Fd - Ficção E Mistério
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Fd - Ficção E Mistério - Fabio Aparecido Doll De Moraes
Fábio D oll
FICÇÃO E MISTÉRIO
2024
Sumário
Dedicatória................................................................................................ 5
Prologo...................................................................................................... 6
Ficha catalográfica ................................................................................. 8
Sumário ................................................................................................... 9
Dedicatória ............................................................................................. 13
Dedico a minha esposa, Helena, aos meus filhos Gabriele Pedro, pelo carinho e paciência por ouvirem e meauxiliarem na lavra deste livro de
fantasias ou não........................................ Erro! Indicador não definido.
Amanhecer na jornada .......................................................................... 14
Ajuda improvável................................................................................... 17
O nômade guerreiro............................................................................... 20
Ajuda etérea ........................................................................................... 23
Problemas com Gigantes...................................................................... 24
Exilio e Ninfas de luz ............................................................................. 27
Armadilhas e Admiração....................................................................... 33
Hárpias.................................................................................................... 35
O Portal................................................................................................... 40
No acampamento Centauro................................................................... 44
Na tenda do Rei...................................................................................... 48
Navio de homens alados....................................................................... 51
Através do Túnel.................................................................................... 52
União na crise ........................................................................................ 53
Ao passo! na caravanaCentauro.......................................................... 57
A traição ................................................................................................. 58
Conselhos, cura e estratégia. ............................................................... 59
No limiar da montanha .......................................................................... 60
Encosta acima........................................................................................ 64
Subindo o Túnel..................................................................................... 66
Nas Ruinas ............................................................................................. 68
Considerações finais. ............................................................................ 69
Figura 2.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 3.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 5.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 6.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 7.......................................................... Erro! Indicador não definido.
Dedicatória
Dedico a minha esposa, Helena, aos meus filhos Gabriel e Pedro, pelo carinho e paciência por ouvirem e me auxiliarem na lavratura deste livro de fantasias e mistério.
Prologo
Resolvi copilar os meus últimos trabalhos neste único compendio por vários motivos, o principal para facilitar a publicação e divulgação.
Decidi iniciar com a história da Fuga para o vulcão. UmRPG que virou um conto que virou uma história e por fim o primeiro livro, a subida
, dai criou vida própria e surgiram a vida no topo
, nova moradora
eO dia do mergulho
.
As historias de mistério sempre foram minha paixão, quando criança adorava os HQs do Mickey detetive e Sir Lock Holmes, Agatha Christie, Sir Arthur Conan Doyle, recentemente, Maurice Le Blanc e Edgard Alan Poe começaram a povoar o meu imaginário e estimulando minha imaginação para escrever mais histórias de mistérios.
A umbom tempo comecei a escrever umconto sobre umassassino em série mas ficou engavetado
por vários anos, e resolvi retomar e por fim nasceu Suplicio Silencioso
e a veia do escritor de mistério se encheu e começou a jorrar novas ideias para outras histórias e umnovo herói surgiu, umpolicial com procedimentos legais mas não ortodoxos.
E veio O Tesouro do Arco Iris
eentão o Matei!
.
No prélinho da minha mente está ferventando um novo tipo de ficção, para eu escrever, da qual eu também sou apaixonado, mas será minha primeira aventura nessa área.
Vou deixar aqui somente o tema, por que ainda está muito Cru, A pedra de Ribeirão Suave
com certeza estará numa próxima edição ou nova coletânea.
FUGA PARA O VULCÃO
A subida Volume I
Fábio Doll
FUGA PARA O VULCÃO VOL - 1
Ficha catalográfica
M 828 Moraes, Fábio Aparecido Doll de, 1968 –
Fuga para o vulcão: livro 1 / Fábio Doll; Wikipedia, Google – 1.Ed. – São Paulo, Edição Independente, 2021.
120p.;10,5cm.
ISBN: 978-65-5392-857- 2
1. Amanhecer na jornada. 2. Ajuda improvável
I. Título.
FÁBIO DOLL
[Data]
FUGA PARA O VULCÃO VOL - 1
Sumário
Dedicatória
5
Prologo 6
Ficha catalográfica 8
Sumário 9
Figuras 11
Dedicatória 13
Amanhecer na jornada 14
Ajuda improvável 17
O nômade guerreiro 20
Ajuda etérea 23
Problemas com Gigantes 24
Exilio e Ninfas de luz 27
Armadilhas e Admiração 33
Hárpias 35
O Portal 40
No acampamento Centauro 44
Na tenda do Rei 48
Navio de homens alados 51
Através do Túnel 52
União na crise 53
Ao passo! na caravanaCentauro 57
A traição 58
FÁBIO DOLL
[Data]
FUGA PARA O VULCÃO VOL - 1
Conselhos, cura e estratégia. 59
No limiar da montanha 60
Encosta acima 64
Subindo o Túnel 66
Nas Ruinas 68
Considerações finais. 69
FÁBIO DOLL
[Data]
F iguras
1 - MAPA DA ILHA GRANDE ....................................................................... 17
2 OSALVADOR FOI SALVO......................................................................... 27
3. OATAQUE FOI RECHAÇADO.................................................................. 31
4. NINHOS MAIS ALTOS............................................................................. 37
5 PORTAL DOVULCÃO.............................................................................. 43
6 RAIZ DE MANDRAGORA.......................................................................... 45
7 ACRONS E GÓRGONO ........................................................................... 57
Personagens
Os personagens são apresentados naordem em que aparecem na história.
Acrons – Lider e governante dos Elfos;
Agaaron – General dos Elfos, braço direitodo Lider; Portros – General Centauro, Amigo de Confiança do Lider governante dos Centauros;
Panteão – Lider e governante dos Centauros;
Filácio – Espectro diferente do seu povo,gigante e de cor dourada, mestre em magia;
Pôncio - Ogro que atacou Filácio;
Seperom – Mago Mestre que iria iniciar oencantamento para a abertura do túnel;
Péretron – Jovem Elfo perito em armadilhas;
Gavernon – General Elfo Comandante daPatrulha para abertura do portal do vulcão;
Nogaran – General banido dos Elfos,apenas citado no livro;
Górgono – Lider eleito emergencialmentepara o êxodo a ilha grande do vulcão;
Nemércia – Companheira de Górgono;Epitáfio – Hárpia filho de Górgono e
Nemércia;
Demétrio – Hárpia anciã que organizou arestauração do navio para o êxodo até a ilha grande;
Parternon – Supremo Sacerdote doCentauros e pai de Panteão;
Panteão – Lider e Governante dos Centauros;
Aría – Aprendiz de magia Élfica de cura; Hígida – Rainha dos Centauros, esposa de
Panteão;
Geron – Batedor Hárpia designado por Górgono para auxiliar na escolta da caravana Centauro;
Dedicatória
[ 13 ]
Dedico a minha esposa, Helena, aos meus filhos Gabriel e Pedro, pelo carinho e paciência por ouvirem e me auxiliarem na lavra deste livro de fantasias ou não.
Amanhecer na jornada
O dia se atreveu a clarear em meio a uma tempestade e o acampamento muito mal-arranjado, as barracas estavam encharcadas e cheias de goteiras. Todos estavam aninhados em cantos, em pequenos grupos, tentando compartilhar o próprio calor corporal.
O acampamento teve que ser montado no meio da noite de forma emergencial. Não havia tempo, a chuva já estava em cima deles e iria castigá-los pela afronta de terem se aventurado em tão instáveis condições climáticas.
O mago chefe conjurou um feitiço que amenizou os ventos que açoitavam a encosta do vulcão que ousavam escalar, com pouco resultado. O cristal de seu cajado quando molhado, diminuía a cintilação de vermelho escarlate para um lilás pálido e cálido, diminuindo significativamente o seu poder.
Os curandeiros distribuíram um chá de erva forte com raiz de fogo para acalmar a tosse que a fuligem do vulcão estava depositando junto com a tempestade.
Os Elfos que faziam a segurança do acampamento estavam atentos a todos os movimentos, os espectros aproveitariam qualquer oportunidade para arrebatar um membro daquele
grupo. [ 14 ]
O líder não conseguiu dormir em nenhum instante. Ficou em vigília, rondandoas barracas para confortar a todos pela perda da aldeia.
Já era sabido que o vulcão iria entrarem erupção, como acontecia a cada 500 anos,e que teriam que subir a encosta oeste dovulcão e evitar a torrente de lava que escorriapela costa em sentido ao mar depositando se nas profundezas do escuro que cercava a ilha.Enquanto as nuvens de fuligem misturadas com as tempestades cobriam océu, os espectros que normalmente se escondiam durante
o dia estavam à volta atacando e tentando pegar qualquer animal ou ente que estivesse desprevenido ou desatento com a segurança.
Quando a erupção terminasse teriam que retornar à aldeia e tentar recuperar qualquer coisa que conseguissem. Abandonaram séculos de história, magia e tradição. Demoraram muito para se preparar para a escalada do vulcão, e agora estava sendo muito mais difícil.
O líder aceitou a decisão do conselho ancião para adiar o início da caravana para que fosse explicado aos mais jovens sobre o que estava acontecendo.
O acampamento foi desmontado e colocado sobre as montarias e carroças. Carroças que não poderiam ser usadas no longo túnel que iriam encontrar próximo do terceiro dia de peregrinação, quando teriam que redistribuir toda a carga sobre as mulas, cavalos, burros, cabras e nas próprias costas.
O túnel estava selado há séculos com o encanto que só poderia ser quebrado na primeira noite de lua cheia após o início da erupção que seria dali a três dias, não podiam se atrasar e correr o risco de ter que ficar mais 28 dias aguardando outra lua cheia.
A melhor forma de não correr esse risco era enviar os sete
[ 15 ]
magos com os cavalos maisvelozes à frente para realizar o encantamento.Precisaria enviar também alguns Elfos para a segurança. O líder ia fazer a proposta ao Conselho, na primeira reunião que seria naquela tarde.
O Conselho dos anciões nunca passara por essa situação. O membro mais antigo que estivera na última erupção já partira para o Pame1 há 400 anos, e deixara vários manuscritos, descrevendo os eventos que
1 Plano Astral Mais Elevado
vivera. Mas na época era um dos mais jovens dos Poelfuni2 , e não teve acesso à execução de todos os eventos e feitiços, inserindo os textos antigos que descreviam esses acontecimentos.
Tinham um esboço da jornada e das etapas que iriam passar. Já havia muitos que não acreditavam no que iria acontecer, mas agora tudo estava mais real, então a promessa de 500 anos de prosperidade tornara-se mais palpável.
Segundo a lenda, após o último dia de erupção deveria ser feito um ritual mágicoenvolvendo todos os Elfos da vila na cratera do vulcão em repouso, e as terras da vila seriam prodigiosas de várias maneiras, com fertilidade e abundância. Novas fontes de água fluiriam pelas encostas da montanha,lavando e purificando toda região.
2 Povo Elfico Unido
Também se falava de veios de ouro que surgiam na encosta.
Mas para tudo isso, teriam que fazertoda a peregrinação até o topo do vulcão e ficar lá até a cratera esfriar.
Segundo os antigos escritos, toda a jornada deveria ser registrada para as novas gerações até atingir a civilização dos 500 anos no futuro. Esse registro ficaria a encargo do
[ 16 ]
mais novo escriba da tribo.
Os Elfos de toda a ilha agora estavam crentes na veracidade dos antigos papiros e pergaminhos.
O dia foi cansativo. Só no final da tarde conseguiram retomar a marcha. Viajar a noite era perigoso, mas muito mais produtivo do que enfrentar a tempestade e os espectros durante o dia quando havia outros perigos mortais à espreita.
Os Centauros também iriam procurar abrigo na parte mais alta da montanha, e sendo inimigos mortais seria melhor não os confrontar em seu habitat natural, a densa floresta
que os separavam do sopé da montanha.
1 - MAPA DAILHA GRANDE
Ajuda improvável [ 17 ]
Tarde da noite, quando estavam montando o acampamento para que o povo descansasse em turnos, ouviu-se o tropel em volta do terreno elevado, escolhido por dar visão ampla dos arredores. O tropel era cadenciado, muito conhecido dos Elfos que se armaram e foram para postos defensivos. Os arqueiros se aninharam nos galhos mais altos das árvores, esquadrinhando o terreno para repelir um ataque dos Centauros.
As primeiras flechas, que era o costumeiro início de ataque dos Centauros, não veio. Ao contrário, ouviu-se o som de
uma trompa de chifre, sinal de rendição ou de trégua.
As copas das árvores que abrigavam os Elfos e fadas se agitaram. Nunca houve esse tipo de contato entre esses povos, principalmente em um momento de tamanha crise.
O líder Acrons, se adiantou com uma tocha na mão, sinal de que estava disposto a conversar, de outra forma não denunciariasua posição.
Três Centauros com armaduras douradas, mas castigadas com marcas de batalha e lama que indicava várias quedas
naquele terreno lamacento, se aproximaram com tochas e seus elmos nas mãos.
No dorso traziam vários alforjes carregados com frutas e potes de água potável.
Aquele que vinha à frente com ar de líder, ajoelhou-se sobre os cascos dianteiros em uma reverência e iniciou, junto com os companheiros, a descarregar as sacas de bebidas e alimentos, em sinal de oferenda.
- Sejam bem-vindos ao nosso humilde
acampamento, descansem em nossas tendas que iremos preparar as suas refeições. Se quiserem, podem tirar as armaduras nas barracas. Se preferirem, alguns dos nossos irão ajudá-los. Fiquem em paz entre nós, decretou o líder. Extasiado com a recepção, o líder dos Centauros disse:
[ 18 ]
- Precisamos de ajuda, nosso povo sofreu um grave acidente na encosta, uma avalanche nos atingiu e vários do nosso povo ficaram feridos. Precisamos da assistência dos vossos curandeiros, os nossos médicos estão incapacitados. *
- Há muito tempo desejamos poder fazer algo
para aproximar nossos povos, temos muito para compartilhar.
- Em nosso povo é reconhecido o valor dos Elfos e
infelizmente essa aproximação vem em decorrência de um fato tão trágico.
Agaaron se aproxima de Acrons e em continência ao líder pede a palavra.
- Podeis falar, meu general.
- Estamos prontos para partir, assim que vimos o
estado em que se encontram os visitantes já nos armamos de medicamentos e suprimentos médicos para a viagem seja para onde for, estamos de peito aberto e coração desarmado para conforme nossos costumes atender a quem quer que nos venha pedir auxílio, o conselho de anciões já nos deu a benção para a empreitada.
A noite sempre foi uma forte aliada dos Elfos, que se moviam com maior velocidade navegando pelas sombras e tornando-se transparentes de forma que os espectros não conseguiam percebê-los, exceto se descuidassem da segurança.
Agaaron em seu cavalo negro se preparou para estugar o flanco do animal para iniciar a jornada de auxílio aos Centauros.
Antes de partir olhou novamente para o líder e disse.
- Meu líder, já deixei designado três arqueiros e
quatro cavaleiros para acompanhar os magos até a entrada do túnel, eles devem partir amanhã ao pôr do sol, estarão disponíveis assim que os magos puderem partir.
[ 19 ]
Acrons assentiu com a cabeça e fez um sinal de boa viagem aos Elfos médicos, general e sua escolta e aos Centauros, sorriu ao lembrar de ter incluído um mago naquela guarnição, poderiam se defender de feitiços malignos pelo caminho, a noite era sempre mais segura para os Elfos, mas os Centauros seriam um motivo de preocupações.
Ao adentrarem na mata serrada só se viam o reflexo das armaduras dourados dos Centauros, mesmo com a lua encobertas pelas pesadas nuvens qualquer réstia de luz reluzia nas armaduras encantadas, mesmo o débil relampejo de um pirilampo que ousara se aventurar na tempestade era
suficiente para iluminar o ouro encantado dos peitorais e elmos dos solípedes Centauros.
Os cavalos dos Elfos encobertosparcialmente pelo véu de proteção produziam o estranho efeito de animais sem dorso apenas cabeça e ancas.
Os espectros com certeza iriam tentar ataques, no trajeto de quase dez quilômetros que teriam que percorrer. Normalmente tanto os Elfos como osCentauros cobririam a distância rapidamente, mas a parceria os atrasava, embora produzisse uma segurança muito maior ao grupo.
Os Centauros estavam com suas aljavas cheias de flechas encantadas e envenenadas com a seiva da arvore ciática, mortal para os espectros, se atingissem em pontos vitais. Desde pequenos os Centauros eram treinados na arte da arquearia, quando adultos eram extremamente eficazes e certeiros.
Os Elfos eram mestre nas lutas corporaise com a leveza de seus corpos e suas espadas laminadas de prata e com a tempera do óleo de ervas especiais tornavam- se verdadeiras armas vivas, também era mestres na arquearia. Os espectros por mais ousados que fossem iriam se cobrir de inúmeras cautelas antes dos ataques, os golpes de espada élficos ou uma flechada centauro poderia reduzi- los
a cinzas. [ 20 ]
O nômade guerreiro
Portros o Centauros líder daquela equipe depositara toda a sua confiança ao general Elfo, pois o sucesso de sua missão poderia definir o destino de todo o seu povo naquela ilha, o seu Imperador estava gravemente ferido e não podia perecer, o sucessor do trono iria desfechar um ataque maciço contra os povos élficos e os espectros, isso não podia acontecer, levar os Elfos para o acampamento
demonstrando boa vontade, mesmo que não salvassem o rei, iria interromper séculos de hostilidade, fora a melhor decisão do seu líder.
Panteão juntou as forças e acenandopara que o General se aproxima-se começou afalar - Portros, avise o conselho que estou pedindo ajuda aos Elfos, nossos curandeiros não irão conseguir curar a todos os nossoirmãos feridos, eu mesmo não tenho esperanças de sobreviver, mas uma guerra
nestes dias iria dizimar nosso sofrido povo, transforme esta tragédia em uma nova aliança, o desmoronamento daquele rochedo não foi natural, as mãos espectrais estão por trás disso, e temo que haja uma conspiração entre a nobreza, tenho contrariado o espirito guerreiro de nosso povo que triplicou durante meu reinado, graças as pequenas baixas em conflitos, vivemos momento de prosperidade, reduzimos o deslocamento de nosso acampamento, contrariando o sentimento nômade que a maioria nutre, a prosperidade e a diminuição da mortalidade de nosso povo não sensibiliza a todos, temo ainda que os espectros que provocaram a avalanche soubessem exatamente como provocar o maior desastre, atingindo inclusive nossoarsenal e nosso hospital. Temo ainda que os Ogros e os banidos de nossa tribo estejam mancomunados para a dissolução de nosso
[ 21 ]
governo. Vá com a minha benção e traga a ajuda que nosso povo precisa, promova a paz entre nossos povos e retarde ao máximo a coroação de meu sucessor, principalmente para depois que acabar este período de erupção os elementais do fogo irão proteger nossos caminhos e o conselho de guerra irá seformar com a convicção de que o conflitosempre será mais prejudicial do que as alianças. Va e salve nosso povo de um destino terrível.
Com essas palavras em mente Portros partiu com seus mais leais Tenentes, os mais hábeis arqueiros, levando além dos costumeiros presentes um sentimento de esperança na
reparação do seu povo.
Mesmo que ele também preferisse osconstantes combates o que os sinais de sua armadura atestavam, e preferisse também a vida nômade que os Centauros sempre tiveram, o sentimento de lealdade para o seu rei e amigo era muito maior e reconhecia que nos últimos duzentos anos o seu povo se tornara muito mais poderoso e muito mais respeitado, pelo número de centauros que aumentara e a prosperidade que vinham desfrutando, a abundância de alimentos decorrentes dos campos que cultivavam, não dependendo só da coleta de frutos nas florestas e a mineração e forja que estava cada vez mais desenvolvida, o ditado de quea melhor espada é a que é respeitada sem sair da bainha tornara-se obrigatório nos treinamentos de esgrima, que se intensificaram com o maior tempo disponível.
Muitos Centauros resmungavam que o povo guerreiro estava mais fraco e despreparado para a guerra, mas a verdade é que se tornaram muito mais armados, treinados e letais.
Com seu intelecto superior à o da média, Portros, reconhecia, mesmo contrariando aos seus ímpetos de guerreiro nômade, que os Centauros estavam muito
melhores. [ 22 ]
Esses pensamentos povoavam a mente de Portros enquanto analisava a noite em busca de algum perigo, espectros ou ogrosque pudessem cruzar seu caminho.
O general Agaaron estava apreensivo com o caminho, a oportunidade de criar uma aliança com aquele povo poderoso era imperdível, infelizmente viera quando necessitavam fazer aquela peregrinação até o topo do vulcão, os Centauros também tinham que chegar a um local de proteção e para issoprecisavam curar os seus feridos.
As magias e ervas élficas iriam colocar todos em condições
mínimas para prosseguir na jornada.
Ajuda etérea
Em uma escura caverna com abertura a nível do solo uma criatura etérea se escondia e tentava suprimir os impulsos destrutivos, se alimentava da energia de plantas, principalmente das raízes, batatas, cenouras e outras que encontrava com abundância, essas plantas acumulavam a energia solar que era oessencial para se alimentar. Todos de sua espécie sabiam que essas raízes eram muito mais nutritivas do que energia vital deanimais, mas a caçada era o que mais lhes atraiam.
Graças a essa dieta reforçada tornara-se grande e forte, mesmo os maiores caçadores de seu povo não se comparavam nem se atreviam a enfrentá- lo.
Seu nome era Filácio, um paria de seu povo, que vivia se esquivando para não chocar os costumes e instintos dos seus semelhantes.
Embora não costumasse se intervir nos negócios de seu povo, sempre que podia estava junto deles, a companhia era agradável, mesmo que sua aparência assustasse e repelisse os outros.[ 23 ]
Numa visita ao agrupamento ouviu o plano do ataque aos Centauros, e sobre os traidores que conspiravam contra o
governante.
Seu senso de justiça impedia que ficasse inerte, não conseguira evitar o atentado, mas iria garantir que o socorro chegasse, para issoteria que se indispor novamente com os seus conterrâneos.
A patrulha de socorro iria passar sobre ele em instantes, teria que avisá-los dos perigos a frente, mas como?
Seu plano era aparecer e espantar os viajantes para outra direção, longe da emboscada, os outros espectros, seus
irmãos, ficariam muito decepcionados.
Correria o risco de levar uma flechada ou golpe de espada, mas como não pretendia se materializar para atacar realmente, era um risco controlado, usaria a forma mais escura, mais parecida com a de seus irmãos, sua forma natural era de um dourado brilhante, não causaria o efeito desejado.
Lógico que se tudo desse certo em sua vida não teria com o que se preocupar, mas esse não era o costumeiro enredo de seus planos sempre podia contar com um imprevisto ou quem sabe mudanças de planos emergenciais, sempre pesava todas as possibilidades.
Era uma noite escura, tempestuosa estava em uma gruta bem no caminho dos viajantes e pretendia assustá-los para que fossem pela trilha que contornava o platô a frente, livrando-os da emboscada dos outros espectros que estavam estrategicamente posicionados para atacá- los.
Problemas com Gigantes
Conseguia ouvir o tropel dos cavalos, e preparou-se para o espetáculo que pretendia realizar, quando saiu do seu esconderijo uma dor lancinante percorreu o que seria sua
[ 24 ]
espinha, levara um golpe de uma clava imensa, mesmo para ele o golpe fora inesperado e atordoante, ao voltar-se viu o enorme Ogro preparando se para desferir outro golpe.
Os Ogros não haviam migrado para aquela ilha espontaneamente, tinham sido deportados por seus rivais do continente, eram os mais violentos e irracionais que haviam se insurgido contra o seu Rei, por serem virtualmente imortais o banimento eraa única pena imposta aos gigantes. Os Ogros não eram de forma alguma criaturas acéfalas, nem desorganizadas, eram territoriais e individualistas,
caçavam os espectros por prazer e para drenar a energia que estes acumulavam, eram criaturas noturnas que se aproveitavam da escuridão para dissimular sua enorme estatura com maisde 5 metros de altura, em média, este que atacava tinha três metros e seus olhos brilhavam de contentamento em ver que sua caça era diferente muito especial e cheirando a energia pura, muito mais que a maioria dos espectros.
O plano do Ogro era atacar a dezena de espectros que se acumulavam na ravina, mas sentiu a presença daquele outro, muito mais carregado de energia.
Iria desferir mais um golpe e nem se importaria de levar a presa para sua caverna para repartir com sua companheira, iria sedeleitar ali mesmo.
O espectro estava imobilizado no chão e sem forças para reagir perdera até o disfarce voltando a brilhar de forma dourada, iluminando a clareira e refletindo nos sujos andrajos que o Ogro vestia, repleto de penduricarias brilhantes, o que na verdadecontrariava a tentativa do Ogro de se ocultar nas sombras das arvores e rochas.
Quando a enorme clava estava acima dacabeça do Ogro um ponto prateado atingiu o seu olho direito e vários outros seu peito,braços e pernas, fazendo a enorme figura tombar para trás surpresa com o inesperado ataque de flechas, um Elfo
[ 25 ]
com uma espada prateada saltou sobre seu peito e desferiu um golpe em seu pescoço que começou a jorrar um