que não se explica pelas leis da 11

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natureza, acontecimento admirável, espantoso, prodígio, maravilha, qualquer manifestação da presença ativa de Deus na história humana. Acrescentando a esta definição, podemos dizer que milagre é uma intervenção direta de Deus no mundo pela qual Deus dá testemunho de si mesmo. O milagre é também um evento impossível de explicar por causas naturais.

Seguindo essa linha de raciocínio, de um modo geral, nós costumamos banalizar a palavra milagre de tal forma que chegamos, por exemplo, a empregar o termo milagre de maneira frouxa e até mesmo relapsa, relaxada. Podemos exemplificar isto dizendo que quando um estudante relapso em seus estudos é aprovado nas matérias escolares, é comum dizer: foi um milagre você ter passado!. Outro exemplo é quando uma pessoa viaja de uma localidade a outra em um veículo velho e em más condições, cujo dono não o faz passar sistematicamente por uma revisão, consegue ir e voltar sem apresentar qualquer tipo de problema, também é comum dizer: é um milagre que esta lata velha, foi e voltou sem qualquer problema, tenha conseguido andar e acima de tudo, de não ter sido parado em uma blitz e rebocado.

Nestes exemplos simples que podem acontecer em algum momento de nossas vidas, vemos um fator comum: eles nada fizeram para mudar a situação, como se preparar para as provas ou revisar o veículo antes de viajar. É muito bom lembrar, que relapso e preguiça, nada tem a ver com fé e confiança de que tudo daria certo no fim. Isto, nada mais é que relaxamento, displicência da parte de pessoas que adotam esse 12

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tipo de atitude e, nada disso pode ser confundido com fé. Mas, que tanto essa aprovação do aluno relapso, como a ausência de problemas no carro, pode ser considerado milagre.