As Linhas Contam Histórias
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Sobre este e-book
Texto de contracapa: "Percebi que a beleza não está somente na linha bem desenhada e totalmente controlada, ela está presente também no traçado onde deixamos o desenho falar por si só."
Texto da orelha da capa (opcional): "A linha, elemento essencial da linguagem gráfica, não se subordina a uma forma que neutraliza suas possibilidades expressivas."
(DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho, 2015. p. 38.)
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As Linhas Contam Histórias - Julia Vilalva Lourenço
1. DENTRO DO DESENHO E DA GRAVURA
1.1 AFINAL, O QUE É O DESENHO?
A linguagem do desenho é muito explorada entre os artistas, mas está presente também no cotidiano daqueles que não trabalham ou estudam na área de Artes Visuais, sendo fundamental em outros campos do conhecimento. Edith Derdyk², em seu livro Formas de Pensar o Desenho
, de 2015, traz uma forte interpretação sobre o desenho como uma área mista, podendo trazer diversos campos do conhecimento a serem explorados através dessa linguagem visual: O desenho é pensamento visual, adaptando-se a qualquer natureza do conhecimento, seja ele científico, artístico, poético ou funcional.
(DERDYK, 2015, p. 129). Por ser muito explorado em nosso mundo, a cada dia descobrem-se novas formas de aplicação e criação do desenho, em um processo de aprimoramento constante.
É incrível pensar que desde a época dos homens das cavernas, a ação de desenhar já tinha uma importância fundamental. Na Pré-História, o desenho tinha total relação com os atos do dia a dia, funcionando como um diário
que registrava caças, rituais e demais situações através de imagens, usando tintas rudimentares feitas a partir de pigmentos minerais, como terras, corantes extraídos de plantas e frutas, sangue e carvão, este último muito utilizado até hoje. Em seu livro Reflexões sobre a Arte
, de 1989, Alfredo Bosi³ faz um comentário a respeito da arte no período da Pré-História, colocando a ação do criar como fundamental desde aquela época.
É preciso refletir sobre este dado incontornável: a arte tem representado, desde a Pré-História, uma atividade fundamental do ser humano. [...] O que nos leva a sondar o ser da arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos. (BOSI, 1989, p. 8).
Porém, mesmo sendo utilizado em nossa sociedade desde a Pré-História, o termo desenho
em si ainda não existia. Antes do seu uso, surgiram outras definições que, ao final, chegaram a essa palavra que hoje conhecemos. Um exemplo histórico sobre quando os homens começaram a possuir essa noção sobre a técnica do desenho foi no Antigo Egito e na Grécia, onde linhas, cores e a sobreposição delas passaram a ser investigadas. Podemos encontrar uma primeira definição do que seria o desenho, no livro Da pintura
, de Leon Alberti⁴ (reeditado em 2014), no qual encontramos a palavra circunscrição
, usada para antes da realização de uma pintura como forma de dispor os elementos da obra e visualizar melhor a composição criada. Em um trecho deste livro, é possível relacionar esse termo com o desenho, sendo o esboço de uma futura obra: Nas três modalidades de raios visuais, estão implícitas distinções conceituais relevantes: os extrínsecos, relacionados com a orla, referem a circunscrição, primeira parte da pintura; [...]
(ALBERTI, 2014, p. 48). Quando nos é mostrado que essa etapa seria uma primeira para a realização de uma pintura, podemos concluir que Alberti referia-se ao que hoje denominamos desenho. Outra prova de que este termo chamado de circunscrição
é o desenho, é quando o autor aponta: Afirmada a pintura como configuração da natureza, a circunscrição trata do lugar da coisa vista e, descrição de orla, delineamento, é desenho.
(ALBERTI, 2014, p. 54). Entretanto, o termo desenho
passa a ser usado com frequência dentro do movimento que conhecemos como Barroco e Maneirismo, onde temos artistas como Rembrandt, Caravaggio e outros mestres da pintura e do desenho.
Derdyk também nos traz alguns fatores sobre essa necessidade humana de criar, ela cita que: Na busca do conhecimento reside a profunda motivação humana para criar.
(DERDYK, 2015, p. 27). É possível entender nessa frase que a ansiedade para registrar uma ideia através de figuras e elementos gráficos continuou seu caminho até a atualidade devido a essa busca sequencial pelo conhecimento. A artista ainda finaliza sua afirmação com: O homem cria porque necessita existencialmente.
(DERDYK, 2015, p. 27), demonstrando que desde a Antiguidade, nós humanos possuímos certa ambição pelo criar.
Esse carecimento por representar a realidade foi se transformando com o passar do tempo, conforme os desafios que cada contexto histórico trouxe associados aos avanços técnicos. Na Pré-História, o desenho estava muito associado ao ato de registrar. Na atualidade, junto ao desenvolvimento técnico, há um aprofundamento no conhecimento da linguagem,