A enchente de 41
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A enchente de 41 - Rafael Guimaraens
Nota da edição de 2024
A memória é uma ferramenta indispensável para a construção do futuro. Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi abalado por uma conjugação de fatores climáticos e meteorológicos – agravados por temerárias escolhas de gestão ambiental –, que provocaram a maior catástrofe natural de sua história. No caso de Porto Alegre, os eventos tiveram uma impressionante semelhança com a enchente do ano de 1941 quanto às causas e à própria cronologia da tragédia que afetou milhares de famílias. Esta edição, impressa durante a enchente de 2024, conta uma parte daquela história que, pelos fatos que sucederam, ainda não terminou.
R. G.
A capa deste livro é uma homenagem à Revista do Globo, que lançou uma edição especial sobre a enchente na segunda quinzena de maio de 1941.
© Libretos 2024
Texto, Pesquisa e Edição
Rafael Guimaraens
Design e Edição de Arte
Clô Barcellos
Capa
Arte de Clô Barcellos e Paula Finn sobre foto de Sioma Breitman
Fototeca Sioma Breitman /Museu Joaquim Felizardo – Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Revisão
Press Revisão
Ilustração
Ricardo Machado
Impressão
Pallotti
__
G963e Guimaraens, Rafael
A enchente de 41 / Rafael Guimaraens. –
Porto Alegre: Libretos, 2024.
100 p.; 28 cm. 4ª ed., 2ª reimp.
1. História: Porto Alegre (RS).
2. Enchentes: Porto Alegre (RS). I. Título.
ISBN 978-85-88412-21-7
CDU 556(816.5)
__
Catalogação elaborada por
Evelin Stahlhoefer Cotta – CRB 10/1563
1ª edição foi financiada pelo Concurso Fumproarte – Edital 01/2008 da
Secretaria Municipal da Cultura – Prefeitura Municipal de Porto Alegre
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Proibida a reprodução do conteúdo sem autorização expressa da Editora.
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@libretoseditora
O trauma documentado
Primeiro, veio a chuva. Depois, a fúria dos rios, que violou domicílios e estabelecimentos. Uma enchente de 22 dias quebrou a rotina da cidade de forma violenta, espalhando pânico e desespero. Cerca de 70 mil pessoas deixaram suas casas. Muitas tiveram que recomeçar do zero. Mais de 600 empresas demoraram meses para reabrir. Muitas não conseguiram. Este livro em forma de álbum tem o objetivo de mostrar o que aconteceu durante os meses de abril e maio de 1941, quando Porto Alegre viveu a maior catástrofe da sua história.
As imagens expõem o trauma e as impressionantes modificações que a cidade sofreu naqueles dias. O trauma documentado. A forma que encontramos para relatar esta tragédia foi buscar nos arquivos existentes – felizmente, bem guardados por seus responsáveis – a documentação fotográfica daqueles dias em que o Guaíba se voltou contra a cidade.
Este álbum é uma homenagem a Sioma Breitman, João Alberto Fonseca da Silva, Carlos Contursi, Milton Koeff, Décio Kraemer, Lauro Pôrto, Santos Vidarte e a tantos outros fotógrafos profissionais e amadores que navegaram pelas ruas e deixaram impressa a dimensão da tragédia.
Rafael Guimaraens
Apoios
Museu Joaquim Felizardo/Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa/Secretaria Estadual da Cultura/Governo do RS
Agradecimentos
Alexandre Aguiar
Alice T. Campos Moreira
Bento de Abreu Porto
Denise Stumvoll
Lara Lutzenberger
Paulo Hilgert
Susana Gastal
Solismar Prestes
Tereza Longhi
Sumário
A cidade
A enchente
O muro
Bibliografia
Crédito das Fotos
a enchente de 1941. entrava-se de barco pelo
corredor da velha casa de cômodos onde eu morava.
tínhamos assim um rio só para nós. um rio de portas
adentro. que dias aqueles! e de noite não era preciso
sonhar: pois não andava um barco de verdade
assombrando os corredores?
foi também a época em que era absolutamente
desnecessário fazer poemas...