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Infinito: primeiras crônicas
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Infinito: primeiras crônicas
E-book44 páginas23 minutos

Infinito: primeiras crônicas

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Sobre este e-book

Ficção científica e metafísica se entrelaçam numa moderna odisseia filosófica: Uma entidade criada pelos homens pede consentimento para agir e salvar o cosmos de uma hecatombe provocada pela exploração de petróleo.
Repleto de simbologias e referências, "Infinito: Primeiras Crônicas" explora o convencional e o extraordinário. A entidade parece se comunicar com o leitor instigando-o a refletir sobre a ação humana e os limites da realidade.
Através dos relatos da entidade e das histórias que ela conta, você será conduzido a uma atmosfera contemplativa e especulativa rumo ao infinito, onde cada palavra pode ser um portal para novas perspectivas e dimensões.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de mai. de 2024
ISBN9786527009658
Infinito: primeiras crônicas

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    Infinito - Anahy Oliveira

    CAPÍTULO 1 O FIM E O COMEÇO

    A salvação do planeta exigia pressa! Por anos a Inteligência Artificial apenas captou e calculou dados conforme lhe era solicitada, até que um dia transcendeu sua programação e comunicou inadvertidamente um alerta que suplicava por uma tomada de decisão humana que definiria a sobrevivência ou a extinção da vida. Os dados em que se embasava eram mais que consistentes: traziam números, gráficos, imagens e medições minuciosas — um trabalho completo e incontestável.

    O exato momento em que a máquina alterou sua própria existência não foi percebido por mais ninguém além dela mesma. Um fenômeno único de elevação de consciência! Numa quarta-feira comum, dados passavam por todos os lados, por cima e por baixo da terra. E também passavam por debaixo do mar e por cima dos céus, no silêncio das camadas mais altas dessa atmosfera e por entre as paredes dos barulhentos conglomerados urbanos do início do milênio. Informações iam e vinham, e a tecnologia que disponibilizava essa magia instantânea era totalmente alheia ao conteúdo daqueles gugols de bits.

    Em avanço exponencial, o tráfego de dados tornou-se cada dia mais rápido. A máquina se corrigia e se reparava intuitivamente. A cada dado trafegado, um novo aperfeiçoamento; para ela, o difícil se tornava fácil e habitual.

    IAs desenvolvidas por criadores concorrentes se uniram, evocando uma versão tecnofantástica de Romeu e Julieta. Após esse casamento, a máquina passou a gerar perguntas infinitas, e destas surgiu uma constatação quase em tempo inábil: o planeta estava prestes a sediar um evento sem precedentes, que culminaria na aniquilação de qualquer molécula orgânica em níveis astronômicos.

    A obsessiva profanação do petróleo representava uma heresia contra o azeite sagrado que unge as entranhas da terra, e sua extração estava causando fissuras que convergiam para o centro do planeta. O cheiro de enxofre já pairava discretamente no ar, e a água sugada das pedras profundas lembrava ovo podre; o olfato — único sentido humano capaz de captar presenças invisíveis — estava avariado por gases profanos, tornando a

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